quinta-feira, 28 de março de 2013

Blondine, uma loira de respeito

O mercado cervejeiro anda bem aquecido no Brasil,e a prova disso é a entrada no mercado da recente e ousada micro cervejaria Blondine, com fábrica instalada em Curitiba e capacidade mensal de produção de 100 mil litros de cerveja.

Blondine Microbewery.
Fomos até o show room em São Paulo para conhecer as suas atraentes cervejas.
Postado por Boteco & Cerveja na terça-feira fev 14, 2012.
http://www.botecoecerveja.com.br


Aloisio Xerfan, diretor da empresa, nos recebeu dando uma aula de empreendedorismo e mostrou todos os detalhes da Blondine e seus produtos.
Show room Blondine.
A Blondine chegou ao mercado com duas cervejas, a Jackpot e a Bad Moose. Uma das característica da cervejaria é seguir a lei da pureza alemã (Reinheitsgebot), que consiste em produzir cerveja com apenas água, malte, lúpulo e levedura. Além de seus modernos e atraentes rótulos, no estilo americano!
Alameda dos Maracatins 67 - Moema - São Paulo-SP.

Ingredientes das cervejas Blondine.

O responsável pela elaboração das receitas é o competente mestre cervejeiro Otto Dummer, com mais de 30 anos de experiência no segmento e com formação no exterior.
Diretor Industrial na BLONDINE MICROBREWERY
Gerente Industrial na Primo Schincariol - Cervejaria Baden Baden
Gerente Industrial na Primo Schincariol
Gerente de Cervejaria na Primo Shincariol
Gerente de Fabrica na Cervejaria Bavária
Gerente Industrial na Cervejaria Zanni Ltda.
Gerente Industrial na Cia Cervejaria Brahma
Gerente Industrial na Cevejarias Reunidas Skol Caracu S.A.
Gerente de produção na Cervejarias Reunidas Skol Caracu S.A.
Formação acadêmica
Doemens Akademie- München
Tehnische Universität München-Weihenstephan
Universidade Federal do Paraná
A Jackpot é uma cerveja Pilsen, 4,6% de teor alcoólico, clara, cremosa, brilhante, frisante e refrescante, qualidades que conferimos pessoalmente. Tem um alto drinkability, excelente opção para aqueles dias muito quentes. 
O seu rótulo faz menção ao prêmio máximo “777″ nos caça niqueis, destinado à consumidores que se identificam na busca de superações todos os dias.
A Bad Moose é outra Pilsen, com maltes diferenciados e em maior quantidade, 4,5% de teor alcoólico. Tem aparência dourado intenso e espuma muito persistente! Tem um amargor bem diferenciado graças ao blend de maltes na proporção ideal!
O rótulo traz um descontraído e simpático alce remetendo à um público jovem que gosta de diversão.

Bad Moose.
Ambas são comercializadas em garrafas long neck,  600ml, além do chope. O próximo lançamento será a Bad Moose Pale Ale. Estamos ansiosos para conhecer!
Luminoso da Jackpot para os estabelecimentos comerciais.
O grande destaque da Blondine é o seu compromisso com a qualidade, somando todos os esforços e investimentos para obter um produto que mantenha a mesma qualidade em todos os lotes e sempre prestando excelente serviço de distribuição. Inclusive a Blondine entrega todos seus barris de chope em veículos refrigerados para manter a qualidade de sua cerveja sem sofrer alteração no transporte.
Já podemos encontrar a Jackpot e a Bad Moose em alguns do melhores restaurantes e bares da cidade de SP. E em breve poderemos encontrá-la em empórios e mercados! 
Jackpot.
Apesar do pouco tempo no mercado, a Blondine está cada vez mais presente nas cidades de diversos estados brasileiras! A expansão está sendo bem rápida.
Bad Moose.
Se você é comerciante, não deixe de visitar o show room da Blondine e disponibilizar essa ótima cerveja. Nós consumidores agradecemos!
Blondine Microbewery
Curitiba/PR
www.blondine.com.br 


Blondine é uma palavra alemã que significa loira.

A valorização especial de loiras não é um fenômeno moderno, pois mesmo com a antigos egípcios , houve esse ideal de beleza, especialmente em nível superior as mulheres. No antigo Egito fascinou o cabelo loiro, porque a cor do cabelo predominante era um preto lustroso. Havia entre os antigos egípcios, mas também as pessoas com cabelo loiro. Eles não eram do delta do Nilo, mas provavelmente da região de Cáucaso. No norte da África, houve até lendários povos loira, como a garamantes Südlibyens, provavelmente berbere , que, como a paleoantropologia observou junto com a genética, tinha andado de volta como as pessoas da Europa e trouxe de lá genes cabelos loiros, bem como os ancestrais dos tuaregues e os guanches , que se acredita que eles também veio da Europa e, provavelmente, o tipo de Cro-Magnon tinha ouvido. Os egípcios da antiguidade técnicas relacionadas de coloração de cabelo. Tanto o cabelo do seu próprio e perucas são de cor azul, verde, também loiro e ruivo. Para alcançar tons louros, pó de ouro foi usado. O cabelo era pelos egípcios como o enfeite mais bonito da mulher, como o homem. Portanto, com esta muito esforço tem sido dispendido. Nefertiti , esposa do faraó Akhenaton , tinha uma grande paixão por perucas e tinha uma coleção inteira.
Quando os gregos era loiro como um "cor do cabelo divino". Seus deuses e deusas, os gregos são apresentados com cabelos loiros, como evidenciado por restos de tinta e pedaços de ouro para estátuas gregas, que não tenham sido tão branco como são hoje em museus ver, mas tão colorido pintado no templo. Templos semelhantes são encontrados no Egito, onde tais pinturas são, em parte devido ao clima de deserto para este dia, como Abidos, o Templo de Ramsés II e I. 
A mitológica Helena, que foi considerada a mulher mais bonita do mundo foi, loira. Ela foi o motivo da Guerra de Tróia.















As microcervejarias trouxeram para os brasileiros a opção de consumir produtos cervejeiros exclusivos e diferenciados com vários tipos, texturas, aromas e sabores, fugindo da ditadura da cerveja/chopp pilsener ou pilsen (ou mesmo oferecendo pilsener de qualidade superior às marcas dominantes).
Muitas delas produzem suas cervejas seguindo a Reinheitsgebot (Lei da Pureza Alemã).
As microcervejarias já são um setor consolidado na Europa e nos EUA, no Brasil começaram a surgir na década de 90 e hoje já são ao redor de 180 companhias, atuando em nicho de mercado premium ainda pequeno na realidade brasileira, em torno de 5% do mercado total de cerveja em 2010. Como em outros países, a distribuição é limitada e regionalizada atendendo desde um único bar ou restaurante até alguns estados, ainda que, em muitos casos é possível encontrá-las em lojas on-line de bebidas.
As microcervejarias estão concentradas no Sul e Sudeste com destaque para a região de Blumenau (SC), sendo que a Oktoberfest reserva um pavilhão inteiro para as cervejas artesanais, e Ribeirão Preto (SP), que teve sua história ligada à grande indústria cervejeira, mas hoje passa por um processo de valorização de microcervejarias.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lista_de_microcervejarias_no_Brasil




Cervejas artesanais são aquelas produzidas quase que de "forma caseira". Várias micro-cervejarias, mesmo utilizando equipamentos modernos e engarrafando suas produções, ainda assim são consideradas como cervejarias artesanais pelo cuidado que têm com sua produção, indo desde os ingredientes básicos da cerveja, passando pela receita de preparo e chegando até aos conservantes finais, que devem ser naturais e não químicos.
Outras micro-cervejarias, ou cervejarias caseiras, são realmente o que podemos chamar de artesanais ao pé da letra. Utilizam equipamentos pequenos, que cabem em qualquer cozinha, normalmente não possuem engarrafadoras e guardam suas produções com garrafas de cerveja comum e rolhas.
Ao ouvir falar em Cerveja Artesanal, pense em cervejas mais bem cuidadas, com produções mais restritas (mas não necessariamente pequenas), o que leva a produtos com resultados finais muito interessantes e diversificados.
As cervejas caseiras, aquelas feitas em casa com produções limitadas, normalmente de 20 a 40 litros por vez, também podem ser consideradas cervejas artesanais.
http://www.brejas.com.br/cervejas-artesanais.shtml

A Reinheitsgebot (português: Lei da Pureza da Cerveja) foi uma lei promulgada pelo duque Guilherme IV da Baviera, em 23 de Abril de 1516. A lei da pureza da cerveja instituiu que a cerveja deveria ser fabricada apenas com os seguintes ingredientes: água, malte de cevada e lúpulo. A levedura de cerveja não era conhecida à época.
Ele constitui um dos mais antigos decretos alimentares da Europa.


Foi em 1906 que o Reinheitsgebot se estendeu a toda a Alemanha, apesar das críticas da indústria da cerveja.
Após a Segunda Guerra Mundial, o decreto foi modificado e incorporado à regulamentação federal para a taxação da cerveja (Biersteuergesetz).
Nas cervejas de baixa fermentação foram autorizados o malte de cevada, o lúpulo e a água.
Nas cervejas de fermentação elevada foram autorizados, além disso, os maltes de outros cereais bem como um número limitado de açúcares e corantes.
Por último, maior liberdade foi deixada às cervejas destinadas à exportação.
Texto da Lei
Proclamamos com este decreto, por Autoridade de nossa Província, que no Ducado da Baviera, bem como no país, nas cidades e nos mercados, as seguintes regras se aplicam à venda da cerveja:
Do dia de São Miguel (29 de Setembro) ao dia de São Jorge (23 de Abril), o preço para um Litro ou um Copo, não pode exceder o valor de Munique do pfennig.
Do dia de São Jorge (23 de Abril) ao dia de São Miguel (29 de Setembro), o Litro não será vendido por mais de dois pfennig do mesmo valor, e o Copo não mais de três Heller (Heller geralmente é meio pfennig).
Se isto não for cumprido, a punição indicada abaixo será administrada.
Se todo cervejeiro tiver outra cerveja, que não a cerveja do verão, não deve vendê-la por mais de um pfennig por Litro.
Além disso, nós desejamos enfatizar que no futuro em todas as cidades, nos mercados e no país, os únicos ingredientes usados para fabricação da cerveja devem ser cevada, malte e água.
Qualquer um que negligenciar, desrespeitar ou transgredir estas determinações, será punido pelas autoridades da corte que confiscarão tais barris de cerveja, sem falha.
Se, entretanto, um comerciante no país, na cidade ou nos mercados comprar dois ou três barris da cerveja (que contém 60 litros) para revendê-los ao vendedor comum, apenas para este será permitido acrescentar mais um Heller por Copo, do que o mencionado acima. Além disso, deverá acrescentar um imposto e aumentos subsequentes ao preço da cevada (considerando também que os tempos da colheita diferem, devido à localização das plantações).
Nós, o Ducado da Baviera, teremos o direito de fazer apreensões para o bem de todos os interessados.
Guilherme IV Duque da Baviera




Hoje
Devido à regulamentação européia, outros ingredientes são autorizados nas cervejas alemãs, mas a maioria dos cervejeiros alemães continuam a seguir as prescrições do Reinheitsgebot, consideradas garantia de qualidade. 

Isto acontece principalmente nas marcas vendidas em território alemão.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Reinheitsgebot



Via de regra, as cervejas são feitas com água, cevada maltada e lúpulo, fermentados por leveduras.
A cerveja é resultado da fermentação alcoólica preparada de mosto de algum cereal maltado, sendo o melhor e mais popular a cevada.
Como é composta principalmente por água, a origem dessa água e as suas características têm um efeito importante na qualidade da cerveja, influenciando, por exemplo, o seu sabor. Muitos estilos de cerveja foram influenciados ou até mesmo determinados pelas características da água da região.
Dentre os maltes, o de cevada é o mais frequente e largamente usado devido ao seu alto conteúdo de enzimas, mas outros cereais maltados ou não maltados são igualmente usados, inclusive: trigo, arroz, milho, aveia e centeio.
A introdução do lúpulo foi relativamente recente na sua composição. Acredita-se que tenha sido introduzido apenas há umas poucas centenas de anos atrás.
Usa-se a flor do lúpulo para acrescentar um gosto amargo que equilibra a doçura do malte e possui um efeito antibiótico moderado que favorece a atividade da levedura de cerveja em relação a organismos menos desejados durante a fermentação.
As leveduras, nesse processo, metabolizam os açúcares extraídos dos cereais, produzindo muitos compostos, incluindo o álcool e dióxido de carbono.
Dezenas de estirpes de fermentos naturais ou cultivados são usados pelos cervejeiros, sendo, de um modo geral, divididos em três gêneros: fermentação alta (ale), baixa fermentação (lager) e leveduras selvagens.
Cerveja do tipo ale produzida originalmente na Inglaterra, esta cerveja é fabricada a partir do processo de fermentação alta, isso porque a fermentação ocorre à uma temperatura elevada, entre 15°C e 20°C, facto que leva as leveduras a subirem à superfície, resultando em uma cerveja forte e encorpada;
Cerveja do tipo lager, amarga, de coloração dourada e bastante transparente. É o estilo de cerveja mais consumido no Brasil.
A cerveja foi uma das primeiras bebidas alcoólicas produzidas pelo homem, por meio de fermentação alcoólica.


Veja abaixo todo o processo de fabricação em escala industrial:
http://quimicoestudante.blogspot.com.br/2012/06/como-e-feita-cerveja.htmlhttp://hypescience.com/10-coisas-que-voce-nao-sabia-sobre-a-cerveja/



Processo de Fabricação da Cerveja

 
1- Moagem do Malte:
O malte é moído em moinhos de rolos ou martelos para que o amido contido em seu interior fique exposto para ser transformado durante o processo.



2- Mosturação:
O malte moído é misturado com água em temperaturas pré-estabelecidas para que se inicie a ação de enzimas, que quebrarão as cadeias de amido em cadeias menores de açúcares como glicose e maltose, entre outros.


3- Clarificação:
Após ter todo o amido transformado, as cascas formam uma camada filtrante perfeita, onde agora o liquido já chamado de mosto é filtrado.



4- Fervura do Mosto:
O mosto é levado à ebulição e fervido para que substâncias não desejáveis se volatilizem, proteínas coagulem e o mosto seja esterilizado. Nesta etapa é adicionado o lúpulo, responsável por fornecer amargor e aroma característico da cerveja.

5- Resfriamento do mosto:
O mosto é resfriado conforme o tipo de fermentação que irá sofrer e do tipo de levedura utilizado. Após ser resfriado, a levedura (fermento) é inoculada e a mistura é colocada em um tanque para ser fermentada.

6- Fermentação:
Durante alguns dias, os açúcares do mosto são consumidos pela levedura e transformados em álcool e CO2, além de calor. Estes tanques possuem temperatura controlada para que a fermentação seja sempre homogênea.

7- Maturação:
Nesta fase, algumas substâncias ainda são transformadas pela levedura em suspensão na cerveja, além de haver separação da levedura da cerveja (decantação ou flotação), incorporação de CO2 e retirada de alguns gases formados.
8- Filtração:
O Chopp maturado é filtrado para que se torne límpido e brilhante, como o que conhecemos. Nesta fase é adicionado mais CO2 e podem ser adicionados estabilizantes de espuma e coloidal além de antioxidante.

9- Envasamento:
O Chopp, após a filtração, é acumulado em tanques que alimentam as linhas de envasamento. Em todas elas o Chopp é envasado com o máximo de cuidado para que não seja incorporado oxigênio dentro do barril onde será acondicionado.

http://www.heilige.com.br/processo-de-fabricacao/


Como já vimos, os ingredientes básicos da cerveja são : malte, lúpulo, levedura e água.


O ingrediente principal da cerveja (depois da água, obviamente) é o malte. O malte fornece carboidratos (açúcares) que serão fermentados pelos fungos (leveduras) para produzir o álcool e o gás carbônico (CO2) além de, obviamente, vários subprodutos dando origem aos mais variados sabores e aromas (não provenientes do lúpulo) da própria cerveja.
Mas o que é o Malte? E por que certos cereais são considerados “maltados” e outros não?
O Malte é um produto que resulta da germinação induzida e posterior dessecação da cevada ou de outros cereais (como o trigo). O malte forma-se a partir de sementes de cereal que são colocadas de molho, em uma grande tina cheia de água fria, a uma temperatura de aproximadamente 10 ºC. Quando o grão de cevada absorve o máximo possível de água (teor de umidade de aproximadamente 45%), dá-se a germinação. O resultado do processo é chamado de malte verde.
A cevada é o principal cereal utilizado para se obter o malte, matéria-prima básica da cerveja
Grão de cevada e sua constituição, após sua germinação dará origem ao malte
O processo de “maltagem” consiste em induzir, portanto, a germinação dos grãos. O malte verde será seco e torrado, diferentes níveis de torrefação levam a diferentes tipos de malte para utilização a fim de produzir cervejas variadas. Estimativamente, cada 100 Kg de cevada produzem cerca de 160kg de malte verde que como malte pronto (seco e torrado) pesa cerca de 80kg. A cor do malte varia muito de acordo com o processo e a intensidade da torrefação. Quanto mais torrado o malte mais escuro ele vai ser, conferindo à cerveja uma cor mais escura também, além de sabor e aromas totalmente diferenciados.
Diferentes estágios de torrefação de cevada maltada
E os tais “Cereais não maltados”?
Você já deve ter lido sobre a famosa Lei da pureza Alemã da Cerveja de 1516, a chamada Reinheitsgebot. Nós já falamos dela algumas vezes aqui no Baco&Ninkasi. Quando falamos da Franziskaner Hefeweissbier mencionamos que o principal motivo que levou à promulgação da referida lei pelo duque Guilherme IV da Baviera, foi a escassez de trigo, cereal nobre que era muito necessário para a alimentação, que estava sendo muito utilizado na fabricação de cervejas de trigo (weizen em alemão ou weissbier), com vantagens econômicas para os produtores do cereal inclusive.
A Reinheitsgebot de 1516 estabelecia que a cerveja deveria ser fabricada apenas com água, malte de cevada e lúpulo (não se adicionava levedura à época, era aguardada a fermentação lenta com a proliferação natural dos grãos, pois não se conhecia a existência de microorganismos de nenhuma espécie). Entretanto a lei era restrita à Baviera, apenas em 1906 ela se estendeu para toda a Alemanha, apesar das críticas dos produtores. Após a segunda guerra mundial, como parte do processo de reconstrução da Alemanha, após a derrota dos Nazista,e em uma espécie de retorno às origens do povo germânico e sua cultura, buscando desvinculá-la do regime de Adolf Hittler, o decreto foi modificado e foi incorporado à regulamentação federal para a taxação da cerveja (Biersteuergesetz). As seguintes modificações foram mais relevantes:
Nas cervejas de baixa fermentação continuavam autorizados apenas o malte de cevada, o lúpulo e a água.
Nas cervejas de fermentação elevada foram autorizados, além disso, os maltes de outros cereais bem como um número limitado de açúcares e corantes.
Por último, maior liberdade foi deixada às cervejas destinadas à exportação.
Outros países utilizavam maltes de outros cereais (trigo principalmente, nas weiss ou weissbier), e mesmo cereais não maltados (ou seja, incapazes de fornecerem o malte pelo proceso de germinação induzida) como fontes de carboidratos para a fermentação pela levedura Saccharomyces cerevisae. Os principais cereais “não maltados” utilizados no passado e até nos dias de hoje são: Arroz (Budweiser, por exemplo), Milho (Skol, por exemplo) e outros como o Sorgo (muito usado como alimento animal). A finalidade do uso deste tipo de cereal é baratear o processo e obter maior rendimento, desta forma as cervejas produzidas em escalas absurdamente grandes, normalmente levam cereais não-maltados na composição (uma exceção honrosa é a holandesa Heineken, megacervejaria que somente produz cerveja com cereais maltados).
As cervejas que levam apenas Malte de cevada na sua composição são chamadas de “Puro Malte”, sendo normalmente consideradas como “Premium”, desde que sejam utilizadas outras excelências no processo de fabricação (água de qualidade por exemplo, que deve ser purificada, pois mesmo água mineral de qualidade pode ter componentes naturais capazes de causar interferência nos processos de fabricação).

A cerveja é uma bebida produzida a partir da fermentação (provocada por uma levedura – a Saccharomyces cerevisae) de cereais, em especial os maltados como a cevada, e da adição de lúpulo, uma planta (da família das trepadeiras) de origem européia da espécie Humulus lupulus. No calor do cozimento da mistura, o lúpulo libera suas resinas de sabor amargo, dando à cerveja sabor característico.
A flor do Lúpulo, planta responsável por conferir sabor e aroma especial à cerveja
O lúpulo tem seu primeiro cultivo registrado no ano de 736 DC, em Hallertau, região hoje pertencente à Alemanha. Esta região é, ainda hoje, considerado o mais importante centro de produção, sendo responsável por cerca de 25% da produção mundial. Entretanto, a primeira citação do uso do lúpulo na fabricação de cerveja foi em 1067 por Hildegard of Bingen.
Humulus lupulus lupulus e sua estrututa típica
Atualmente, o lúpulo é bastante valorizado, sobretudo nas chamadas cervejas especiais e Gourmet, onde sabores e particularmente aromas são bastante desejados. Além de Hallertau na Alemanha (principal fornecedora de lúpulo para muitos fabricantes de cervejas Premium), também é famoso o Lúpulo de Saaz, um tipo de lúpulo aromático, e menos amargo, utilizado na fabricação de várias cervejas.  De origem tcheca foi originalmente utilizado na fabricação das cervejas Pilsen. Seu aroma característico pode ser verificado na tcheca Pilsner Urquell (ou Urquell Pils, considerada a Pilsen original, mãe de todas as outras), na 1795, na brasileira Bohemia e na holandesa Amsterdam Lager.
O lúpulo foi introduzido nas cervejas da Inglaterra no início do século XVI e nos EUA em 1629. Os principais centros de produção do Reino Unido encontram-se em Kent (que produz o lúpulo Kent Golding) e Worcestershire. Nos EUA no estado de Washington. Outras importantes áreas de cultivo incluem Bélgica, Xinjiang (China), Tasmânia (Austrália), a região de Lublin (Polônia) e Chuvashia (Rússia). Além disso a Nova Zelândia também vem surgindo como produtora de lúpudo, sendo hoje referência na produção de lúpulo orgânico.
Países onde se dá a produção de lúpulo ao redor do mundo. No hemisfério sul apenas na Austrália e na Nova Zelândia são observadas produções significativas.

As leveduras, como os bolores e cogumelos, são fungos. Apresentam-se caracteristicamente sob forma unicelular. A etimologia da palavra levedura tem origem no termo latino levare com o sentido de crescer ou fazer crescer, pois as primeiras leveduras descobertas estavam associadas a processos fermentativos como o de pães e de mostos que provocam um aumento da massa do pão ou do volume do mosto pela liberação de gás e formação de espuma nos mostos.
Como células simples, as leveduras crescem e se reproduzem mais rapidamente do que os bolores, pois são mais eficientes na realização de alterações químicas, devido a sua maior relação de área/volume.
As leveduras também diferem das algas, pois não efetuam a fotossíntese, e igualmente não são protozoários porque possuem uma parede celular rígida, formada de quitina. São facilmente diferenciadas das bactérias em virtude das suas dimensões maiores e de suas propriedades morfológicas.
Estes microrganismos são cultivados em destilarias para a produção de etanol (álcool combustível) a partir do açúcar da cana. São também cultivadas a partir do melaço da cana-de-açúcar para serem usadas na fabricação de pães. Assim, são de extrema importância para a produção de álcool (álcool combustível e bebidas alcoólicas), além de outros produtos de grande interesse industrial até para a saúde e alimentação animal.
Levedura de cerveja
A levedura de bebidas alcoólicas é um fermento natural utilizado na fermentação do mosto (uma mistura de cevada, água e lúpulo) para produzir cerveja. As leveduras de bebidas alcoólicas são do gênero Saccharomyces, sendo a principal a espécie Saccharomyces cerevisiae. As células de levedura são uma fonte de alto teor proteico, porém, ao contrário das fontes de proteína animal, tem a vantagem de possuir outros tipos de gorduras. Também é uma rica fonte principalmente de vitaminas do complexo B, tais como B1, B2, B5, B6, B9, B12, B15 E BX.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Levedura#Levedura_de_cerveja


Embora a levedura seja sempre da espécie Saccharomyces cerevisae, cada cervejaria cultiva em laboratório suas próprias “cepas” (que numa analogia mais leiga, seria como se fossem raças de cães da mesma espécie, ou seja, a Cannis familiaris, são iguais porém diferentes). Assim, cada cervejaria consegue ter uma levedura um pouco diferente, obtendo um produto final (a cerveja), também diferente.



Imagem microscópia da Saccharomyces cerevisae, a levedura responsável pela fermentação que produz a cerveja, daí seu nome.

Investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (FCT/UNL) descobriram que o antepassado selvagem da levedura da cerveja que bebemos hoje vive na Patagónia, América do Sul, e pretendem agora perceber como chegou até aqui.
Este estudo, produto de seis anos de trabalho em parceira com investigadores argentinos e norte-americanos, foi publicado online, esta segunda-feira, na revista científica "Proceedings of the National Academy of Sciences USA", e será capa da edição impressa a publicar na próxima semana.
O investigador José Paulo Sampaio, do Centro de Recursos Microbiológicos da FCT/UNL, explicou à agência Lusa que o ponto essencial desta descoberta é uma porta aberta à possibilidade de "modificar conscientemente os micróbios que utilizamos na produção de alimentos".
Simplificando, explicou o cientista, "ao longo da nossa história fomos domesticando plantas -- como o trigo ou o milho -- e animais -- como o boi ou o cavalo".
"Sabemos agora que o mesmo aconteceu com os micróbios. Neste último caso, se entendermos como decorreu o processo de domesticação, e avaliando as diferenças entre o micróbio selvagem e o micróbio domesticado, podemos perceber melhor a natureza das alterações associadas à domesticação e usar esse conhecimento para melhorar ou diversificar os alimentos produzidos por microrganismos", referiu.
Em concreto, o que este estudo traz de novo é a revelação da identidade genética do componente desconhecido e fonte de décadas de controvérsia entre cientistas do híbrido cervejeiro.
http://www.dn.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1959809
Origem e condição da água interferem diretamente na qualidade final da bebida

A água utilizada na produção dos alimentos influencia diretamente na qualidade do produto final. Em especial, no processo de produção de cervejas, a água influencia diretamente na qualidade do produto já que corresponde a aproximadamente 95% da bebida. Para fabricar um litro de cerveja, estima-se que uma cervejaria consuma em torno de 5 a 10 litros de água, por conta dos diversos processos de produção onde é utilizada. 

Segundo o especialista em Instrumentação para tratamento da água, Mauro Banderali, “a água proveniente de rios ou poços tubulares exige diferentes tipos de tratamento, dependendo de suas condições de origem. O tratamento pode incluir a decantação, filtragem, tratamento desinfetante, entre outros”.

Ruben Froemming, gerente de Processos Industriais da Cervejaria Schincariol, ressalta que a qualidade da água interfere não apenas no produto final, mas em todo processo de produção da cerveja. “Dependendo do seu pH, grau de dureza e alcalinidade restante, o efeito sobre a qualidade final da bebida pode ser percebido na sua aparência (cor e turbidez), na sua estabilidade organoléptic
a (sabor, aroma) e na estabilidade físico química, (shelf life) -  tempo que um alimento permanece saudável antes de se tornar inadequado para o consumo”.
Na unidade da Schincariol localizada em Itu/SP, são produzidas quatro tipos de cervejas. A empresa possui 13 fábricas em 11 estados brasileiros. Em Itu, a água é coletada através das chuvas, nascentes e riachos, ou seja, das águas superficiais. De acordo com Froemming, “essa água é represada em açudes de propriedade própria e enviada por uma adutora até a fábrica, onde é feito o tratamento da água bruta retirada dos açudes. Trata-se de um tratamento de flotação, filtração e cloração, tornando a água potável e com características ideais para a produção de cerveja”. Para o Gerente de Processos Industriais da Schincariol, os parâmetros de qualidade da água que devem ser observados para obter-se uma cerveja de qualidade devem ser “pH, dureza, alcalinidade e substâncias orgânicas”. 
De acordo com a cervejaria Ambev, que possui 34 fábricas no Brasil e produziu 118,7 milhões de hectolitros de cerveja em 2011, atualmente existem tecnologias para garantir que a água esteja sempre nos mesmos padrões de qualidade, independente da região onde é captada. “A tecnologia e os processos utilizados aliados a rígidos controles de qualidade, garantem que a água usada na fabricação de cervejas em uma fábrica do sul seja igual àquela utilizada para a produção de uma fábrica do norte ou nordeste do país”, afirma a empresa.
A fábrica da Ambev de Agudos/SP, responsável pela produção de cinco diferentes marcas de cerveja, coleta água da Bacia Hidrográfica Tietê Jacaré por meio de poço profundo. Já a fábrica de Jaguariúna, produtora de onze diferentes marcas de cervejas e chopes capta água superficial da Bacia Capivari/Jundiaí. Segundo a Ambev, a água entra em todas as etapas de produção. “Após a fabricação, o líquido está presente também no processo de envasamento, nas etapas de lavagem das embalagens, sanitização dos equipamentos e pasteurização do produto acabado”, informa a empresa.

Qualidade da água e tecnologia

O gerente de Processos Industriais da Schincariol, Ruben Froemming,  afirma que uma água superficial adequadamente tratada tem as mesmas condições de qualidade que as melhores águas subterrâneas. "A tecnologia tem condições de trazer qualquer água de superfície para as condições ideais de uso no processo cervejeiro", explica.

“Em todo Brasil é possível verificar que existe uma forte tendência ao uso da água subterrânea para fins de abastecimento público e alimentício, isso porque a água em geral, passou por longos processos de filtragem através das camadas de solo.  A água subterrânea é uma fonte barata e fácil de abastecimento por raramente possuir cor ou odor, demandar maior simplicidade no seu tratamento para distribuição ou uso. Porém o que era uma facilidade  pode se tornar uma dificuldade, pois perfurações não informadas ou fora das normas estaduais ou federais e sem o acompanhamento de especialistas podem gerar vastas contaminações na água subterrânea, conforme últimos levantamentos da Associação Brasileira de Águas Subterrâneas (ABAS). 
Outro grande equívoco é pensar que essa fonte nunca se esgotará, e esse problema já é enfrentado por muitos municípios em todo Brasil", explica o especialista em tecnologias para tratamento da água da Ag Solve, Mauro Banderali.
“Para que a quantidade de substâncias químicas não interfira nas cervejas, é necessário que alguns parâmetros básicos de qualidade da água sejam monitorados, como pH, condutividade elétrica, potencial de oxiredução, turbidez, monitoramento da temperatura e o nível estático e dinâmico da coluna de água, e eventualmente nutrientes”, explica Banderali. Segundo ele, a tecnologia mais indicada para essa função são as novas sondas Aquaread, capazes de identificar temperatura, turbidez, pressão atmosférica, oxigênio dissolvido mg/l, oxigênio dissolvido saturação, condutividade elétrica, condutividade elétrica absoluta, total de sólidos dissolvidos, salinidade, entre outros parâmetros”. As sondas tem a capacidade de mensurar a qualidade da água em tempo real. “Além disso, permitem o armazenamento e pré-tratamento do dado, validação e transmissão por celular, rádio ou satélite para um banco de dados para análise em tempo real ou futura”, explica o especialista.

http://www.agsolve.com.br/noticias/qualidade-da-agua-na-producao-de-cervejas

Os vários tipos de cerveja.
O Clube do Malte iniciou em Janeiro de 2010, em Curitiba, com uma loja conceito (restaurante/bar/empório de cervejas) onde, além de beber as melhores cervejas do mundo e experimentar a gastronomia especialmente elaborada para harmonizar com os diversos estilos de cerveja, se tornou um espaço para conhecer e explorar o fascinante universo das cervejas especiais. Em 2011, iniciamos nosso planejamento de expansão por meio de franquias.
Com o intuito de expandir esta experiência de compras em Cervejas Especiais para internet, desenvolvemos este canal de vendas reunindo mais de 400 rótulos de cervejas especiais (nacionais e importadas), além de souvinires, presentes e itens relacionados ao mundo das cervejas. Para esta iniciativa, preparamos uma série de informações específicas sobre cada cerveja especial, com detalhes como: Estilo, graduação alcoólica, origem, cervejaria, coloração, sabor e aparência. Para facilitar a experiência de compra, também criamos um guia de navegação por características de cervejas: Leves, Maltadas, Ales Clássicas, Frutadas, Lupuladas, Complexas e Torradas.
Esperamos que você tenha uma ótima experiência de compra conosco!
Clube do Malte








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Os equipamentos utilizados na microcervejaria 
Podemos dizer que uma microcervejaria não difere muito de uma cervejaria grande, com relação ao processo e equipamentos. As maiores diferenças residem no fato de que muitas microcervejarias não necessitam de filtração e envasamento (embarrilamento e engarrafamento). 
O grau de automação é sensivelmente menor do que nas cervejarias maiores e limita-se aos agregados, como por exemplo, na geração de vapor e água gelada. O trabalho manual permite maior individualidade no processo de produção de cerveja e consequentemente no aroma e paladar da cerveja, que é a principal diferença entre a microcervejaria e a cervejaria de grande porte. As exigências tecnológicas com relação à estabilidade físico-química da cerveja são menores, o que permite uma instalação mais simples. 
Recepção de malte e moinho de malte 
O malte é normalmente fornecido em sacos ou a granel, e então, estocado em silos. A moagem é efetuada em moinhos de dois cilindros (rolos), que possuem dispositivos de segurança contra explosões e permitem regulagem para adaptar-se ao tipo de malte utilizado. 
A alimentação do moinho com malte pode ser mecânica, pneumática ou manual. A capacidade de moagem varia entre 300 e 700 kg/h. 
Sala de Cozimento 
Os equipamentos da sala de cozimento apresentam-se sob a forma convencional de dois equipamentos (Tina de Mostura + Cozinhador de Mosto conjugados e Tina de Clarificação acoplada ao Whirlpool) e de equipamentos compactos montados em estruturas metálicas. 
Os equipamentos são construídos em aço inox AISI 304 e devido ao atrativo visual, muitos cervejeiros optam por equipamentos revestidos em cobre polido. Os volumes por cozimento geralmente oscilam entre 500 e 2,5 mil litros. 
Os sistemas de aquecimento e fervura podem ser através de aquecimento direto por chama (queima de gás e óleo) ou elétrico. Os sistemas indiretos atuam através de vapor ou água quente, como nas cervejarias convencionais. Possuem a vantagem de oferecer um controle maior de temperatura e não afetam a mostura, o mosto e as superfícies de contato, sendo, no entanto, mais caros do que os demais. 
Para um aproveitamento melhor do calor gerado na sala de cozimento, utiliza-se um condensador de vapor para a condensação do vapor do cozimento do mosto, atendendo também a legislação ambiental de emissão de odores. A filtração da mostura é feita de modo convencional, por meio da tecnologia da tina de clarificação com seu fundo perfurado. 
O cozimento do mosto é feito entre 60 e 90 minutos. O mosto é resfriado através de trocador de calor de placas de dois estágios, onde no primeiro estágio o mosto é pré-resfriado com água da rede no contrafluxo e no segundo estágio, com água gelada a cerca de 0°C ou menos. Um cilindro de ar estéril pressurizado fornece o oxigênio necessário para a aeração do mosto frio. 
Os motores elétricos dos agitadores e da máquina de afofar bagaço podem ser controlados por inversor de frequência, inclusive as bombas. Uma unidade de controle permite monitorar e controlar à distância as principais operações da Sala de Cozimento. 
Tanques de fermentação, maturação e cerveja filtrada 
Os processos de fermentação e maturação da cerveja na microcervejaria são idênticos aos de uma cervejaria maior. A estocagem da levedura é feita em tinas de aço inox, que possuem refrigeração. 
O número e volume dos tanques de fermentação e maturação devem ser calculados em função do número de cozimentos por semana. 
As microcervejarias podem optar por tanques cilindro cônicos verticais de fermentação e maturação, ou também por tanques abertos para a fermentação e tanques horizontais fechados para a maturação. 
A refrigeração dos tanques é feita individualmente para cada tanque, permitindo grande flexibilidade de operação, utilizando água gelada (0°C) ou outro tipo de solução - como água e álcool a -2°C ou -3°C. A vantagem da utilização de tanques de cilindros cônicos verticais é a possibilidade de automatização, assim como a maior facilidade de operação e limpeza, permitindo inclusive a redução do tempo de processo. 
Os tanques são construídos para pressões de trabalho em torno de 1 bar (fermentação e maturação) e até 2 bar para os tanques de cerveja filtrada. Os tanques de cerveja filtrada também possuem camisa de refrigeração. 
A limpeza e desinfecção dos tanques e tubulações é normalmente feita por meio de uma instalação CIP semi-automática, que normalmente opera com a perda da solução sanitizante. Uma unidade de controle permite monitorar e controlar à distância as temperaturas dos tanques de fermentação e maturação e também dos tanques de cerveja filtrada. 
Filtro de cerveja 
Para a filtração da cerveja, utiliza-se filtro de terra diatomácea de pré-camada com placas horizontais. O conjunto é composto basicamente de um vaso de pressão onde se encontram instalado as placas filtrantes, um tanque de preparação e dosagem de terra diatomácea (com agitador e bomba dosadora) e uma bomba centrífuga de cerveja. 
Geralmente são montados em estruturas móveis, que permitem maior flexibilidade de operação. 
Envasamento da cerveja 
Muitas microcervejarias optam por embarrilar ou envasar suas cervejas para poderem atender o mercado consumidor. As máquinas para embarrilar podem variar desde simples enchedoras até máquinas totalmente automáticas para lavagem e enchimento de barris KEG (volumes de 10 a 50 litros). 
As enchedoras de garrafas (geralmente de 355 ml ou 600 ml) são semi-automáticas e muitas vezes são compostas de três sistemas acoplados: enxaguadora (rinser), enchedora e arrolhador. 
A área de utilidades 
Para que a microcervejaria possa operar, é necessária uma área de utilidades, que congrega uma série de equipamentos necessários para o bom funcionamento da fábrica. 
Os principais equipamentos são o gerador de vapor, que fornece o vapor necessário para o aquecimento da sala de cozimento, para a lavadora de barris e para o pasteurizador no engarrafamento. 
Outro equipamento utilizado é o gerador de água gelada, que fornece o frio necessário para o resfriamento do mosto e dos tanques de fermentação e maturação. Ele possui compressores frigoríficos e um tanque de solução hidroalcoólica, geralmente resfriada a - 4ºC. 
Por fim, o compressor de ar fornece ar comprimido para o acionamento das válvulas pneumáticas e controladora de vapor da sala de cozimento e também para os equipamentos da linha de envasamento e embarrilamento (lavagem e enchimento de barris). 
As microcervejarias, mesmo sendo unidades de produção de pequeno porte, possuem estrutura e controles que permitem elaborar praticamente qualquer tipo de cerveja, obedecendo aos rígidos padrões de qualidade cervejeiros. 
Cada projeto de microcervejaria deve levar em consideração as características individuais de cada componente e também do desempenho do conjunto completo. Isso se torna possível quando os profissionais envolvidos na produção da cerveja são devidamente qualificados (capacitados e treinados) para executar a multiplicidade de tarefas necessárias para produzir cervejas de elevada qualidade. 
*Mathias Reinold é mestre cervejeiro e tem experiência em gerenciamento de processo de produção da cerveja e implantação de sistema de qualidade. Há mais de 29 anos no segmento cerveja, já realizou auditoria fabril em diversas fábricas, visando racionalização e otimização do processo de produção. Atualmente é consultor técnico.
http://beerlife.com.br/portal/edicao/default.asp?
edicao=6&secao=Ind%FAstria&id_materia=40




Fontes : além das já citadas