terça-feira, 10 de dezembro de 2013

O sonho de voar

                                                                


Um avião ou aeroplano é qualquer aeronave que necessita de asas fixas para se sustentar no ar. Pode possuir um ou mais planos de asa, sendo estas fixas em relação ao corpo da aeronave, ou seja, que dependem do movimento do veículo como um todo para gerar sustentação aérea. Essa definição de asa fixa também se aplica aos que possuem asas dobráveis pois estas também só geram sustentação ao se deslocar todo o veículo.
Duas características comuns a todos os aviões são a necessidade de um fluxo constante de ar pelas asas para a sustentação da aeronave e a necessidade de uma área plana e livre de obstáculos onde eles possam alcançar a velocidade necessária para decolar e alçar voo, ou diminuí-la, no caso de uma operação de pouso. A maioria dos aviões, portanto, necessita de um aeroporto, dispondo de uma boa infraestrutura para receber adequada manutenção e reabastecimento, e para o deslocamento de tripulantes, carga e passageiros.
Enquanto a grande maioria dos aviões pousa e decola em terra, alguns são capazes de fazer o mesmo em corpos d'água (hidroaviões), outros são capazes de decolar e pousar tanto na água quanto em terra (aviões anfíbios) e alguns até mesmo sobre superfícies congeladas.
O avião é atualmente o meio de transporte civil e militar mais rápido do planeta (sem levarmos em conta os foguetes e os ônibus espaciais).
Aviões a jato comerciais podem alcançar cerca de 900 km/h, e percorrer um quarto da esfera terrestre em questão de horas, e mesmo pequenos aviões monomotores são capazes de alcançar facilmente velocidades que giram em torno de 175 km/h ou mais em voo de cruzeiro. Já aviões supersônicos, que operam atualmente apenas para fins militares, podem alcançar velocidades que superam em várias vezes a velocidade do som (340 m/s = 1.224 km/h).
A história da aviação remonta a tempos pré-históricos. O desejo de voar está presente na humanidade provavelmente desde o dia em que o homem pré-histórico passou a observar o voo dos pássaros e de outros animais voadores. Ao longo da história há vários registros de tentativas mal sucedidas de voos. Alguns até tentaram voar imitando pássaros: usar um par de asas (que não passavam de um esqueleto de madeira e penas, imitando as asas dos pássaros), colocando-os nos braços e balançando-os.
Muitas pessoas acreditavam que voar fosse impossível, e que era um poder além da capacidade humana. Mesmo assim o desejo existia, e várias civilizações contavam histórias de pessoas dotadas de poderes divinos que podiam voar; ou pessoas que foram carregadas ao ar por animais voadores. A história moderna da aviação é complexa. Desenhistas de aeronaves esforçaram-se para melhorar continuamente suas capacidades e características tais como alcance, velocidade, capacidade de carga, facilidade de manobra, dirigibilidade, segurança, autonomia e custos operacionais, entre outros.
Aeronaves passaram a ser feitas de materiais cada vez menos densos e mais resistentes. Anteriormente feitas de madeira, atualmente a grande maioria das aeronaves usa materiais compostos - como alumínio e fibras de carbono. Recentemente computadores têm contribuído muito no desenvolvimento de novas aeronaves e componentes.
Acredita-se que por volta de 400 a.C. Archytas, um estudioso da Grécia Antiga, construiu um pombo de madeira capaz de "voar" por cerca de 180 metros. Acredita-se que este pombo utilizava um jato de ar para alçar voo, embora não se saiba o que produzia tais jatos. Archytas pode ter amarrado o pássaro a um braço mecânico giratório, ou por cordas, o que faria o pombo planar por um longo tempo no ar, controlando assim o voo do pássaro até que o jato acabasse. Este pombo de madeira seria a primeira máquina voadora que movimentava-se por meios próprios.
Por volta de 300 a.C. os chineses inventaram a pipa, bem como as técnicas de fazê-la "voar" no ar. Uma pipa é um tipo rudimentar de planador.
Por centenas de anos várias pessoas acreditaram que seus corpos voariam ou flutuariam no ar se eles usassem asas, colocando-as nos braços e balançando-os, tomando como exemplo o voo de animais capazes de voar como pássaros ou morcegos. Naturalmente todas as tentativas de voar usando tais apetrechos falharam, com diversas fatalidades ocorrendo nestas tentativas mal sucedidas de alçar voo.
Em torno de 200 a.C., o matemático e inventor grego Arquimedes descobriu como os objetos flutuavam em líquidos (conta-se que ele o descobriu em sua banheira e, encantado com sua descoberta (e nu), saiu pelas ruas de Siracusa exclamando "Eureca", que significa "Eu descobri!"). Em 1290 o monge inglês Roger Bacon escreveu que o ar, como a água, tinha algumas características de sólidos. Bacon estudou as ideias de Arquimedes e chegou à conclusão que, se as pessoas pudessem construir uma máquina que tivesse as características adequadas, o ar iria suportar a máquina assim como a água suporta um navio.


Ornitóptero de Leonardo da Vinci.
Muito provavelmente foi o artista e inventor italiano Leonardo da Vinci a primeira pessoa a se dedicar seriamente a projetar uma máquina capaz de voar carregando um ser humano. Tais máquinas eram planadores e ornithopters: máquinas que usavam o mesmo mecanismo usado por pássaros para voar - através do movimento constante das asas para cima e para baixo. Da Vinci nunca construiu tais máquinas mas seus desenhos ficaram preservados e, posteriormente, já no século XIX e século XX um de seus desenhos - um planador - foi considerado notável. Em um estudo recente um protótipo baseado no desenho deste planador foi criado e, de fato, seria capaz de planar. Porém ao interpretar o desenho do planador, algumas ideias modernas de aerodinâmica foram também utilizadas pelos pesquisadores. Mesmo assim este desenho é considerado o primeiro esboço sério de uma aeronave tripulada.
Em Portugal, João de Almeida Torto, natural da Beira, barbeiro, astrólogo, e mestre de primeiras letras, com "carta de sangrador" do Hospital de Santo António em Viseu, construiu umas asas de pano e, a 20 de junho de 1.540, teve permissão para lançar-se do alto da torre da Sé de Viseu, com o objetivo de aterrar no Campo de São Mateus. Chegou a planar alguns metros e a pousar no telhado da capela de São Luís, mas acabou por cair à rua, e perder a vida.

O primeiro voo bem sucedido de um balão de ar quente foi o da passarola construída por Bartolomeu de Gusmão, um português nascido no Brasil colonial que alçou voo em 8 de agosto de 1.709 na corte de Dom João V de Portugal, em Lisboa. A experiência teria falhado apesar do invento ter se elevado acima do solo durante alguns momentos. Não sobreviveram descrições detalhadas do aparelho, provavelmente porque foram destruídas pela Inquisição, mas alguns desenhos fantasiosos da excêntrica aeronave estão impressos no periódico Wienerische Diarium de 1.709. Segundo uma crônica do período o aparelho consistia em "um globo de papel grosso, metendo-lhe no fundo uma tigela com fogo", e teria voado por "mais de vinte palmos". No entanto a passarola possuiu pouca ou nenhuma influência nos desenvolvimentos bem sucedidos da aviação que viriam posteriormente.

O segundo voo humano de que se tem notícia foi realizado em Paris, em 1.783 (o primeiro foi o do padre português Bartolomeu de Gusmão). Um doutor, Jean-François Pilâtre de Rozier, e um nobre, François Laurent d'Arlandes, fizeram um voo livre numa máquina: eles voaram por oito quilômetros em um balão de ar quente inventado pelos irmãos Montgolfier, fabricantes de papel. O ar dentro da câmara de ar do balão era aquecido por uma fogueira de madeira. O curso a ser tomado por tal balão era incontrolável, ou seja, voava onde quer que o vento o levasse. Esse balão, por ser pesado, alcançou uma altura máxima de apenas 26 metros. Os irmãos Montgolfier continuariam a fabricar outros balões. Os voos bem sucedidos dos balões dos Montgolfier fizeram com que o balonismo se tornasse muito comum na Europa ao longo do século XVIII. Balões permitiram o aprofundamento nos conhecimentos da relação entre altitude e a atmosfera. Inclusive Napoleão Bonaparte cogitou usar balões numa possível invasão francesa à Inglaterra, embora este uso não tenha sido concretizado.

Outros inventores passaram a substituir o ar quente por hidrogênio que é um gás mais leve do que o ar, mas mais perigoso pois tal gás explode com facilidade. Mesmo assim, o curso de tais balões não podia ser controlado, e somente a altitude continuou a ser controlável pelos aviadores.
No século XIX, em 1.852, o dirigível foi inventado. O dirigível é uma máquina mais leve do que o ar com a diferença que, ao contrário do balão, seu curso poder ser controlado através do uso de lemes e de motores.
O primeiro voo controlado em um dirigível aconteceu ainda no mesmo ano. Esse dirigível, inventado e controlado por Henri Giffard voou por 24 quilômetros, na França, usando um motor a vapor. Ao longo do fim do século XIX e nas primeiras décadas do século XX, o dirigível foi uma opção séria e confiável de transporte. O dirigível chegou, inclusive, a ser usado na Primeira Guerra Mundial para efetuar bombardeios.

A controvérsia sobre a autoria do primeiro voo é grande. Geralmente é creditada a Alberto Santos Dumont ou aos Irmãos Wright (mais exatamente, Orville Wright). Foi o voo do 14-Bis, em Paris, o primeiro de um avião na história da aviação registrado publicado e sem artifícios externos. Especialistas argumentam sobre o uso de trilhos e catapultas nas operações de decolagem das aeronaves dos irmãos Wright, e sobre o voo do 14-Bis em Paris testemunhado pelo público e autoridades da aviação.
Os irmãos Wright não fizeram voos públicos, buscando realizar seus voos sozinhos ou com a presença de poucas testemunhas - embora tenham tentado realizar demonstrações para as forças armadas dos Estados Unidos, da França, do Reino Unido e da Alemanha, sem sucesso, buscando evitar o "roubo de informações" por parte de outros aviadores, e em busca de aperfeiçoar a aeronave o suficiente para obter a patente de seu avião (ironicamente, Santos Dumont colocava todas as suas invenções no domínio público).
Apesar da falta de testemunho de aviadores e de organizações de aviação, estes especialistas também apontam para o fato de que - através de notícias publicadas em jornais do Ohio, o testemunho de habitantes da região onde estes voos foram realizados e fotos - de que estes voos foram de fato cumpridos, mas as aeronaves, por não possuírem rodas, necessitavam de catapultas ou de vento em condições favoráveis para decolar (embora a decolagem do Flyer de 17 de dezembro de 1.903 tenha sido realizada sem o uso de catapulta), fato este que é usado como argumento pelos brasileiros para desacreditar a autoria do voo dos irmãos Wright, já que o 14-Bis era capaz de decolar por conta própria e em condições variáveis de vento.
De fato, aos Irmãos Wright é creditada pela Fédération Aéronautique Internationale (FAI) a autoria do primeiro voo com um "mais pesado que o ar". Os primeiros voos públicos dos Irmãos Wright, com a presença de um grande número de testemunhas, foram realizados em 1.908 na França, em Le Mans.
Infortunadamente, Santos Dumont é pouco conhecido na maior parte do mundo. No Brasil ele é chamado de O Pai da Aviação, sendo considerado herói nacional brasileiro. Porém, muitos criticam este título, mesmo àqueles que suportam Santos Dumont ou os Irmãos Wright, como sendo os primeiros voos de um avião. Tais críticos alegam que outros aviadores anteriores a estes fizeram suas contribuições à aviação, e que este título não se emprega corretamente a nenhum aviador em particular, incluindo os Irmãos Wright ou Santos Dumont.

Irmãos Wright
Orville Wright e Wilbur Wright, os Irmãos Wright.
Durante a década de 1.890 os Irmãos Wright tornaram-se obcecados pela aviação, especialmente com a ideia de fabricar e voar em uma aeronave motorizada mais pesada do que o ar. À época eles administravam uma fábrica de bicicletas em Dayton, Ohio, Estados Unidos. Os irmãos Wright passaram a ler e estudar livros e documentos relacionados com aviação. Seguindo o conselho de Lilienthal, os irmãos Wright passaram a fabricar planadores em 1.899. Na virada do século já estavam realizando seus primeiros voos bem sucedidos em planadores, em Kitty Hawk, Carolina do Norte. A região de Kitty Hawk foi escolhida para tais voos por causa dos ventos constantes e intensos, facilitando assim o planeio. Além disso, a região dispunha de um solo macio, arenoso, que amortecia os pousos.


Após a realização de vários testes e voos de planeio, os irmãos Wright decidiram tentar fabricar um avião mais pesado do que o ar, em 1.902. Eles foram a primeira equipe de desenhistas a realizar testes sérios para tentar solucionar problemas aerodinâmicos, controlabilidade e de potência que afligiam os aviões fabricados naquela época. Para um voo bem sucedido, a potência do motor e o controle da aeronave seriam essenciais, e precisariam ser bem controlados ao mesmo tempo. Os testes foram difíceis, mas os irmãos Wright perseveraram.
Eventualmente, eles fabricaram um motor com a potência desejada, e solucionaram os problemas do controle de voo, através de um método chamado de wing warping - pouco usado na história da aviação, mas que funcionava nas baixas velocidades que o protótipo voaria.
O avião fabricado pelos irmãos Wright foi um biplano batizado de Flyer (Voador). O piloto ficava deitado na asa inferior do avião. O motor localizava-se à direita do piloto, e fazia girar duas hélices localizadas entre as asas. O sistema de wing warping consistia em cordas atadas às pontas da asas que podiam ser puxadas ou afrouxadas pelo piloto, fazendo o avião girar em seu eixo longitudional ou em seu eixo vertical, permitindo o controle do avião ao comando do piloto. O Flyer foi o primeiro avião registrado na história da aviação dotado de manobralidade longitudional e vertical - excluindo-se os planadores de Lilienthal, onde tal controle era realizado através da força do próprio tripulante.
Fotografia do primeiro voo do Flyer em 17 de dezembro de 1.903.
Em 17 de Dezembro de 1.903, numa praia da Carolina do Norte, perto de Kitty Hawk, os irmãos Wright efetuaram aquele que seria considerado como o primeiro voo de um aparelho voador controlado, motorizado e "mais pesado que o ar".
Em vez de rodas utilizaram trilhos para manter a aeronave em seu trajeto por meio de um par de patins. O Flyer ganhou altitude após o fim dos trilhos, alcançando uma altura máxima de 37 metros e velocidade média de 48 km/h, com tempo de voo foi de 12 segundos; segundo informações passadas pelos próprios irmãos Wrights, mas não comprovadas por nenhuma outra fonte. Mais quatro voos foram realizados ainda no mesmo dia.
Os voos foram testemunhados por quatro salva-vidas e um menino da vila, fazendo destes voos os primeiros voos semi-públicos, e também os primeiros voos documentados de um motoplanador. Num quarto voo realizado ainda no mesmo dia, Wilbur Wright conseguiu percorrer 260 metros em 59 segundos. O motoplanador foi destruído por uma rajada de vento nesse mesmo dia. Alguns jornais do Estado de Ohio, entre eles o Cincinnati Enquirer e o Dayton Daily News Image:Boys Emulate Dumont.JPG, publicaram no dia seguinte, com enormes exageros e informações incorretas, o feito dos Irmãos Wright.
Os Irmãos Wright realizaram diversos voos semi-públicos (mais de 105) em 1.904 e 1.905, desta vez em Dayton, Ohio. Eles convidaram amigos e vizinhos para assistirem alguns desses voos, proibindo sempre que quaisquer fotografias fossem feitas por outros que não eles próprios. Em 1.904, uma multidão de jornalistas foi convidada para presenciar um voo dos Irmãos Wright, mas por causa de problemas no motor, os Wright foram ridicularizados pela mídia em geral, passando a receber pouca atenção, com exceção da imprensa de Ohio.
Em setembro de 1.904 os Wright criaram um sistema de catapultagem para não mais dependerem de vento para fazer decolar o seu aeroplano. Jornalistas de Ohio presenciaram diversos voos dos Irmãos Wright, inclusive o primeiro voo circular do mundo, e um novo recorde de distância, um voo de 39 minutos e 40 quilômetros pecorridos, realizado em 5 de outubro de 1.905. A partir de 1.910, os aviões dos Irmãos Wright já não necessitariam mais definitivamente da catapulta para alçar voo.
Em 7 de novembro de 1.910, fizeram o primeiro voo comercial do mundo. Este voo, realizado entre Dayton a Columbus, durou uma hora e dois minutos, pecorreu 100 quilômetros e rompeu um novo recorde de velocidade, tendo alcançado 97 km/h.
Alberto Santos Dumont
Santos Dumont, considerado por muitos brasileiros como o inventor do primeiro avião da história, o 14-bis.
O brasileiro Alberto Santos-Dumont era fascinado por máquinas. Em 1.891, visitando Paris a companhia de seu pai, o engenheiro Henrique Dumont, teve contato com os primeiros motores a explosão interna. Assim que se estabeleceu em Paris, Santos-Dumont passou a se interessar pelo automobilismo, tendo sido o primeiro a trazer um automóvel para o Brasil, que rodou por São Paulo. Em 1.897 fez seus primeiros voos como passageiro de balão livre em Paris e, no ano seguinte, projetou seu próprio balão, o Brésil (Brasil, em francês). Santos Dumont criou uma série de modelos de dirigíveis, alguns voando com sucesso e outros não. Os feitos de aviação de Santos Dumont em Paris tornaram-no famoso, tendo sido alvo dos jornalistas, e mesmo de notícias sensacionalistas baseadas em seus hábitos extravagantes.
Após ter sido o primeiro homem a provar a dirigibilidade dos balões, quando conquistou o “Prêmio Deutsch de La Meurthe” com o seu balão dirigível nº 6, tendo percorrido, em menos de 30 minutos, um itinerário preestabelecido que incluía a circunavegação da Torre Eiffel, Santos Dumont passou a se dedicar à aviação.
Em 29 de Junho de 1.903, Aída de Acosta pilotou o dirigível nº 9 de Santos Dumont. Tornou-se assim, a primeira mulher a pilotar uma aeronave.
Em 23 de outubro de 1.906, Santos Dumont realizou um voo público em Paris, em seu famoso avião 14-Bis. Esta aeronave usava o mesmo sistema de wing-warping usado nas aeronaves de Wright, e percorreu uma distância de 221 metros.
Ilustração do voo do Santos-Dumont 14-bis em 12 de novembro de 1.906, que rendeu a Santos Dumont o Prêmio do Aeroclube da França.
O 14-Bis, ao contrário do Flyer dos irmãos Wright, não precisava de trilhos, catapultas ou ventos contrários para alçar voo, bem como teve muita cobertura da imprensa, de aviadores e de cronometristas do Aeroclube da França, e é por isso que este voo é considerado por vários especialistas em aviação como o primeiro voo bem sucedido de um avião. Quando este voo foi realizado, o pouco conhecimento e o descrédito dado aos voos dos tais irmãos Wright pela mídia internacional e pelos norte-americanos, fizeram com que o 14-Bis de Santos Dumont fosse considerado então pela mídia europeia e norte-americana como o primeiro avião a decolar por meios próprios.
Afinal, o 14-Bis foi o primeiro avião a ter seu voo homologado por uma instituição pública aeronáutica, o Aeroclube da França.
Santos Dumont, após o 14-Bis, inventaria o primeiro ultraleve, o Demoiselle, a última aeronave desenvolvida por ele. Este, além disso, realizaria também importantes avanços na controlabilidade de aviões, como o uso efetivo de ailerons em suas aeronaves, por exemplo.

O 14-bis foi um avião híbrido construído pelo inventor brasileiro Alberto Santos Dumont em 1.906 e testado entre os dias 19 e 23 de julho desse ano na cidade de Paris, França, sendo o primeiro objeto mais pesado que o ar, a projetar-se do solo por impulsos próprios, superando a gravidade terrestre, o atrito do ar e as leis básicas da física.
O 14-bis era constituído por um aeroplano unido ao balão 14, que fora utilizado em voos feitos por Santos Dumont em meados de 1.906. Daí o nome "14-bis", isto é, o "14 de novo", devido ao fato do balão estar sendo reaproveitado. A função do balão era reduzir o peso efetivo do aeroplano e facilitar a decolagem. O aeróstato, porém, gerava muito arrasto e não permitia ao avião desenvolver velocidade.
Santos Dumont retirou o balão e, para compensar o aumento de peso, no dia 3 de setembro de 1.906 duplicou a potência do aparelho, instalando um motor de 50 cavalos-vapor no lugar do de 24 até então utilizado. Transformou o 14-bis assim no Oiseau de Proie, com o qual obteve um salto de 8 metros em 13 de setembro de 1.906.
Fez modificações no avião: envernizou a seda das asas para aumentar a sustentação, retirou a roda traseira, por atrapalhar a decolagem, e cortou a estrutura portadora da hélice.
Em 23 de outubro de 1.906, no campo de Bagatelle, na cidade de Paris, o Oiseau de Proie II decolou usando seus próprios meios e sem auxílio de dispositivos de lançamento, percorrendo 60 metros em sete segundos, a uma altura de aproximadamente 2 metros, perante mais de mil espectadores. Esteve presente a Comissão Oficial do Aeroclube da França, entidade reconhecida internacionalmente e autorizada a homologar qualquer evento marcante, tanto no campo dos aeróstatos como no dos "mais pesado que o ar".
Em 12 de novembro do mesmo ano, com o avião - agora o Oiseau de Proie III - provido de ailerões rudimentares para ajudar na direção, percorreu 220 metros em 21,5 segundos, estabelecendo o recorde de distância da época.
http://pt.wikipedia.org/wiki/14-bis

Não muito depois de ter sido inventado, o avião passou a ser usado para serviços militares. O primeiro país a usar aviões para propósitos militares foi a Itália, cujos aviões atacaram posições otomanas durante a Primeira Guerra dos Balcãs, realizando o primeiro bombardeio de uma coluna inimiga da história, em 1 de novembro de 1.911. Logo em seguida a Bulgária passou a usar aeronaves para atacar o Império Otomano.
Porém, a primeira guerra a usar os aviões em missões de defesa, ataque e de reconhecimento foi a Primeira Guerra Mundial. Os Aliados e os Poderes Centrais fizeram uso extensivo de aviões. Ironicamente, a ideia do uso do avião como arma de guerra antes da primeira guerra mundial foi motivo de risadas e ridicularização por parte de muitos comandantes militares, em tempos que precederam a guerra.
A tecnologia dos aviões avançou bastante durante a primeira guerra mundial. Logo no começo da guerra, aviões ainda carregavam apenas uma pessoa, o piloto, mas logo muitos deles tornaram-se capazes de carregar um passageiro extra. Engenheiros criaram motores mais poderosos, e criaram aeronaves cuja aerodinâmica era sensivelmente melhor do que as aeronaves pré-guerra. Para efeito de comparação, no começo da guerra, os aviões não passavam de 110 km/h.
No final da guerra, muitos já alcançavam 230 km/h, ou até mais.
Logo no começo da guerra, os comandantes militares descobriram o grande valor do avião como arma de espionagem e reconhecimento, podendo facilmente localizar forças e bases inimigas sem muito perigo, uma vez que armas antiaviões ainda não existiam - tais armas foram criadas eventualmente durante a primeira guerra mundial.
O amplo uso na guerra dos aviões de patrulhamento gerou um problema: tais aeronaves de patrulha passaram a encontrar frequentemente aviões de patrulha inimigos. Não demorou muito para que os pilotos de tais aeronaves passassem a carregar armas de fogo a bordo, e estivessem atirando uns aos outros. Porém, a falta de mira dos pilotos (que ainda precisavam controlar a aeronave ao mesmo tempo) fez com que o uso de aviões como arma de guerra fosse um tanto cômico no começo da guerra.
Os franceses esforçaram-se seriamente para resolver este problema, e no final de 1.914, Roland Garros colocou uma metralhadora fixa à frente de sua aeronave, permitindo-lhe voar e mirar ao mesmo tempo. Mesmo assim, em 1.915 ele foi abatido e capturado pelos alemães. Os alemães copiaram e melhoraram ainda mais a tática criada por Garros.
Logo, todos os aviões da guerra passaram a ser equipados de maneira semelhante. Os dogfights (Lutas de cachorros), batalhas aéreas entre caças, tornaram-se comuns. Enquanto isto, hidroplanos foram extensivamente usados para missões de reconhecimento em mares e oceanos, para tomar fotografias e forças navais inimigas e para bombardear submarinos inimigos.
Ás da aviação é o piloto que abate cinco aeronaves inimigas em combate ou mais. Muitos deles tornaram-se muito famosos durante e após a guerra. O mais famoso deles é o alemão Manfred von Richthofen, o famoso Barão Vermelho, que abateu 80 aeronaves inimigas, antes de ser abatido por um canadense, em 1.918, próximo ao final da guerra. Ele ainda é considerado o maior ás da história.
O avião mais famoso da guerra é o Sopwith Camel, creditado com mais vitórias aéreas do que qualquer outra aeronave Aliada, mas também famosa pelo seu controle difícil, responsável pela morte de vários pilotos novatos. Já o Junkers J1, de fabricação alemã, foi criada em 1.915, e tornou-se a primeira aeronave a ser feita inteiramente de metal.
Por causa dos problemas de patentes nos EUA e os litígios devido aos irmãos Wright, as aeronaves na Guerra, mesmo as pilotadas por americanos, eram quase todas fabricadas na Europa.
A "era de ouro da aviação" (1.918 - 1.939)
Os anos que se passaram entre a Primeira Guerra Mundial e a Segunda Guerra Mundial foram anos nos quais a tecnologia de aeronaves em geral desenvolveu-se bastante. Neste período, rápidos avanços foram feitos no desenho de aviões, e linhas aéreas começaram a operar. Também foi época na qual aviadores começaram a impressionar o mundo com seus feitos e suas habilidades.
Os aviões pararam de ser feitos de madeira, para serem construídos com alumínio. Os motores das aeronaves foram melhorados bastante, com um notável aumento da potência comparado ao que os motores da época eram capazes de gerar. Esta grande série de avanços tecnológicos, bem como do crescente impacto sócio-econômico que os aviões passaram a ter mundialmente, faz deste período a era do ouro da aviação.
Uma série de prêmios foi uma das principais razões deste grande desenvolvimento: tais prêmios eram dados a aviadores que conseguissem estabelecer recordes em distância e em velocidade. Outra razão era a grande quantidade de aviões e de pilotos experientes, sobras da primeira guerra mundial.
Em 1.914, o americano Tony Jannus tornou-se o piloto do primeiro voo regular da história. Jannus usou um hidroavião para transportar carga e passageiros entre São Petersburgo e Tampa, na Flórida, ao largo da Baía de Tampa. Seu hidroavião tinha espaço para um passageiro, que pagava cinco dólares pelo voo de 35 quilômetros. Este táxi aéreo, considerado a primeira linha aérea do mundo, logo enfrentou dificuldades financeiras, e durou apenas alguns meses.
Em 1.919 e durante a década de 1.920, várias linhas aéreas seriam estabelecidas na Europa e nos Estados Unidos. Tais companhias usavam primariamente aviões antigamente usados como bombardeiros e caças na Primeira Guerra Mundial, para carregar carga e passageiros. Tais aeronaves eram elegantemente decoradas e mobiliadas. Mesmo assim, tais aeronaves eram muito barulhentas e não pressurizadas e condicionadas.
Biplano de 1.933.
Após o fim da Primeira Guerra Mundial, os governos americano e canadense ofereceram o excesso de aeronaves da guerra a aviadores por preços incrivelmente baixos. Apesar de estas aeronaves serem mais fortes do que aquelas fabricadas anteriormente à guerra, elas ainda não podiam ser consideradas seguras. Eram feitas na maioria das vezes de madeira e de tecidos, e não dispunham de equipamentos de navegação básicos, como a bússola.
Mas vários pilotos, aqueles que haviam lutado na guerra, compraram estes aviões, usando-os para ganhar dinheiro, através de exibições acrobáticas perigosas em feiras. Acidentes muitas vezes aconteciam, e vários destes aviadores acrobatas morreram.
A agência dos correios dos Estados Unidos também usou antigas aeronaves militares para transportar correio entre algumas cidades americanas, logo após o fim da guerra. Por volta de 1.927, a agência desistiu de operar tais voos, e ao invés disto, passou a contratar linhas aéreas para este serviço. Correios aéreos tiveram muita importância no desenvolvimento da aviação comercial.
Em 1.929, a tecnologia dos dirigíveis havia avançado a tal ponto que um Zeppelin, controlado pelo Graf Zeppelin, deu a primeira viagem em torno do mundo, nos meses de outubro e dezembro. A esta altura, os dirigíveis eram usados por numerosas linhas aéreas na Europa. Rotas transatlânticas foram iniciadas ainda no mesmo ano, e rapidamente expandiram-se. Tais dirigíveis atracavam-se em uma torre, onde o embarque e o desembarque de passageiros era realizado. A única torre ainda existente deste tipo está localizada em Recife, Brasil.
Em 1.937, a era do dirigível acabou quando o Zeppelin Hindenburg sofreu um terrível acidente, em Lakehurst, Nova Jérsei, Estados Unidos, com 97 ocupantes a bordo, sendo 36 passageiros e 61 tripulantes, vindos da Alemanha. Durante as manobras de pouso, um incêndio tomou conta da aeronave e o saldo foi de 13 passageiros e 22 tripulantes mortos e um técnico em solo, no total de 36 pessoas.Isto porque o gás usado para sustentar o balão era o hidrogênio, um gás altamente inflamável. As pessoas pararam simplesmente de usar dirigíveis, apesar de que tal acidente tenha sido o único fatal entre aeronaves mais leves do que o ar.
Na década de 1.930, muitas linhas aéreas passaram a operar em lagos e rios calmos, usando hidroplanos. Tais hidroplanos eram usadas principalmente para voos transoceânicos. Um dos maiores hidroplanos da época era o Dornier Do X - tão grande e pesada que necessitava de 12 propulsores, seis em cada asa. Voou pela primeira vez em 1.929, mas não se tornou popular. Um dos últimos, e também um dos mais populares hidroplanos, foi o Boeing Boeing 314 Clipper, capaz de carregar 74 passageiros.
Em 1.938, Clippers fizeram seus primeiros voos comerciais sobre o Oceano Atlântico. Porém, o desenvolvimento de aviões cada vez mais poderosos, e de aeroportos com pistas longas o suficiente, fez com o uso de hidroplanos na maior parte das linhas aéreas terminasse ao longo da década de 1.940
Desenvolvimentos na tecnologia da aviação
Durante a era de ouro da aviação - especialmente na década de 30, várias melhorias técnicas possibilitaram a construção de aviões maiores, que podiam percorrer distâncias maiores, voar em altitudes maiores e mais rapidamente - e podiam assim carregar mais carga e passageiros. Avanços na ciência de aerodinâmica permitiram a engenheiros desenvolverem aeronaves cujo desenho interferisse o mínimo possível no desempenho em voo. Os equipamentos de controle e os cockpits das aeronaves também melhoraram consideravelmente neste período.
Além disso, melhorias na tecnologia de rádio-telecomunicações permitiram o uso de equipamentos de rádio-telecomunicação na aviação, assim permitindo aos pilotos receberem instruções de voo de equipes em terra, e que pilotos de diversas aeronaves pudessem comunicar-se entre si. Tudo isto gerou técnicas mais precisas de navegação aérea. O piloto automático também passou a ser usado na década de 30. Tal apetrecho permitiu aos pilotos tomar curtos períodos de descanso em voos de longa duração.
O Douglas DC-3 começou os seus primeiros voos de passageiros em 1.936. Logo, tornou-se a aeronave mais usadas nas linhas aéreas da época, e um ícone da era de ouro da aviação.
Um símbolo da era de ouro da aviação é o Douglas DC-3. Este monoplano, equipado com um par de propulsores, começou seus primeiros voos em 1.936. O DC-3 tinha capacidade para 21 passageiros, e velocidade de cruzeiro de 320 km/h. Tornou-se rapidamente o avião comercial mais usado na época. Esta aeronave também é vista como uma das aeronaves mais importantes já produzidas.
A turbina a jato começou a ser desenvolvida na Alemanha e na Inglaterra também na década de 1.930. O britânico Frank Whittle patenteou um desenho de uma turbina a jato em 1.930, e desenvolveu uma turbina que podia ser usada para fins práticos no final da década. Já o alemão Hans von Ohain patenteou sua versão da turbina a jato em 1.936, e começou a desenvolver uma máquina semelhante. Nenhum sabia do trabalho desenvolvido pelo outro, e por isto, ambos são creditados com a invenção.
Ao final da Segunda Guerra Mundial, a Alemanha usava os primeiros aviões de jato e fabricava em série a Messerschmitt Me 262.
O fato de que os aviões voassem a altitudes cada vez maiores (onde turbulência e outros fatores climáticos indesejáveis são mais raros) gerou um problema: em altitudes maiores, o ar é menos denso, e, portanto, possui quantidades menores de oxigênio para respiração do que em altitudes menores.
À medida que os aviões passavam a voar cada vez mais alto, pilotos, tripulantes e passageiros tinham cada vez mais dificuldades em respirar. Especialistas, para resolver este problema, criaram a cabine pressurizada, onde o ar é pressurizado. Cabines pressurizadas popularizaram-se no final da década de 1.940, e praticamente toda cabine de aviões comerciais de passageiros hoje em dia é pressurizada.

Voos notáveis deste período
1.919: Dois britânicos, John Alcock e Arthur Whitten Brown, fizeram a primeira travessia transatlântica em um avião. Eles partiram de St. John's, Terra Nova e Labrador, Canadá, para Clifden, Irlanda. O voo percorreu 3.138 km, e durou cerca de 12 horas. Foram premiados com 50 mil dólares.
1.922: Os pilotos portugueses Sacadura Cabral e Gago Coutinho fazem a primeira travessia aérea do Atlântico, saindo de Lisboa e chegando ao Rio de Janeiro.
1.924: Duas aeronaves da força aérea americana fizeram a primeira viagem em volta do mundo, tendo percorrido cerca de 42.398 km. A viagem durou no total seis meses.
1.926: Os exploradores americanos Richard Byrd e Floyd Bennett fizeram o primeiro voo sobre o Pólo Norte.
1.927: Charles Lindbergh torna-se a primeira pessoa a cruzar o Oceano Atlântico em um voo solitário em um avião. Seu avião decolou em Garden City, Nova Iorque, Estados Unidos, e pousou em Paris, França. O seu voo percorreu 5.810 km e durou 33 horas e 31 minutos. Lindbergh foi premiado com 25 mil dólares pelo seu feito.
1.928: Charles Kingsford Smith e sua tripulação fizeram o primeiro voo sobre o Oceano Pacífico, partindo de Oakland, Califórnia, EUA, a Brisbane, Austrália. Fizeram escalas em Honolulu e em Suva.
1.929: Richard Byrd e sua tripulação fizeram o primeiro voo sobre o Pólo Sul.
1.930: Amy Johnson torna-se a primeira mulher a voar sozinha entre a Inglaterra e a Austrália.
1.931: Dois pilotos americanos, Clyde Pangborn e Hugh Herndon, Jr., fizeram o primeiro voo transpacífico sem escalas, entre Tóquio, Japão, e Wenatchee, Washington, EUA.
1.932: A americana Amelia Earhart torna-se a primeira mulher a fazer um voo solo transatlântico. Ela partiu de Habour Grace, Canadá, a Londonderry, Reino Unido. O voo teve duração de 15 horas e 18 minutos.
1.933: O letão Herberts Cukurs, com um avião projetado e construído por ele mesmo, parte de Riga, Letónia para Bathurst, Gâmbia e retorna,  num percurso de mais de     19.000 km.
1.935: Amelia Earhart torna-se a primeira pessoa a voar entre a América do Norte e o Havaí em um voo solo.
1.936: Herberts Cukurs, com um avião projectado e construído por ele mesmo, parte de Riga, Letónia para Tóquio, Japão e retorna, num percurso de 40.045 km.
1937: Amelia Earhart desaparece no Oceano Pacífico, em sua tentativa de tornar-se a primeira mulher a dar a volta ao mundo em um avião.


1.951: Ada Rogato, A primeira piloto brasileira a atravessar os Andes, selva amazônica, atingir o aeroporto de La Paz (Bolívia), o mais alto do mundo até então (1.952), com um avião de apenas 90 HP – feito inédito na história da aviação boliviana;




Segunda Guerra Mundial (1.939 - 1.945)
O B-29 Superfortress, um bombardeiro pesado.
Os anos da Segunda Guerra Mundial foram caracterizados por um drástico crescimento na produção de aviões e pelo rápido desenvolvimento da tecnologia envolvida com aviação. Foram desenvolvidos os primeiros bombardeiros de longa distância, o primeiro avião a jato de uso prático e o primeiro caça a jato.
Caças, no começo da segunda guerra mundial, tinham velocidade máxima de até 480 km/h e podiam voar até um teto (máximo) de 9 mil metros de altitude. No final da guerra, caças já estavam voando a 640 km/h, com muitos tendo tetos de 12 mil metros.
Os caças a jato, criados ao longo da guerra, podiam locomover-se ainda mais rapidamente, mas eles não foram usados até próximo ao final da guerra.
O primeiro jato funcional foi o alemão Heinkel He 178. Mísseis balísticos de longa distância como o V-1 e o V-2 também foram criados pelos alemães. O Messerschmitt Me 262 foi o primeiro caça a jato a operar na Segunda Guerra Mundial, em 1944. Sua velocidade máxima era de 900 km/h. Enquanto isto, a Textron Incorporated produziu o primeiro jato americano.
O Me 262, o primeiro jato operacional do mundo.
Um protótipo nomeado Messerschmitt Me 163 alcançava 970 km/h em voos curtos, e serviu de base para o Messerschmitt Me 163 Komet, o caça mais rápido da guerra, que foi usado em algumas missões já no final da guerra, em 1.945.
Bombardeiros da Segunda Guerra Mundial podiam carregar duas vezes mais carga e podiam percorrer duas vezes mais distância do que bombardeiros da pré-guerra. Foram os bombardeiros de longa distância a causar o maior impacto no curso da guerra, porque caças a jato não causaram um grande impacto na guerra (quando começaram a operar, a derrota alemã já era uma questão de tempo), os mísseis V-1 eram ineficientes e os mísseis V-2 não foram produzidos em grande número.
O caça americano P-51 Mustang foi essencial ao sucesso dos bombardeiros pesados, protegendo os bombardeiros de caças inimigos. Outros aviões famosos na guerra são o caça britânico Supermarine Spitfire, considerado o "Salvador do Reino Unido", o caça japonês Mitsubishi A6M Zero e o bombardeiro americano Boeing B-29 Superfortress.
1.945 - 1.980
Turbo-hélices
O primeiro Lockheed Constellation em 9 de janeiro de 1.943.
Após o fim da Segunda Guerra Mundial, a aviação comercial passou a se desenvolver em um ramo à parte da aviação militar. Empresas produtoras de aviões passaram a criar aviões especialmente destinados a aviação civil, e linhas aéreas pararam de usar aviões militares modificados para o transporte de passageiros. Em alguns anos após o fim da guerra, várias linhas aéreas estavam estabelecidas no mundo.
Das várias aeronaves comerciais que foram desenvolvidas durante e após a guerra, destacam-se os quadrimotores Douglas DC-4 e o Lockheed Constellation. Tais aviões foram largamente usados para voos domésticos de passageiros de média distância. Mesmo assim, eles precisavam fazer escalas para reabastecimento em rotas transoceânicas.


Voos transatlânticos precisariam de propulsores mais poderosos. Estes já existiam em 1.945, na forma de turbinas a jato. Mas estes ainda gastavam tanto combustível que um avião a jato conseguiria percorrer apenas uma pequena distância sem precisar reabastecer.
Para resolver este problema temporariamente, duas fábricas americanas criaram turbo-hélices, propulsores capazes de gerar mais de três mil cavalos de força.
Tais motores começaram a ser usados nos Douglas DC-7, Lockheed Super Constellation e o Boeing 377 Stratocruiser. Este último foi o primeiro avião de dois andares da história da aviação, e também o maior avião comercial até a chegada do Boeing 707. Cada uma destas aeronaves podia carregar cerca de 100 passageiros, entre Nova Iorque e Paris sem escalas, a uma velocidade de cruzeiro de 500 km/h.
Era do jato
De Havilland Comet, o primeiro jato comercial da história da aviação. Também foi operada pela Força Aérea Britânica (RAF), como pode ser visto nesta foto.
Durante o fim da década de 1.940, engenheiros começaram a desenvolver as turbinas usadas nos caças a jato produzidos durante a Segunda Guerra Mundial. No começo, os Estados Unidos e a União Soviética queriam turbinas a jato de excelente desempenho para produzir bombardeiros e caças a jato cada vez melhores, e assim, melhorar ainda mais seu arsenal militar.
Quando a Guerra da Coreia começou, em 1.950, tanto os Estados Unidos quanto a União Soviética tinham caças a jato militares de alto desempenho - destacam-se entre eles o americano F-86 Sabre e o soviético MiG-15.
Coube aos britânicos a produção do primeiro avião a jato comercial da história da aviação, o De Havilland Comet. O Comet começou a ser usado em voos de passageiros em 1.952. Os Comet voavam a aproximadamente 850 km/h, sua cabine era pressurizada e relativamente silenciosa.
O Comet foi ao início um sucesso comercial, e muitas linhas aéreas passaram a encomendar esta aeronave. Porém, dois acidentes em 1.954, quando ambas as aeronaves simplesmente explodiram em alto-mar, criaram grandes dúvidas quanto à segurança da aeronave. A causa dos acidentes era primariamente as turbinas, localizadas dentro da estrutura asa. As turbinas, em voo, atingiam altas temperaturas e assim, lentamente, mas gradualmente, enfraqueciam a asa, que terminou por fragmentar-se no ar em ambos os acidentes.
A De Havilland tentou salvar seu avião, cujas vendas haviam caído drasticamente, através de algumas modificações estruturais, mas um terceiro acidente em 1.956 colocou de vez as vendas da aeronave em solo, que parou de ser produzida em 1.964.
A Boeing lançou o Boeing 707 em 1.958, o primeiro avião a jato de passageiros de sucesso. Os engenheiros envolvidos na criação do Boeing 707 buscaram não repetir os mesmos erros cometidos no Comet da De Havilland.

Os jatos Douglas DC-8 e a Convair 880 foram lançados alguns anos depois, embora o sucesso comercial alcançado por ambos tenha sido muito mais modesto do que o sucesso conseguido pelo Boeing 707. Um total de 1.010 Boeing 707 foram produzidos. A Boeing, desde então, é a maior fabricante de aviões do mundo.
Nesse meio tempo no Reino-Unido, a Vickers criou o primeiro jato de segunda geração - assim considerado devido ao seu projeto inovador de posição de motores e da asa, o Vickers Vc-10 que teve grande subsidio do governo para a criação dele.
Os modelos 727, 737 e 757 são derivados diretos do Boeing 707. O Boeing 737, cuja produção foi iniciada em 1.964, é o avião comercial mais vendido e bem-sucedido da história da aviação. Um total de cinco mil Boeing 737 foram produzidos, e a aeronave ainda está em produção em tempos atuais.
Widebodies
O gigantesco Boeing 747, o primeiro widebody da história da aviação.
A palavra inglesa Widebody significa "corpo largo" em português. Um avião widebody é todo avião comercial que é produzido com três fileiras de assentos (com um par de fileiras de assentos próximas à janela e uma fileira no meio) e dois corredores. Aviões widebody foram criados para proporcionar conforto aos passageiros, e para facilitar o movimento de passageiros e tripulantes pela aeronave.
O primeiro widebody foi o gigantesco Boeing 747, apelidado de Jumbo, capaz de transportar mais de 500 passageiros em um único voo. Muitos duvidaram que esta aeronave alcançaria algum sucesso comercial quando lançado, e a Boeing passou por vários problemas econômicos durante o processo de desenvolvimento do 747. Lançado em 1.968, o Boeing 747 foi o maior avião comercial do mundo até 2.005, quando o Airbus A380 fez seu primeiro voo.
O 747, rompendo todas as expectativas, tornou-se um grande sucesso comercial, servindo em rotas muito densas.


Na década de 1.970, apareceram os primeiros tri-jatos comerciais, o DC-10 e o Lockheed L-1011, dois aviões comerciais intercontinentais, produzidos respectivamente pela McDonnell Douglas e pela Lockheed. Na década de 1.980, um derivado do DC-10, o MD-11, de longo alcance, seria produzido.
O primeiro bi-jato widebody foi o Airbus A300, um avião comercial de média distância. A Boeing contra-atacou com o Boeing 757 - não-widebody, de médio alcance - e o Boeing 767, um widebody de longo alcance. O Boeing 767 revolucionou a aviação comercial - seu longo alcance, seus baixos custos operacionais e razoável capacidade de passageiros (196) permitiram voos regulares usando o menor número de aviões possível em rotas transatlânticas e rotas anteriormente impraticáveis por causa de altos custos operacionais e baixo número de passageiros.
O Boeing 767 foi o responsável por popularizar as viagens transatlânticas - ao longo do final da década de 1980 e em toda a década de 1.990, mais 767 cruzavam o Oceano Atlântico diariamente do que todos os outros aviões comerciais somados - e mesmo em tempos atuais, o Boeing 767 continua a ser a aeronave que mais cruza o Atlântico diariamente, apesar da crescente concorrência de aeronaves mais modernas e recentes.
Voos supersônicos
O Concorde, o segundo avião supersônico comercial do mundo, e também o único a ser utilizado com sucesso em rotas comerciais.
Até o fim da segunda guerra mundial, a tecnologia necessária para a realização de voos supersônicos controlados ainda não estava disponível. Além disso, os aviões, até a década de 1.940, ainda não eram suficientemente resistentes para conseguir suportar as fortes ondas de choque geradas em velocidades supersônicas. Ao nível do mar, a velocidade do som é de aproximadamente 1.225 km/h. A 15 mil metros de altitude, a velocidade do som é de apenas 1.050 km/h.
De fato, algumas aviadores, na Segunda Guerra Mundial, ultrapassaram esta barreira (através de mergulhos aéreos, por exemplo), porém, com resultados catastróficos: as fortes ondas de choque geradas em velocidades supersônicas destruíam estas aeronaves, não projetadas para voos supersônicos.
Por volta de 1.943, engenheiros americanos passaram a trabalhar em pequenos protótipos, pequenos aviões não-controlados.
A maior preocupação destes especialistas em aviação era que tais aviões resistissem às ondas de choque criadas em velocidades supersônicas. Bons resultados nestes testes levaram à produção dos X-planes. O americano Charles Yeager tornou-se a primeira pessoa a ultrapassar a velocidade do som, em 14 de outubro de 1.947, no Bell X-1.
Em 1.962, o North American X-15 tornou-se o primeiro avião a chegar à termosfera. O avião, pilotado pelo americano Robert White, ficou a uma altitude de 95.936 metros por cerca de dezesseis segundos, percorrendo neste período aproximadamente 80 quilômetros. Este foi o primeiro voo de um avião no espaço. Posteriormente, o X-15 chegaria aos 107.960 metros de altitude. O X-15 foi também a primeira aeronave hipersônica (5 vezes a velocidade do som), rompendo diversos recordes de velocidade, ultrapassando Mach 6 (seis vezes a velocidade do som) em diversos voos.
Os primeiros aviões supersônicos para uso civil foram criados no fim da década de 1.960. O primeiro avião supersônico comercial do mundo foi o soviético Tupolev Tu-144, fez seu primeiro voo em 31 de dezembro de 1.968. O Concorde, fabricado por um consórcio comercial franco-britânico, fez seu primeiro voo dois meses depois. O Tu-144 começou seus primeiros voos de passageiros em 1.977, mas por causa de problemas operacionais parou de ser usado no ano seguinte. Já o Concorde começou seus primeiros voos comerciais em 21 de janeiro de 1.976, servindo rotas transatlânticas. O Concorde e o Tu-144 são as únicas aeronaves supersônicas comerciais até hoje desenvolvidas.
Da Terra ao Espaço
A Apollo 11 alça voo no Saturno V em sua missão de levar um homem à Lua.
Com a corrida espacial, um dos pontos marcantes da Guerra Fria - entre os Estados Unidos e a União Soviética) o céu parou literalmente de ser o limite, ao menos para voos controlados. Em 1.957, o soviético Sputnik 1 tornou-se o primeiro satélite artificial a orbitar a Terra, e em 1.961, Yuri Gagarin tornou-se a primeira pessoa a viajar no espaço. Ele orbitou uma vez a Terra, e ficou no espaço por cerca de 108 minutos. Os Estados Unidos responderam com o lançamento de Alan Shepard ao espaço. A corrida espacial levou ao clímax da aviação, a primeira missão espacial à Lua, as missões Apollo. Em 1969, como comandante da missão Apollo 11, Neil Armstrong tornou-se a primeira pessoa a pisar na Lua.
1.990 aos Tempos atuais
O caça F-22 Raptor teve seu primeiro voo em 1.997.
Em 1.994, o Boeing 777 fez seu primeiro voo. Foi o primeiro avião a ser totalmente desenhado e planejado com computadores. É atualmente o maior avião bijato do mundo. O Boeing 777 e o quadrijato Airbus A340 são atualmente os aviões de maior alcance operacional do mundo, podendo percorrer mais de 16 mil quilômetros em um único voo.
Desde a década de 70, aviões da aviação comercial e aeroportos passaram a ser um dos alvos preferidos de ataques terroristas. O pior destes ataques ocorreu em 2.001, quando quatro aviões 767, duas da American Airlines e duas da United Airlines, foram utilizados nos Ataques de 11 de Setembro. Como uma consequência direta dos Ataques de 11 de Setembro, o número de pessoas viajando em aviões diminuiu bastante na maioria das linhas aéreas. Muitas delas enfrentaram grandes dificuldades financeiras nos anos que se seguiram. Os efeitos do ataque, apesar de minimizados, ainda persistem em várias linhas aéreas. O resultado da ameaça do terrorismo é a crescente tomada de medidas de segurança em aeroportos em geral.
Desde o início do século XXI, a aviação subsônica tem-se focalizado em tentar substituir o piloto por aeronaves controladas a distância ou mesmo por computadores. Em abril de 2.001, um Global Hawk, um avião não-tripulado, voou de Edwards AFB nos Estados Unidos até a Austrália, sem escalas e sem reabastecimento. O voo tomou 23 horas e 23 minutos, e é o voo ponto-a-ponto mais longo já realizada por um avião não-tripulado. Em outubro de 2.003, o primeiro voo totalmente autônomo sobre o Oceano Atlântico por uma aeronave controlada por computadores foi realizado.
O Airbus A380, atualmente o maior avião comercial de passageiros do mundo.
Um dos Concordes da Air France(F-BTSC) sofreu um acidente em 25 de julho de 2.000, onde um pneu estourou e seus restos foram aspirados pela turbina (o que causou um incêndio), fazendo o avião cair e chocar-se com um hotel, logo após sua decolagem em Gonesse, França. Até então o avião era considerado o avião comercial mais seguro do mundo.
Passou por um processo de modernização até 2.001, mas por causa de baixo número de passageiros e altos custos operacionais, parou de ser usado em voos comerciais em 24 de outubro de 2003. Atualmente, nenhum avião supersônico opera em voos comerciais.
Em 2.005, o Airbus A380 fez seu primeiro voo. É atualmente o maior avião comercial de passageiros do mundo, superando o Boeing 747, que havia detido o recorde por 35 anos.
O Antonov An-225, de fabricação soviética, é o maior avião do mundo desde o seu primeiro voo, realizado em 21 de dezembro de 1.988.
O futuro
Desde o começo da década de 90, a aviação comercial passou a desenvolver tecnologias que tornaram o avião cada vez mais automatizado, assim reduzindo gradativamente a importância do piloto na operação da aeronave, visando a diminuir os acidentes aéreos causados por falha humana enquanto aeronaves controladas a distância ou por computadores não sejam criadas.
Os fabricantes de aviões comerciais continuam a pesquisar maneiras de melhorar os aviões, tornando-os cada vez mais seguros, eficientes e silenciosos. Ao mesmo tempo, pilotos, controladores de espaço aéreo e mecânicos passaram a ser cada vez mais bem-treinados, e aeronaves são cada vez mais vistoriadas, para evitar acidentes causados por falha humana ou mecânica.
O Reusable Launch Vehicle (RLV) - Nave Espacial Reutilizável, em português - é uma aeronave espacial equipada com foguetes. Tais aeronaves decolariam e pousariam como aviões, em longas pistas de aterrisagem. Porém, equipadas com foguetes reutilizáveis, teriam a capacidade de gerar empuxo suficiente para alcançar o espaço, e orbitar a Terra. Estas aeronaves ainda não existem. Porém, cogita-se que RLVs no futuro serão aeronaves que poderão ser usadas para viagens espaciais, de baixo custo e de alta segurança.
Apesar dos crescentes problemas enfrentados pela aviação em geral, acredita-se que o século XXI será um século de avanços para a aviação. Aviões e foguetes oferecem capacidades únicas em termos de velocidade e de capacidade de passageiros e de carga que não devem ser subestimados. Na medida em que pessoas possuem a necessidade de locomover-se de um ponto a outro rapidamente, a aviação será sempre necessária.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Avi%C3%A3o

http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_avia%C3%A7%C3%A3o


The Boeing Company é uma corporação multinacional norte-americana de desenvolvimento aeroespacial e de defesa. Fundada em 1.916 por William E. Boeing, em Seattle, Washington, a empresa expandiu ao longo dos anos, e se fundiu com a McDonnell Douglas em 1.997.
Em 2.001, a Boeing mudou sua sede de Seattle para Chicago, Illinois, e é composta de várias unidades de negócios, que são a Boeing Commercial Airplanes (BCA); Boeing Defense, Space & Security (BDS); Engineering, Operations & Technology; Boeing Capital; e Boeing Shared Services Group. A Boeing está entre as maiores fabricantes mundiais de aeronaves e é a segunda maior empresa de defesa e mercado aeroespacial do mundo. A empresa é o maior exportador por valor dos EUA,  e suas ações são componentes do índice Dow Jones.
Em março de 1.910, William E. Boeing comprou e estaleiro Heath, em Seattle, no rio Duwamish, que mais tarde se tornou sua primeira fábrica. Boeing foi incorporada em Seattle por William Boeing em 15 de julho de 1.916, como Pacific Aero Products Co. Boeing, que estudou na Universidade de Yale, trabalhou inicialmente na indústria da madeira, onde se tornou rico e adquiriu conhecimento sobre estruturas. Esse conhecimento seria inestimável em seu projeto posterior de montagem de aviões. A empresa ficou em Seattle para aproveitar o fornecimento local de madeira de abeto.
William Boeing fundou sua empresa alguns meses após 15 de junho, data do vôo inaugural de um dos dois hidroaviões "B&W" construídos com a ajuda de George Conrad Westervelt, um engenheiro da Marinha dos EUA. Boeing e Westervelt decidiram construir o hidroavião B&W depois de ter voado em um avião da Curtiss. Boeing comprou um hidroavião “Flying Birdcage” de Glenn Martin (assim chamado por causa de todos os fios que prendem o conjunto) e foi instruído a voar pelo próprio Glenn Martin. Boeing quebrou o Birdcage em um acidente e quando Martin o informou que as peças de reposição não se tornariam disponíveis por meses, ele percebeu que poderia construir seu próprio avião nessa quantidade de tempo.
Ele e seu amigo Westervelt concordaram em construir um avião melhor e logo produziram o hidroavião B&W. Este primeiro Boeing foi montado em um hangar do lago localizado na costa nordeste de Lake Union em Seattle. Muitos dos planos iniciais da Boeing foram hidroaviões.
Em 9 de maio de 1.917, a empresa se tornou a Boeing Airplane Company. No final de 1.917 os EUA entraram na I Guerra Mundial, e Boeing sabia que a Marinha dos EUA precisava de hidroaviões para treinamento.
Então, Boeing enviou dois novos modelos C para Pensacola, Flórida, onde os aviões foram levados para a Marinha. A Marinha gostou tanto do modelo C que encomendou mais 50. A empresa transferiu suas operações para um local de construção naval maior conhecido como Boeing Plant 1, localizado na parte inferior do rio Duwamish.
Quando a Primeira Guerra Mundial terminou em 1.918, um grande excedente de aviões militares usados e baratos inundou o mercado de aviões comerciais, o que impediu as empresas fabricantes como a Boeing de vender qualquer novo avião. Devido a isso, muitas empresas de aviação saíram do mercado, mas outras empresas, incluindo a Boeing, começaram a vender outros produtos. Boeing construiu aparadores, bancadas e móveis, além de barcos de fundo plano chamado de Sea Sleds.
Em 1.919, o Boeing B-1 fez seu primeiro vôo. Era um barco voador que acomodava um piloto, dois passageiros e correio. Ao longo de oito anos fez vôos de correio aéreo internacional de Seattle a Victoria, British Columbia.  Em 24 de maio de 1.920, o modelo Boeing 8 fez seu primeiro vôo. Foi o primeiro avião a voar sobre o Monte Rainier.
Em 1.923, a Boeing começou uma competição contra Curtiss por um contrato de desenvolvimento de um caça para o U.S. Army Air Service. Embora o Curtiss terminou o seu projeto primeiro e foi premiado com o contrato, a Boeing continuou a desenvolver o seu caça PW-9. Esse avião, junto com o Boeing P-12 / F4B, fez a Boeing um dos principais fabricantes de caças ao longo da próxima década.
Em 1.925, a Boeing construiu seu avião de correios Model 40 para o governo dos EUA para uso em rotas de correio aéreo. Em 1927, uma versão melhorada deste avião foi construída, o Model 40A. A 40A ganhou o contrato dos correios para entregar entre San Francisco e Chicago. A 40A também tinha uma cabine de passageiros que acomodava dois passageiros.
Nesse mesmo ano, a Boeing criou uma companhia aérea chamada Boeing Air Transport, que se fundiu um ano mais tarde com a Pacific Air Transport e a Boeing Airplane Company. O primeiro vôo para a companhia foi em 1 de julho de 1.927. A empresa mudou seu nome para United Aircraft and Transport Corporation em 1.929 e adquiriu, a Pratt & Whitney, Hamilton Standard Propeller Company, e Chance Vought. United Aircraft, então, comprou a National Air Transport, em 1.930.
Em 27 de julho de 1.929, o bi plano Boeing 80 de 12 passageiros fez seu primeiro vôo. Com três motores, foi primeiro avião da Boeing construído com a única intenção de servir como transporte de passageiros. Uma versão atualizada, o 80A, transportando 18 passageiros, fez seu primeiro voo em setembro de 1.929.
Décadas de 30 e 40
Em 1.930, o Monomail, um monoplano de asa baixa que carregava correio foi construído. Construído inteiramente de metal, era muito rápido e aerodinâmico, e também tinha trem de pouso retrátil. Na verdade, o seu design foi tão revolucionário que os motores e hélices da época não puderam ser usados no avião. Até então hélices de passo controlável foram desenvolvidos, a Boeing estava construindo seu Model 247 para linha aérea. Dois Monomails foram construídos. O segundo, o modelo 221, teve uma cabine 6 passageiros.
Em 1.933, o revolucionário Boeing 247 foi introduzido, o primeiro avião comercial verdadeiramente moderno. O 247 era um monoplano de metal de asa baixa, que era muito mais rápido, mais seguro e mais fácil de voar que outras aeronaves de passageiros. Por exemplo, foi o primeiro avião de passageiros bimotor que poderia voar com apenas um motor. Em uma era de motores não confiáveis, isso aumentou muito a segurança de voo.
Boeing construiu as primeiras 60 aeronaves exclusivamente para operações de sua própria United Airlines. Isso ferido gravemente as companhias aéreas concorrentes e foi o típico comportamento anti-competitivo de empresas que o governo dos EUA tentou proibir na época.
A Lei de correio aéreo de 1.934 proibia companhias aéreas e fabricantes de estar sob o mesmo grupo corporativo, então a empresa se dividiu em três pequenas empresas - Boeing Airplane Company, United Airlines e United Aircraft Corporation, a precursora da United Technologies.
Como resultado, William Boeing vendeu suas ações e saiu da Boeing. Claire Egtvedt, que se tornou presidente da Boeing em 1.933, tornou-se o chairman também. Ele acreditava que o futuro da empresa era na construção de aviões maiores. O trabalho começou em 1.936 na Boeing Plant 2 para acomodar a produção de aeronaves modernas maiores.
Pouco depois, realizaram um acordo com a Pan American World Airways (Pan Am) para desenvolver e construir um barco comercial voador capaz de transportar passageiros em rotas transoceânicas.
O primeiro vôo do Boeing 314 Clipper foi em junho de 1.938. Foi o maior avião civil do seu tempo, com uma capacidade de 90 passageiros em voos diurnos, e de 40 passageiros em voos noturnos. Um ano depois, o primeiro serviço regular de passageiro dos EUA para o Reino Unido foi inaugurado. Posteriormente outras rotas foram abertas, e em breve, a Pan Am voava com o Boeing 314 para destinos em todo o mundo.

Em 1.938, a Boeing concluiu os trabalhos em seu Model 307 Stratoliner. Este foi o primeiro avião de cabine pressurizada do mundo e foi capaz de viajar a uma altitude de 20.000 pés (6.100 m) - acima da maioria das turbulências causadas por mau tempo. Ele se Baseou no B-17, utilizando a mesma cauda, asas e motores.


Boeing 377 Stratocruiser.
Durante a Segunda Guerra Mundial, a Boeing construiu um grande número de bombardeiros B-17 e B-29. Muitos dos trabalhadores eram mulheres cujo os maridos tinham ido para a guerra. No início de Março de 1.944, a produção tinha sido aumentada de tal maneira que mais de 350 aviões eram construídos todos os meses. Para evitar um ataque aéreo, as fábricas tinham sido cobertas com vegetação e itens de terras agrícolas. Durante estes anos de guerra as empresas líderes de aeronaves os EUA colaboraram entre si.
O projeto B-17 foi montado também pela Lockheed Aircraft Corp e Douglas Aircraft Company. enquanto o B-29 foi montado também pela Bell Aircraft Co. e por Glenn L. Martin Company.
Depois da guerra, a maioria dos pedidos de bombardeiros foi cancelada e 70 mil pessoas perderam seus empregos na Boeing. A empresa teve como objetivo se recuperar rapidamente com a venda de seu Stratocruiser (o modelo 377), um avião comercial de luxo com quatro motores desenvolvido a partir do B-29. No entanto, as vendas deste modelo não foram como o esperado e a Boeing teve de procurar outras oportunidades para recuperar a situação. A empresa vendeu com sucesso derivados militares do Stratocruiser como o C-97 adaptados para o transporte de tropas, e o KC-97 para reabastecimento aéreo.
Década de 50
Um Boeing 707 da British Overseas Airways Corporation, 1.964.
A Boeing desenvolveu jatos militares, como o B-47 Stratojet e B-52 Stratofortress no final de 1.940 e em 1.950. Durante os anos 50, a Boeing usou fundos da empresa para desenvolver o 367-80, um avião a jato modelo que levou a construção do KC-135 Stratotanker e o Boeing 707.
A tecnologia de meados dos anos 1.950 tinha avançado significativamente, o que deu a Boeing a oportunidade de desenvolver e fabricar novos produtos. Um dos primeiros foi um míssil guiado de curto alcance usado para interceptar aeronaves inimigas. Nesse tempo a Guerra Fria tornou-se um fato, e a Boeing usou sua tecnologia de mísseis de curto alcance para desenvolver e construir um míssil intercontinental.
Em 1.958, a Boeing começou a entrega do seu 707, primeiro jato comercial dos EUA, em resposta ao britânico De Havilland Comet, o francês Sud Aviation Caravelle e o soviético Tupolev Tu-104, que eram a primeira geração mundial de jatos comerciais. Com o 707 de quatro motores e 156 passageiros, os EUA se tornaram o líder na fabricação de jatos comerciais. Alguns anos mais tarde, a Boeing apresentou uma segunda versão da aeronave, o 720, que era um pouco mais rápido e tinha menor alcance.
Boeing foi uma grande produtora de motores a reação de pequeno porte durante os anos 1.950 e 1.960. Os motores representaram um dos grandes esforços da empresa para expandir sua base de produtos além de aeronaves militares após a Segunda Guerra Mundial. O desenvolvimento no motor a gasolina começou em 1943 e turbinas de gás da Boeing foram designados aos modelos 502, 520, 540, 551 e 553. Boeing construiu 2.461 motores antes do final da produção em abril de 1.968. Muitas aplicações dos motores a reação da Boeing foram considerados pioneiras, incluindo os primeiros helicópteros e barcos a reação.
Década de 60
O 707 e o 747 formaram a espinha dorsal de muitas grandes frotas aéreas até o final da década de 1.970.
Vertol Aircraft Corporation foi adquirida pela Boeing em 1.960, e foi reorganizada como Boeing's Vertol division. O birotor CH-47 Chinook, produzido pela Vertol, teve seu primeiro vôo em 1.961. Este helicóptero de carga pesada continua a ser um dos mais fortes até os dias de hoje. Em 1.964, Vertol também começou a produção do CH-46 Sea Knight.
Em dezembro de 1.960, a Boeing anunciou o modelo 727, que entrou em serviço comercial de cerca de três anos mais tarde. Varias variantes de cabine e carga foram desenvolvidos para o 727. O 727 foi o primeiro avião comercial a vender 1.000 unidades, e alguns anos mais tarde, a marca de 1.500 foi atingida.
A Boeing ganhou um contrato em 1.961 para fabricar o estágio S-IC do foguete Saturno V, fabricado na linha de montagem Michoud em New Orleans, Louisiana.
Em 1.966, o presidente da Boeing William M. Allen requisitou Malcolm T. Stamper para liderar a produção do novo avião 747 que a empresa estava montando. Este foi um desafio monumental de engenharia e gestão, e incluiu a construção da maior fábrica do mundo para construir o 747 em Everett, Washington, uma fabrica que é do tamanho de 40 campos de futebol.
Boeing Everett Factory em 2.011.
Em 1.967, a Boeing apresentou outro avião de passageiros de curto e médio alcance, o bimotor 737. Que tornou se desde então a aeronave a jato mais vendida na história da aviação comercial. O 737 ainda está sendo produzido, e melhorias contínuas são feitas. Várias versões foram desenvolvidas, principalmente para aumentar a capacidade de assentos e o alcance.
As cerimônias de lançamento para o primeiro 747-100 ocorreram em 1.968, na nova fábrica gigante em Everett. O avião fez seu primeiro voo um ano mais tarde. O primeiro voo comercial ocorreu em 1.970. O 747 tem um alcance intercontinental e uma capacidade de assentos maior que as aeronaves anteriores da Boeing.
Boeing também desenvolveu hidroplanos na década de 1.960. O USS High Point (PCH-1), o hidroplano USS Tucumcari (PGH-2) foi mais bem sucedido. Apenas um foi construído e usado no Vietnã e na Europa antes de encalhar em 1.972.
Década de 70
Em 1.970 a Boeing sofreu com a queda nos gastos militares da guerra do Vietnã, a desaceleração do programa espacial quando o Projeto Apollo estava quase completo, a recessão de 1.969-1.970, e a divida da empresa de US$ 2 bilhões, da construção do novo 747. Boeing não recebeu encomendas por mais de um ano. Sua aposta para o futuro, o 747, foi adiada na produção por três meses por causa de problemas com seus motores Pratt & Whitney. Outro problema foi que, em 1.971, o Congresso dos EUA decidiu parar o apoio financeiro para o desenvolvimento do supersônico 2707, a resposta da Boeing para o Concorde anglo-francês, forçando a companhia a interromper o projeto.
Grupo de Aviação Comercial, de longe a maior unidade da Boeing, passou de 83.700 funcionários em 1.968 para 20.750 em 1.971. Cada funcionário da Boeing desempregado custou pelo menos outro empregado, e a taxa de desemprego subiu para 14%, a maior nos Estados Unidos. Taxas de desocupação da habitação subiram de 1% até 16% em 1.967. 


TurboJET 929-100 (Jetfoil)


Em janeiro de 1.970 o primeiro 747, um avião de quatro motores de longo alcance voou comercialmente pela primeira vez. Esta famosa aeronave mudou completamente a maneira de voar com a sua capacidade de 450 passageiros e sua plataforma superior. A Boeing já entregou cerca de 1.400 747. O projeto passou por melhorias contínuas para mantê-lo tecnologicamente em dia. Versões maiores também têm sido desenvolvidas por estiramento do andar superior. Até hoje, o 747 ainda está sendo produzido, e sua versão mais recente é o 747-8.
Boeing lançou três hidroplanos Jetfoil 929-100 que foram adquiridos em 1.975 para o serviço nas ilhas havaianas. Quando o serviço terminou, em 1.979, os três hidroplanos foram adquiridos pela Far East Hydrofoil para o serviço entre Hong Kong e Macau.
Década de 80
O 757 de fuselagem estreita da Boeing substituiu o 707 e o 727.
Em 1.983, a situação econômica começou a melhorar. Boeing montou seu 1 000º 737. Durante os anos seguintes, aeronaves comerciais e suas versões militares tornaram-se o equipamento básico da força aérea e das linhas aéreas.
Como o tráfego aéreo de passageiros aumentou, a concorrência era mais difícil, principalmente da Airbus, uma fábrica européia na época recém formada que também fabrica aviões comerciais. Boeing tinha que oferecer novas aeronaves, e desenvolveu o 757 com um único corredor, o grande 767 com dois corredores, e versões atualizadas do 737.
Um projeto importante desses anos foi o Space Shuttle, o qual a Boeing contribuiu com sua experiência em foguetes espaciais desenvolvidos durante a era Apollo. A Boeing participou também com outros produtos do programa espacial, e foi a primeira contratada para o programa da Estação Espacial Internacional.
Durante a década, vários projetos militares entraram em produção, incluindo o bombardeiro furtivo B-2.
Como parte de uma equipe da indústria liderada pela Northrop, a Boeing construiu a parte externa da asa do B-2, a seção central de fuselagem traseira, trem de pouso, sistema de combustível e sistema de armas. No seu auge, em 1.991, o B-2 foi o maior programa militar da Boeing, empregando cerca de 10.000 pessoas. No mesmo ano, a Associação Nacional de Aeronáutica dos EUA premiou a equipe do projeto B-2 com o Troféu Collier pela maior conquista no setor aeroespacial na América. O primeiro B-2 saiu da instalação final de montagem de bombas em Palmdale, na Califórnia, em novembro de 1.988 e voou pela primeira vez em 17 de julho de 1.989.

O sistema de defesa aérea Avenger e uma nova geração de mísseis de curto alcance também entraram em produção. Durante estes anos, a Boeing foi muito ativa na modernização do equipamento militar existente e desenvolvendo novos. Boeing também contribuiu para o desenvolvimento de energia eólica com as turbinas eólicas experimentais MOD-2 para a NASA e o Departamento de Energia dos Estados Unidos e o MOD-5B para o Havaí.
Década de 90
O 777-300ER da Air France.
Boeing foi uma das sete empresas concorrentes na proposta para o Advanced Tactical Fighter. Boeing concordou em formar uma equipe com a General Dynamics e a Lockheed, de modo que as três empresas participariam do desenvolvimento se só uma fosse selecionada. O projeto da Lockheed acabou sendo selecionado e desenvolvido até o F-22 Raptor.
Em abril de 1.994, a Boeing apresentou o avião a jato comercial mais moderno na época, o bimotor 777, com capacidade de aproximadamente 300 a 370 passageiros em um típico layout de três classes. Tendo o maior alcance entre aviões bimotores do mundo, o 777 foi o primeiro avião da Boeing a apresentar o sistema "fly-by-wire" e em parte foi concebido em resposta às incursões que estavam sendo feitas pela européia Airbus no mercado tradicional da Boeing.
Esta aeronave atingiu um marco importante por ser o primeiro avião a ser projetado inteiramente utilizando técnicas computer aided design (CAD). O 777 também foi o primeiro avião a ser certificado para ETOPS 180 minutos pela FAA logo que entrou em serviço. Também em meados de 1.990, a empresa desenvolveu a versão renovada do 737 conhecida como o 737 "Next-Generation", ou 737NG. Ele se tornou a versão que vendeu mais rápido na história dos 737, e em 20 de abril de 2.006 as vendas ultrapassaram as do 737 antigo, com uma vantagem de 79 aviões encomendados pela Southwest Airlines.
Em 1.995, a Boeing anunciou que o complexo da sede em East Marginal Way South seria demolido em vez de ser atualizado para coincidir com as novas normas sísmicas. A Boeing programou a demolição da instalação, em 1.996, e mudou a sede para um prédio adjacente. Em 1.997 a sede foi localizado na East Marginal Way South, no King County Airport, em Seattle.
Em 1.996, a Boeing adquiriu as unidades aeroespaciais e de defesa da Rockwell. As unidades de negócios da Rockwell tornaram-se uma subsidiária da Boeing, chamada Boeing North American, Inc. Em agosto de 1.997, a Boeing se fundiu com a McDonnell Douglas em uma troca de ações de US$13 bilhões que permaneceu no nome The Boeing Company.
No entanto, este nome tinha sido o nome oficial da Boeing anteriormente adotado em 21 de maio de 1.961. Após a fusão, o McDonnell Douglas MD-95 foi rebatizado de Boeing 717, e a produção do MD-11 foi limitada à versão cargueiro. Boeing introduziu uma nova identidade corporativa com a conclusão da fusão, foi incorporado o logotipo da Boeing a uma versão estilizada do símbolo da McDonnell Douglas que foi derivado do logotipo Douglas Aircraft de 1.970.
Década de 2.000
Sede da Boeing em Chicago. Antiga sede da Morton Salt


Estação Espacial Internacional
Chicago, Dallas e Denver competiram para se tornar a nova sede da maior empresa aeroespacial do mundo e tinham oferecido pacotes de milhões de dólares de incentivos fiscais. Em setembro de 2.001, a Boeing mudou sua sede de Seattle para Chicago. Seus escritórios estão localizados no Fulton River District.
Em 10 de outubro de 2.001, a Boeing perdeu para sua rival Lockheed Martin na competição feroz para o contrato multibilionário do Joint Strike Fighter. O projeto da Boeing, o X-32, foi rejeitado e o X-35 da Lockheed foi aceito. Boeing continua a servir como o principal contratante na Estação Espacial Internacional e construiu vários dos principais componentes.
Depois de várias décadas de sucesso, a Boeing perdeu terreno para a Airbus e posteriormente, perdeu sua liderança no mercado de aviões em 2.003. Vários projetos da Boeing foram iniciados e em seguida cancelados, nomeadamente o Sonic Cruiser, a proposta de um jato que iria viajar logo abaixo da velocidade do som, reduzindo tempo de viagem intercontinental em até 20 por cento. Foi lançado em 2.001, junto com uma nova campanha publicitária para promover o novo lema da empresa, "Forever New Frontiers", e para reabilitar a sua imagem. No entanto, o destino do avião foi selado com as mudanças no mercado de aviação comercial após o 11 de Setembro, a fraca economia subseqüente e o aumento dos preços dos combustíveis.
Posteriormente, a Boeing simplificou a produção e voltou sua atenção para o novo modelo, o Boeing 787 Dreamliner, utilizando muito da tecnologia desenvolvida para o Sonic Cruiser, mas para uma aeronave mais convencional projetado para a máxima eficiência. A empresa também lançou novas variantes de seus modelos bem sucedidos 737 e 777. O 787 provou ser escolha muito popular com as companhias aéreas, e ganhou um número recorde de encomendas pré-lançamento.
Com os atrasos para o programa A380 da Airbus, várias companhias aéreas ameaçaram mudar as suas encomendas para a versão nova do Boeing 747, o 747-8. A  resposta da Airbus para o 787, o A350, recebeu uma resposta morna no início, quando foi anunciado como uma versão melhorada do A330, e depois ganhou encomendas significativas quando a Airbus prometeu um design totalmente novo. O 787 tem encontrado atrasos na vinda para a produção, com o primeiro voo planejado para 2.013, depois de vários atrasos atrasos. A produção será aumentada para 10 Boeing 787 por mês em 2.013.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Boeing

O Boeing 747-8 é uma moderna aeronave comercial quadrimotor widebody de grande porte e longo alcance, com motorização turbofan, com capacidade para transportar confortavelmente 467 passageiros em viagens internacionais e intercontinentais, projetada e desenvolvida pelo fabricante norte-americano Boeing na década de 2.000, fabricada desde alguns anos atrás e com dezenas de unidades já entregues a várias companhias aéreas.
A Boeing Company é um dos maiores grupos industriais de altíssima tecnologia do mundo, em valor de mercado e receita bruta, e um dos maiores fabricantes de aeronaves comerciais do planeta. O valor de mercado da Boeing é de quase US$ 100 bilhões e sua receita bruta em 2.012 foi de aproximadamente US$ 81 bilhões.
O Boeing 747 é o primeiro widebody (aeronave de fuselagem larga) da história da aviação comercial, mede duas vezes e meia o tamanho do Boeing 707, até então a maior aeronave de longo alcance da década de 1960.
As suas dimensões são realmente impressionantes, é a segunda maior aeronave comercial fabricada no planeta, considerando que a aeronave ucraniana Antonov An225 é utilizada atualmente somente para transporte de cargas.
Apelidado de Jumbo, o Boeing 747 é um dos aviões mais conhecidos e admirados da história da aviação e manteve o seu recorde de passageiros transportados por 37 anos, desde seu primeiro voo em 1.970.
O Boeing 747 é um quadrimotor turborreator que apresentou a primeira configuração double decker (dois andares para passageiros em parte da aeronave) da aviação, que constitui sua característica física mais notável: a corcova súpero-anterior. A Boeing projetou o andar superior ao pavimento para servir como um salão, para a primeira classe ou para lugares extras, e permitir que as aeronaves fossem facilmente convertidas em cargueiros através da remoção de assentos e pela instalação de uma porta de carga na sua parte dianteira.
À época de seu desenvolvimento, a Boeing tinha a expectativa de produzir logo aviões supersônicos, o que seria prejudicial ao Jumbo se ele não fosse conversível. Por isso esperavam a venda de no máximo 400 unidades, até que se tornasse obsoleto, mas ele excedeu as previsões dos críticos do projeto e excedeu as previsões do próprio fabricante, ultrapassando a marca de 1.000 unidades fabricadas em 1.993, e em junho de 2.009 a marca era de 1.416 aeronaves em 107 configurações diferentes. O avião ainda é produzido na sua versão mais moderna Boeing 747-8 e está disponível nas configurações para passageiros, cargas, executiva e militar.
O Boeing 747-8 é uma nova e moderna versão do Boeing 747-400 anunciada pela Boeing em 14 de novembro de 2005. Essa nova versão modernizada usa a mesma tecnologia de motorização do fabricante de motores General Electric, usada do Boeing 787, daí o uso do "8" na denominação da versão Boeing 747-8.


Essa nova versão é projetada para ser mais silenciosa, mais econômica e ecológica que a versão anterior boeing 747-400.
O Boeing 747-8 tem a fuselagem ainda mais alongada para transportar mais passageiros. A versão de passageiros, chamada Boeing 747-8 Intercontinental ou 747-8 I, é projetada para transportar até 467 passageiros em uma configuração de três classes e voar mais de 15.000 quilômetros a aproximadamente 910 km / h.
O primeiro Boeing 747-8 fabricado para venda foi entregue em maio de 2.012 à companhia aérea alemã Lufthansa. A força de propulsão é fornecida pelos motores General Electric GEnx-2B67.
A versão cargueira de nova geração denominada Boeing 747-8F é derivada do Boeing 747-400ERF. Essa versão tem 16 % mais capacidade de carga que seu antecessor, permitindo-lhe transportar sete contêineres de carga padrão adicionais, com uma capacidade máxima de carga de 154 toneladas.
O Boeing 747-8F fez seu voo inaugural em 8 de fevereiro de 2.010.
No modelo Boeing 747-8, versão atual, a velocidade foi mantida, mas a autonomia de voo aumentou para 14.815 km, e o peso máximo de decolagem elevado para 442.250 kg. O mesmo aconteceu com o número máximo de passageiros. Ele passou de 524 para 581, na versão configurada com duas classes.


O Boeing 747 será futuramente substituído pelo Boeing Y3, parte do Boeing Yellowstone Project de desenvolvimento de novos aviões.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Boeing_747



A Airbus é a maior fabricante mundial de aviões comerciais, sediada em Toulouse, na França. O seu nome completo e oficial é Airbus Société par Actions Simplifiée. A empresa é uma subsidiária da EADS (que detém 80% da empresa) e da BAE systems (os 20% restantes). Estas duas empresas são as maiores fornecedoras de material bélico na Europa. A Airbus emprega cerca de 50 mil pessoas em vários países europeus. As fábricas principais estão localizadas em Toulouse (França) e Hamburgo (Alemanha).
Em setembro de 1.967, um acordo entre Inglaterra, França e Alemanha, iniciou a produção conjunta de uma aeronave widebody, o Airbus A300.
Airbus provém das palavras inglesas Air e Bus, que significam autocarro aéreo. A empresa surgiu oficialmente como Airbus Industries, em 1.970, um consórcio integrado pela Aerospatiale (empresa francesa) e pela Deutsche Aerospace (empresa alemã), logo seguida pela espanhola Construcciones Aeronáuticas SA.
A Airbus foi pioneira em adaptar massivamente o uso da tecnologia fly-by-wire em aviões civis, e o uso de Joystick em vez de manche. Isso aconteceu a partir da família A-320 e prevalece em suas sucessoras, mas não está presente nas famílias antecedentes (A-300 e A-310).
No sistema fly-by-wire, os controles no cockpit (manche, pedais, manetas etc.) não estão conectados mecanicamente (seja por cabos ou por atuadores hidráulicos) às superfícies de comando ou motores, mas sim eletronicamente a computadores.
Cada vez que o piloto os acciona, ele dá um comando, não para essas superfícies ou para o motor de forma direta, mas para um ou mais computadores que o repassarão às superfícies ou motores.4 Essa tecnologia, que foi aplicada primeiramente em aviões militares, hoje em dia está presente, em graus variáveis, em diversas aeronaves, inclusive da Boeing (só o Boeing 777 é totalmente fly-by-wire, os demais, apenas parcialmente).
Outra grande revolução tecnológica se encontra em todos os aviões da família A320 e posteriores, o ECAM ( Electronic Centralized Aircraft Monitoring ) ou Monitorizacão eletronicamente centralizada da aeronave. Um sistema composto por 2 grandes ecrãs no cockpit que mostram o estado de todos os sistemas a bordo. Hidráulicos, pressão da cabine, motores, combustível, superfícies de controlo etc.
Mas a verdadeira vantagem deste sistema é, se houver uma falha ou um fogo no motor, em vez do piloto ter de consultar QRH ( Quick Reference Handbook) um livro que contem as checklists de toda falha que possa acontecer, a checklist aparece toda no ecrã, e o piloto não tem de perder o tempo de consultar o livro.
Presentemente, em decorrência de alguns acidentes envolvendo aviões da empresa, tem havido certa polémica sobre o influxo deste sistema na segurança de vôo.
A inclusão de mais elementos de maquinaria entre as ordens do piloto e as superfícies de controle e motores do avião aumenta a possibilidade de que um mal funcionamento da máquina possa criar problemas no vôo. O consenso mais geral, entretanto, parece indicar que as vantagens do sistema (p. ex.: diminuição da carga de trabalho do piloto e precisão dos controles) superam suas eventuais desvantagens, sendo que estas últimas podem ser debeladas tanto por sistemas de backup, quanto pelo desenvolvimento tecnológico natural.
O Airbus A300 foi o primeiro avião widebody (fuselagem larga) de duas turbinas da história da aviação, bem como a primeira aeronave produzida pela Airbus S.A.S.. O primeiro voo deste significativo avião foi feito em 28 de outubro de 1.972, e a aeronave foi fabricada pela Airbus de 1.972 até 2.007, tendo sido aperfeiçoada tecnologicamente ao longo dos anos pela Airbus. É capaz de transportar cerca de 280 passageiros percorrendo médias distâncias. Vendeu cerca de 900 unidades.
O Airbus A300 foi a primeira aeronave do consórcio Airbus, formado pela França, Alemanha, Grã Bretanha e Espanha. Foi lançado no início dos anos 70 e sua fabricação em série começou em maio de 1.974, sendo o primeiro wide body (cabine larga) bijato (duas turbinas) do mundo. O modelo foi provisoriamente chamado de A300 (pela capacidade máxima estimada de assentos). O primeiro protótipo voou em 28 de outubro de 1.972. Após a homologação pelas autoridades francesas e alemãs, em Março de 1974, as primeiras unidades foram entregues à Air France.

O Airbus A380, desenvolvido e construído pela Airbus S.A.S. (EADS Systems), é o maior avião comercial de passageiros da história. O avião, chamado frequentemente de Superjumbo, fez seu primeiro voo experimental em 27 de abril de 2.005 em Toulouse, França.
O A380 demorou mais de dez anos e custou cerca de 12 bilhões de euros ou (R$ 35,1 bilhões) para ser desenvolvido.
O voo inaugural do A380 foi realizado no dia 25 de outubro de 2.007, entre Singapura e Sydney.
Decolou do aeroporto de Changi às 08:16 (01:16 GMT), com 455 passageiros a bordo, e pousou em Sydney às 8:23 (GMT).
A Singapore Airlines vendeu os bilhetes do voo num leilão de beneficência e doou os cerca de 2 milhões de dólares (1,4 milhões de euros) recebidos à Associação do Cancro do Pulmão de Singapura, a dois hospitais infantis de Sydney e à organização não-governamental Médicos Sem Fronteiras.
A estreia do gigante em aeroportos brasileiros aconteceu no dia 10 de dezembro de 2.007 no Aeroporto Internacional de Guarulhos em São Paulo, vindo de Buenos Aires onde se apresentou às Aerolineas Argentinas, que adquiriu 3 aeronaves.[carece de fontes]
No primeiro dia da visita, foi demonstrado o interior do A380 para convidados, e deixando surpreendidos todos os passageiros e funcionários do GRU.
A aeronave fez um voo de demonstração para jornalistas e empresários no dia 11 de dezembro até a cidade de São José dos Pinhais no Aeroporto Internacional Afonso Pena (sem executar procedimentos de aproximação e pouso, permanecendo no marcador externo da terminal CWB) em um total de 1 hora e 50 minutos.
Já a segundo visita, ocorreu no dia 22 de março de 2.012, tocando o solo às 00h02. A aeronave de prefixo F-WWDD veio para um evento promocional da Airbus.


O Airbus A300-600ST (Super Transporter) ou Beluga é um avião cargueiro, desenvolvido com base no Airbus A300, capaz de transportar grandes cargas e partes de outros aviões. Entretanto, devemos mencionar que, uma vez que sua capacidade máxima de carga é de apenas 47 toneladas, ele leva carregamentos grandes em volume, nem tanto em peso.
A versão cargueira com grande capacidade volumétrica do Airbus A300-600 foi projetada para substituir os antigos Super Guppy da Aero Spacelines. Estes aviões foram, até a entrada em operação dos "Beluga" (como foram apelidados os A300-600ST) utilizados pela Airbus para transportar asas e fuselagens de suas aeronaves entre as fábricas situadas na Alemanha, França, Reino Unido e Espanha.
O desenvolvimento do A300-600ST foi iniciado em agosto de 1.991 e apenas três anos depois o primeiro protótipo fazia seu roll-out em Toulouse. O primeiro voo, em setembro de 1.994, deu início ao processo de homologação, recebida em meados de 1995 após 400 voos de teste. A primeira unidade, o antigo protótipo, entrou em operação na Airbus em janeiro de 1.996. A entrega da quarta unidade ocorreu em junho de 1998, quando finalmente os Super Guppy foram aposentados.
Essencialmente baseado no A300-600, possui a mesma asa, motores, a fuselagem inferior, trem de pouso principal e cabine de comando. A principal mudança é a enorme fuselagem, equipada com uma porta tipo "clamshell" na frente, que obrigou um reposicionamento do cockpit. A cauda também foi modificada, com a utilização de pequenos estabilizadores verticais instalados nos horizontais. Entretanto, o estabilizador vertical original foi mantido.
O leme ficou apenas no estabilizador vertical principal.
O controle e gerenciamento da frota de Belugas é feito pela SATIC, uma empresa formada em parceria entre a Aérospatiale e a DASA. Além de realizar o transporte de partes para a Airbus, a SATIC também oferece a grande capacidade volumétrica do avião (1.400 m3) para o transporte de cargas volumosas, o que acabou justificando a introdução em serviço de uma quinta aeronave, incorporada à frota em 2.000.


http://pt.wikipedia.org/wiki/Airbus


http://pt.wikipedia.org/wiki/Airbus_A300
http://pt.wikipedia.org/wiki/Airbus_A380
http://pt.wikipedia.org/wiki/Airbus_Beluga


Tupolev é uma empresa de defesa e aeronáutica russa. Seu nome oficial é PSC Tupolev, e é a herdeira da conhecida Tupolev OKB (Opytno Konstruktórskoe Biuró) ou Oficina de Construção e Desenho Tupolev (OKB-156, com prefixo Tu para seus desenhos) liderada pelo famoso engenheiro aeroespacial soviético Andrei N. Tupolev. A companhia celebrou seus 80 anos de história em 22 de outubro de 2.002, e tem sua sede em Moscou.
Andrei Nikolayevich Tupolev fundou Tupolev OKB em 1.922. Sua função é apenas realizar projetos para pesquisa e desenho aeronáuticos, estando a fabricação a cargo de outras companhias. Durante a década de 1.920 se concentrou na pesquisa de aviões completamente metálicos.
O Tupolev ANT-20, o maior avião construído durante a década de 1.930, fez um pequeno vôo sobre Moscou e utilizou como um método de propaganda estalinista.
Entre seus trabalhos mais destacáveis durante esta época se encontra o desenvolvimento de bombardeiros pesados, com os que Tupolev marcou durante muitos anos as pautas da aviação pesada tanto civil como militar.
Durante a segunda guerra mundial o avião bimotor Tu-2 foi um dos melhores bombardeiro estáticos soviéticos. Se produziram diversas variantes do aparato a partir de 1.942, e se utilizaram fuselagens fabricadas parcialmente com madeira por causa das carências de metal (o projeto original era completamente metálico).
Em 1.945, quatro Boeing B-29 Superfortress aterrissaram em território soviético por causa de uma missão no Japão.
Os soviéticos os copiaram rapidamente e utilizaram este modelo como base de seu primeiro bombardeiro estratégico intercontinental, o Tu-4 (código da OTAN 'Bull'), que separou pela primeira vez em 1.947 e cuja produção foi abundante. O Tu-4 foi básico para o desenvolvimento do Tupolev no pós-guerra, e muitos de seus aviões mais importantes partiram deste processo de engenharia inversa dos aparatos da Boeing.
Um destes desenvolvimentos foi o bombardeiro a reação Tu-16 Badger, baseado numa versão ampliada da fuselagem do B-29/Tu-4 com asas modificadas para um melhor funcionamento subsônico.
Como os bombardeiros a turbo-reação não aproveitavam bem o combustível como para poder ser qualificados de verdadeiros bombardeiros intercontinentais, os soviéticos decidiram desenhar um novo aparato, o Tu-20 'Bear', mais conhecido como Tu-95.
Também estava baseado no desenho estrutural do Tu-4, porém utilizava quatro enormes motores turbo-propulsores que lhe davam uma combinação única de velocidade equivalente a de reação e largo alcance. Se converteu no bombardeiro intercontinental soviético por excelência, sendo em muitos aspectos equivalente ao Boeing B-52 Stratofortress estadunidense; serviu como bombardeiro estratégico e em outros muitos papeis, como reconhecimento e guerra anti-submarina.
O modelo Tu-16 se modificou para dar lugar ao Tu-104, de uso civil, que foi durante o período em que o De Havilland Comet deixou de voar o único avião da linha a turbo-reação. O Tu-95 se converteu na base do avião de linha Tu-114, de alcance médio-longo, o mais rápido dos aviões turbo-propulsores da historia.
Antes dos primeiros voos do Tu-16 e o Tu-20/Tu-95 Tupolev ja estava trabalhando em bombardeiros supersônicos, dando lugar al falido Tupolev Tu-98 (código da OTAN 'Backfin').
Embora este modelo nunca entrou em serviço, foi a base do protótipo Tu-102 (modificado posteriormente para dar lugar ao interceptor Tupolev Tu-28) e o Tu-105, que deu lugar ao bombardeiro supersônico Tu-22 'Blinder' na metade dos anos 1960. O 'Blinder', desenhado como contrapartida do Convair B-58 Hustler, era bastante inferior a este, embora ironicamente permaneceu em serviço muito mais tempo que o modelo americano. A companhia formou durante esta época o departamento militar da empresa que se dedicou a desenhar aviões não tripulados como o Tu-139 e o avião de reconhecimento Tu-143.
Avião de linha supersônico Tu-144
Durante os anos 1.960 o filho de A. N. Tupolev, Alexei Andreyevich Tupolev, se destacou com sua participação no desenvolvimento do primeiro avião de linha supersônico, o Tu-144, o popular Tu-154 e o bombardeiro estratégico Tu-22M 'Backfire', uma modificação do Tu-22 com asas móveis. Todos estes desenvolvimentos permitiram á União Soviética alcançar a igualdade com o Oeste na aviação civil e militar.
Nos anos 70, Tupolev concentrou seus esforços em melhorar o funcionamento dos bombardeiros Tu-22M, com variantes adequadas ao uso marítimo. A abundância destes bombardeiros foi uma das principais razões que levaram aos tratados SALT I e SALT II. Também se melhorou a eficácia e o funcionamento do Tu-154, dando lugar ao Tu-154M.
Nos anos 80 a oficina de desenho desenvolveu o bombardeiro estratégico supersônico Tu-160, com asas de geometria variável. O Tu-160 e muito superior a seu equivalente ocidental, o Rockwell B-1 Lancer, porém a desintegração da URSS interromperam seu desenvolvimento e muitos dos problemas do desenho original não chegaram a ser resolvidos.
Após o final da Guerra fria se concentrou o trabalho em aparatos subsônicos de aviação civil, especialmente na busca de combustíveis alternativos e de operações menos custosas. Os desenvolvimentos incluem o sistema fly-by-wire e desenhos de aerodinâmica avançada como os Tu-204/214, Tu-330 e Tu-334.
A equipe de Tupolev tem produzido muitos projetos, e entre os que chegaram a ser produzidos destaca-se o Tu-2, com 4.500 aparatos produzidos. Bastantes dos desenhos são, sem embargo, protótipos ou projetos abandonados, com só um ou uns poucos exemplares produzidos, que não lograram superar esta fase por mudanças na situação política ou militar. Muitos destes modelos experimentais marcaram o caminho que seguiram outros que sim foram produzidos. Como os apelidos da OTAN dos aviões soviéticos são pequenos mais conhecidos que seus nomes reais, se indicam quando o possível.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tupolev

A Cessna Aircraft Company, sediada em Wichita, Kansas, é um fabricante de aviões de propósito genérico, de pequenos monomotores até jatos executivos.
A criação da companhia remonta a Junho de 1.911, quando Clyde Cessna, um agricultor de Rago, Kansas, construiu um avião muito simples, tornando-se assim a primeira pessoa a construir uma aeronave e sobrevoar o Rio Mississippi e as Montanhas Rochosas.

Em 1.924, Cessna assinou uma parceria com Lloyd C. Stearman e Walter H. Beech para formar a Travel Air Travel Air Manufacturing Co. Inc., uma firma de fabrico de biplanos, em Wichita. Em 1.927 deixou a Travel Air para formar a sua própria empresa, a Cessna Aircraft Company, que iria enveredar pela construção de monoplanos.
Após a II Guerra Mundial, a Cessna criou o modelo 170 - que, juntamente com outras iterações, como o 172, tornou-se o avião ligeiro mais produzido na história. O mote de publicidade da Cessna foi o de ter treinado mais pilotos que qualquer outra companhia.
A Cessna foi adquirida pela General Dynamics Corp. em 1.985, parando de produzir aviões de motor a pistão no ano seguinte, devido à fiabilidade das componentes. Em 1.992 a Textron Inc. comprou a empresa e rapidamente retomou o fabrico de aviões ligeiros.
O Cessna Citation X é uma sofisticada aeronave bimotor de médio porte e alta performance, com motorização turbofan e alcance intercontinental, com capacidade para transportar com muito conforto 8 ou 10 passageiros, dependendo da configuração adotada, desenvolvida e fabricada nos Estados Unidos pela companhia estadunidense
Cessna Aircraft Company a partir da década de 1.990, que utilizou como base outro projeto de jato executivo intercontinental, o Cessna Citation VII, com grande número de mudanças significativas e inovações que torna o projeto do Citation X quase completamente novo, bonito e com aerodinâmica refinada, com asas de enflechamento acentuado e motorização turbofan Rolls Royce muito potente, que o tornam o jato executivo mais veloz do planeta e, até o momento, de maior alcance da linha de produtos da fabricante.
A criação e o desenvolvimento do Cessna Citation X (conhecido também como Cessna Citation 750) foram anunciados publicamente na edição de 1.990 da National Business Aviation Association e o primeiro protótipo realizou seu roll-out em Wichita, Kansas, em setembro de 1.993, voando pela primeira vez pouco antes do Natal daquele ano. Finalmente certificado pela FAA em 1.996, teve seu primeiro exemplar de série entregue poucas semanas depois, para o campeão de golfe Arnold Palmer.
A equipe de projetistas do Citation X foi agraciada com o Collier Trophy em 1.996, por ter desenhado o primeiro jato executivo a atingir a velocidade de Mach 0.92.
O objetivo da Cessna era criar o avião civil mais rápido do mundo e competir diretamente com produtos de seus principais concorrentes, como o IAI Galaxy (atuamente Gulfstream G200), Falcon 2.000
e principalmente o Hawker 4.000 (anteriormente Hawker Horizon) da estadunidense Hawker Beechcraft Corporation, com sua leve e resistente fuselagem construída com material composto (fibra de carbono e resina epóxi).
Até hoje, mais de 300 unidades de Citation X foram vendidas pela Cessna no mundo todo, incluindo algumas unidades no Brasil, um sucesso de vendas.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cessna_Aircraft_Company
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cessna_Citation_X

A Beechcraft Corporation é, atualmente, um grande fabricante norte-americano de aeronaves monomotoras e bimotoras leves a pistão e aeronaves bimotoras turboélice de pequeno e médio portes. A sua principal fábrica está localizada em Wichita, no estado do Kansas, nos Estados Unidos.
Atualmente, a Beechcraft Corporation é propriedade dos fundos de investimentos GS Partners (uma unidade de investimentos controlada pelo banco americano Goldman Sachs) e Onex Partners.
Conhecida anteriormente, até a década de 1.990, como Beech Aircraft Corporation, quando foi comprada pela corporação norte-americana de alta tecnologia Raytheon Company, e se tornou Raytheon Aircraft, a Beechcraft é um dos maiores, mais tradicionais e mais conhecidos fabricantes de aeronaves executivas do mundo.
Atualmente, a Beechcraft Corporation fabrica o monomotor Beechcraft Bonanza G-36, o bimotor Beechcraft Baron G-58, os bimotores turboélices Beechcraft King Air C-90, Beechcraft King Air 250 e Beechcraft King Air 350, e está envolvida no desenvolvimento do programa de atualizações (modernizações) XPR para os jatos executivos Beechcraft Hawker 400 e Beechraft Hawker 800, que podem ser solicitados ao fabricante pelos atuais proprietários desses modelos de jatos executivos.
A Beech Aircraft foi fundada na década de 1.930 por Walter Beech e sua esposa Olive Beech, e seu primeiro produto fabricado em série foi o biplano Beech Staggerwing.
Na década de 1.940, o entusiasta Walter Beech se envolveu pessoalmente na criação e desenvolvimento do monomotor a pistão Beech Bonanza, um dos maiores sucessos da aviação executiva mundial, reconhecido pela imprensa como um dos mais bem sucedidos projetos voltados para a aviação executiva.
Na década de 1.950, a executiva Olive Beech assumiu o controle da Beech Aircraft após o falecimento do seu marido, Walter Beech, e deu continuidade a uma série de criações, desenvolvimentos e aprimoramentos de produtos aeronáuticos e aeroespaciais, incluindo a aeronave militar T-34, para a Força Aérea dos Estados Unidos, o bimotor turboélice King Air e o elegante bimotor a pistão Beechcraft Duke, entre outros projetos.
Quando a Beech Aircraft foi comprada pela Raytheon Company na década de 1.990, outros projetos refinados e de grande aceitação no mercado de aviação executiva, como o jato executivo japonês Mitsubishi Diamond, posteriormente renomeado para Beechjet 400, e o jato executivo britânico British Aerospace BAe 125 / HS 125, posteriormente renomeado para Hawker 800, foram acrescentados ao portfólio de produtos da Raytheon Aircraft.
Na década de 2.000, a divisão de aeronaves executivas da Raytheon Company foi vendida para os fundos de investimentos GS Partners e Onex Partners. A aquisição incluiu todos os projetos de aviões leves a pistão e jatos executivos para uso civil da Raytheon, incluindo os avançados projetos dos jatos executivos Premier I e Hawker 4.000, ambos fabricados com a moderníssima técnica de construção em material composto.
A fabricação do Premier I e do Hawker 4.000 está suspensa temporariamente.

O Beechcraft model 17 Staggerwing foi uma aeronave norte-americana monomotora e biplana para ligação e transporte. O primeiro exemplar voou em novembro de 1.932. Foi produzida entre 1.933 e 1.949. A primeira versão de produção foi o B17.
A aeronave recebeu melhoramentos estruturais e aerodinâmicos em 1.937, originando a versão com maior número de aeronaves produzidas, a D17. Esta foi adquirida pelas forças armadas norte-americanas. A versão para a Força Aérea Norte-americana foi denominada UC-43 Traveler. A Marinha dos Estados Unidos também recebeu algumas aeronaves dessa versão, denominadas GB-2 Traveler.


O Beechcraft Bonanza A-36 é uma aeronave monomotor executiva a pistão de pequeno porte, com capacidade para transportar com razoável conforto um piloto e cinco passageiros em viagens intermunicipais e interestaduais, lançada na década de 1970 e fabricada nos Estados Unidos pela então Beech Aircraft Company, atualmente Beechcraft Corporation, de propriedade dos fundos de investimentos GS e Onex Partners.
Anteriormente, a versão alongada do modelo Bonanza era vendida como A-36 pela Beech Aircraft Company, que utilizou como base o projeto de grande sucesso de monomotor a pistão denominado Bonanza 35, aeronave menor e mais leve, e na década de 2.000 a versão alongada A-36 foi modernizada e renomeada para Beechcraft Bonanza G-36 pelo fabricante Hawker Beechcraft
Corporation, que passou a disponibilizar o modelo G-36 com o moderno sistema de navegação EFIS (Electronic Flight Instrument System), composto pelas telas PFD (primária) e MFD (multifuncional).
O Beechcraft Bonanza é uma das mais significativas aeronaves civis da história da aviação, é um dos mais respeitados e admirados projetos de monomotores a pistão para uso executivo, com manutenção simples e fácil de pilotar.
O Beechcraft Baron 58 é uma elegante aeronave bimotor executiva a pistão de pequeno porte, com capacidade para transportar com razoável conforto um piloto e cinco passageiros em viagens intermunicipais e interestaduais, projetada, desenvolvida e produzida em larga escala nos Estados Unidos a partir da década de 1.970 pela então Beech Aircraft, atualmente Beechcraft Corporation, que utilizou como base o projeto de fuselagem do robusto monomotor executivo a pistão Beechcraft Bonanza, da mesma marca.
A produção em série da versão curta do Beechcraft Baron, chamada 55, foi iniciada na década de 1.960 e deixou de ser produzida na década de 1.980, foi um sucesso de vendas, mas hoje em dia a versão alongada, chamada 58, é a mais vantajosa do ponto de vista econômico e técnico, e também é um sucesso de vendas, graças a feliz combinação de fatores como robustez estrutural, muita potência disponível nos dois motores Continental de 285 hp cada (até o fim da década de 70) ou 300 hp cada (vendida até hoje), acabamento refinado e ótima flexibilidade para pousar e decolar em pistas curtas.3
Os modelos Beechcraft Baron B-58 e Beechcraft Baron G-58 são bem semelhantes no design e na mecânica, mas atualmente somente o Baron G-58 está em produção pela Beechcraft Corporation, que disponibiliza no modelo o moderno sistema de navegação EFIS (Electronic Flight Instrument System), composto pelas telas PFD (primária) e MFD (multifuncional).
O King Air C-90 é uma aeronave bimotor de pequeno porte e alta performance para uso executivo, com motorização turboélice e cabine pressurizada, com capacidade para transportar confortavelmente quatro ou cinco passageiros em viagens interestaduais, fabricada nos Estados Unidos a partir da década de 1.970 pela então Beechcraft (atualmente Beechcraft Corporation), que utilizou como base o projeto de bimotor a pistão da década de 1.960 chamado Queen Air, da mesma marca.
O grande sucesso do projeto King Air (uma variedade de modelos de aeronaves turboélice, iniciada na década de 1.960 com o A-90 e, posteriormente, o B-90) é o resultado de uma feliz combinação de características positivas, entre elas a robustez estrutural, design da fuselagem com seção transversal semi-quadrada adotada pela Beechcraft, trem de pouso com amortecedores de longo curso, pressurização e, na época de lançamento, aeronave já motorizada com
o motor turboélice PT6-A da marca Pratt & Whitney, resultando em maior velocidade de cruzeiro e altitudes mais elevadas de cruzeiro, em relação aos modelos de aeronaves a pistão.
Toda a linha King Air de aeronaves turboélice acumula mais de 7.000 aeronaves produzidas, inluindo os modelos C-90, F-90, B-200 e 350, um grande sucesso de vendas.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Beechcraft
http://pt.wikipedia.org/wiki/Beechcraft_Bonanza
http://pt.wikipedia.org/wiki/Beechcraft_Baron
http://pt.wikipedia.org/wiki/Beechcraft_King_Air


Embraer ou Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A. é um conglomerado brasileiro fabricante de aviões comerciais, executivos, agrícolas e militares.
Com uma receita líquida de R$ 12,2 bilhões (US$ 6,1 bilhões) em 2.012, passou à quarta posição mundial no setor, abaixo da principal concorrente, a canadense Bombardier (que encerrou 2.012 com um faturamento de US$ 8,6 bilhões), da Airbus e da Boeing.
Essa queda para a quarta posição foi uma decisão estratégica da empresa, que optou por reduzir a atuação no mercado de aeronaves comerciais (onde há uma maior concorrência internacional) e ampliar seu mercado na linha executiva e defesa. Essa mudança de estratégia levou a Embraer a ser em 2.012, a empresa que mais cresceu, das maiores exportadoras brasileiras (17,6% em relação a 2.011).
Está sediada na cidade de São José dos Campos, interior do estado de São Paulo, com diversas unidades no Brasil e exterior, inclusive joint-ventures na China e em Portugal.
Para testes das aeronaves, a companhia possui duas pistas: uma fica na unidade de São José dos Campos (Aeroporto de São José dos Campos) com 2.676 metros; pertence ao CTA mas é utilizada tanto pela Embraer, como para transporte aéreo comercial, sendo a infraestrutura compartilhada e mantida em parceria com a INFRAERO. A outra pista fica na unidade da Embraer em Gavião Peixoto (Aeródromo de Gavião Peixoto) com extensão de 4.967 metros, considerada a quarta pista asfaltada mais longa do mundo.
A Embraer nasceu como uma iniciativa do governo brasileiro dentro de um projeto estratégico para implementar a indústria aeronáutica no país, em um contexto de políticas de substituição de importações.
São considerados os precursores da Embraer, o CTA, Centro Técnico Aeroespacial, que em 30 de abril de 2.009 passou a ser denominado Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) e o ITA, Instituto Tecnológico de Aeronáutica, instituições criadas respectivamente, em 1.946 e 1.950, pelo então Tenente-coronel da Força Aérea Brasileira, o cearense Casimiro Montenegro Filho.
Em 1.953, Casimiro Montenegro convida o engenheiro aeroespacial e fundador da Focke-Wulf em Bremen, o alemão Heinrich Focke, com seus engenheiros, a atuarem no CTA, depois de tomar conhecimento dos projetos inovadores que realizavam na Alemanha, desenvolvendo desde 1.939, helicópteros como o Convertiplane HC-1.


Fundada no ano de 1.969 como uma sociedade de economia mista, vinculada ao Ministério da Aeronáutica, seu primeiro presidente foi o engenheiro Ozires Silva, que havia liderado o desenvolvimento do avião Bandeirante.
Inicialmente, a maior parte de seu quadro de pessoal formou-se pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) do Centro Técnico Aeroespacial (CTA). De certa maneira, a Embraer nasceu dentro do CTA. No ano de 1.980, houve uma fusão com a Indústria Aeronáutica Neiva, que se tornou sua empresa subsidiária. Durante as décadas de 1.970 e 1.980, a Embraer conquistou importante projeção nacional e internacional com os aviões Bandeirante, Xingu e Brasília.
Maurício Botelho foi responsável pela reestruturação da empresa, principalmente no âmbito financeiro. O lançamento do projeto da família ERJ-145, jatos comerciais com capacidade de até 50 passageiros, foi um sucesso de mercado que atingiu a marca de 1.000 aeronaves vendidas em 2.006.
O passo seguinte foram novos investimentos para a criação da linha de aviões EMBRAER 170/190, uma aposta no segmento de 70 a 120 lugares, classificados como E-Jets.
Estes são um sucesso com 878 encomendas firmes e 915 intenções de compra, e que foram logo associados a um novo nicho de mercado, ocupado pelas principais empresas aeronáuticas (Major) e as de baixo-custo e baixa-tarifa (low-cost, low-fare). Neste segmento, sua atual maior concorrente é a empresa canadense Bombardier com modelos de até 90 lugares.
Ela não está tão bem posicionada no mercado, pois seus produtos são versões estendidas das aeronaves de 50 passageiros, tornando-os menos espaçosos e econômicos. Em 2.000, a empresa lançou ações nas bolsas de valores de Nova Iorque e de São Paulo.
Em 20 de janeiro de 2.006, a Embraer anunciou um plano de reestruturação societária, segundo a qual o poder decisório será pulverizado entre todos os acionistas, pois todos os portadores de ações da empresa na Bolsa de Valores de São Paulo terão direito a voto.
Além disso, o esquema no qual os fundos de pensão Previ, Sistel e a Cia. Bozano que controlam 60% das ações, desde sua privatização, será desfeito. Maurício Botelho continuará na presidência do Conselho de Administração da empresa até 2.009.


Em dezembro de 2.012, a Embraer contava com 740,5 milhões de ações no mercado, negociadas na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) e na Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo (BM&FBOVESPA), cerca de 50% em cada. Suas ações estavam distribuídas entre Fundos de pensão PREVI, Oppenheimer Fund's, Thornburg Investment, Blackrock Inc. BNDESPAR e outros BM&FBOVESPA.


Embraer 190 é um avião a jato com capacidade para até 114 passageiros, fabricado no Brasil pela Embraer.
Após o sucesso alcançado pelos jatos regionais ERJ-145, a fabricante brasileira Embraer apostou no desenvolvimento de uma nova família de aeronaves, com capacidade entre 70 e 90 passageiros, ampliado depois para 118 passageiros, com o Embraer 195.


Optou-se por começar o desenvolvimento do zero, o que transformou os E-Jets, como são conhecidos, na primeira família desenvolvida após os Brasília, já que os ERJ são baseados na fuselagem destes.
Cabine de comando do Embraer 190

Após o lançamento do Embraer 170 e do Embraer 175, chegou a vez do Embraer 190. Maior, mais longo e pesado que os irmãos mais velhos, a aeronave voou pela primeira vez em 2.004, e foi homologada em agosto de 2.005, e no mês seguinte, as primeiras entregas começaram, para a JetBlue, lançadora do tipo, e Air Canada.
Embora seja fabricado no Brasil, somente em 2.008, a Azul Linhas Aéreas Brasileiras se tornou a primeira companhia aérea nacional a utilizar os e-jets.
Em dezembro de 2.009, a Embraer entregou ao Governo Brasileiro o segundo Embraer 190, cumprindo um contrato assinado em junho de 2.008 entre a Embraer e o Comando da Aeronáutica, de compra de duas aeronaves para o serviço de transporte de autoridades da Presidência da República.
O primeiro havia sido entregue dois meses antes. As aeronaves foram adquiridas para substituir os dois Boeing 737-200 FAB VC 96, em serviço desde 1.976 e receberam a identificação FAB VC-2.
Em abril de 2.011 a holandesa KLM encomendou 5 aeronaves deste modelo, para entrega a partir de 2.012.
Os modelos Embraer 170, Embraer 175 e Embraer 195 são seus "irmãos" menores e maiores.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Embraer
http://pt.wikipedia.org/wiki/Embraer_190
Helicóptero é um tipo de aeronave de asas rotativas, mais pesada que o ar, propulsada por um ou mais rotores horizontais maiores (propulsores) que, quando girados pelo motor, criam sustentação e propulsão necessárias para o voo. Devido ao fato de as pás do rotor girarem em torno de um mastro, são classificados como aeronave de asa rotativa, o que os distingue das aeronaves de asa-fixa convencional (avião).
Em contraste com aeronaves de asa fixa, isso permite que o helicóptero possa decolar e pousar verticalmente, pairar e ir para frente, para trás e lateralmente. Esses atributos permitem aos helicópteros serem utilizados em áreas congestionadas ou isoladas em que as aeronaves de asa fixa não seriam capaz de pousar ou decolar. A capacidade de pairar por longos períodos de tempo e de decolagem e aterragem vertical permite aos helicópteros realizar tarefas que as aeronaves de asa fixa não podem executar.

Os helicópteros foram desenvolvidos e construídos durante a primeira metade de século XX, com alguma produção e alcance limitado, mas foi só em 1.942 que um helicóptero projetado por Igor Sikorsky atingiu a produção em larga escala, com 131 aeronaves construídas.
A primeira ideia pouco prática de um helicóptero foi concebida por Leonardo da Vinci no século XV, mas esquecida até a invenção do avião no século XX.
Desenvolvedores como Louis Breguet, Paul Cornu, Juan de La Cierva y Codorniu, Émile Berliner, e Igor Sikorsky abriram caminho para este tipo de aeronave. O primeiro voo bem-sucedido e registrado de um helicóptero ocorreu em 1.907, realizado por Paul Cornu, na França. Entre 1.920 e 1.926 o Argentino Raul Panteras Pescaras fez vários testes aportando o desenvolvimento do ajuste angular das pás para melhor controle da futura aeronave. Porém, o primeiro voo de um helicóptero completamente controlável foi demonstrado por Hanna Reitsch em 1.937 em Berlim, Alemanha.

No início da década de 1.940 Igor Sikorsky esteve na base do aparecimento do Sikorsky R4. Em 1.946, foi lançada a produção do Bell 47B, que atingia uma velocidade de 140km/h, com duas pessoas a bordo.
Entretanto, no fim dos anos 50, os helicópteros começam a especializar-se e a desenvolver-se, atingindo velocidades de 260 km/h, com até 44 lugares a bordo.
Tornando-se um símbolo de poder, o helicóptero veio a ser também uma fonte de prestígio para determinados homens de negócios. Tudo começou quando a companhia norte-americana Bell não ganhou uma encomenda de helicópteros de observação, acabando, em 1.965, por adaptar o projeto à área civil.
Este helicóptero veio a ser um modelo popular entre os homens de negócios, apreciadores do conforto.
Helicóptero do tipo rotor gêmeo com uma porta de carga grande e de levantamento externo, e é usado para transportar para-quedistas, evacuação de vítima, e para erguer cargas grandes.
Nos anos 70, acabou por ser melhorado, readquirindo o seu interesse militar, pelo que foi vendido a forças armadas de todo o Mundo. Ainda no campo militar, surgiu o AH-64 Apache, que veio a constituir a base dos helicópteros modernos.
Na década de 1.990, surge o Agusta Westland EH101, um helicóptero diversificado que suporta o transporte de passageiros, operações militares e de salvamento no mar. Com as melhorias da tecnologia, o consumo de combustível baixou. Os níveis de ruído foram reduzidos, o mesmo sucedendo com as vibrações. Desta forma, passa também a haver um menor desgaste da estrutura.
Em termos militares, a fuselagem é feita de forma a diminuir as possibilidades de os helicópteros serem detectados por radares, tendo esta sido uma das preocupações dos engenheiros aeronáuticos durante os anos 90. Uma das possibilidades é fazer com que o helicóptero não emita uma quantidade elevada de calor, para não ser detectado por infravermelhos.

Desta forma, o helicóptero é um meio de transporte que tem evoluído. Depois de ter sido usado ora em termos civis, ora para fins militares, adquiriu um estatuto especial entre outras formas de transporte. Acaba, assim, por se revelar fundamental para situações de salvamento, de guerra ou mesmo como meio de transporte de luxo.

O helicóptero também é muito utilizado por emissoras de televisão de muitos países ao redor do planeta. No Brasil, o Comandante Hamilton Rocha foi o pioneiro nesta área. Além de pilotar a máquina, ainda atua como repórter (formado em jornalismo) fazendo a narrativa de ocorrências e monitoramento do trânsito na cidade de São Paulo.

Os helicópteros têm utilizações militares e civis, como transporte de tropas, apoio de infantaria, apoio no combate a incêndios, resgate de acidentados nas metrópoles, operações entre navios, transporte de equipes para plataformas petrolíferas, transporte de empresários, evacuação sanitária, guindaste aéreo, polícia e vigilância de civis, transportes de bens (alguns helicópteros podem levar cargas que podem ser lançadas de paraquedas).

Comparando com os aviões, os helicópteros são muito mais complexos, mais caros na compra e na manutenção e operam com reduzida velocidade, com pouca autonomia e com pouca capacidade de carga. A vantagem obtém-se na capacidade de manobra: helicópteros podem parar, inverter a trajetória e, acima de tudo, podem decolar e pousar com voo vertical. Dependendo do reabastecimento e da quantidade de carga, um helicóptero pode viajar para qualquer lugar desde que haja espaço no local de aterrissagem.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Helic%C3%B3ptero


     O sonho de voar teve um avanço tecnológico extraordinário ao longo dos tempos.







Fontes : além das já citadas




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