A cada ano, perto de 200 milhões de toneladas de pescado são capturadas por todo o mundo. Dos mares saem cerca de 65% e de outros ambientes aquáticos, 35%. O Brasil, com seus quase 9 mil quilômetros de litoral e 32 mil quilômetros de vias navegáveis, contribui com algo em torno de 1 milhão de toneladas.
Desse total, praticamente a metade se refere à pesca extrativa marinha, mas o país sequer aparece entre os dez primeiros colocados nas estatísticas da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO). Dados de 2000 colocam a China na primeira posição, com 15 milhões de toneladas, seguida pelo Peru, com 10,5 milhões de toneladas, e pelo Japão, com 5 milhões. São países que tornam o Pacífico o maior palco da pesca marinha (63%). Muito longe surgem o Atlântico, com 27%, e o Índico, com 10%.
A cada ano, perto de 200 milhões de toneladas de pescado são capturadas por todo o mundo. Dos mares saem cerca de 65% e de outros ambientes aquáticos, 35%. O Brasil, com seus quase 9 mil quilômetros de litoral e 32 mil quilômetros de vias navegáveis, contribui com algo em torno de 1 milhão de toneladas. Desse total, praticamente a metade se refere à pesca extrativa marinha, mas o país sequer aparece entre os dez primeiros colocados nas estatísticas da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).
Dados de 2.000 colocam a China na primeira posição, com 15 milhões de toneladas, seguida pelo Peru, com 10,5 milhões de toneladas, e pelo Japão, com 5 milhões. São países que tornam o Pacífico o maior palco da pesca marinha (63%). Muito longe surgem o Atlântico, com 27%, e o Índico, com 10%.
Recurso quase esgotado
Levantamento da FAO aponta que entre 71% e 78% dos estoques de peixes estão parcial ou inteiramente explorados e que o manejo dos cardumes torna-se urgente. Por se tratar de uma atividade extrativista, a pesca deve ser feita de maneira sustentada, respeitando-se as regras biológicas e naturais, mas essa é uma tarefa bastante complicada, porque centenas de variáveis impostas pela natureza estão em jogo.
Quando um barco parte para o mar, não se sabe o que vai capturar, nem a quantidade ou a qualidade do produto. Muitas vezes nem se sabe o tempo que ficará longe da terra. A localização dos cardumes depende de uma série de fatores meteorológicos e das correntes marinhas, sem contar que muitas espécies são migratórias.
Os mais pescados no Brasil
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais e Renováveis (Ibama) lista 153 espécies exploradas pela pesca extrativa marinha brasileira. Entre estas, as quase 60.400 toneladas de sardinhas, as 41.600 toneladas de corvinas, as 29.600 toneladas de pescadas e as 23 mil toneladas de bonitos-listrados responderam por 34% dos peixes capturados no litoral brasileiro em 2.002.
Sardinhas
Pelo menos quatro espécies de sardinhas têm valor econômico no Brasil: a sardinha, a sardinha-verdadeira, a sardinha-laje e a sardinha-cascuda, sendo as duas primeiras as mais importantes. A sardinha (Harengula jaguana) ocorre em maior quantidade na Bahia e no Rio de Janeiro. Habita locais de fundos arenosos e pode alcançar cerca de 15 centímetros de comprimento.
Já a sardinha-verdadeira (Sardinella brasiliensis) se concentra no Rio de Janeiro, São Paulo e em Santa Catarina, onde é uma das espécies economicamente mais representativas, respondendo por quase 40% da produção nacional. Atinge até 24 centímetros de comprimento e vive em águas costeiras.
Pescadas
Dados de 2.000 colocam a China na primeira posição, com 15 milhões de toneladas, seguida pelo Peru, com 10,5 milhões de toneladas, e pelo Japão, com 5 milhões. São países que tornam o Pacífico o maior palco da pesca marinha (63%). Muito longe surgem o Atlântico, com 27%, e o Índico, com 10%.
Recurso quase esgotado
Levantamento da FAO aponta que entre 71% e 78% dos estoques de peixes estão parcial ou inteiramente explorados e que o manejo dos cardumes torna-se urgente. Por se tratar de uma atividade extrativista, a pesca deve ser feita de maneira sustentada, respeitando-se as regras biológicas e naturais, mas essa é uma tarefa bastante complicada, porque centenas de variáveis impostas pela natureza estão em jogo.
Quando um barco parte para o mar, não se sabe o que vai capturar, nem a quantidade ou a qualidade do produto. Muitas vezes nem se sabe o tempo que ficará longe da terra. A localização dos cardumes depende de uma série de fatores meteorológicos e das correntes marinhas, sem contar que muitas espécies são migratórias.
Os mais pescados no Brasil
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais e Renováveis (Ibama) lista 153 espécies exploradas pela pesca extrativa marinha brasileira. Entre estas, as quase 60.400 toneladas de sardinhas, as 41.600 toneladas de corvinas, as 29.600 toneladas de pescadas e as 23 mil toneladas de bonitos-listrados responderam por 34% dos peixes capturados no litoral brasileiro em 2.002.
Sardinhas
Pelo menos quatro espécies de sardinhas têm valor econômico no Brasil: a sardinha, a sardinha-verdadeira, a sardinha-laje e a sardinha-cascuda, sendo as duas primeiras as mais importantes. A sardinha (Harengula jaguana) ocorre em maior quantidade na Bahia e no Rio de Janeiro. Habita locais de fundos arenosos e pode alcançar cerca de 15 centímetros de comprimento.
Pescadas
Cinco espécies de pescadas são economicamente importantes no Brasil. A principal é a pescada-amarela (Cynoscion acoupa), que responde por quase 78% das 29.600 toneladas capturadas em 2.002. É encontrada em águas de pouca profundidade, próxima das desembocaduras dos rios, por isso as maiores capturas ocorrem no Pará e no Maranhão.
Também é peixe de água doce e pode alcançar um pouco mais de um metro de comprimento e pesar dez quilos. As outras quatro espécies são conhecidas por pescada, pescada-branca, pescada-cambuçu e pescada-olhuda, todas do gênero Cynoscion.
Bonitos-listrados
Também é peixe de água doce e pode alcançar um pouco mais de um metro de comprimento e pesar dez quilos. As outras quatro espécies são conhecidas por pescada, pescada-branca, pescada-cambuçu e pescada-olhuda, todas do gênero Cynoscion.
Bonitos-listrados
Santa Catarina é o estado que mais captura bonitos-listrados no Brasil. Das 23 mil toneladas pescadas em 2.002, 60% saíram do litoral catarinense. Pode atingir até 60 centímetros de comprimento e até 800 gramas de peso. Também é do litoral de Santa Catarina que sai a maior quantidade de corvina do país, o segundo peixe mais capturado em território nacional, descrito na sala dos Botes deste Museu. Do total de 41.600 toneladas, 36% viviam nos mares deste estado.
Saborosos por natureza.
Saborosos por natureza.
Alguns peixes são considerados nobres não apenas por serem raros, mas porque suas carnes rendem pratos deliciosos. Badejos, garoupas e meros, representantes da família Serranidae, se destacam. Pelo menos cinco espécies de atuns, peixes da família Scombridae, também. Idem para pelo menos uma dúzia de espécies de linguados das famílias Bothidae e Soleidae.Badejos, garoupas e meros
Os badejos (Mycteroperca microlepis e Mycteroperca rubra) medem cerca de 70 e 80 centímetros de comprimento respectivamente, sendo a segunda espécie a mais comum no litoral catarinense. A garoupa (Epinephelus morio) atinge 70 centímetros e pesa cerca de 12 quilos. Assim como os badejos, costumam viver em fundos rochosos, desde a costa até mais de 100 metros de profundidade. Já o mero (Epinephelus itajara) é o maior representante dos Serranidae, com cerca de 2,70 metros, podendo ultrapassar os 400 quilos. Prefere águas costeiras e regiões estuarinas.
Atuns
Os cobiçados atuns alcançam dois metros de comprimento e pesam mais de 100 quilos. São peixes, que vivem em cardumes a mais de 100 metros de profundidade, pescados com linha e anzol especiais. Os atuns propriamente ditos (Thunnus obesus e Thunnus thynnus) são muito parecidos, sendo que o primeiro possui nadadeira peitoral longa, que ultrapassa o comprimento da primeira nadadeira dorsal, enquanto a do segundo é curta. Outras espécies do mesmo gênero Thunnus, como a albacora-branca e a albacora-laje, também encontradas em Santa Catarina, são computadas nas estatísticas como atuns.
Linguados
Santa Catarina é o estado brasileiro que mais captura linguados, respondendo por 64% do total de 3.300 toneladas pescadas em 2.002. São pelo menos uma dúzia de espécies, que podem atingir um metro de comprimento e pesar cerca de 12 quilos. Estes peixes se caracterizam por viver no fundo do mar – por isso são capturados com redes de arrasto – e ter os dois olhos voltados para um lado da cabeça (lateral-dorsal), enquanto o lado lateral-ventral está em contato direto com o fundo do mar.
Os couraçados habitantes do mar
Os couraçados habitantes do mar
Como o nome indica, os crustáceos (do latim crusta, que significa carapaça dura) são animais invertebrados caracterizados por possuir uma couraça, geralmente, muito resistente como tegumento, ou exoesqueleto, constituído por uma substância chamada quitina. A maioria das espécies é de água salgada, com destaque para os camarões, os siris, os caranguejos e as lagostas.
O corpo quase sempre é formado por um cefalotorax (cabeça e tórax fundidos) e um abdome. Pertencem ao filo dos artrópodes, aqueles que têm patas articuladas, no caso cinco pares, que partem dos segmentos do tórax e do abdome. Interessante notar que os órgãos excretores desses animais estão na cabeça e que se abrem nas bases do segundo par de antenas ou do segundo par de maxilas.
Camarões
O corpo quase sempre é formado por um cefalotorax (cabeça e tórax fundidos) e um abdome. Pertencem ao filo dos artrópodes, aqueles que têm patas articuladas, no caso cinco pares, que partem dos segmentos do tórax e do abdome. Interessante notar que os órgãos excretores desses animais estão na cabeça e que se abrem nas bases do segundo par de antenas ou do segundo par de maxilas.
Camarões
Os camarões representam 57% das 49.500 toneladas de crustáceos capturados na pesca extrativa marinha brasileira. Também dominam a maricultura no país, respondendo por 82% de um total de 73 mil toneladas de peixes, crustáceos e moluscos produzidos em cativeiro. As espécies de maior valor econômico são o camarão verdadeiro, o camarão-rosa, o camarão-branco e o camarão-sete-barbas.
Caranguejos e siris
Caranguejos e siris
Muita gente confunde caranguejos e siris, mas é bem fácil distingui-los: os siris têm corpo mais achatado e patas traseiras largas como remos, ao contrário do caranguejo, com corpo avolumado e patas traseiras pontiagudas. Isso porque o siri adaptou-se melhor ao nado. Economicamente, os caranguejos são mais importantes, representando 25,5% do total de crustáceos capturados na pesca extrativa marinha.
Animais de corpo mole
Animais de corpo mole
Os moluscos formam o segundo maior grupo de invertebrados, com mais de 90 mil espécies, a maioria aquática. Como o nome sugere – mollis significa mole em latim –, todos os indivíduos deste filo apresentam corpo mole, em geral protegido por uma concha dura calcária, produzida pelo manto que recobre o corpo. Existem três classes principais: os gastrópodes, onde estão os caramujos de conchas espiraladas ou em forma de pirâmide; os bivalves, dos mariscos e ostras, com conchas divididas em duas partes; e os cefalópodes dos polvos e lulas, que escondem pequenas conchas em seus corpos.
Show de cores e formas
Show de cores e formas
Os moluscos gastrópodes (significa ter o estômago no pé) são alguns dos seres mais espetaculares e exóticos do meio aquático, com suas conchas de formas e cores variadas, que dão a esses animais seu devido valor, principalmente entre colecionadores, já que sua carne não tem importância econômica. A maioria das conchas se desenvolve em espiral alta ou baixa, retorcida no sentido horário, e a parte mole do corpo acompanha essa simetria. Também existem conchas planas, como no caso dos pateliformes.
Concha em dobro
Concha em dobro
Os moluscos bivalves, com suas duas conchas, mantém a diversidade de cores e formas típica do grupo. No entanto, alguns dos seus representantes despertam a atenção econômica mais por sua carne do que pela beleza das conchas: os mariscos representam 86% das 12.800 toneladas de moluscos produzidos em cativeiro no país, praticamente todos saídos de Santa Catarina, também maior produtor de ostras, com 1.600 toneladas ao ano. Esses dois animais pertencem à classe dos lamelibrânquios, assim chamados devido ao aspecto lamelar de suas brânquias.
Da pré-história aos dias atuais
Da pré-história aos dias atuais
A pesca foi uma das primeiras atividades desenvolvidas pelo homem primitivo na sua busca por alimento. Na pré-história os peixes eram cercados em armadilhas e apanhados com pauladas, método que evoluiu para o arpão de madeira e, mais tarde, para o anzol feito de ossos e espinhos, atados a cipós.
Redes semelhantes às de hoje já eram utilizadas em tempos remotos por nossos antepassados. No Brasil, a pesca era praticada há milhares de anos, com equipamentos rudimentares. Os índios utilizavam redes, flechas e arpões com pontas de diferentes tamanhos, para cada espécie de peixe, até que os europeus lhes apresentaram o anzol, a linha, a vara e as iscas. Tradição e modernidade convivem atualmente nos mares, rios e lagoas do Brasil.
Os pescadores enfrentam as águas em embarcações artesanais ou industriais. Nos tradicionais barcos de madeira, praticam a pesca artesanal. Os barcos maiores, de madeira ou metal, capturam o pescado através da pesca industrial. Hoje a pesca é uma atividade praticada em larga escala em todo o planeta, seja comercial, de subsistência, competitiva ou de lazer.
O desenvolvimento tecnológico trouxe ferramentas que facilitaram e agilizaram o ofício, como imagens de satélites, radares, sonares, varas mais leves, linhas cada vez mais finas e resistentes, modernas carretilhas e iscas artificiais. Apesar dessa evolução, muitas comunidades litorâneas e ribeirinhas mantêm seu jeito próprio e rudimentar de capturar peixes.
Redes semelhantes às de hoje já eram utilizadas em tempos remotos por nossos antepassados. No Brasil, a pesca era praticada há milhares de anos, com equipamentos rudimentares. Os índios utilizavam redes, flechas e arpões com pontas de diferentes tamanhos, para cada espécie de peixe, até que os europeus lhes apresentaram o anzol, a linha, a vara e as iscas. Tradição e modernidade convivem atualmente nos mares, rios e lagoas do Brasil.
Os pescadores enfrentam as águas em embarcações artesanais ou industriais. Nos tradicionais barcos de madeira, praticam a pesca artesanal. Os barcos maiores, de madeira ou metal, capturam o pescado através da pesca industrial. Hoje a pesca é uma atividade praticada em larga escala em todo o planeta, seja comercial, de subsistência, competitiva ou de lazer.
O desenvolvimento tecnológico trouxe ferramentas que facilitaram e agilizaram o ofício, como imagens de satélites, radares, sonares, varas mais leves, linhas cada vez mais finas e resistentes, modernas carretilhas e iscas artificiais. Apesar dessa evolução, muitas comunidades litorâneas e ribeirinhas mantêm seu jeito próprio e rudimentar de capturar peixes.
Pesca artesanal
Com fins comerciais, utiliza embarcações de pequeno e médio portes, geralmente de madeira, motorizadas ou não, que suportam pequenos e médios volumes de pescado, capturados em redes adequadas para cada espécie.
Apesar de todas as dificuldades enfrentadas pelos pescadores artesanais, esse tipo de pesca forma a maior porção da frota brasileira, com cerca de 25 mil barcos e, praticamente, responde pela metade do total de capturas no Brasil. A tendência é que os profissionais se organizem em pequenos grupos, cooperativas, colônias e associações para superar seus obstáculos. Os pescadores enfrentam sérios problemas de diminuição dos cardumes e de queda nos preços dos pescados nos períodos de safra.
Outro grande problema é o desrespeito aos períodos de defeso, quando a pesca de determinadas espécies é proibida para que elas se reproduzam e garantam a sobrevivência do próprio pescador.
Outro grande problema é o desrespeito aos períodos de defeso, quando a pesca de determinadas espécies é proibida para que elas se reproduzam e garantam a sobrevivência do próprio pescador.
Pesca artesanal em Santa Catarina
A pesca artesanal ainda é o meio de vida de milhares de famílias ao longo do litoral de Santa Catarina. De Itapoá a São Francisco do Sul, ao norte, até Laguna e Araranguá, no sul do estado, passando por Barra Velha, Penha, Navegantes, Itajaí, Porto Belo, Florianópolis e Garopaba, as colônias pesqueiras são fortes e organizadas.
Os pescadores se unem em associações para decidir formas de trabalhar e de negociar os preços dos peixes junto aos atravessadores. A cooperação entre eles não se resume aos negócios. O companheirismo e a solidariedade se estendem durante o trabalho, quando os homens em terra não medem esforços para auxiliar os que estão no mar.
Colonos anfíbios
Quando os açorianos vieram para Santa Catarina, não tinham o hábito da pesca, pois os mares do Arquipélago dos Açores são muito profundos, o que dificulta a pesca artesanal. Viviam praticamente da agropecuária, mas em terra brasileira se depararam com um litoral baixo, com ótimas condições para a pesca e uma incrível variedade de pescado.
Diante da necessidade e das circunstâncias, aqueles homens se transformaram em “colonos anfíbios”, como os chamou Franklin Cascaes, um dos grandes intérpretes dessa cultura.
Eles passavam parte do ano na lavoura e parte no mar, plantando até a chegada de grandes cardumes, como os de tainhas, de maio a agosto.
Eles passavam parte do ano na lavoura e parte no mar, plantando até a chegada de grandes cardumes, como os de tainhas, de maio a agosto.
Como surgiu a rede de pesca
Um dos maiores estudiosos da pesca e do pescador brasileiros, Câmara Cascudo explicou a provável origem das redes, o utensílio mais utilizado na captura de pescados.
As mais primitivas já encontradas, pré-helênicas e do Egito antigo, teriam sido encontradas ainda com a chumbada da pré-história. Foram feitas de linho ou de cânhamo, cultivados na época lacustre, no período neolítico médio. O chumbo foi utilizado na Idade dos Metais, quando se trabalhava o cobre e o latão, bem anteriores ao bronze.
Ele escreve: “Quando apareceram as redes de pesca? Creio que foram anteriores aos anzóis. A rede de caça parece-me anterior à de pesca, aquela sugerindo esta. As armadilhas iniciais para pesca foram as barragens e diques nos lugares estreitos das correntes fluviais. Teriam aparecido quando o homem (ou a mulher) dominava a arte de tecer juncos, enfim, fazer a vasilha trançada precursora de vaso cerâmico.
Depois teriam vindo as redes menores para um ou mais pescadores. Também existe o problema das primitivas redes, porque ninguém conseguiu precisar a época em que a cestaria nasceu nas mãos humanas. De neolítica, até poucos anos, foi empurrada para o epipaleolítico, onde os vestígios são notórios e documentais.”
Pesca industrial costeira
Ele escreve: “Quando apareceram as redes de pesca? Creio que foram anteriores aos anzóis. A rede de caça parece-me anterior à de pesca, aquela sugerindo esta. As armadilhas iniciais para pesca foram as barragens e diques nos lugares estreitos das correntes fluviais. Teriam aparecido quando o homem (ou a mulher) dominava a arte de tecer juncos, enfim, fazer a vasilha trançada precursora de vaso cerâmico.
Mais racional obstruir um caminho habitual de peixes do que inventar o anzol ou armar a barragem. Os viajantes da África no século XIX vêem barragens, armadilhas, arpoagem, flechas, redes, mas poucos anzóis, assim como no continente americano. E ainda na Austrália, Polinésia, Malanésia, Índia, China e seu mundo. Pesca coletiva antes da individual.
Depois teriam vindo as redes menores para um ou mais pescadores. Também existe o problema das primitivas redes, porque ninguém conseguiu precisar a época em que a cestaria nasceu nas mãos humanas. De neolítica, até poucos anos, foi empurrada para o epipaleolítico, onde os vestígios são notórios e documentais.”
Pesca industrial costeira
Explora recursos concentrados em determinadas áreas, capturados de forma mecanizada. Utiliza embarcações mais autônomas, que podem permanecer longe da costa por longo período, com motores de alta potência, cascos de metal ou madeira. É o tipo de pesca industrial mais representativa no Brasil, já que o país não possui muitas embarcações próprias para a pesca industrial oceânica, dotadas de sofisticados equipamentos, inclusive capazes de beneficiar o pescado a bordo. O parque industrial pesqueiro do Brasil é composto, em 2.004, por aproximadamente 300 empresas e 1.600 embarcações.
Pesca traiçoeira
Pesca traiçoeira
Os barcos da pesca industrial são equipados com redes de cerco, algumas com mais de dois quilômetros de comprimento e 60 metros de altura, com as quais se fecha o cerco em torno do cardume assim que ele é avistado.
São recolhidas fechadas para bordo, onde o pescado (sardinhas, cavalinhas e outros peixes miúdos) segue para ser gelado no porão do barco. Com apenas duas voltas ao redor de um cardume, pode-se juntar mais de 10 toneladas de peixes. O problema é que a malha fina da rede captura tudo que surge pelo caminho, inclusive animais que não interessam economicamente e que, por isso, são despejados mortos no mar.
Na captura de camarões, são utilizadas redes de arrasto em forma de funil, onde o pescado fica preso durante o arrasto no fundo. Caso grave são as chamadas redes de parelha, quando dois barcos arrastam a mesma rede, o que é proibido por lei.
São recolhidas fechadas para bordo, onde o pescado (sardinhas, cavalinhas e outros peixes miúdos) segue para ser gelado no porão do barco. Com apenas duas voltas ao redor de um cardume, pode-se juntar mais de 10 toneladas de peixes. O problema é que a malha fina da rede captura tudo que surge pelo caminho, inclusive animais que não interessam economicamente e que, por isso, são despejados mortos no mar.
Na captura de camarões, são utilizadas redes de arrasto em forma de funil, onde o pescado fica preso durante o arrasto no fundo. Caso grave são as chamadas redes de parelha, quando dois barcos arrastam a mesma rede, o que é proibido por lei.
Traineiras
Embarcações mais utilizadas na pesca industrial brasileira, as traineiras entraram no país durante a década de 1.940, a partir da evolução dos motores. Os primeiros modelos foram importados de Portugal e da Espanha. Mais tarde, na década de 1.970, começaram a chegar dos Estados Unidos e do Japão.
Trata-se de uma embarcação de tamanhos variados, com cabine, porão, motor e, na maioria dos casos, com um pequeno barco a bordo, descido ao mar no momento do cerco, para auxiliar no desdobramento da rede.
Trata-se de uma embarcação de tamanhos variados, com cabine, porão, motor e, na maioria dos casos, com um pequeno barco a bordo, descido ao mar no momento do cerco, para auxiliar no desdobramento da rede.
O estudioso português Octávio Lixa Filgueiras explica que a primeira traineira tem origem cantábrica (norte da Espanha) e que o nome provém de traina, “a arte de arrastar para a terra”, para a qual foi criada.
Surgiu no fim do século XIX, a partir das formas das canoas baleeiras populares naquela região.
Surgiu no fim do século XIX, a partir das formas das canoas baleeiras populares naquela região.
Cidade das traineiras
A maior frota de traineiras do país está em Itajaí, cidade portuária de Santa Catarina onde se concentram muitas das empresas que exploram a pesca industrial no estado. Atracados no porto pesqueiro do centro histórico, esses barcos descansam entre uma e outra viagem ao longo do Itajaí-açu, formando belíssimos cenários junto aos antigos casarões que margeiam o maior rio catarinense.
Das idas ao mar, as embarcações retornam carregadas de tainhas, sardinhas, atuns, camarões, corvinas... Além da fartura no litoral e do excelente porto natural, a cidade conta com a melhor estrutura pesqueira do estado: dezenas de estaleiros com mão-de-obra qualificada, fábricas de gelo próximas aos atracadouros, postos de combustíveis náuticos e indústrias de processamento do pescado que segue para todo o país e exterior.
As heranças de portugueses, italianos e alemães que colonizaram a cidade estão por todas as partes, com especial atenção à belíssima igreja matriz, com suas linhas de inspiração gótica.
Das idas ao mar, as embarcações retornam carregadas de tainhas, sardinhas, atuns, camarões, corvinas... Além da fartura no litoral e do excelente porto natural, a cidade conta com a melhor estrutura pesqueira do estado: dezenas de estaleiros com mão-de-obra qualificada, fábricas de gelo próximas aos atracadouros, postos de combustíveis náuticos e indústrias de processamento do pescado que segue para todo o país e exterior.
As heranças de portugueses, italianos e alemães que colonizaram a cidade estão por todas as partes, com especial atenção à belíssima igreja matriz, com suas linhas de inspiração gótica.
Quem mais pesca no Brasil
A maior quantidade do pescado brasileiro é capturada nas regiões Nordeste, Norte e Sul. Conforme dados do Ibama de 2.002, que somam os números da pesca marinha e continental, mais a aquicultura, das 976 mil toneladas capturadas naquele ano, os nordestinos contribuíram com 267.800 toneladas, os nortistas com 257.800 toneladas e os sulistas com 254.200 toneladas.
O sudeste apareceu com 158.900 toneladas e o centro-oeste, com 37.200 toneladas.
O sudeste apareceu com 158.900 toneladas e o centro-oeste, com 37.200 toneladas.
Pará e Santa Catarina foram os estados que mais se destacaram, o primeiro com 159 mil toneladas (16,3%) e o segundo com 150 mil toneladas pescadas (15,4%). Em terceiro lugar estava o Rio Grande do Sul, com 77.300 toneladas, seguido da Bahia, com 75.300 toneladas, do Amazonas (70.800 toneladas) e do Rio de Janeiro (70.300 toneladas).
Santa Catarina foi o estado que mais contribuiu para a pesca marinha no Brasil, com 118 mil toneladas das 513.600 toneladas capturadas nos mares em 2.002, ou seja, 23%. Os peixes mais capturados no estado, em comparação com o segundo colocado, em toneladas, foram:
Peixe |
Quantidade
|
Segundo estado
|
Quantidade
|
Corvina |
15.098
| Rio Grande do Sul |
11.424
|
Bonito-listrado |
13.880
| Rio de Janeiro |
4.676
|
Sardinha-verdadeira |
10.392
| Rio de Janeiro |
10.339
|
Abrótea |
6.603
| Rio Grande do Sul |
1.051
|
Cabra |
4.233
| Rio Grande do Sul |
1.662
|
Cação |
3.324
| Rio Grande do Sul |
1.710
|
Merluza |
3.065
| Rio de Janeiro |
428
|
Peixe-sapo |
2.779
| Rio de Janeiro |
1.445
|
Raia |
2.337
| Rio de Janeiro |
278
|
Sardinha-laje |
2.320
| Rio de Janeiro |
836
|
Linguado |
2.134
| Rio Grande do Sul |
506
|
Palombeta |
1.870
| Ceará |
1.172
|
Pescadinha-real |
1.592
| Rio Grande do Sul |
1.429
|
Pescada |
1.105
| Alagoas |
532
|
Papa-terra |
1.008
| São Paulo |
866
|
Cavalinha |
888
| São Paulo |
311
|
Garapau |
677
| São Paulo |
77
|
Congro-rosa |
373
| Rio de Janeiro |
281
|
Guaravira |
254
| São Paulo |
221
|
Cherne |
195
| Rio de Janeiro |
170
|
Corcoroca |
128
| Rio de Janeiro |
64
|
Enguia |
68
|
—
|
—
|
* Fonte: Ibama (2002)
http://www.museunacionaldomar.com.br/estrutura/pesca_industrial.htm
A pesca e a aquacultura de camarões é uma das atividades econômicas mais importantes, devido ao elevado valor comercial destes produtos de luxo da alimentação humana. De acordo com a informação “Fishstat Plus” da FAO, em 2.002, a captura mundial de camarões marinhos foi de 2.843.020 toneladas, enquanto que a produção mundial por aquacultura foi de 1.292.476 toneladas.
Recentemente, várias espécies de camarões do coral têm sido comercializados pela indústria aquarista.
O termo camarão (do latim cammārus, caranguejo do mar, camarão, lagostim, derivado do grego kámmaros, ou kámmoros) é a designação comum a diversos crustáceos da ordem dos decápodes, podendo ser marinhos ou de água doce. Tais crustáceos possuem o abdome longo, corpo lateralmente comprimido, primeiros três pares de pernas com quelas e rostro geralmente desenvolvido.
Carcinicultura é a técnica de criação de camarões em viveiros, muito desenvolvida, atualmente, no litoral brasileiro do Rio Grande do Norte.
A Carcinicultura Marinha, além de representar a única alternativa para o atendimento da crescente demanda mundial por camarões, vem se constituindo numa importante atividade sócio econômica, cujos reflexos positivos, têm favorecido sobremaneira as suas regiões de intervenções.
Dentre os crustáceos, os camarões destacam-se não só pelo valor nutritivo que possuem, mas por constituírem iguarias finas tendo consumo em larga escala, principalmente entre as nações mais desenvolvidas.
Aliado ao seu excelente sabor, demonstra grande resistência na criação em cativeiro, permitindo a criação em altas densidades e, além disso, trata-se de um produto que tem um mercado crescente, uma vez que a cada dia aumenta no mundo a preferência dos consumidores por esse alimento.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Camar%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Carcinicultu
A pesca de camarão é uma grande indústria global, com mais de 3,4 milhões de toneladas pescadas por ano, principalmente na Ásia. Taxas de captura acessória são invulgarmente elevado para a pesca de camarão, com a captura de tartarugas marinhas , sendo especialmente controversa.
A pesca de camarão é uma grande indústria global, com mais de 3,4 milhões de toneladas pescadas por ano, principalmente na Ásia. Taxas de captura acessória são invulgarmente elevado para a pesca de camarão, com a captura de tartarugas marinhas , sendo especialmente controversa.
O local da pesca de pequena escala para a pesca do camarão e os camarões já existe há séculos, e continua a formar uma grande parte da pesca do camarão do mundo.
Arrasto aumentado em escala com a introdução de placas de lontra , que utilizam o fluxo de água para manter a arrasto aberto, bem como a introdução de navios a vapor, substituindo os antigos barcos a vela-powered. Ambos os desenvolvimentos decolou na década de 1.880, e logo foram aplicados a pesca do camarão, especialmente após o esforço da pesquisa norueguesa biólogo marinho Johan Hjort .
Arrasto aumentado em escala com a introdução de placas de lontra , que utilizam o fluxo de água para manter a arrasto aberto, bem como a introdução de navios a vapor, substituindo os antigos barcos a vela-powered. Ambos os desenvolvimentos decolou na década de 1.880, e logo foram aplicados a pesca do camarão, especialmente após o esforço da pesquisa norueguesa biólogo marinho Johan Hjort .
Nos Estados Unidos, a pesca de camarão e camarão estão perdendo apenas para a pesca do caranguejo em termos de importância. Nas regiões do norte do país, camarão de água fria são direcionados, enquanto as espécies de água quente são direcionados ao longo da costa atlântica do Sudeste, e no Golfo do México . A maior parte da produção é de espécies de água quente , mas isso é ofuscado pelas importações de camarão, principalmente da aquicultura .
Isto levou a controvérsias internacionais, com alguns Estados Unidos pescadores países acusando, como Brasil , China , Equador , Índia , Tailândia e Vietnã de despejo camarão no mercado dos EUA, enquanto alguns dos países produtores protestaram contra a Organização Mundial do Comércio sobre direitos cobrados por os EUA em resposta à prática de dumping inferida.
Isto levou a controvérsias internacionais, com alguns Estados Unidos pescadores países acusando, como Brasil , China , Equador , Índia , Tailândia e Vietnã de despejo camarão no mercado dos EUA, enquanto alguns dos países produtores protestaram contra a Organização Mundial do Comércio sobre direitos cobrados por os EUA em resposta à prática de dumping inferida.
A pesca do camarão produz níveis anormalmente elevados de capturas acessórias . Antes da introdução de dispositivos de redução de capturas acessórias na década de 1.980, a pescaria do camarão teve uma relação de capturas acessórias (razão entre a quantidade de espécies não-alvo capturadas com a quantidade das espécies-alvo capturadas muito elevadas.
Menos de 300 espécies de camarão e camarão são de importância comercial, de um total de 3.000 espécies. Seis espécies que em conjunto são responsáveis por 82% da captura global.
Natantia é um nome taxonomico de crustáceos decápodes , compreendendo as famílias que se deslocam predominantemente por natação - o camarão (compreendendo Caridea e Procarididea ), camarão boxer e camarão
( Dendrobranchiata ) . O restante Decapoda foram colocados no Reptantia , e consiste de caranguejos , lagostas e outros animais de grande porte que se movem principalmente a pé ao longo da parte inferior.
Acetes é um gênero de camarões . Várias de suas espécies são importantes para a produção de pasta de camarão no Sudeste da Ásia , incluindo Acetes japonicus , que é espécie mais intensamente pescados do mundo de camarão ou camarão.
O gênero é caracterizado pela perda de um dos quarto e quinto pares de pereiopods . São pequenas camarões, com 1 a 4 centímetros de comprimento, translúcido , mas com um par de olhos escuros, e um número de manchas vermelhas de pigmento nas urópodos .
Trachysalambria curvirostris é uma espécie de camarão que vive em águas rasas do Pacífico Indo-Oeste. É uma das espécies mais importantes da pesca de camarão , com colheitas anuais de mais de 300 mil toneladas, em sua maioria desembarcada na China.
Pandalus borealis é uma espécie de camarão em partes frias do Atlântico e Oceano Pacífico . A FAO refere-se a eles como o camarão do norte Outros nomes comuns incluem, camarão ártico, camarão grande do norte, crevette nordique e camarão do norte.
Penaeus é um gênero de camarões , incluindo o camarão tigre gigante ( P. monodon ), entre as espécies mais importantes da criação de crustáceos em todo o mundo. O gênero foi reorganizado seguindo uma proposta de Pérez Farfante e Kensley baseado morfológicas diferenças, em particular as características genitais destes animais, embora esta revisão não tenha sido universalmente aceita.
Penaeus monodon , o camarão tigre gigante (e também conhecido por outros nomes comuns ), é um crustáceo marinho que é amplamente procurado para alimentação.
Sua distribuição natural é o Indo-West-Pacífico , desde a costa oriental de África e da Península Arábica , no Sudeste da Ásia , no Mar do Japão e no norte da Austrália .
É uma espécie invasora nas águas do norte do Golfo do México.
Também encontrado no sul do Pacífico. Especificamente Milne Bay Província de Papua Nova Guiné.
http://en.wikipedia.org/wiki/Shrimp_fishery
Em Santa Catarina, pescadores se preparam para a pesca do camarão
Com o fim do defeso, pescadores se preparam para a pesca do camarão em Porto Belo, em Santa Catarina
Com o fim do defeso, pescadores se preparam para a pesca do camarão em Porto Belo, em Santa Catarina.
Foto: Gilmar Castro Moura / vc repórter
Nesta quinta-feira chega ao fim o período de defeso do camarão nas regiões Sul e Sudeste do País.
Os pescadores de Porto Belo, em Santa Catarina, preparam-se para começar a nova temporada de pesca a partir da meia-noite.
Segundo Valmir José Rebelo, secretário de Pesca e Agricultura de Porto Belo, os pescadores do município já estão abastecendo os barcos, colocando gelo nas caixas e separando mantimentos para saírem ao mar assim que o relógio marcar meia-noite.
"Nos próximos dez dias a produção vai ser muito boa, depois já começa a diminuir. Os pescadores têm que aproveitar", explica. Ainda de acordo com o secretário, tanto a pesca artesanal quanto a industrial são relevantes para a economia do município. "Aqui temos cerca de 120 pescadores que se dedicam à modalidade artesanal. A renda de 40% deles é exclusiva da pesca", diz.
"Nos próximos dez dias a produção vai ser muito boa, depois já começa a diminuir. Os pescadores têm que aproveitar", explica. Ainda de acordo com o secretário, tanto a pesca artesanal quanto a industrial são relevantes para a economia do município. "Aqui temos cerca de 120 pescadores que se dedicam à modalidade artesanal. A renda de 40% deles é exclusiva da pesca", diz.
Em Instrução Normativa de 2.008, o IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis) determinou que durante três meses, no período entre 1º de março e 31 de maio, fica proibida a pesca dos camarões branco, rosa, santana, sete barbas e barba ruça nas regiões Sul e Sudeste.
Quem for flagrado desrespeitando o defeso pode ser processado por crime ambiental, ter os equipamentos de pesca apreendidos e ser multado em valores que variam de acordo com a quantidade de camarão capturados.
http://noticias.terra.com.br/brasil/cidades/vc-reporter-em-sc-pescadores-se-preparam-para-a-pesca-do-camarao,409e4cb8511da310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html
Após três meses do período de defeso do camarão, a comunidade pesqueira de Caraguatatuba se prepara para o fim desta fase com mais uma tradicional cerimônia “Barcos ao Mar”, marcada para o dia 30 de maio (quinta-feira), às 10h, na Praia do Camaroeiro, região central da cidade.
Pescadores de São Sebastião reclamam de uma queda de 70% na pesca de camarões. Segundo eles, o problema foi registrado neste final de semana, o primeiro permitido para a pesca após o fim do período de defeso, que proibiu a pesca por dois meses para garantir a reprodução da espécie.
Para a Colônia de Pescadores o problema é resultado do vazamento de combustível marítimo ocorrido em 5 de abril em um píer da Transpetro no Terminal Almirante Barroso (Tebar), que atingiu ao menos 11 praias.
Pescadores de São Sebastião reclamam de uma queda de 70% na pesca de camarões. Segundo eles, o problema foi registrado neste final de semana, o primeiro permitido para a pesca após o fim do período de defeso, que proibiu a pesca por dois meses para garantir a reprodução da espécie.
Para a Colônia de Pescadores o problema é resultado do vazamento de combustível marítimo ocorrido em 5 de abril em um píer da Transpetro no Terminal Almirante Barroso (Tebar), que atingiu ao menos 11 praias
Na ocasião, os pescadores receberão a benção em solenidade presidida pelo Padre Alessandro Coelho, pároco da Catedral Divino Espírito Santo, para partirem novamente ao mar em busca do crustáceo que ajuda no sustento de suas respectivas famílias.
A cerimônia “Barcos ao Mar” precede as comemorações do 16º Festival do Camarão, que este ano será realizado de 18 a 21 de julho na Praça de Eventos, no Centro.
A realização do evento é da Associação dos Pescadores do Camaroeiro em parceria com a Fundacc – Fundação Educacional e Cultural de Caraguatatuba e Governo Municipal.
http://folhadolitoralnorte.net/barcos-ao-mar-marca-fim-do-defeso-do-camarao-em-caraguatatuba-2/
Desde a última segunda-feira que o porto de Pirambu voltou a receber os barcos de pesca abarrotados de camarão. Cada barco tem trazido em media de 1.200 Kg a 1.600 Kg do crustáceo. Com a chuva veio à melhora da produção exatamente como era o esperado pelos pescadores.
Antes da abertura do canal os pescadores da região estavam pescando na Barra dos Coqueiros, com a abertura feita pela Prefeitura de Pirambu, os barcos voltaram a atracar no porto do município, ocupando cerca 95% de sua capacidade. “A embarcação por menor que seja chega a sustentar 50 famílias”, disse o presidente do Conselho de Desenvolvimento comunitário de Pirambu (Condepi), Adalberto dos Santos Filho.
Segundo ele ainda existem hoje barcos pescando na Barra dos Coqueiros, Praia do Saco. Porto do castro, mas, todos os dias saem de Pirambu uma media de três embarcações, que ficam no mar entre 6 a 7 dias e as embarcações maiores permanecem de 10 a 12 dias.
Ainda de acordo com o presidente, boa parte do que é pescado é exportado para Salvador, Maceió e Recife, que são junto Aracaju, grandes consumidores do que produzimos. “A venda de camarão pistola chega a R$ 16,00/Kg na embarcação. Já o camarão médio chega a ser vendido por cerca de R$ 8,00 o de sete barbas em torno de R$ 5,00 e o filézinho de 7 barbas em torno de R$ 12,00.
Despesa – O óleo chega a custar para estes pescadores R$ 2,15/litro. O gelo a R$ 0,15. O custo médio para cada embarcação ir ao mar fica em torno de R$ 2,5 a R$ 3,8 mil. Cada barco leva cerca de três mil toneladas de gelo e cerca de 600 litros de óleo. Já os barcos maiores chega a levar cerca de 1,6 mil litros de óleo e a mesma quantidade de gelo.
Pirambu
Pirambu é um município brasileiro localizado na faixa litorânea, no extremo leste do estado de Sergipe.
Para algumas fontes, a nomenclatura do município vem de um peixe comum na região (o pirambu), para outras vem do nome de um chefe indígena que habitou a antiga povoação.
A povoação chamada inicialmente de “Ilha” passou a ser habitada por pescadores no início do século XX, que praticavam a pesca de subsistência nos rios Pomonga, Japaratuba e no Oceano Atlântico, além da caça e agricultura. O comércio era baseado no escambo e as moradias feitas de palha. Em 1.911 foi instalada uma casa comercial e fundada a colônia de pescadores. Em 1.912 a povoação passou a condição de vila, onde foi construída a igreja em homenagem a Nossa Senhora de Lourdes.
Em 1.934 com a emancipação de Japaratuba de Capela, Pirambu subiu à condição de povoado.
Na década de 60 do século XX, um grupo de lideranças locais iniciou um movimento de emancipação política de Pirambu. João Dória do Nascimento, vereador de Japaratuba; Manuel Amaral Lemos, produtor rural; Abelardo do Nascimento e José Lauro Ferreira, pescadores; e Xavier dos Santos encabeçavam o movimento.
Em 26 de novembro de 1.963 foi sancionada o projeto de lei apresentado pelo deputado estadual Nivaldo Santos, que elevava o povoado à categoria de município com a denominação de Pirambu, desmembrado de Japaratuba. Com a popularidade, o vereador japaratubense João Dória do Nascimento foi eleito o primeiro prefeito de Pirambu, tomando posse em agosto de 1.965.
As receitas municipais provem da agricultura (cultivo do coco, mandioca, manga e milho); da pecuária de bovinos, equinos e ovinos; da avicultura de galináceos; da atividade pesqueira de camarões e pescados diversos; e da mineração dos depósitos de sal-gema, potássio, magnésio, turfa, petróleo, além da extração de barro no povoado Aguilhadas.
A atividade pesqueira é de grande importância para o município; destacando-se a pesca do camarão em redes de arrasto, varrendo todo o litoral sergipano. Pirambu é um dos maiores centros de pesca semi-industrial de Sergipe, sua produção é exportada a outros municípios sergipanos e a outros estados.
São modestos na região tanto o comércio (representado por lojas de materiais do construção, gêneros alimentícios e de vestuário), como a indústria (representada pelas duas fábricas de gelo, confecção de tecidos em associação do povoado Marimbondo e no projeto TAMAR, e pela fábrica de polpa de fruta na sede).
Reserva Biológica Santa Isabel e Projeto TAMAR
A reserva foi criada em 1.998 com objetivo de preservar e recuperar os ecossistemas costeiros da região. Localiza-se nos municípios de Pirambu e Pacatuba, abrangendo cerca de 45 km de praias.
A reserva abriga o maior sítio reprodutivo brasileiro da tartaruga oliva, sendo ainda importante área de desova de várias outras espécies de tartarugas (daí a parceria com o Programa Brasileiro de Conservação das Tartarugas Marinhas, o TAMAR), além de ser região de pouso e descanso de aves migratórias e apresentar uma fauna residente diversa.
A primeira base do Tamar construído no Brasil foi instalada em 1.982 em Pirambu, município de Sergipe, com monitoração de 56 km de praias de reprodução e alimentação de tartarugas marinhas.
O Centro de Educação Ambiental do TAMAR recebe em média 120 mil visitantes ao ano e muitos estudantes. A Base possui quatro tanques com tartarugas marinhas em diversas fases de desenvolvimento; sala de palestras e projeção de filmes; antessala com um aquário marinho e seis aquários com peixes de água doce, representantes das espécies do entorno da Reserva; estacionamento e stand de divulgação das atividades culturais desenvolvidas com as comunidades do entorno; demais materiais educativos.
http://pirambu.se.gov.br/site/?p=19
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pirambu
http://janaec-minhasviagens.blogspot.com.br/2011_01_01_archive.html
Dez anos atrás, apenas 2,1% do camarão consumido no mundo provinha do cultivo em cativeiro. O restante vinha do mar, produto da pesca de arrastão, considerada predatória porque as redes capturam também animais e peixes sem valor comercial, que são devolvidos à água mortos. No ano passado, porém, um quarto dos 2,6 milhões de toneladas consumidas era formado por camarões criados em fazendas, como vacas, ovelhas, cabras e porcos.
Estima-se que até o ano 2.000 apenas metade deles terão conhecido o verdadeiro fundo do mar antes de irem para as panelas. As fazendas de camarões, substitutas da pesca de arrastão, exigem tecnologia e conhecimento científico à altura da fama culinária do caro crustáceo.
A criação em cativeiro do camarão marinho só é possível quando as condições de seu habitat são reproduzidas artificialmente.
Como os camarões são animais de sangue frio, ou seja, não possuem temperatura interna própria. a velocidade de seu metabolismo, que determina o crescimento, está relacionada diretamente à temperatura do lugar onde vive—e quanto mais quente, melhor. Assim, no Brasil, a Região Nordeste, onde praticamente não há estação fria, é o melhor lugar para seu cultivo, e é por lá que se distribui a quase totalidade das fazendas de camarão do país.
Ainda pequena por aqui, a carcinocultura, como também é chamada a criação de crustáceos, produz apenas 2.000 toneladas de camarões por ano, atendendo a não mais que 4% da produção. Dos 515 hectares de viveiros da unidade da empresa Maricultura da Bahia.
No Brasil, camarão de casa não faz milagre. É que as cinco espécies próprias para cultivo ao longo do litoral foram pouco estudadas, e não vivem muito bem em cativeiro.
"A solução para o cultivo em escala industrial foi importar espécies estrangeiras e recriar em laboratório o seu habitat", afirma o biólogo Luiz Augusto Faria, um exímio pescador que se interessava por algas no tempo da faculdade e chegou aos camarões pelas mãos de um professor. Em Valença, a espécie predominante na produção é o Penaeus vannamei, trazida das águas quentes do Equador.
Da mistura de tecnologias americana e equatoriana surgiu a criação dos camarões com sotaque baiano. Para cuidar deles, a fazenda dispõe de 170 funcionários contratados, mais 200 prestadores de serviços um tanto parecidos com os bóias-frias das fazendas de cana-de-açúcar.
"A solução para o cultivo em escala industrial foi importar espécies estrangeiras e recriar em laboratório o seu habitat", afirma o biólogo Luiz Augusto Faria, um exímio pescador que se interessava por algas no tempo da faculdade e chegou aos camarões pelas mãos de um professor. Em Valença, a espécie predominante na produção é o Penaeus vannamei, trazida das águas quentes do Equador.
Da mistura de tecnologias americana e equatoriana surgiu a criação dos camarões com sotaque baiano. Para cuidar deles, a fazenda dispõe de 170 funcionários contratados, mais 200 prestadores de serviços um tanto parecidos com os bóias-frias das fazendas de cana-de-açúcar.
No Equador, os camarões adultos P. vannamei procriam durante nove meses no ano—de setembro a maio. Embora no mar eles tenham dias e noites de 12 horas, constatou-se em laboratório que dias de 14 horas com 10 horas de noite favorecem a procriação em algumas espécies. Sobre os 29 tanques de reprodução azuis e redondos, com 35 casais de camarões e 17 000 litros de água do mar em cada um, existe uma iluminação controlada por timer, que simula esse dia ideal. Para facilitar o trabalho com os camarões, animais de hábitos noturnos, o período é invertido—enquanto é dia para os técnicos da fazenda, é noite para os bichos. Uma cortina feita com tiras de borracha impede a entrada da luz de fora nesse ambiente silencioso, onde se trabalha com lanternas.
Um dos fundadores do projeto da fazenda de camarões baiana o biólogo Sérgio Luiz de Siqueira Bueno, hoje professor na Universidade de São Paulo, acredita que esta atividade, ainda na infância no Brasil, está em pleno desenvolvimento. Doutor em camarões marinhos, Bueno mantém um laboratório de patologia de crustáceos na USP para assessorar justamente aqueles que se aventuram a criar camarões no Brasil.
"A pesca comercial mostra sinais de esgotamento, porque os bancos de camarões nos litorais precisam se renovar da intensa pesca" aponta Bueno. "Os barcos precisam então ir cada vez mais longe buscar os camarões o custo, portanto aumenta."
"A pesca comercial mostra sinais de esgotamento, porque os bancos de camarões nos litorais precisam se renovar da intensa pesca" aponta Bueno. "Os barcos precisam então ir cada vez mais longe buscar os camarões o custo, portanto aumenta."
Bueno, que saiu do projeto depois de seis anos e hoje toca Beatles para seus alunos da USP, acredita que uma das maiores vantagens das fazendas é a rapidez no beneficiamento. Camarões pescados longe da costa podem levar dias para chegar a algum lugar protegido da invasão de bactérias.
"Para conservar os camarões durante estas longas viagens. usa-se metabissulfito de sódio, um conservante químico nocivo para a saúde. Nos viveiros ele é dispensado", compara Bueno. Cada vez mais longe e mais cara, a pesca tende também no Brasil a dar lugar aos camarões cultivados.
"Para conservar os camarões durante estas longas viagens. usa-se metabissulfito de sódio, um conservante químico nocivo para a saúde. Nos viveiros ele é dispensado", compara Bueno. Cada vez mais longe e mais cara, a pesca tende também no Brasil a dar lugar aos camarões cultivados.
http://super.abril.com.br/mundo-animal/pesca-arrastao-versus-fazendas-criacao-cativeiro-brasil-republica-camaroes-440093.shtml
O maior barco pesqueiro do mundo é o espanhol Novo Airiños.
O Novo Airiños é o barco mais moderno da Europa e tem cinco anos de funcionamento. O barco-fábrica é capaz de pescar e processar o produto dentro da própria embarcação.
Especializada na pesca de atum e meca, a embarcação tem autonomia para passar até 180 dias em alto-mar sem reabastecer e capacidade de estocagem de 360 toneladas de pescado já processado.
O barco-fábrica tem capacidade para 40 tripulantes e tem disponibilidade para 620 mil litros de óleo diesel.
http://gigantesdomundo.blogspot.com.br/2012/03/o-maior-barco-pesqueiro-do-mundo.html
Responsável por 95% da pesca oceânica brasileira, o Rio Grande do Norte recebeu esta semana o maior barco pesqueiro do mundo, o espanhol Novo Airiños, avaliado em oito milhões de euros, que terá na Produmar Companhia Exportadora sua base operacional pelos próximos dois anos. O barco-fábrica, capaz de pescar e processar o produto dentro da própria embarcação, deve ir em direção à região que fica entre o Espírito Santo e a Namíbia, na África.
É a primeira vez que o equipamento navega pelo Oceano Atlântico e deve servir de incremento para a pesca oceânica potiguar, que já exportou este ano em torno de 2,5 mil toneladas de pescado.
O Novo Airiños é o barco mais moderno da Europa e tem cinco anos de funcionamento. Fabricado na Espanha, foi trazido para o Brasil pelo empresário Ramiro Comesaña, um dos acionistas da Pesqueira Rymi, empresa binacional de capital espanhol que controla boa parte da produção e beneficiamento do pescado no país tupiniquim.
Especializada na pesca de atum e meca, a embarcação tem autonomia para passar até 180 dias em alto-mar sem reabastecer e capacidade de estocagem de 360 toneladas de pescado já processado.
Segundo o diretor da Produmar e presidente do Sindicato da Indústria da Pesca no RN, Arimar França, o barco traz uma nova cultura para o setor pesqueiro potiguar, além de aumentar as divisas do Rio Grande do Norte na exportação e melhorar a qualidade do pescado que será vendido no mercado interno.
‘‘É um novo modelo de pesca, em que nós iremos preparar os nossos pescadores para passar 180 dias no mar, além de ser um barco que traz conforto, tecnologia e tem a capacidade de pescar e processar o produto’’, destaca.
O barco-fábrica tem capacidade para 40 tripulantes, mas nesta primeira viagem irão apenas 21 pescadores. O equipamento ainda tem disponibilidade para 620 mil litros de óleo diesel e já pescou em lugares como o Oceano Índico, Pacífico e Mediterrâneo.
De origem espanhola, foi arrendado por dois anos para uma empresa brasileira. ‘‘Esse barco é uma prova de que o Brasil está dando passos largos para ocupar espaço nas grandes zonas econômicas’’, acrescentou ainda França.
http://portaldosol.net/natal-recebe-maior-navio-pesqueiro-do-mundo/
A pesca de espinhel iniciou-se no Brasil em 1.958, introduzida por japoneses que faziam a pesca de atum. Ao longo dos anos essa arte de pesca veio sofrendo alteração, até que em 1.994 as embarcações fizeram a adaptação que mais atende as necessidades do estilo de pesca brasileiro, tornando o espinhel mais leve e sendo necessários menos pescadores para fazer o trabalho (Fonte: Projeto Albatroz).
Esta arte de pesca consiste em uma linha principal, forte e comprida, na qual dependem outras linhas secundárias mais curtas e em grande numero, a intervalos regulares onde ao final são presos anzóis iscados, estes podem ficar no fundo ou mais próximos a superfície com o auxilio de bóias e chumbadas (Fonte: Wikipedia).
As iscas utilizadas podem ser lulas, polvos, sardinhas, cavalinhas e etc. No começo da tarde os espinhéis são lançados ao mar e aproximadamente cinco horas depois eles são puxados novamente. Dentre os principais peixes capturados por espinhel no Ceará destacam-se o robalo, Arabaiana, Cioba, tubarões, arraias, moréia e dentão (OLIVEIRA et al, 2.007).
A escolha da área de pesca é feita sempre pelo mestre da embarcação, através de sua experiência, e também de fatores externos como temperatura da superfície do mar, profundidade e época do ano.
http://www.iabs.org.br/projetos/pescariasalternativas/index.php?option=com_content&view=article&id=27&Itemid=30
Com 8.500 km de costa, o Brasil controla uma faixa oceânica de 3,5 milhões de km2 conhecida no direito internacional como Zona Econômica Exclusiva (ZEE), que corresponde às famosas 200 milhas náuticas (370 km). É bem ali, numa tripa de oceano de 15 km por 200 km (3.000 km2, ou 0,09% do total da ZEE), que se trava a "guerra do sushi" entre brasileiros e japoneses. Todos atrás do atum.
"O atum é a nova baleia!", sentenciam amigos em grupos de defesa ao peixe no Facebook. Referem-se às campanhas da década de 80 que, com o slogan "Salvem as baleias", conseguiram a interdição da captura comercial dos grandes cetáceos, salvando-os da extinção.
Pertencente ao gênero Thunnus, que abriga oito espécies da família dos escombrídeos, o atum foi entronizado nos últimos 30 anos como iguaria global, na forma de sushi e sashimi, ou apenas selado na chapa quente. Dez entre dez restaurantes japoneses, não importa onde, na Hungria, na Austrália ou na Rússia -- e, no Brasil, também nas boas churrascarias e restaurantes por quilo --, disputam sua carne tenra e rubra.
Pelo menos o atum-azul (Thunnus thynnus) está ameaçado de extinção. Segundo a oceanógrafa Sylvia Earle, da National Geographic Society, maior referência mundial em oceanografia, 95% da população global já virou sushi. As demais espécies correm o risco de sobrepesca (quando a captura supera a capacidade de reposição).
Ambientalistas, oceanógrafos, vegetarianos e até sushimen já começam a se agitar: "Salvem o atum!".
Nos EUA, acaba de estrear o documentário "Sushi: The Global Catch" , sobre a globalização do peixe cru e seu impacto nos estoques de atum -- peixe selvagem que, à diferença do salmão, não se deixa domesticar.
A FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) aponta que a pesca em alto-mar provê as 6,6 milhões de toneladas anuais de atum que consumimos. Da aquicultura vieram minguadas nove toneladas.
Em seu livro-reportagem "Four Fish" (quatro peixes), o jornalista Paul Greenberg afirma que o desafio colocado diante da humanidade é reavaliar "se os peixes são em sua essência comida ou vida selvagem desesperadamente necessitada de nossa compaixão".
Nesses tempos de cardumes magros, a piscosa costa brasileira entra na disputa como uma das últimas fronteiras ainda inexploradas: em 2.011, não passou de 10 mil toneladas o total de atuns capturados em nossas águas, ou 0,15% do total apontado pela FAO, segundo o Ministério da Pesca.
O Gera 8 e o Kinei Maru 108 se encontraram num pesqueiro rico, no cruzamento de correntes marítimas que vêm da lagoa dos Patos, no litoral gaúcho, e do arquipélago das Malvinas. Entre maio e agosto, surge ali um oásis de plânctons (microrganismos aquáticos) que atrai os cardumes de atum, peixe migratório de longas jornadas.
Atrás deles vão os pescadores. Os modernos navios japoneses medem até 60 m da popa à proa, têm autonomia para operar por 90 dias sem aportar e armazenam em seus porões frigoríficos até 200 toneladas de pescado, a -60 ºC.
Já os atuneiros brasileiros têm 15, 20 anos, foram adaptados de outras modalidades de pesca e chegam, no máximo, a 24 m de comprimento. Sem frigoríficos, exigem constante vaivém entre a zona pesqueira e o porto, para se abastecer de gelo e descarregar o produto. Pescadores, indústria de pescados, sindicato de armadores e entidades ambientalistas não se conformam com a concorrência nipônica. Principalmente porque ela acontece sob o beneplácito do ministro da Pesca, Marcelo Crivella (PRB-RJ), bispo da Igreja Universal do Reino de Deus que chegou ao comando da pasta em março.
É como se os japoneses pescassem com jamantas, e os brasileiros, com carrinhos de feira. "As embarcações deles devastam nossos cardumes com um volume de pesca superior à capacidade de reposição", acusa Torquato Ribeiro Pontes Neto, da indústria de pescados que leva seu nome, sediada em Rio Grande (RS). "Prejudicam toda a cadeia produtiva ligada à pesca, já que o peixe sai de seus porões para embarcar diretamente em um cargueiro japonês."
Oliveira, o mestre do Gera 8 que tentou afastar o Kinei Maru 108, confirma: "Não mato um terço do que matava há 15 anos. E os peixes estão menores. A gente pega peixe pequeno porque não está dando tempo para ele crescer. Posso dizer que está acabando. Conheço isso".
ARRENDAMENTO
O Ministério da Pesca promoveu o milagre da multiplicação dos peixes nos porões dos barcos japoneses ao facilitar o arrendamento de embarcações estrangeiras por empresas brasileiras.
Uma delas é a Atlântico Tuna, que opera desde março de 2011, tendo faturado no ano passado US$ 9 milhões com a exportação de 2.000 toneladas de atum, ou um quinto do volume que o país pescou.
Ela pertence ao economista paraibano Gabriel Calzavara de Araújo, dono ainda de outra empresa do ramo, a Norpeixe, além de ex-diretor do Departamento de Pesca e Aquicultura do Ministério da Agricultura (1998-2002, no segundo governo FHC).
Com a publicação do decreto 2.840, de 10/11/1.998, sob a gestão de Calzavara, foram relaxadas as severas restrições ao arrendamento que acabavam desanimando os postulantes. Segundo o engenheiro de pesca José Dias Neto, o decreto aboliu o período máximo de três anos de arrendamento, autorizando-o por prazo indefinido.
Além disso, ficou permitido, desde que com autorização ministerial, o desembarque em portos estrangeiros, levando ao descontrole da produção, à perda de postos de trabalho no processamento em terra e à evasão de divisas, entre outros problemas. Por fim, o decreto permitiu que haja, nas tripulações, brasileiros em número inferior aos dois terços previstos em lei. "Na prática, isso tornou-se a regra", afirma Dias Neto.
O primeiro a ocupar a pasta da pesca, na qual despachou entre 2.002 e 2.006, José Fritsch (PT-SC) chegou a suspender todo arrendamento. "Sempre achei que o caminho não era esse. Preferi investir na modernização da frota pesqueira brasileira", disse à Folha.
Em 2.010, porém, os arrendamentos voltaram com tudo. Das 17 licenças para pesca de atum distribuídas naquele ano a embarcações estrangeiras, 16 foram dadas a barcos japoneses arrendados pela Atlântico Tuna, de Calzavara.
Em troca de 85% a 90% das vendas, os japoneses entram com o navio, o equipamento, as iscas, o combustível, a tripulação e o seguro. Cabe a Calzavara obter as autorizações oficiais, apurando pelo menos 10% das vendas.
Para Giovani Genázio Monteiro, presidente do Sindipi, Sindicato dos Armadores e das Indústrias de Pesca de Itajaí e Região (SC), "o Brasil só tem prejuízo com o roubo oficializado a nossos estoques. O arrendamento transforma, num passe de mágica, navios japoneses em brasileiros".
"A política de arrendamento é típica de países africanos, particularmente os do litoral atlântico", diz o oceanógrafo Jorge Pablo Castelo, 71, professor aposentado da Universidade Federal do Rio Grande (FURG). "Namíbia, Angola, golfo de Guiné. Países pobres, necessitados de divisas, que vendem licença de pesca a países que possam pagar. Não deveria ser o caso do Brasil, com potencial para política pesqueira autônoma."
OUTRO LADO
Em defesa de seu negócio, Calzavara diz que está trazendo a melhor tecnologia de pesca de atum ao Brasil. "Os japoneses estão ensinando ao país como aproveitar os imensos e ainda inexplorados recursos pesqueiros", afirmou à Folha.
"Estamos buscando uma condição de identificar os recursos e saber onde estão. Temos o controle das capturas.
Temos de pegar a estatística de capturas e analisá-las profundamente, como está sendo feito. São dados públicos, acompanhados pelo Ministério da Pesca no desembarque. Estamos vendo que temos um estoque muito maior, temos o recurso perto da gente. Sou contra o arrendamento que não agrega informações. O objetivo do arrendamento é abrir fronteiras", afirmou o empresário.
A reportagem obteve registros de pesca de atum realizados nos anos 50 por um navio japonês de prospecção, operando da mesma região do Rio Grande do Sul. E perguntou a Calzavara por que, se o propósito dos arrendamentos é "identificar os recursos e saber onde estão", a pesca do Kinei Maru, por exemplo, estava sendo realizada em pesqueiro já tão conhecido.
"Os navios japoneses precisam concluir o trabalho de informação. Quando isso acontecer, talvez nem precisem vir mais", disse o empresário. Sobre o porquê de a Atlântico Tuna ser a única arrendatária, hoje, de barcos estrangeiros, Calzavara foi lacônico: "Sei lá. Tem de perguntar para eles. Não para mim. Quem quiser que vá buscar".
ALTO-MAR
A Folha acompanhou uma pescaria em alto-mar, a bordo do Gera 8. Um dia depois de zarpar, o convés amanheceu coalhado de restos do jantar da véspera --nem os nove experimentados tripulantes souberam segurá-lo no estômago. Foram 44 intermináveis horas entre o porto de Rio Grande e o pesqueiro de atum, a 180 km dali, na beirada da plataforma continental (a porção de "fundo do mar" que acompanha o litoral).
Navegação em velocidade lenta, 6 km/h, já que o vento estava forte: "Força 7, muita calma aí, câmbio", pediu Lelê ao mestre Oliveira. No rádio, explodiam irritantes pshhh-pshhhh. Na escala de Beaufort, usada pelos pescadores, a força 7 é quase um vendaval, capaz de levantar as ondas a seis metros de altura. O barquinho escala os morros de água e logo despenca no vácuo. E de novo, de novo, de novo.
A pesca industrial em alto-mar não é para os fracos. O barco escoiceia, e até mesmo ficar sentado torna-se desafio de rodeio. Romir Vieira Ribeiro, 39, encarregado de pesca em Rio Grande, explica: "Lá fora [no mar], tudo é muito. Quando faz sol, faz sol o tempo todo. Quando venta, venta o tempo todo. Quando chove, chove muito".
Seu lamento lembra as canções de Dorival Caymmi. "Esses pescadores saem sem saber se voltam. Vão pescar sem saber se conseguirão.
Deixam a família sem saber se a encontrarão na volta. Para os marinheiros não há dia ou noite e as jornadas de trabalho facilmente ultrapassam 16 horas."
No dia em que os anzóis brasileiros se enroscaram nos japoneses, a jornada tinha começado às 2 horas, com o lançamento ao mar do espinhel, uma cortina de 800 anzóis de aço inoxidável, espalhados ao longo de um linhão de 80 km.
A ventania da véspera havia amainado para força 3, com ondas de no máximo 1,25 m de altura. "Está muito bom", comemorou o piloto.
Cada anzol foi guarnecido de uma lula fresquíssima -- o atum tem o paladar refinado. "Se ele perceber que a isca está morta, não come", explicou o pescador. Às 6h, o espinhel começou a ser puxado de volta, com a ajuda de uma grua. Presos nele, os peixes são fisgados na cabeça -- preferencialmente nos olhos -- pelo bicheiro, anzol gigante com cabo de madeira e na cauda, a fim de trazê-los a bordo.
O primeiro a subir foi um tombo, ou albacora-branca, "atum de latinha", dizem os pescadores, com baixo valor de mercado. Depois veio um yellowfin, ou atum-amarelo; então, uma meca, ou marlim-branco, ou espadarte, a mesma espécie que Santiago enfrenta na obra-prima de Ernest Hemingway, "O Velho e o Mar". Por fim, o rei daquelas águas: um bati, ou yel-lowfin gigante, de 103 kg.
"Tem de segurar firme, senão ele carrega você até a água", explica Arnoldo dos Santos, 48, pescador há 30 anos e cozinheiro do Gera 8. O convés estava forrado de colchões -- caso o peixe se debata no chão, não podem se formar hematomas, que desvalorizam a carne. "O sashimi tem de estar perfeito", preocupava-se o comandante.
O atum tem sangue quente: cruza os sete mares com temperatura corporal até 10ºC superior à do ambiente, o que lhe permite migrar de águas equatoriais para temperadas sem dificuldades. Ele nada, nada, até quando vai morrer. Com o bicheiro cravado na cabeça, ele nadava. Com o chucho -- espécie de chave de fenda -- enfiado no coração, para sangrá-lo, ele nadava. Pendurado pela cabeça, nadava.
Arrancaram-lhe as guelras e, mesmo assim, dez minutos depois, o bicho ainda nadava. Um tripulante enfiou-lhe o chucho na cabeça. Ele insistiu. Pelo buraco aberto no cérebro, um grosso fio de náilon foi introduzido até o fim da medula. O peixão teve convulsões e por fim ficou inerte. Não se podia dizer se já estava morto, mas "tetraplégico", com certeza.
A uma milha dali, um grupo de orcas espreitava o espinhel, à espera de um peixão que sobrasse para elas. Albatrozes, petréis e gaivotas revoavam em torno do barco, também em busca de migalhas. No convés, reinava o silêncio entre os homens. A agonia do bicho foi silenciosa. Uma mangueira de água levava o sangue para o mar e o peixe foi armazenado no porão.
O ritual ganha escala industrial no navio japonês, uma verdadeira indústria flutuante que pesca, limpa, processa, congela, armazena e exporta. Em vez de lançar 800, são 4.000 os anzóis em seu espinhel. Enquanto os anzóis brasileiros não passam de 100 m de profundidade, os japoneses se infiltram no meio do cardume, entre 200 e 400 m abaixo da linha do mar.
De maio até o fim deste mês, três navios japoneses terão frequentado o pesqueiro de Rio Grande: o Kinsai Maru 38, o Kinei Maru 108 e o Shoei Maru 7. No começo de agosto, o Kinsai Maru 38 atracou no porto de Natal. Com os porões lotados, levava 170 toneladas de rico pescado, boa parte já embarcada para o Japão em navio. As cinco toneladas de peixes do Gera 8 foram para o mercado de peixes do Ceagesp, em São Paulo.
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/1138936-barco-japones-domina-pesca-de-atum-em-aguas-do-brasil.shtml
A história da pesca do bacalhau pelos portugueses (muitas vezes referida por a Faina Maior) aparece pela primeira vez referenciada em 1.353, quando D. Pedro I e Edward II de Inglaterra estabelecem um acordo de pesca para pescadores de Lisboa e do Porto poderem pescar o bacalhau nas costas da Inglaterra por 50 anos. A necessidade de estabelecer um acordo indicia que esta atividade já se realizava em anos anteriores, e em tal quantidade, que justificasse a necessidade enquadrar esta atividade nas relações entre os dois reinos.
Pelo menos desde o século X que os mercadores escandinavos vinham buscar o sal a Portugal, e aí estabeleceram colônias ou feitorias, como indicam as construções ovais, do tipo viking em Pedrinhas, perto de Fão. Do século XI existem registos dos normandos estabelecerem relações amigáveis com as populações do litoral, e terão sido estes a transmitir os conhecimentos da navegação atlântica.
Estas colônias correspondem a um tipo de pesca sedentária, onde os barcos encontravam uma base em terra, e a partir daí os pescadores saiam em embarcações mais pequenas à pesca com aparelhos de linha. Naturalmente o amanhar do peixe e a primeira seca e salga era também em terra. Esta opção podia não ser a única, podendo já ocorrer uma pesca errante, semelhante à que mais tarde foi adaptada pelos lugres.
A pesca do bacalhau à linha terminaria definitivamente em 1.974, 3 anos depois de o último lugre ter partido pela última vez para os Bancos.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pesca_do_bacalhau_pelos_portugueses
A Pesca do Bacalhau
A pesca do Bacalhau encontra-se intimamente ligada à história dos Descobrimentos Portugueses, dos séc. XV e XVI. Nessa época, a terra dos Bacalhaus, ou Terra Nova, passa a ser muito conhecida pelos pescadores portugueses devido à grande quantidade de peixe aí existente.Nesta época, foram muitos os originários de Ílhavo, que embarcaram nessa extraordinária aventura.
Nos finais do séc. XIX, as embarcações portuguesas enviadas à pesca do Bacalhau eram de madeira e à vela, sendo praticada a pesca à linha. Tratava-se de uma prática muito trabalhosa, apenas rentável em regiões onde abundava o peixe.
Este tipo de pesca era praticado a partir dos dóri: pequenas embarcações de fundo chato e tabuado rincado, introduzidas em Portugal nos finais do século passado.
A pesca por arrastão surge em Portugal, com o primeiro barco deste tipo na frota portuguesa em 1.935/36. Tratava-se de um navio em ferro, com maior capacidade de pescado, mais comodo e com melhores condições de habitabilidade. Dispunha de câmaras frigoríficas, o que permitia a conservação de uma elevada quantidade de isco, de alimentos para consumo e de peixe pescado.
Neste último tipo de barco, a vida já não era tão dura como nos tempos da pesca à linha, se bem que, quando havia peixe, se chegasse a estar 20 a 30 horas sem dormir, parando apenas para comer.
http://www2.dlc.ua.pt/etnografia/pescado.htm
O Bacalhau é um peixe de águas rasas, sendo facilmente encontrado a 35 metros de profundidade.
Em períodos de reprodução, ele migra para águas ainda mais rasas e calmas perto da costa e desova em locais mais quentes.
O principal destino dos cardumes de bacalhau, quando chega à fase adulta, é o Arquipélago de Lofoten, região a noroeste do mar da Noruega, onde se realizam as maiores pescarias de bacalhau no mundo. A espécie mais comum é o chamado Bacalhau do Atlântico, que habita as costas da Noruega, Islândia, Groelândia, Mar de Barents, Labrador, Terra Nova, Nova Escócia e também as costas americanas.
No Oceano Pacífico, pode-se encontrar outras variedades de bacalhau como o macrocephalus. A cidade de Aalesund, na Noruega, é conhecida como a capital mundial do bacalhau: nela se encontram as maiores indústrias de transformação e um dos principais portos de exportação.
Processamento
Tanto sabor quanto valor nutritivo são mantidos graças ao processo especial de salga e secagem, que tem o objetivo de retirar apenas a água do peixe, preservando suas proteínas, vitaminas e minerais. No processo de salga, o bacalhau é colocado em tanques cobertos por quilos de sal e assim fica por cerca de quatro semanas. Durante as duas primeiras semanas o peixe fica em salmoura.
Depois, é retirado, lavado e armazenado em paletes para permanecer mais uma ou duas semanas descansando em sal. Conforme o tamanho e a espessura do peixe, chega-se a trocar o sal mais de uma vez.
Finalizada essa etapa, o pescado vai para a secagem em câmaras de ar por dois a cinco dias. Depois, segue para o controle de qualidade para ser pesado, embalado e exportado em containers refrigerados entre 2º e 4º graus.
Processo natural
Todo o processamento do bacalhau é natural: não há uso de química ou conservantes. Durante a pesca e o processamento, o peixe pode ser danificado, sofrer corte e machucados.
A pesca de espinhel iniciou-se no Brasil em 1.958, introduzida por japoneses que faziam a pesca de atum. Ao longo dos anos essa arte de pesca veio sofrendo alteração, até que em 1.994 as embarcações fizeram a adaptação que mais atende as necessidades do estilo de pesca brasileiro, tornando o espinhel mais leve e sendo necessários menos pescadores para fazer o trabalho (Fonte: Projeto Albatroz).
Esta arte de pesca consiste em uma linha principal, forte e comprida, na qual dependem outras linhas secundárias mais curtas e em grande numero, a intervalos regulares onde ao final são presos anzóis iscados, estes podem ficar no fundo ou mais próximos a superfície com o auxilio de bóias e chumbadas (Fonte: Wikipedia).
As iscas utilizadas podem ser lulas, polvos, sardinhas, cavalinhas e etc. No começo da tarde os espinhéis são lançados ao mar e aproximadamente cinco horas depois eles são puxados novamente. Dentre os principais peixes capturados por espinhel no Ceará destacam-se o robalo, Arabaiana, Cioba, tubarões, arraias, moréia e dentão (OLIVEIRA et al, 2.007).
A escolha da área de pesca é feita sempre pelo mestre da embarcação, através de sua experiência, e também de fatores externos como temperatura da superfície do mar, profundidade e época do ano.
http://www.iabs.org.br/projetos/pescariasalternativas/index.php?option=com_content&view=article&id=27&Itemid=30
Com 8.500 km de costa, o Brasil controla uma faixa oceânica de 3,5 milhões de km2 conhecida no direito internacional como Zona Econômica Exclusiva (ZEE), que corresponde às famosas 200 milhas náuticas (370 km). É bem ali, numa tripa de oceano de 15 km por 200 km (3.000 km2, ou 0,09% do total da ZEE), que se trava a "guerra do sushi" entre brasileiros e japoneses. Todos atrás do atum.
"O atum é a nova baleia!", sentenciam amigos em grupos de defesa ao peixe no Facebook. Referem-se às campanhas da década de 80 que, com o slogan "Salvem as baleias", conseguiram a interdição da captura comercial dos grandes cetáceos, salvando-os da extinção.
Pertencente ao gênero Thunnus, que abriga oito espécies da família dos escombrídeos, o atum foi entronizado nos últimos 30 anos como iguaria global, na forma de sushi e sashimi, ou apenas selado na chapa quente. Dez entre dez restaurantes japoneses, não importa onde, na Hungria, na Austrália ou na Rússia -- e, no Brasil, também nas boas churrascarias e restaurantes por quilo --, disputam sua carne tenra e rubra.
Símbolo da era de ouro do atum, o mercado de Tsukiji, em Tóquio, é uma espécie de Sotheby's das peixarias, leiloando carcaças congeladas que alcançam preços de obras de arte. No início deste ano, um espécime de 269 kg foi arrematado por uma rede de sushis de Tóquio por US$ 736 mil, ou R$ 1,5 milhão -- valor que compra um Portinari menor ou uma boa tela de Beatriz Milhazes.
Pelo menos o atum-azul (Thunnus thynnus) está ameaçado de extinção. Segundo a oceanógrafa Sylvia Earle, da National Geographic Society, maior referência mundial em oceanografia, 95% da população global já virou sushi. As demais espécies correm o risco de sobrepesca (quando a captura supera a capacidade de reposição).
Ambientalistas, oceanógrafos, vegetarianos e até sushimen já começam a se agitar: "Salvem o atum!".
Nos EUA, acaba de estrear o documentário "Sushi: The Global Catch" , sobre a globalização do peixe cru e seu impacto nos estoques de atum -- peixe selvagem que, à diferença do salmão, não se deixa domesticar.
A FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) aponta que a pesca em alto-mar provê as 6,6 milhões de toneladas anuais de atum que consumimos. Da aquicultura vieram minguadas nove toneladas.
Em seu livro-reportagem "Four Fish" (quatro peixes), o jornalista Paul Greenberg afirma que o desafio colocado diante da humanidade é reavaliar "se os peixes são em sua essência comida ou vida selvagem desesperadamente necessitada de nossa compaixão".
Nesses tempos de cardumes magros, a piscosa costa brasileira entra na disputa como uma das últimas fronteiras ainda inexploradas: em 2.011, não passou de 10 mil toneladas o total de atuns capturados em nossas águas, ou 0,15% do total apontado pela FAO, segundo o Ministério da Pesca.
O Gera 8 e o Kinei Maru 108 se encontraram num pesqueiro rico, no cruzamento de correntes marítimas que vêm da lagoa dos Patos, no litoral gaúcho, e do arquipélago das Malvinas. Entre maio e agosto, surge ali um oásis de plânctons (microrganismos aquáticos) que atrai os cardumes de atum, peixe migratório de longas jornadas.
Atrás deles vão os pescadores. Os modernos navios japoneses medem até 60 m da popa à proa, têm autonomia para operar por 90 dias sem aportar e armazenam em seus porões frigoríficos até 200 toneladas de pescado, a -60 ºC.
Já os atuneiros brasileiros têm 15, 20 anos, foram adaptados de outras modalidades de pesca e chegam, no máximo, a 24 m de comprimento. Sem frigoríficos, exigem constante vaivém entre a zona pesqueira e o porto, para se abastecer de gelo e descarregar o produto. Pescadores, indústria de pescados, sindicato de armadores e entidades ambientalistas não se conformam com a concorrência nipônica. Principalmente porque ela acontece sob o beneplácito do ministro da Pesca, Marcelo Crivella (PRB-RJ), bispo da Igreja Universal do Reino de Deus que chegou ao comando da pasta em março.
É como se os japoneses pescassem com jamantas, e os brasileiros, com carrinhos de feira. "As embarcações deles devastam nossos cardumes com um volume de pesca superior à capacidade de reposição", acusa Torquato Ribeiro Pontes Neto, da indústria de pescados que leva seu nome, sediada em Rio Grande (RS). "Prejudicam toda a cadeia produtiva ligada à pesca, já que o peixe sai de seus porões para embarcar diretamente em um cargueiro japonês."
Oliveira, o mestre do Gera 8 que tentou afastar o Kinei Maru 108, confirma: "Não mato um terço do que matava há 15 anos. E os peixes estão menores. A gente pega peixe pequeno porque não está dando tempo para ele crescer. Posso dizer que está acabando. Conheço isso".
ARRENDAMENTO
O Ministério da Pesca promoveu o milagre da multiplicação dos peixes nos porões dos barcos japoneses ao facilitar o arrendamento de embarcações estrangeiras por empresas brasileiras.
Uma delas é a Atlântico Tuna, que opera desde março de 2011, tendo faturado no ano passado US$ 9 milhões com a exportação de 2.000 toneladas de atum, ou um quinto do volume que o país pescou.
Ela pertence ao economista paraibano Gabriel Calzavara de Araújo, dono ainda de outra empresa do ramo, a Norpeixe, além de ex-diretor do Departamento de Pesca e Aquicultura do Ministério da Agricultura (1998-2002, no segundo governo FHC).
Com a publicação do decreto 2.840, de 10/11/1.998, sob a gestão de Calzavara, foram relaxadas as severas restrições ao arrendamento que acabavam desanimando os postulantes. Segundo o engenheiro de pesca José Dias Neto, o decreto aboliu o período máximo de três anos de arrendamento, autorizando-o por prazo indefinido.
Além disso, ficou permitido, desde que com autorização ministerial, o desembarque em portos estrangeiros, levando ao descontrole da produção, à perda de postos de trabalho no processamento em terra e à evasão de divisas, entre outros problemas. Por fim, o decreto permitiu que haja, nas tripulações, brasileiros em número inferior aos dois terços previstos em lei. "Na prática, isso tornou-se a regra", afirma Dias Neto.
O primeiro a ocupar a pasta da pesca, na qual despachou entre 2.002 e 2.006, José Fritsch (PT-SC) chegou a suspender todo arrendamento. "Sempre achei que o caminho não era esse. Preferi investir na modernização da frota pesqueira brasileira", disse à Folha.
Em 2.010, porém, os arrendamentos voltaram com tudo. Das 17 licenças para pesca de atum distribuídas naquele ano a embarcações estrangeiras, 16 foram dadas a barcos japoneses arrendados pela Atlântico Tuna, de Calzavara.
Em troca de 85% a 90% das vendas, os japoneses entram com o navio, o equipamento, as iscas, o combustível, a tripulação e o seguro. Cabe a Calzavara obter as autorizações oficiais, apurando pelo menos 10% das vendas.
Para Giovani Genázio Monteiro, presidente do Sindipi, Sindicato dos Armadores e das Indústrias de Pesca de Itajaí e Região (SC), "o Brasil só tem prejuízo com o roubo oficializado a nossos estoques. O arrendamento transforma, num passe de mágica, navios japoneses em brasileiros".
"A política de arrendamento é típica de países africanos, particularmente os do litoral atlântico", diz o oceanógrafo Jorge Pablo Castelo, 71, professor aposentado da Universidade Federal do Rio Grande (FURG). "Namíbia, Angola, golfo de Guiné. Países pobres, necessitados de divisas, que vendem licença de pesca a países que possam pagar. Não deveria ser o caso do Brasil, com potencial para política pesqueira autônoma."
OUTRO LADO
Em defesa de seu negócio, Calzavara diz que está trazendo a melhor tecnologia de pesca de atum ao Brasil. "Os japoneses estão ensinando ao país como aproveitar os imensos e ainda inexplorados recursos pesqueiros", afirmou à Folha.
"Estamos buscando uma condição de identificar os recursos e saber onde estão. Temos o controle das capturas.
Temos de pegar a estatística de capturas e analisá-las profundamente, como está sendo feito. São dados públicos, acompanhados pelo Ministério da Pesca no desembarque. Estamos vendo que temos um estoque muito maior, temos o recurso perto da gente. Sou contra o arrendamento que não agrega informações. O objetivo do arrendamento é abrir fronteiras", afirmou o empresário.
A reportagem obteve registros de pesca de atum realizados nos anos 50 por um navio japonês de prospecção, operando da mesma região do Rio Grande do Sul. E perguntou a Calzavara por que, se o propósito dos arrendamentos é "identificar os recursos e saber onde estão", a pesca do Kinei Maru, por exemplo, estava sendo realizada em pesqueiro já tão conhecido.
"Os navios japoneses precisam concluir o trabalho de informação. Quando isso acontecer, talvez nem precisem vir mais", disse o empresário. Sobre o porquê de a Atlântico Tuna ser a única arrendatária, hoje, de barcos estrangeiros, Calzavara foi lacônico: "Sei lá. Tem de perguntar para eles. Não para mim. Quem quiser que vá buscar".
ALTO-MAR
A Folha acompanhou uma pescaria em alto-mar, a bordo do Gera 8. Um dia depois de zarpar, o convés amanheceu coalhado de restos do jantar da véspera --nem os nove experimentados tripulantes souberam segurá-lo no estômago. Foram 44 intermináveis horas entre o porto de Rio Grande e o pesqueiro de atum, a 180 km dali, na beirada da plataforma continental (a porção de "fundo do mar" que acompanha o litoral).
Navegação em velocidade lenta, 6 km/h, já que o vento estava forte: "Força 7, muita calma aí, câmbio", pediu Lelê ao mestre Oliveira. No rádio, explodiam irritantes pshhh-pshhhh. Na escala de Beaufort, usada pelos pescadores, a força 7 é quase um vendaval, capaz de levantar as ondas a seis metros de altura. O barquinho escala os morros de água e logo despenca no vácuo. E de novo, de novo, de novo.
A pesca industrial em alto-mar não é para os fracos. O barco escoiceia, e até mesmo ficar sentado torna-se desafio de rodeio. Romir Vieira Ribeiro, 39, encarregado de pesca em Rio Grande, explica: "Lá fora [no mar], tudo é muito. Quando faz sol, faz sol o tempo todo. Quando venta, venta o tempo todo. Quando chove, chove muito".
Seu lamento lembra as canções de Dorival Caymmi. "Esses pescadores saem sem saber se voltam. Vão pescar sem saber se conseguirão.
Deixam a família sem saber se a encontrarão na volta. Para os marinheiros não há dia ou noite e as jornadas de trabalho facilmente ultrapassam 16 horas."
No dia em que os anzóis brasileiros se enroscaram nos japoneses, a jornada tinha começado às 2 horas, com o lançamento ao mar do espinhel, uma cortina de 800 anzóis de aço inoxidável, espalhados ao longo de um linhão de 80 km.
A ventania da véspera havia amainado para força 3, com ondas de no máximo 1,25 m de altura. "Está muito bom", comemorou o piloto.
Cada anzol foi guarnecido de uma lula fresquíssima -- o atum tem o paladar refinado. "Se ele perceber que a isca está morta, não come", explicou o pescador. Às 6h, o espinhel começou a ser puxado de volta, com a ajuda de uma grua. Presos nele, os peixes são fisgados na cabeça -- preferencialmente nos olhos -- pelo bicheiro, anzol gigante com cabo de madeira e na cauda, a fim de trazê-los a bordo.
O primeiro a subir foi um tombo, ou albacora-branca, "atum de latinha", dizem os pescadores, com baixo valor de mercado. Depois veio um yellowfin, ou atum-amarelo; então, uma meca, ou marlim-branco, ou espadarte, a mesma espécie que Santiago enfrenta na obra-prima de Ernest Hemingway, "O Velho e o Mar". Por fim, o rei daquelas águas: um bati, ou yel-lowfin gigante, de 103 kg.
"Tem de segurar firme, senão ele carrega você até a água", explica Arnoldo dos Santos, 48, pescador há 30 anos e cozinheiro do Gera 8. O convés estava forrado de colchões -- caso o peixe se debata no chão, não podem se formar hematomas, que desvalorizam a carne. "O sashimi tem de estar perfeito", preocupava-se o comandante.
O atum tem sangue quente: cruza os sete mares com temperatura corporal até 10ºC superior à do ambiente, o que lhe permite migrar de águas equatoriais para temperadas sem dificuldades. Ele nada, nada, até quando vai morrer. Com o bicheiro cravado na cabeça, ele nadava. Com o chucho -- espécie de chave de fenda -- enfiado no coração, para sangrá-lo, ele nadava. Pendurado pela cabeça, nadava.
Arrancaram-lhe as guelras e, mesmo assim, dez minutos depois, o bicho ainda nadava. Um tripulante enfiou-lhe o chucho na cabeça. Ele insistiu. Pelo buraco aberto no cérebro, um grosso fio de náilon foi introduzido até o fim da medula. O peixão teve convulsões e por fim ficou inerte. Não se podia dizer se já estava morto, mas "tetraplégico", com certeza.
A uma milha dali, um grupo de orcas espreitava o espinhel, à espera de um peixão que sobrasse para elas. Albatrozes, petréis e gaivotas revoavam em torno do barco, também em busca de migalhas. No convés, reinava o silêncio entre os homens. A agonia do bicho foi silenciosa. Uma mangueira de água levava o sangue para o mar e o peixe foi armazenado no porão.
O ritual ganha escala industrial no navio japonês, uma verdadeira indústria flutuante que pesca, limpa, processa, congela, armazena e exporta. Em vez de lançar 800, são 4.000 os anzóis em seu espinhel. Enquanto os anzóis brasileiros não passam de 100 m de profundidade, os japoneses se infiltram no meio do cardume, entre 200 e 400 m abaixo da linha do mar.
De maio até o fim deste mês, três navios japoneses terão frequentado o pesqueiro de Rio Grande: o Kinsai Maru 38, o Kinei Maru 108 e o Shoei Maru 7. No começo de agosto, o Kinsai Maru 38 atracou no porto de Natal. Com os porões lotados, levava 170 toneladas de rico pescado, boa parte já embarcada para o Japão em navio. As cinco toneladas de peixes do Gera 8 foram para o mercado de peixes do Ceagesp, em São Paulo.
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/1138936-barco-japones-domina-pesca-de-atum-em-aguas-do-brasil.shtml
A história da pesca do bacalhau pelos portugueses (muitas vezes referida por a Faina Maior) aparece pela primeira vez referenciada em 1.353, quando D. Pedro I e Edward II de Inglaterra estabelecem um acordo de pesca para pescadores de Lisboa e do Porto poderem pescar o bacalhau nas costas da Inglaterra por 50 anos. A necessidade de estabelecer um acordo indicia que esta atividade já se realizava em anos anteriores, e em tal quantidade, que justificasse a necessidade enquadrar esta atividade nas relações entre os dois reinos.
Pelo menos desde o século X que os mercadores escandinavos vinham buscar o sal a Portugal, e aí estabeleceram colônias ou feitorias, como indicam as construções ovais, do tipo viking em Pedrinhas, perto de Fão. Do século XI existem registos dos normandos estabelecerem relações amigáveis com as populações do litoral, e terão sido estes a transmitir os conhecimentos da navegação atlântica.
Estas colônias correspondem a um tipo de pesca sedentária, onde os barcos encontravam uma base em terra, e a partir daí os pescadores saiam em embarcações mais pequenas à pesca com aparelhos de linha. Naturalmente o amanhar do peixe e a primeira seca e salga era também em terra. Esta opção podia não ser a única, podendo já ocorrer uma pesca errante, semelhante à que mais tarde foi adaptada pelos lugres.
A pesca do bacalhau à linha terminaria definitivamente em 1.974, 3 anos depois de o último lugre ter partido pela última vez para os Bancos.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pesca_do_bacalhau_pelos_portugueses
A pesca do Bacalhau encontra-se intimamente ligada à história dos Descobrimentos Portugueses, dos séc. XV e XVI. Nessa época, a terra dos Bacalhaus, ou Terra Nova, passa a ser muito conhecida pelos pescadores portugueses devido à grande quantidade de peixe aí existente.Nesta época, foram muitos os originários de Ílhavo, que embarcaram nessa extraordinária aventura.
Nos finais do séc. XIX, as embarcações portuguesas enviadas à pesca do Bacalhau eram de madeira e à vela, sendo praticada a pesca à linha. Tratava-se de uma prática muito trabalhosa, apenas rentável em regiões onde abundava o peixe.
Este tipo de pesca era praticado a partir dos dóri: pequenas embarcações de fundo chato e tabuado rincado, introduzidas em Portugal nos finais do século passado.
A pesca por arrastão surge em Portugal, com o primeiro barco deste tipo na frota portuguesa em 1.935/36. Tratava-se de um navio em ferro, com maior capacidade de pescado, mais comodo e com melhores condições de habitabilidade. Dispunha de câmaras frigoríficas, o que permitia a conservação de uma elevada quantidade de isco, de alimentos para consumo e de peixe pescado.
Neste último tipo de barco, a vida já não era tão dura como nos tempos da pesca à linha, se bem que, quando havia peixe, se chegasse a estar 20 a 30 horas sem dormir, parando apenas para comer.
http://www2.dlc.ua.pt/etnografia/pescado.htm
O Bacalhau é um peixe de águas rasas, sendo facilmente encontrado a 35 metros de profundidade.
Em períodos de reprodução, ele migra para águas ainda mais rasas e calmas perto da costa e desova em locais mais quentes.
O principal destino dos cardumes de bacalhau, quando chega à fase adulta, é o Arquipélago de Lofoten, região a noroeste do mar da Noruega, onde se realizam as maiores pescarias de bacalhau no mundo. A espécie mais comum é o chamado Bacalhau do Atlântico, que habita as costas da Noruega, Islândia, Groelândia, Mar de Barents, Labrador, Terra Nova, Nova Escócia e também as costas americanas.
No Oceano Pacífico, pode-se encontrar outras variedades de bacalhau como o macrocephalus. A cidade de Aalesund, na Noruega, é conhecida como a capital mundial do bacalhau: nela se encontram as maiores indústrias de transformação e um dos principais portos de exportação.
Processamento
Tanto sabor quanto valor nutritivo são mantidos graças ao processo especial de salga e secagem, que tem o objetivo de retirar apenas a água do peixe, preservando suas proteínas, vitaminas e minerais. No processo de salga, o bacalhau é colocado em tanques cobertos por quilos de sal e assim fica por cerca de quatro semanas. Durante as duas primeiras semanas o peixe fica em salmoura.
Depois, é retirado, lavado e armazenado em paletes para permanecer mais uma ou duas semanas descansando em sal. Conforme o tamanho e a espessura do peixe, chega-se a trocar o sal mais de uma vez.
Finalizada essa etapa, o pescado vai para a secagem em câmaras de ar por dois a cinco dias. Depois, segue para o controle de qualidade para ser pesado, embalado e exportado em containers refrigerados entre 2º e 4º graus.
Processo natural
Todo o processamento do bacalhau é natural: não há uso de química ou conservantes. Durante a pesca e o processamento, o peixe pode ser danificado, sofrer corte e machucados.
http://www.bacalhaudanoruega.com.br/Artigos/O-Bacalhau/Pesca
A lagosta é um item alimentar de origem marinha que atinge grandes valores de exportação nos principais mercados mundiais. Isso a torna um cobiçado alvo de exploração, e sua comercialização é feita de diversas formas, principalmente em caudas congeladas, inteira cozida, inteira e cauda frescas e viva.
Ressalta-se, que nos últimos 10 anos, observou-se uma forte tendência de ampliação do mercado mundial para produtos de lagostas não congeladas.
Para os produtos congelados, a tendência geral é de estagnação do valor negociado e uma pequena redução nos preços. No Brasil, a exploração desse recurso teve início em 1955, ou seja, às portas da década de 60 que, por sua vez, foi responsável pela entrada do segmento industrial. Este proporcionou crescente expansão das áreas de exploração e do aumento do esforço de pesca. Então, a pescada lagosta no Nordeste (maior pólo pesqueiro nacional, tendo os estados do Ceará e Rio Grande do Norte como maiores produtores, respectivamente), começou a apresentar sinais de declínio, culminando, em 1.986, com uma produção abaixo de 5 mil toneladas, o que indicava fortes indícios de danos ao estoque lagosteiro.
A partir de então as quedas foram sucessivas, com sobressaltos de produção, devido ao desenvolvimento de novas áreas de pesca, que atualmente vão do Espírito Santo ao Amapá. Todavia, ressaltamos que nos últimos anos, apesar dos fracos índices de produção, a lagosta continuou sendo um dos principais produtos pesqueiros brasileiro de exportação.
Do ponto de vista tecnológico, o parque industrial é relativamente satisfatório em termos de processos e padrões sanitários. Contudo, a conservação do produto a bordo, a má qualidade dos insumos utilizados, a recepção e estocagem nos pontos de desembarque e o transporte até as empresas beneficiadoras comprometem de sobremaneira a qualidade da matéria-prima e do produto final, prejudicando o sistema lagosteiro com um todo.
No caso de Itarema - CE, esta situação não é diferente. Ainda que predominante no município, a atividade vem apresentando uma verdadeira crise de sustentabilidade, atingindo os pescadores e suas famílias e toda a receita circulante local, visto que grande parte da população depende direta ou indiretamente da atividade. As consequências são diversas e sistêmicas, como a redução de renda dos usuários, a diminuição da arrecadação municipal, o encerramento de atividades de empresas, a desagregação familiar e a diminuição da qualidade de vida da população.
Para se resolver estas questões algumas ações voltadas ao planejamento do desenvolvimento setorial da pesca em Itarema - CE tornam-se necessárias, partindo de projetos demonstrativos baseados em pescarias alternativas à pesca intensiva da lagosta, possibilitando a geração de novas oportunidades de trabalho, emprego e renda sustentáveis para o município. Fazendo isso estaremos contribuindo para a melhoria de qualidade de vida dos pescadores e da sustentabilidade do setor pesqueiro local.
Todavia, sabe-se que isso não resolveria por completo a questão da lagosta em Itarema. O processo deve abordar uma visão ampla e integrada, envolvendo o maior número de segmentos locais, que venha a reduzir a pressão sobre a lagosta, criando, possibilitando e dirigindo os esforços pesqueiros sobre outras atividades, desligadas do enfoque desse crustáceo.
Dessa forma espera-se que, com as outras medidas integradas, o recurso tenha oportunidade de se recuperar da intensa exploração que vem sofrendo décadas a fio, e que os seus usuários tenham melhores rendimentos e, consequentemente, condições de vida desejada.
Ações para que a pesca da lagosta se torne mais sustentável estão sendo praticadas por algumas instituições brasileiras de ensino e fomento. Porém, pescarias experimentais para manter lagostas-vivas a bordo são pioneiras e serão coordenadas pelo Instituto Ambiental Brasil Sustentável. As pescarias seguirão o ritmo e características iguais às praticadas pela frota pesqueira de Itarema, para que as informações proporcionadas pelo projeto possam ser aplicadas pelos empresários, armadores e pescadores envolvidos na extração no município.
As pescarias experimentais para capturar e manter as lagostas-vivas à bordo aconteceram de Junho à Dezembro, quando coincide com a período que a pesca do crustáceo está liberada, fora do período de defeso. As espécies alvo do projeto serão Panulirus argus (Lagosta Vermelha) e Panulirus laevicauda (Lagosta Cabo-Verde). Os tamanhos capturados serão de 13 cm e 11 cm de cauda, para a lagosta vermelha e a lagosta cabo-verde, respectivamente.
A arte de pesca que será utilizada serão os manzuás, também chamados de covo ou cangalha, pois são permitidos pela legislação que rege a pesca da lagosta.
Ressalta-se, que nos últimos 10 anos, observou-se uma forte tendência de ampliação do mercado mundial para produtos de lagostas não congeladas.
Para os produtos congelados, a tendência geral é de estagnação do valor negociado e uma pequena redução nos preços. No Brasil, a exploração desse recurso teve início em 1955, ou seja, às portas da década de 60 que, por sua vez, foi responsável pela entrada do segmento industrial. Este proporcionou crescente expansão das áreas de exploração e do aumento do esforço de pesca. Então, a pescada lagosta no Nordeste (maior pólo pesqueiro nacional, tendo os estados do Ceará e Rio Grande do Norte como maiores produtores, respectivamente), começou a apresentar sinais de declínio, culminando, em 1.986, com uma produção abaixo de 5 mil toneladas, o que indicava fortes indícios de danos ao estoque lagosteiro.
A partir de então as quedas foram sucessivas, com sobressaltos de produção, devido ao desenvolvimento de novas áreas de pesca, que atualmente vão do Espírito Santo ao Amapá. Todavia, ressaltamos que nos últimos anos, apesar dos fracos índices de produção, a lagosta continuou sendo um dos principais produtos pesqueiros brasileiro de exportação.
Do ponto de vista tecnológico, o parque industrial é relativamente satisfatório em termos de processos e padrões sanitários. Contudo, a conservação do produto a bordo, a má qualidade dos insumos utilizados, a recepção e estocagem nos pontos de desembarque e o transporte até as empresas beneficiadoras comprometem de sobremaneira a qualidade da matéria-prima e do produto final, prejudicando o sistema lagosteiro com um todo.
No caso de Itarema - CE, esta situação não é diferente. Ainda que predominante no município, a atividade vem apresentando uma verdadeira crise de sustentabilidade, atingindo os pescadores e suas famílias e toda a receita circulante local, visto que grande parte da população depende direta ou indiretamente da atividade. As consequências são diversas e sistêmicas, como a redução de renda dos usuários, a diminuição da arrecadação municipal, o encerramento de atividades de empresas, a desagregação familiar e a diminuição da qualidade de vida da população.
Para se resolver estas questões algumas ações voltadas ao planejamento do desenvolvimento setorial da pesca em Itarema - CE tornam-se necessárias, partindo de projetos demonstrativos baseados em pescarias alternativas à pesca intensiva da lagosta, possibilitando a geração de novas oportunidades de trabalho, emprego e renda sustentáveis para o município. Fazendo isso estaremos contribuindo para a melhoria de qualidade de vida dos pescadores e da sustentabilidade do setor pesqueiro local.
Todavia, sabe-se que isso não resolveria por completo a questão da lagosta em Itarema. O processo deve abordar uma visão ampla e integrada, envolvendo o maior número de segmentos locais, que venha a reduzir a pressão sobre a lagosta, criando, possibilitando e dirigindo os esforços pesqueiros sobre outras atividades, desligadas do enfoque desse crustáceo.
Dessa forma espera-se que, com as outras medidas integradas, o recurso tenha oportunidade de se recuperar da intensa exploração que vem sofrendo décadas a fio, e que os seus usuários tenham melhores rendimentos e, consequentemente, condições de vida desejada.
Ações para que a pesca da lagosta se torne mais sustentável estão sendo praticadas por algumas instituições brasileiras de ensino e fomento. Porém, pescarias experimentais para manter lagostas-vivas a bordo são pioneiras e serão coordenadas pelo Instituto Ambiental Brasil Sustentável. As pescarias seguirão o ritmo e características iguais às praticadas pela frota pesqueira de Itarema, para que as informações proporcionadas pelo projeto possam ser aplicadas pelos empresários, armadores e pescadores envolvidos na extração no município.
As pescarias experimentais para capturar e manter as lagostas-vivas à bordo aconteceram de Junho à Dezembro, quando coincide com a período que a pesca do crustáceo está liberada, fora do período de defeso. As espécies alvo do projeto serão Panulirus argus (Lagosta Vermelha) e Panulirus laevicauda (Lagosta Cabo-Verde). Os tamanhos capturados serão de 13 cm e 11 cm de cauda, para a lagosta vermelha e a lagosta cabo-verde, respectivamente.
A arte de pesca que será utilizada serão os manzuás, também chamados de covo ou cangalha, pois são permitidos pela legislação que rege a pesca da lagosta.
http://www.iabs.org.br/projetos/pescariasalternativas/index.php?option=com_content&view=article&id=19&Itemid=53
A maricultura compreende as atividades humanas que são desenvolvidas nos ambientes aquáticos de água salgada. Ou seja, é o cultivo de organismo aquáticos de forma artificial uma vez que não se dá de forma espontânea na natureza, o ambiente será controlado pelo homem.
Os cultivos mais importantes atualmente são os de peixes (piscicultura) o cultivo de mexilhões (mitilicultura), cultivos de ostras (ostreicultura) e o cultivo de camarões (carcinicultura).
No Brasil a maricultura vem se desenvolvendo muito rápido e através de suas vertentes é no Estado de Santa Catarina que se concentra grande parte do cultivo de moluscos, colocando o país na segunda posição na América Latina como grande produtor.
Em outras regiões o cultivo de camarões, setor que atualmente, com a introdução de espécies exóticas, não mais se restringe a região nordeste, se expandindo rapidamente para o sudeste do país.
Mundialmente, os países que mais produzem utilizando a maricultura são: China, Peru, Japão, Índia e Estados Unidos, sendo que o Brasil ocupa atualmente a 27° posição deste ranking.
No Brasil, o cultivo de mexilhões surgiu como uma forma de exploração racional dos recursos marinhos, e por décadas foram desenvolvidos experimentos em diversas instituições de pesquisa na região sudeste do Brasil. Devido as condições oceanográficas propícias ao desenvolvimento do cultivo de moluscos, o Estado de Santa Catarina se tornou na última década, o maior produtor de mexilhões de toda a América Latina, difundido em praticamente todas as enseadas e baías da costa centro norte do estado, com uma produção que representa 95% do total de moluscos cultivados no Brasil.
Carnicicultura
Dentro da maricultura, temos o chamado cultivo de camarões, que possui o nome técnico de carcinicultura. No Brasil foi introduzida a espécie Litopenaeus vannamei - importada da costa oeste do Pacífico - organismos exóticos e mais resistentes do que as espécies nativas do litoral brasileiro.
A carcinicultura ocupa áreas de restinga e mangue, caracterizando-se uma atividade com alto investimento, tanto no início do empreendimento, como confecção de tanques, sistemas de bombeamento de água e infra-estrutura física, como no manejo, pela necessidade de alimentação e controle do ambiente com a presença constante de técnicos capacitados.
A maricultura surgiu para dar um impulso na produção de alimentos, uma vez que as estimativas da Organização das Nações Unidas a população humana passará de 5 bilhões em 1990, para 8 bilhões em 2025, sendo a manutenção e a melhoria de qualidade de vida um dos maiores problemas, por isso cultivos são importantes, devido ao fato de gerar emprego, sua razão social, além de produzir alimento para as futuras gerações.
Algacultura
Um dos novos segmentos da Maricultura é o cultivo de algas (Algacultura), que atualmente existe em quase em todo o mundo, gerando cerca de 15,1 milhões de toneladas e gerando lucros de 7,2 milhões de dólares ano. O cultivo das algas é importante pois poderão ser usadas como fonte de alimento tando para nós humanos quanto para outros cultivos de diversos organismos.
Sushi, um prato japonês preparado com algas.
O cultivo de algas, como as microalgas, é importante pois estes organismos possuem muitas proteínas, beta caroteno, vitaminas, podendo ser usadas como complementos alimentares, e também na indústria farmacêutica.
Alguns cultivos de algas como o da Haematococcus pluvialis são muito importantes na indústria alimentícia, pois estas algas produzem muito de uma substância denominada astaxantina. A estaxantina é usada juntamente com rações para alimentação de salmões para deixar o músculo mais avermelhado. Possui outras funções como: ajudar no desenvolvimento cerebral, melhora na resposta imunológica, antigripal, tratamento de doenças cardíacas além de tratamentos de lesões musculares.
Piscicultura
A piscicultura, que é o cultivo de peixes, surgiu na China há 4 mil anos atrás, a partir de observações de peixes no ambiente natural, sendo esta tecnologia desenvolvida com o passar dos anos. Possui vantagens pois pode ser realizada em áreas improdutivas ou com baixo rendimento agropecuário, por ter disponibilidade do produto em qualquer época do ano, diversificação do produto em uma propriedade, produção relativamente grande em função da área utilizada e retorno do capital investido em pouco tempo.
A piscicultura tem diversas finalidades como a produção de peixes ornamentais, sanitária (ação controladora), povoamento de espécies, repovoamento de espécies, industrial que vai gerar beneficiamento de produtos e emprego e ambiental na redução de efeitos poluentes (peixes filtradores).
http://www.infoescola.com/economia/maricultura/
Ostras limpinhas
As ostras, conhecidas como animais filtradores, absorvem tanto as substâncias boas quanto as ruins presentes na água do mar. Para garantia da ingestão de um alimento puro, livre de contaminações, o Laboratório de Virologia Aplicada da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) desenvolveu uma depuradora de moluscos bivalves (ostras, mexilhões, vieiras, mariscos).
O equipamento filtra e expulsa a sujeira depositada dentro das conchas dos animais – pseudo-alimentos flutuantes, como lama, barro, areia – reduzindo assim os riscos de infecções por bactérias e até mesmo por vírus. O tempo de depuração varia de acordo com as impurezas encontradas nas ostras, podendo chegar a 96 horas de tratamento. O tanque da universidade comporta 600 unidades por vez. A técnica veio da Nova Zelândia.
Ribeirão da Ilha foi o primeiro povoado a ser habitado em Florianópolis e retrata a cultura açoriana no estado de Santa Catarina. Além da receptividade do povo e das águas calmas das praias, o Ribeirão é um dos maiores produtores de ostras, responsável por 80% da produção nacional. A qualidade inigualável da produção o qualifica como “A Vila das Ostras”.
Nesse bairro, as criações de ostras ficam ao lado dos restaurantes, possibilitando a cata do molusco pouco tempo antes de sua chegada à mesa.
Depois de comprar uma ostra bem limpinha, você pode comê-la “in natura”. Basta abrir a concha e pingar gotinhas de limão, ou, para ficar mais saborosa e diferente, regala com um pouquinho de cachaça. Fica deliciosa!
http://coresabor.wordpress.com/2011/04/09/ostras-limpinhas/
Fazenda Marinha Paraíso das Ostras
Em um lugar escolhido pelo homem e abençoado pela Natureza encontra-se a Fazenda Marinha Paraíso das Ostras. Situada na Caieira da Barra do Sul, extremo sul de Florianópolis, possui localização privilegiada - a menos de 1 km do mar aberto – e, adicionada a sua excelência no processo produtivo, sempre respeitando o meio ambiente, oferece ostras e vieiras com qualidade incomparável.
A Fazenda Marinha Paraíso das Ostras em atividade desde 2.004, tem como diferencial a sua localização, a menos de 1 km do mar aberto, o que permite que nossas ostras e vieiras estejam sempre em contato com a melhor água para o seu desenvolvimento. Nossas sementes têm procedência garantida pelo Laboratório de Moluscos Marinhos da Universidade Federal Santa Catarina.
Somos certificados pelo Programa de Certificação de Qualidade das Ostras da Grande Florianópolis, o qual está dentro das diretrizes estabelecidas pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), e que tem por objetivo o desenvolvimento da maricultura sustentável, através do aprimoramento das tecnologias de cultivo.
Contamos com uma equipe altamente treinada em todos os processos de produção dos moluscos. Fazemos também, um acompanhamento e monitoramento constante da água para garantir a máxima qualidade aos nossos clientes e o equilíbrio com o meio ambiente.
A maricultura compreende as atividades humanas que são desenvolvidas nos ambientes aquáticos de água salgada. Ou seja, é o cultivo de organismo aquáticos de forma artificial uma vez que não se dá de forma espontânea na natureza, o ambiente será controlado pelo homem.
Os cultivos mais importantes atualmente são os de peixes (piscicultura) o cultivo de mexilhões (mitilicultura), cultivos de ostras (ostreicultura) e o cultivo de camarões (carcinicultura).
No Brasil a maricultura vem se desenvolvendo muito rápido e através de suas vertentes é no Estado de Santa Catarina que se concentra grande parte do cultivo de moluscos, colocando o país na segunda posição na América Latina como grande produtor.
Em outras regiões o cultivo de camarões, setor que atualmente, com a introdução de espécies exóticas, não mais se restringe a região nordeste, se expandindo rapidamente para o sudeste do país.
Mundialmente, os países que mais produzem utilizando a maricultura são: China, Peru, Japão, Índia e Estados Unidos, sendo que o Brasil ocupa atualmente a 27° posição deste ranking.
No Brasil, o cultivo de mexilhões surgiu como uma forma de exploração racional dos recursos marinhos, e por décadas foram desenvolvidos experimentos em diversas instituições de pesquisa na região sudeste do Brasil. Devido as condições oceanográficas propícias ao desenvolvimento do cultivo de moluscos, o Estado de Santa Catarina se tornou na última década, o maior produtor de mexilhões de toda a América Latina, difundido em praticamente todas as enseadas e baías da costa centro norte do estado, com uma produção que representa 95% do total de moluscos cultivados no Brasil.
Carnicicultura
Dentro da maricultura, temos o chamado cultivo de camarões, que possui o nome técnico de carcinicultura. No Brasil foi introduzida a espécie Litopenaeus vannamei - importada da costa oeste do Pacífico - organismos exóticos e mais resistentes do que as espécies nativas do litoral brasileiro.
A carcinicultura ocupa áreas de restinga e mangue, caracterizando-se uma atividade com alto investimento, tanto no início do empreendimento, como confecção de tanques, sistemas de bombeamento de água e infra-estrutura física, como no manejo, pela necessidade de alimentação e controle do ambiente com a presença constante de técnicos capacitados.
A maricultura surgiu para dar um impulso na produção de alimentos, uma vez que as estimativas da Organização das Nações Unidas a população humana passará de 5 bilhões em 1990, para 8 bilhões em 2025, sendo a manutenção e a melhoria de qualidade de vida um dos maiores problemas, por isso cultivos são importantes, devido ao fato de gerar emprego, sua razão social, além de produzir alimento para as futuras gerações.
Algacultura
Um dos novos segmentos da Maricultura é o cultivo de algas (Algacultura), que atualmente existe em quase em todo o mundo, gerando cerca de 15,1 milhões de toneladas e gerando lucros de 7,2 milhões de dólares ano. O cultivo das algas é importante pois poderão ser usadas como fonte de alimento tando para nós humanos quanto para outros cultivos de diversos organismos.
Sushi, um prato japonês preparado com algas.
O cultivo de algas, como as microalgas, é importante pois estes organismos possuem muitas proteínas, beta caroteno, vitaminas, podendo ser usadas como complementos alimentares, e também na indústria farmacêutica.
Alguns cultivos de algas como o da Haematococcus pluvialis são muito importantes na indústria alimentícia, pois estas algas produzem muito de uma substância denominada astaxantina. A estaxantina é usada juntamente com rações para alimentação de salmões para deixar o músculo mais avermelhado. Possui outras funções como: ajudar no desenvolvimento cerebral, melhora na resposta imunológica, antigripal, tratamento de doenças cardíacas além de tratamentos de lesões musculares.
Piscicultura
A piscicultura, que é o cultivo de peixes, surgiu na China há 4 mil anos atrás, a partir de observações de peixes no ambiente natural, sendo esta tecnologia desenvolvida com o passar dos anos. Possui vantagens pois pode ser realizada em áreas improdutivas ou com baixo rendimento agropecuário, por ter disponibilidade do produto em qualquer época do ano, diversificação do produto em uma propriedade, produção relativamente grande em função da área utilizada e retorno do capital investido em pouco tempo.
A piscicultura tem diversas finalidades como a produção de peixes ornamentais, sanitária (ação controladora), povoamento de espécies, repovoamento de espécies, industrial que vai gerar beneficiamento de produtos e emprego e ambiental na redução de efeitos poluentes (peixes filtradores).
http://www.infoescola.com/economia/maricultura/
Ostras limpinhas
As ostras, conhecidas como animais filtradores, absorvem tanto as substâncias boas quanto as ruins presentes na água do mar. Para garantia da ingestão de um alimento puro, livre de contaminações, o Laboratório de Virologia Aplicada da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) desenvolveu uma depuradora de moluscos bivalves (ostras, mexilhões, vieiras, mariscos).
O equipamento filtra e expulsa a sujeira depositada dentro das conchas dos animais – pseudo-alimentos flutuantes, como lama, barro, areia – reduzindo assim os riscos de infecções por bactérias e até mesmo por vírus. O tempo de depuração varia de acordo com as impurezas encontradas nas ostras, podendo chegar a 96 horas de tratamento. O tanque da universidade comporta 600 unidades por vez. A técnica veio da Nova Zelândia.
Ribeirão da Ilha foi o primeiro povoado a ser habitado em Florianópolis e retrata a cultura açoriana no estado de Santa Catarina. Além da receptividade do povo e das águas calmas das praias, o Ribeirão é um dos maiores produtores de ostras, responsável por 80% da produção nacional. A qualidade inigualável da produção o qualifica como “A Vila das Ostras”.
Nesse bairro, as criações de ostras ficam ao lado dos restaurantes, possibilitando a cata do molusco pouco tempo antes de sua chegada à mesa.
Depois de comprar uma ostra bem limpinha, você pode comê-la “in natura”. Basta abrir a concha e pingar gotinhas de limão, ou, para ficar mais saborosa e diferente, regala com um pouquinho de cachaça. Fica deliciosa!
http://coresabor.wordpress.com/2011/04/09/ostras-limpinhas/
Em um lugar escolhido pelo homem e abençoado pela Natureza encontra-se a Fazenda Marinha Paraíso das Ostras. Situada na Caieira da Barra do Sul, extremo sul de Florianópolis, possui localização privilegiada - a menos de 1 km do mar aberto – e, adicionada a sua excelência no processo produtivo, sempre respeitando o meio ambiente, oferece ostras e vieiras com qualidade incomparável.
A Fazenda Marinha Paraíso das Ostras em atividade desde 2.004, tem como diferencial a sua localização, a menos de 1 km do mar aberto, o que permite que nossas ostras e vieiras estejam sempre em contato com a melhor água para o seu desenvolvimento. Nossas sementes têm procedência garantida pelo Laboratório de Moluscos Marinhos da Universidade Federal Santa Catarina.
Somos certificados pelo Programa de Certificação de Qualidade das Ostras da Grande Florianópolis, o qual está dentro das diretrizes estabelecidas pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), e que tem por objetivo o desenvolvimento da maricultura sustentável, através do aprimoramento das tecnologias de cultivo.
Contamos com uma equipe altamente treinada em todos os processos de produção dos moluscos. Fazemos também, um acompanhamento e monitoramento constante da água para garantir a máxima qualidade aos nossos clientes e o equilíbrio com o meio ambiente.
Todos os moluscos comercializados pela Fazenda Marinha passam por um rigoroso controle de qualidade, desde a chegada da semente do laboratório até sua comercialização. Aliado a qualidade da água, esses procedimentos garantem que nossas ostras e vieiras tenham um sabor refinado e qualidade incomparável, esta é a marca do Paraíso das Ostras.
http://www.paraisodasostras.com/site/
Conheça a Ostra Viva
Situada em Florianópolis, Santa Catarina, a Fazenda Marinha Ostra Viva iniciou suas operações em 1.998, na Baía Sul, mais especificamente no balneário do Ribeirão da Ilha, um local com excelente qualidade e movimentação da água, ideal para o cultivo de moluscos.
A Ostra Viva atende a todos os requerimentos legais de órgãos voltados ao setor e seus moluscos são cultivados em ambiente com sanidade atestada através de análises microbiológicas periódicas realizadas no Laboratório de Analises de Alimentos da Universidade Federal de Santa Catarina-UFSC.
Nossa equipe técnica altamente capacitada, constituída por Engenheiro Agrônomo e Engenheiro Aquícola, monitora e acompanha todos os processos de produção e beneficiamento, garantindo assim a qualidade e a procedência dos nossos produtos.
Os moluscos são retirados da Fazenda Marinha no começo da manhã do dia da entrega, onde passam previamente por uma higienização (limpeza das incrustrações).
Imediatamente, a matéria-prima é levada para a recepção da Unidade de Beneficiamento em caixas plásticas fechadas, onde passa por uma rigorosa seleção, e uma nova higienização com água clorada (através de moto-bomba de pressão).
Após esse processo, os moluscos são encaminhados para o interior da Unidade de Beneficiamento para a realização da classificação. Terminada a classificação, o produto é embalado em caixas de isopor tipo exportação (com gelo filtrado), rotulado e lacrado.
Na etapa final, a caixa é revestida externamente com saco plástico e remetida para a expedição, onde é levada imediatamente para o aeroporto.
http://www.ostraviva.com.br/index.php
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