quarta-feira, 4 de setembro de 2013

A Imprensa

Imprensa é a designação coletiva dos veículos de comunicação que exercem o Jornalismo e outras funções de comunicação informativa — em contraste com a comunicação puramente propagandística ou de entretenimento.
O termo imprensa deriva da prensa móvel, processo gráfico aperfeiçoado por Johannes Guttenberg no século XV e que, a partir do século XVIII, foi usado para imprimir jornais, então os únicos veículos jornalísticos existentes. De meados do século XX em diante, os jornais passaram a ser também radiodifundidos e teledifundidos (radiojornal e telejornal) e, com o advento da World Wide Web, vieram também os jornais online, ou ciberjornais, ou webjornais. O termo "imprensa", contudo, foi mantido.

Já foi dito que, se o termo "Jornalismo" é relativamente moderno, a sua história é muito antiga e se confunde, inevitavelmente, com a da imprensa, desde quando Johannes Guttenberg aperfeiçoou a técnica de reprodução de textos por meio do uso dos tipos móveis.
Primórdios
Desde séculos antes, publicações tinham sido criadas e distribuídas regularmente pelos governos. As primeiras reproduções da escrita foram, sem dúvida, obtidas sob um suporte de cera ou de argila com os selos cilíndricos e cunhas, encontrados nas mais antigas cidades da Suméria e da Mesopotâmia do século XVII a. C.
A primeira publicação regular de que se tem notícia foi a Ata Diurna, que o imperador Augusto mandava colocar no Fórum Romano no século I de nossa era. Esta publicação, gravada em tábuas de pedra, havia sido fundada em 59 a.C. por ordem de Júlio César, trazendo a listagem de eventos ordenados pelo Ditador (conceito romano do termo). Na Roma Antiga e no Império Romano, a Ata Diurna era afixada nos espaços públicos, e trazia fatos diversos, notícias militares, obituários, crônicas esportivas, entre outros assuntos.
O primeiro jornal em papel, Notícias Diversas, foi publicado como um panfleto manuscrito a partir de 713 d.C., em Kaiyuan, em Pequim, na China. Kaiyuan era o nome dado ao ano em que o jornal foi publicado. Em 1.041, também na China, foi inventado o tipo móvel. O alfabeto chinês, entretanto, por ser ideográfico e não fonético, utiliza um número de caracteres muito maior que o alfabeto latino europeu. No ano de 1908, os chineses comemoraram o milenário do jornal Ta King Pao (Gazeta de Pequim), apesar de a informação não ter comprovação absoluta.
Uma tipografia do século XV, Xilogravura de Jost Amman, 1.568
Em 1.440, Johannes Guttenberg desenvolve a tecnologia da prensa móvel, utilizando os tipos móveis: caracteres avulsos gravados em blocos de madeira ou chumbo, que eram rearrumados numa tábua para formar palavras e frases do texto.
Na Baixa Idade Média, as folhas escritas com notícias comerciais e econômicas eram muito comuns nas ruidosas ruas das cidades burguesas. Em Veneza, as folhas eram vendidas pelo preço de uma gazeta, moeda local, de onde surgiu o nome de muitos jornais publicados na Idade Moderna e na Idade Contemporânea.
Esta arte propagou-se com uma rapidez impressionante pelo vale do Rio Reno e por toda a Europa. Entre 1.452 e 1.470, a imprensa conquistou nove cidades germânicas e várias localidades italianas, bem como Paris e Sevilha. Dez anos depois, registava-se a existência de oficinas de impressão em 108 cidades; em 1.500, o seu número era de 226.
Durante o século XVI os centros mais produtivos eram as cidades universitárias e as cidades comerciais. Veneza continuou a ser a capital da imprensa, seguida de perto por Paris, Leon, Frankfurt e Antuérpia.


A Europa tipográfica começava a deslocar-se de Itália para os países do Norte da Europa, onde funcionava como elemento difusor do humanismo e da Reforma oriunda das cidades italianas.




A imprensa pré-industrial
Jornal La Gazette.
A primeira publicação impressa periódica regular (semanal), o Nieuwe Tijdinghen, aparece em 1.602, na Antuérpia. Os primeiros periódicos em alemão são fundados em 1.609: o Relation aller fürnemmen und gedenckwürdigen Historien (Relação de todas as notícias notáveis e rejubilantes), em Estrasburgo, e o Avisa Relation oder Zeitung. Em 1.615, surge o Frankfurter Journal, primeiro periódico jornalístico, também semanal e em alemão.
Em 1.621, surgiu em Londres o primeiro jornal particular de língua inglesa, The Corante. No ano seguinte, um pacto entre 12 oficinas de impressão inglesas, holandesas e alemãs determinou intercâmbio sistemático de notícias entre elas. No mesmo ano, Nathaniel Butler fundou também em Londres o primeiro hebdomadário: o Weekly News, que, a partir de 1.638, seria o primeiro jornal a publicar noticiário internacional. Foi seguido na França por La Gazette, de Théophraste Renaudot cujo primeiro número foi publicado em 30 de maio de 1.631, e na Holanda pelo Courante uyt Italien ende Duytschlandt, em 1.632.
Jornal The Daily Courant.
O primeiro jornal em português foi fundado em 1.641, em Portugal: era A Gazeta da Restauração, de Lisboa.
O jornal mais antigo do mundo ainda em circulação foi o sueco Post-och Inrikes Tidningar, que teve início em 1.645. Até então, estas publicações tinham periodicidade semanal, quinzenal, mensal ou irregular. Foi só a partir de 1.650 que surgiu o primeiro jornal impresso diário do mundo, o Einkommende Zeitungen (Notícias Recebidas) fundado na cidade alemã de Leipzig.
A primeira revista, em estilo almanaque, foi o Journal des Savants (Diário dos Sábios), fundado na França em 1.665.
No Novo Mundo, o primeiro jornal apareceu nas colónias britânicas da América do Norte (futuros Estados Unidos), publicado em Boston: o Publick Occurrences, Both Forreign and Domestick, que no entanto só teve uma edição. De 1.702 a 1.735 circulou o primeiro jornal diário em inglês, o Daily Courant, de Samuel Buckley, também nas colônias britânicas.
Em 1.729, nasceu o Pennsylvania Gazette, de Benjamin Franklin, primeiro jornal a se manter com renda publicitária. No mesmo ano eram fundados a Gaceta de Guatemala e Las Primicias de la Cultura de Quito, primeiros jornais latino-americanos. O primeiro jornal diário da América foi a Gaceta de Lima, circulando diariamente a partir de 1.743.
Em 1.728, é criado o St. Peterburgo Vedomosti, o jornal mais antigo da Rússia, ainda em circulação.
A Imprensa de Massas e a Industrialização
Imprensa Oficial, em Belo Horizonte.
Nos séculos XVIII e XIX, os líderes políticos tomaram consciência do grande poder que os jornais poderiam ter para influenciar a população e proliferaram os jornais de facções e partidos políticos. O The Times, de Londres, começa a circular em 1.785, com o nome de The Daily Universal Register. Seria rebatizado para The Times três anos depois.
No século XIX, os empresários descobriram o potencial comercial do jornalismo como negócio lucrativo e surgiram as primeiras publicações parecidas com os diários atuais. Nos Estados Unidos, Joseph Pulitzer e William Randolph Hearst criaram grandes jornais destinados à venda em massa.
Em 1.833, foi fundado o New York Sun, primeiro jornal “popular”, vendido a um centavo de dólar. Já The Guardian, um dos jornais mais vendidos do Reino Unido até hoje, surge em 1.821.
O Brasil demora a conhecer a imprensa, por causa da censura e da proibição de tipografias na colônia, impostas pela Coroa Portuguesa.

Somente em 1.808 é que surgem, quase simultaneamente, os dois primeiros jornais brasileiros: o Correio Braziliense, editado e impresso em Londres pelo exilado Hipólito da Costa; e a Gazeta do Rio de Janeiro, publicação oficial editada pela Imprensa Régia instalada no Rio de Janeiro com a transferência da Corte portuguesa.

Acompanhando a industrialização ocidental, o Japão ganha seu primeiro jornal em 1.871, com o Yokohama Shimbun (Notícias Diárias de Yokohama). Atualmente, o Japão é o país com maior índice de circulação per-capita no mundo.
Surgiram, ainda no século XIX, empresas dedicadas à coleta de informações sobre a atualidade que eram vendidas aos jornais. Estas empresas foram conhecidas como agências de notícias ou agências de imprensa. A primeira delas foi fundada em 22 de outubro de 1.835 pelo francês Charles-Louis Havas: a Agence des Feuilles Politiques, Correspondance Générale, que viria a se tornar a atual Agence France-Presse.

Em 1.848, jornais de Nova York se juntam para formar a agência Associated Press, durante a guerra dos EUA contra o México. O principal motivo da associação, na época, era contenção de custos entre os periódicos.
Em 1.851 o alemão Paul Julius Reuter funda a agência Reuters. No mesmo ano é fundado o The New York Times, o principal jornal de Nova Iorque e atualmente um dos mais importantes nos Estados Unidos e no mundo.
A United Press International é criada em 1.892. A agência alemã Transocean é fundada em 1.915 para cobrir a I Guerra Mundial na Europa, com a visão da Tríplice Aliança. Em 1.949, três agências alemãs se unem para formar a Deutsche Presse-Agentur (DPA).
Novas tecnologias de comunicação
O início da Guerra Civil dos Estados Unidos, em 1.861, é um marco para a imprensa, pelas inovações técnicas e novas condições de trabalho. Repórteres e fotógrafos recebem credenciais para cobrir o conflito.
De lá, desenvolvem o lead para assegurar que a parte principal da notícia chegará à redação pelo telégrafo. Os jornais inventam as manchetes, títulos em letras grandes na primeira página, para destacar as novidades da guerra. O primeiro jornal a enviar correspondentes para dois lados de uma guerra foi o The Guardian, de Manchester, na Guerra Franco-Prussiana, em 1.871.
Em 1.844, a invenção do telégrafo por Samuel Morse revoluciona a transmissão de informações, e permite o envio de notícias a longas distâncias. Mas o telégrafo só ganharia um aumento exponencial da sua capacidade a partir da instalação dos cabos submarinos, na segunda metade do século XIX, que unem os continentes. O primeiro despacho transatlântico por telégrafo, por exemplo, foi enviado pela AP em 1858.
A comunicação por telégrafo liga o Brasil à Europa a partir de 1874; começam a chegar ao país despachos de agências internacionais.
Também aparecem novidades nas técnicas de impressão. A primeira rotativa começa a funcionar em 1.847, nos EUA. No ano seguinte, The Times de Londres cria rotativa que imprime 10 mil exemplares por hora. O linótipo foi inventado em 1.889, por Otto Merganthaler, revolucionando as técnicas de composição de página com o uso de tipos de chumbo fundidos para gerar linhas inteiras de texto.

A fotografia começou a ser usada na imprensa diária em 1.880. A Alemanha foi o primeiro país a produzir revistas ilustradas graficamente com fotografias.
Em 1.919, surge o New York Daily News, primeiro jornal em formato tabloide.
A primeira transmissão de rádio transatlântica foi feita em 1.903, por Marconi. As primeiras emissoras de rádio, surgidas na década de 1.920, tomaram grande parte do protagonismo dos jornais no acompanhamento passo-a-passo dos fatos da atualidade. Ao mesmo tempo, apareceram os cinejornais, filmetes de atualidades cinematográficas.
O primeiro deles, o Fox Movietone News, surgiu em 1.927, com o uso do som no cinema.
As primeiras transmissões de televisão foram feitas nos Estados Unidos nos anos 1.930, e já nos anos 1.950 a televisão competia com o rádio pela possibilidade de transmitir informação instantaneamente, com o adicional sedutor da imagem. O videotape foi inventado em 1.951, mas só começou a ser usado em larga escala a partir dos anos 1.970.
Jornalismo e seu alcance global
Capa de uma das primeiras edições da revista O Cruzeiro
O final do século XX assistiu a uma revolução nas tecnologias de comunicação e informação, levando à formação de uma meios de comunicação como instituições (privadas) de alcance global, tanto para o jornalismo quanto para o entretenimento (cultura e diversões).
Em 1.962, o jornal norte-americano Los Angeles Times utiliza fitas perfuradas para agilizar a composição em linotipos. Naquele mesmo ano, entrou no ar o Telstar 1, primeiro satélite de telecomunicações específico para os mídia. Sete anos depois, realizou-se a transmissão da chegada da missão Apollo 11, dos EUA, à Lua.


Desde a segunda metade do século XX, várias empresas editorais publicam jornais semanais que se assemelham a revistas, tratando de conteúdo generalista ou temático. Muitas revistas, então, deixam de existir. A revista Life deixou de ser publicada em 1.972. No Brasil, desaparecem O Cruzeiro e Realidade.

Em 1.973, apareceram os primeiros terminais computadorizados para edição jornalística. A fotocomposição começava a substituir a linotipia. No jornal Minneapolis Star, começou a ser testado um sistema que possibilitava a diagramação eletrônica e o envio das páginas direto para a impressão, eliminando o processo de composição manual.
Em 1.980, começam as transmissões da rede CNN, que em pouco mais de 10 anos tornar-se-ia a referência em jornalismo televisivo internacional. Ela ganha notoriedade mundial com a cobertura da Guerra do Golfo em 1991.
Os canais internacionais de televisão por assinatura, televisão a cabo e a Internet comercial só chegaram ao Brasil em 1.992.
Em 11 de setembro de 2.001, isso possibilita a transmissão ao vivo do maior atentado terrorista da História.
Falta de Liberdade de Expressão e Censura
Um dos maiores problemas da imprensa mundial é a falta de liberdade de expressão e a censura do jornalismo em alguns países. Geralmente, a falta de Liberdade de Expressão pode ser encontrada em países onde há uma ditadura, onde a imprensa local deve obedecer sempre as ordens do Governo, ou então, é censurada por tempo indeterminado. Em nações onde há ditadura, são poucas as organizações que sempre obedecem os ditadores.
Censura no Brasil durante a ditadura militar
Durante a ditadura militar de 1.964, várias veículos de imprensa - rádio, TV e jornais - foram submetidos a censura.
A história da imprensa no Brasil tem seu início em 1.808 com a chegada da família real portuguesa ao Brasil, sendo até então proibida toda e qualquer atividade de imprensa — fosse a publicação de jornais, livros ou panfletos. Esta era uma peculiaridade da América Portuguesa, pois, nas demais colônias europeias no continente, a imprensa se fazia presente desde o século XVI.
A imprensa brasileira nasceu oficialmente no Rio de Janeiro em 13 de maio de 1.808, com a criação da Impressão Régia, hoje Imprensa Nacional, pelo príncipe-regente dom João.
A Gazeta do Rio de Janeiro, o primeiro jornal publicado em território nacional, começa a circular em 10 de setembro de 1.808, impressa em máquinas trazidas da Inglaterra. Órgão oficial do governo português, que se tinha refugiado na colônia americana, evidentemente o jornal só publicava notícias favoráveis ao governo.
Porém, no mesmo ano, pouco antes, o exilado Hipólito José da Costa lançara, de Londres, o Correio Braziliense, o primeiro jornal brasileiro — ainda que fora do Brasil. O primeiro número do Correio Braziliense é de 1 de junho de 1.808, mas só chega ao Rio de Janeiro em outubro, onde tem grande repercussão nas camadas mais esclarecidas, sendo proibido e apreendido pelo governo. Até 1.820, apenas a Gazeta (e revistas impressas na própria Imprensa Régia) tinham licença para circular. Em 1.821, com o fim da proibição, surge o Diário do Rio de Janeiro.
Enquanto o jornal oficial relatava "o estado de saúde de todos os príncipes da Europa, (...) natalícios, odes e panegíricos da família reinante", o do exilado fazia política. Embora (diferentemente do que muito se divulga) não pregasse a independência do Brasil e tivesse um posicionamento político por vezes conservador, o Correio Braziliense foi criado para atacar "os defeitos da administração do Brasil", nas palavras de seu próprio criador, e admitia ter caráter "doutrinário muito mais do que informativo" .
Tudo o que se publicava na Imprensa Régia (o Rio de Janeiro não possuía nenhuma outra tipografia até 1.821) era submetido a uma comissão formada por três pessoas, destinada a "fiscalizar que nada se imprimisse contra a religião, o governo e os bons costumes". A proibição à imprensa (chegaram inclusive a destruir máquinas tipográficas) e a censura prévia (estabelecida antes mesmo de sair a primeira edição da Gazeta) encontravam justificativa no fato de que a regra geral da imprensa de então não era o que se conhece hoje como noticiário, e sim como doutrinário, capaz de "pesar na opinião pública", como pretendia o Correio Braziliense, e difundir suas idéias entre os formadores de opinião — propaganda ideológica, afinal.
A censura prévia é extinta em 28 de agosto de 1.821, decorrente de deliberação das Cortes Constitucionais de Lisboa em defesa das liberdades públicas (pondo fim, em Portugal, a três séculos de censura). A própria personalidade de D. Pedro II, avessa a perseguições, garantia um clima de ampla liberdade de expressão — em nível não conhecido por nenhuma república latino-americana, graças aos caudilhos autoritários que lá se alternavam. A liberdade de imprensa já era garantida mesmo pela Constituição outorgada de 1.824. Escreve Bernardo Joffily: "Cada corrente tem seu porta-voz", mas, ainda assim, "há órgãos apolíticos: o Diário do Rio de Janeiro (1º diário do País, 1.821-1.878) nem noticia o Grito do Ipiranga. Mas a regra é a imprensa engajada, doutrinária".
O francês Max Leclerc, que foi ao Brasil como correspondente para cobrir o início do regime republicano, assim descreveu o cenário jornalístico de 1.889:
"A imprensa no Brasil é um reflexo fiel do estado social nascido do governo paterno e anárquico de D. Pedro II: por um lado, alguns grandes jornais muito prósperos, providos de uma organização material poderosa e aperfeiçoada, vivendo principalmente de publicidade, organizados em suma e antes de tudo como uma empresa comercial e visando mais penetrar em todos os meios e estender o círculo de seus leitores para aumentar o valor de sua publicidade, a empregar sua influência na orientação da opinião pública. (...) Em torno deles, a multidão multicor de jornais de partidos que, longe de ser bons negócios, vivem de subvenções desses partidos, de um grupo ou de um político e só são lidos se o homem que os apoia está em evidência ou é temível."
De fato, os jornais de partidos, ou espontaneamente criados e mantidos por militantes, carecem de organização institucional e de profissionalismo jornalístico. Nos tempos de maior exaltação na campanha republicana (1.870-1.878 e 1.886-1.889), surgem dezenas de jornais (que não passam de 4 páginas cada) efêmeros, sem durar mais que alguns meses.
Entre os jornais cariocas da época imperial estavam, em primeiro grau de importância, a Gazeta de Noticias e O Paiz, os maiores de então e os que sobreviveram mais tempo, até a Era Vargas. Os demais foram o Diario de Noticias, o Correio do Povo, a Cidade do Rio, o Diario do Commercio, a Tribuna Liberal, alguns jornais anteriores a 1889, mas de fortíssima campanha republicana, como A Republica, e as revistas de caricatura e sátira: a Revista Illustrada, O Mequetrefe, O Mosquito e O Bezouro. Outros ainda eram o Jornal do Commercio e a Gazeta da Tarde.
O caricaturista, ilustrador, jornalista Ângelo Agostini está entre as maiores personalidades da imprensa brasileira. Numa época em que a fotografia ainda era rara — e cara — o ilustrador tem o poder inegável de construir o imaginário visual da sociedade. Assim, o "Imperador Cabeça-de-Caju" ou o primeiro-ministro gorducho com ar de soberbo são o que a população — e aí, mesmo a massa analfabeta entra — vai consumir e por onde vai se pautar. Ali criou-se uma iconografia simbólica da política no final do Império.
A Revista Illustrada realmente era inovadora. As ilustrações litografadas almejavam ao perfeccionismo e ao mesmo tempo à expressividade. Inova a Revista também por uma diagramação "interativa", com ilustrações sobre o cabeçalho, moldura, etc.. Saía semanalmente e tinha distribuição nacional.



Nos 22 anos contínuos em que foi publicada, a Revista Illustrada entranhou-se no cotidiano nacional (Cf. Werneck Sodré) e inspirou uma geração de magazines satíricas. Embora um pouco anteriores, fazem parte da mesma safra: O Mosquito, O Besouro (ambos de Bordalo Pinheiro, imigrante português, amigo de Agostini) e O Mequetrefe.




http://pt.wikipedia.org/wiki/Imprensa
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imprensa_no_Brasil


Jornal é um meio de comunicação impresso, geralmente um produto derivado do conjunto de atividades denominado jornalismo. As características principais de um jornal são: o uso de "papel de imprensa" - mais barato e de menor qualidade que os utilizados por outros materiais impressos; a linguagem própria - dentro daquilo que se entende por linguagem jornalística; e é um meio de comunicação de massas - um bem cultural que é consumido pelas massas. Os jornais têm conteúdo genérico, pois publicam notícias e opiniões que abrangem os mais diversos interesses sociais.
No entanto, há também jornais com conteúdo especializado em economia, negócios ou desporto, entre outros. A periodicidade mais comum dos jornais é a diária, mas existem também aqueles com periodicidade semanal, quinzenal e mensal. O jornal foi o primeiro - e, por muito tempo, o principal - espaço de atividade profissional do jornalismo.
A crise econômica de 2.008, combinada com o rápido crescimento de alternativas na internet, causou um grande declínio na publicidade e circulação dos jornais, com vários deles fechando ou reduzindo suas operações mundialmente, uma exceção é o Brasil no qual a tiragem dos jornais impressos cresceu 4.2% em 2010.
Os jornais contemporâneos normalmente são impressos em um tipo específico de papel espesso e áspero - o papel-jornal ou "papel de imprensa", (newsprint em inglês), um papel reciclado, obtido de pedaços de madeira não aproveitados na fabricação de móveis e fibras recicladas, cortado em folhas de tamanhos padronizados.
Tamanho standard - entre 60 cm x 38 cm e 75 cm x 60 cm.
Tamanho tabloide - cerca de 38 cm x 30 cm.
Tamanho tabloide berlinense (ou europeu) - cerca de 47 cm x 31,5 cm.
Tamanho microjornal.
Os jornais tipicamente atendem quatro critérios:
Abrangência: seus conteúdos são razoavelmente acessíveis ao público em geral.
Periodicidade: é publicado a intervalos regulares.
Atualidade: sua informação é atual.
Universalidade: cobrem um amplo número de assuntos.
Nos jornais, as editorias podem ser organizadas em Cadernos e Suplementos, que são fascículos de encadernação separada incluídos no conjunto publicado e de periodicidade predeterminada (geralmente semanal).
O conteúdo editorial dos jornais costuma ser dividido em diferentes cadernos temáticos, apresentando um ou vários destes assuntos:
Notícias nacionais
Notícias internacionais
Notícias locais e regionais
Economia
Esporte
Ciência & Tecnologia
Cultura (Cinema, Música, Teatro, Televisão)
Turismo
Informática
Automobilismo
Moda
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jornal

No mundo existem grandes jornais que são responsáveis pela informação e cobertura de todos os fatos que acontecem. 




O Estado de S. Paulo é um jornal brasileiro. Foi fundado, com base nos ideais de um grupo de republicanos, em 4 de janeiro de 1.875. Nessa época, o jornal se chamava A Província de São Paulo e foi o pioneiro em venda avulsa no país, fato pelo qual foi ridicularizado pela concorrência (Correio Paulistano, O Ipiranga e Diário de S. Paulo). A venda avulsa foi impulsionada pelo imigrante francês Bernard Gregoire, que saía às ruas montado num cavalo e tocando uma corneta para chamar a atenção do público — e que, décadas depois, viraria o próprio símbolo do jornal — aumentou a tiragem do jornal. Ao lado da Folha de S. Paulo, de O Globo e do Correio Braziliense, o Estado é um dos jornais mais influentes do Brasil.




Quando o jornal surgiu, tinha quatro páginas e uma tiragem de 2.025 exemplares. O termo "Província" foi conservado até 31 de dezembro de 1.889, um mês após a queda da Monarquia e instituição da República no Brasil. Embora tivesse apoiado a troca de regime, o jornal se mostrou independente de qualquer partido político, recusando-se a servir aos interesses do ascendente Partido Republicano Paulista (PRP).


Quando o então redator-chefe Francisco Rangel Pestana se afastou para trabalhar no projeto da Constituição, em Petrópolis, o jovem redator Júlio Mesquita assumiu efetivamente a direção d'O Estado e deu início a uma série de inovações. A agência Havas, então a maior do mundo, foi contratada pelo jornal e deu mais agilidade às notícias internacionais.

Depois de uma fracassada experiência no campo das telecomunicações, o Grupo Estado passou por uma restruturação em 2.003, e a maior parte da família Mesquita deixou os cargos de direção. Demissões em massa ocorreram no grupo. Após o saneamento financeiro, o Estado empreendeu uma reformulação gráfica em outubro de 2.004, com a criação de novos cadernos e tem recebido sucessivos prêmios de excelência gráfica.
Além do jornal O Estado de S. Paulo, o Grupo Estado publica o Jornal da Tarde (1.966) e detém controle sobre a OESP Mídia (1.984), empresa que atua no ramo de Publicidade por meio de Classificados. Pertencem ao Grupo Estado as rádios Eldorado AM e FM (1.958) e a Agência Estado (1.970), maior agência de notícias do Brasil.

http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Estado_de_S%C3%A3o_Paulo



Folha de S. Paulo é um jornal brasileiro editado na cidade de São Paulo e o segundo maior jornal de circulação do Brasil, segundo dados do Instituto Verificador de Circulação (IVC). A circulação média diária em 2.010 foi de 294.498 exemplares. Ao lado de O Globo, Correio Brasiliense e O Estado de S. Paulo, a Folha de S. Paulo, que pertence ao Grupo Folha, é um dos jornais mais influentes do país.
A Folha foi fundada em 19 de fevereiro de 1.921 por um grupo de jornalistas liderado por Olival Costa e Pedro Cunha, com o nome de Folha da Noite. Era um jornal vespertino, com um projeto que pregava textos mais curtos e mais claros, enfoque mais noticioso que opinativo, agilidade e proximidade com os assuntos que afetavam o dia a dia da população paulistana, principalmente os trabalhadores urbanos.


Foi criada em oposição ao principal jornal da cidade, O Estado de S. Paulo, que representava as elites rurais e assumia uma posição mais conservadora, tradicional e rígida. O empreendimento foi bem-sucedido, levando os sócios a comprar uma sede própria, uma rotativa e, em julho de 1.925, criar um segundo jornal, agora matutino: a Folha da Manhã.
Também em 1.925 surgiu na Folha da Manhã o personagem Juca Pato, que acabou se tornando um símbolo do jornal. Criado pelo cartunista Benedito Carneiro Bastos Barreto, o Belmonte, Juca Pato era “o homem comum”, que criticava com ironia os problemas políticos e econômicos e repetia o bordão “Podia ser pior”.
As principais críticas das “Folhas” eram dirigidas aos partidos republicanos que monopolizavam os governos da época e faziam campanhas por melhorias sociais. A empresa chegou a apoiar a criação do Partido Democrático, de oposição.
Em 1.929, no entanto, Olival Costa, então o único dono das “Folhas”, passou a se aproximar dos republicanos paulistas e a repudiar opositores da Aliança Liberal, ligados a Getulio Vargas.

Em outubro de 1.930, com a vitória da Revolução de 1.930 varguista, jornais que haviam se contraposto a Vargas foram depredados por partidários da Aliança Liberal. As instalações da Folha foram destruídas e Costa vendeu a empresa a Octaviano Alves de Lima, empresário ligado à produção e, principalmente, ao comércio de café.



Em 1.967 a Folha adotou a impressão offset em cores, usada em larga tiragem pela primeira vez no Brasil. Em 1.971, o jornal abandonou a composição gráfica a chumbo e se tornou o primeiro a usar o sistema eletrônico de fotocomposição no Brasil. Em 1983, com a instalação dos primeiros terminais de computador, passou a ter a primeira Redação informatizada da América do Sul.
Em 1984 lançou o primeiro de seus manuais da Redação, que viriam a se tornar obras de referência para estudantes e jornalistas. O livro ganhou novas versões em 1.987, 1.992 e 2.001.
Em 1.989 foi o primeiro veículo no país a ter um ombudsman, uma espécie de ouvidor encarregado de receber, investigar e encaminhar as queixas dos leitores e de fazer comentários críticos sobre o jornal e outros meios de comunicação. Desde então, nove jornalistas ocuparam o cargo: Caio Túlio Costa, Mario Vitor Santos, Junia Nogueira de Sá, Marcelo Leite, Renata Lo Prete, Bernardo Ajzenberg, Marcelo Beraba, Mário Magalhães e Carlos Eduardo Lins da Silva. Em fevereiro de 2.010, Suzana Singer foi indicada para assumir a função a partir de 24 de abril.
Ainda na década de 1.980 a Folha também foi pioneira na adoção de infográficos e quadros que explicam, de maneira didática, os detalhes e contexto das principais notícias.
Em 1.995 com a inauguração do Centro Tecnológico Gráfico-Folha em Tamboré (Santana de Parnaíba, Grande São Paulo), moderno parque gráfico orçado em 120 milhões de dólares, o jornal passou a circular com a maioria de suas páginas coloridas.
Em julho de 2.011 o jornal passou a publicar na internet a Folha Internacional, com notícias do jornal traduzidos para o espanhol e o inglês.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Folha_de_S%C3%A3o_Paulo

Correio Braziliense é um jornal brasileiro com sede em Brasília, Distrito Federal, pertencente ao Grupo Diários Associados, do qual faz parte outro jornal (Aqui DF), além da rádio Clube FM, a TV Brasília e os portais Correio Braziliense e Correio Web. Ao lado da Folha de S. Paulo, do Estado de Minas, d’O Globo e d’O Estado de S. Paulo, forma o grupo dos principais jornais do Brasil.
Fundado no dia 21 de abril de 1.960 por Assis Chateaubriand, juntamente com a inauguração da cidade e a da TV Brasília. O nome veio do histórico Correio Braziliense ou Armazém Literário, editado em Londres a partir de 1.808 por Hipólito José da Costa.
Em 1.960, aceitando um desafio do presidente Juscelino Kubitschek, os Diários Associados, então maior conglomerado de mídia no Brasil, se propuseram a lançar um jornal na nova capital federal, Brasília. Descobrindo nos escritos de Hipólito José da Costa ideias favoráveis à transferência da capital do Rio de Janeiro para o interior, o então diretor dos Diários Associados Assis Chateaubriand decidiu retomar o título, aproveitando o termo brasiliense que começava a ser empregado como adjetivo pátrio de Brasília.
Mesmo após a morte de Assis Chateaubriand, o Correio, diferentemente da TV Brasília que foi vendida em 2.001, continuou a pertencer aos Diários Associados, sendo o principal jornal da Capital Federal.
O presidente do Correio Braziliense, Álvaro Teixeira da Costa, discursando durante o jantar comemorativo dos 50 anos do jornal. Foto:Renato Araujo/ABr.
Na gestão do editor executivo Ricardo Noblat, o Correio Braziliense foi o jornal brasileiro com o design gráfico mais premiado pela "Society for News Design" (SND), a mais importante sociedade internacional de design de jornais. O então editor executivo de arte, Francisco Amaral, foi o profissional que arquitetou as mudanças de design do jornal. O projeto gráfico criado por Amaral também foi premiado pela SND.



Da década de 1.990 até 2.003, o Correio Braziliense liderou no design de jornais brasileiros, seguindo o conceito de um jornal aberto às mudanças de linguagem nas publicações editoriais. O exemplo mais claro dessa visão está no projeto da primeira página do jornal, valorizando um ou dois temas principais e utilizando uma sofisticada hierarquia tipográfica para as chamadas e manchetes.
O Correio na Web
Em 21 de abril de 2.008, o site Correio Braziliense foi totalmente reformulado visando torná-lo mais interativo. Além do telejornal "Correio Notícias", outros programas da grade são o "Grita Geral", o "Bate-Pronto", e o "Correio Debate". Complementarmente, o internauta também poderá participar de enquetes.
No dia 21 de junho de 2.009, o jornal lançou seu novo projeto gráfico e editorial.
No dia 15 de janeiro de 2.011, o Correio lançou sua versão para iPad.
Concedido pela Exxon Mobil do Brasil, o Prêmio Esso de Jornalismo é a Máxima Honraria do jornalismo brasileiro, conhecida popularmente como o "Óscar do jornalismo". Em 1.994 e 2.000 o jornal venceu o Prêmio Honorário, dado à Melhor Contribuição à Imprensa, de alguma instituição, pessoa ou produto, ao mercado jornalístico.
Prêmio Esso de Jornalismo 2.000 - Melhor Contribuição à Imprensa: "Pela coragem e ineditismo demonstrados ao editar a manchete "O Correio Errou", reconhecendo a incorreção da informação veiculadas também em manchete do dia anterior"
Prêmio Esso de Jornalismo 1.994 - Melhor Contribuição à Imprensa: "Cuja reforma comprova a viabilidade da imprensa independente no centro do poder, movimenta o mercado jornalístico e fortalece a estrutura dos Diários Associados"
http://pt.wikipedia.org/wiki/Correio_Braziliense


O Globo é um jornal diário de notícias brasileiro, fundado em 29 de julho de 1.925 e sediado no Rio de Janeiro. Está orientado para o público da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. É parte integrante das Organizações Globo, de propriedade da família Marinho, que inclui a Rádio Globo e a Rede Globo de Televisão. Funcionou como jornal vespertino até 1.962, quando se tornou matutino. De orientação política conservadora, é um dos jornais de maior tiragem do país. Ao lado da Folha de S. Paulo, Correio Brasiliense e O Estado de S. Paulo, o O Globo é um dos jornais mais influentes do Brasil.
O jornal foi fundado em 29 de julho de 1.925 por Irineu Marinho. No entanto, Irineu faleceu 21 dias após a fundação do jornal. O Globo foi então herdado por seu filho Roberto Marinho, que trabalhava na empresa como repórter e secretário particular do pai. Roberto, entretanto, preferiu deixar o comando da empresa nas mãos do jornalista Euclydes de Matos, amigo de confiança de seu pai.
Somente assumiu o controle da empresa após a morte de Euclydes, em 1.931. Em 1.936, O Globo lançou a primeira telefoto da imprensa brasileira. Durante a Segunda Guerra Mundial, o jornal criou o Globo Expedicionário, que levava informações sobre o Brasil para os soldados brasileiros servindo na Europa. Por meio do jornal, da venda de história em quadrinhos, graças ao lançamento de sua primeira revista O Globo Juvenil em 12 de junho de 1.937, logo em seguida em 1.939, foi lançada a revista O Gibi, o nome gibi se tornaria sinônimo de revista em quadrinhos, e investimentos no ramo imobiliário, Roberto Marinho conseguiu criar um poderoso conglomerado de empresas de mídia, as Organizações Globo, hoje constituída pela TV Globo, Rádio Globo, Editora Globo e demais veículos.
Tornou-se o primeiro jornal brasileiro a circular aos domingos, em 1.972.
Em 1.955, com o Jornal Tribuna da Imprensa e contra todos os demais periódicos, posicionou-se ao lado dos conspiradores que pregavam a intervenção dos militares na política nacional, implantando um " regime de emergência ", contra as eleições presidenciais, que acabaram sendo realizadas graças à intervenção legalista do Marechal Lott, elegendo Juscelino Kubitschek, Presidente da República.
Em 1.984, Roberto Marinho, proprietário de O Globo, publica artigo em seu jornal declarando apoio ao Regime Militar desde o seu início em 1.964 até o processo de abertura política: "Participamos da Revolução de 1.964, identificados com os anseios nacionais de preservação das instituições democráticas, ameaçadas pela radicalização ideológica, greves, desordem social e corrupção generalizada. Quando a nossa redação foi invadida por tropas anti-revolucionárias, mantivemo-nos firmes em nossa posição. Prosseguimos apoiando o movimento vitorioso desde os primeiros momentos de correção de rumos até o atual processo de abertura, que se deverá consolidar com a posse do novo presidente."

Em 29 de julho de 1.996, lançou sua versão digital, O Globo On, após o Jornal do Brasil, o Estado de S. Paulo e a Folha de S. Paulo.
Em 17 de agosto de 2.013, disponibilizou o acervo histórico completo de todas as edições na Internet.

http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Globo


O Jornal do Brasil é um tradicional jornal brasileiro, publicado diariamente na cidade do Rio de Janeiro e impresso até setembro de 2.010, quando se tornou exclusivamente digital.
Fundado em 1.891 por Rodolfo Dantas, com intenção de defender a monarquia recentemente deposta. De nível elevado, contava com a colaboração de José Veríssimo, Joaquim Nabuco, Aristides Spínola, Ulisses Viana, o Barão do Rio Branco e outros como Oliveira Lima, então apenas um jovem historiador. As afinidades da maioria desses elementos com o regime deposto foram sintetizadas por Nabuco como a melhor República possível.
O periódico inovou por sua estrutura empresarial, parque gráfico, pela distribuição em carroças e a participação de correspondentes estrangeiros, como Eça de Queirós. O seu primeiro número veio a público em abril. Manteve sua orientação conservadora até que Rui Barbosa assumiu a função de redator-chefe (1.893).
Nesta fase inicial, o Barão do Rio Branco colaborou, em suas páginas, com as célebres colunas Efemérides e Cartas de França.
A redação do jornal foi atacada ("empastelada", como se dizia na época) em 16 de dezembro de 1.891, dias após a morte do Imperador D. Pedro II, noticiada com pesar em uma edição especial tarjada de negro em sinal de luto.

Por ter sido o único periódico da então Capital Federal a publicar o manifesto do Contra-Almirante Custódio de Melo quando da eclosão da Segunda Revolta da Armada (6 de setembro de 1.893), o presidente da República, Floriano Peixoto determinou o fechamento do jornal e mandou caçar Rui Barbosa, vivo ou morto. O jornal permaneceu fechado por um ano e quarenta e cinco dias.
A partir de 15 de novembro de 1.894 voltou a circular, sob a direção da família Mendes de Almeida. A opção pela data assinalava o apoio à República, e a sua nova proposta editorial voltava-se para as reivindicações populares.
No início do Século XX, o Jornal do Brasil transferiu-se para um dos primeiros arranha-céus do Rio de Janeiro, na recém-inaugurada Avenida Central (hoje Avenida Rio Branco), onde permaneceu até a década de 1.970, quando se transferiu para um novo prédio, na Avenida Brasil, 500, em frente ao Cais do Porto.
Mais tarde, o Jornal do Brasil tornou-se propriedade dos Condes de Pereira Carneiro (Ernesto Pereira Carneiro e Maurina Pereira Carneiro) e depois de seu genro, Manuel Francisco do Nascimento Brito.
Nos anos 1.950, o designer gráfico Amílcar de Castro revolucionou o design de jornais no Brasil, com a reforma gráfica para o JB.
Conforme Jânio de Freitas, o Jornal do Brasil foi o principal jornal durante o regime militar, auferindo muitos lucros ao identificar-se com o regime. Liderou iniciativas de apoio ao regime, utilizando expressões como "milagre brasileiro", "Brasil grande", ou a designação de terroristas a opositores, mesmo não armados. Com a redemocratização, tais ganhos desapareceram e o jornal logo entraria em crise.
Em 2.005, o JB instalou-se na "Casa do Bispo", imóvel histórico e representativo do colonial luso-brasileiro, datado do início do século XVII, que já serviu de sede à Fundação Roberto Marinho.
A partir de 16 de Abril de 2.006 começou a circular nas bancas no chamado "formato europeu", um formato maior que o tabloide e menor que o convencional, seguido por diversos jornais daquele continente.
Em 2.008 o Jornal do Brasil realizou uma parceria de digitalização com o buscador Google que resultou no livre acesso em texto completo das edições digitalizadas das décadas de 30 a 90, que podem ser acessadas pelo link Acervo histórico digitalizado do Jornal do Brasil
Crise
Em 2.001, a família Nascimento Brito arrendou o título do jornal para o empresário Nelson Tanure por 60 anos, renováveis por mais 30. A intenção do empresário, conhecido por comprar empresas pré-falimentares, saneá-las e depois revendê-las, era recuperar o prestígio do jornal. Naquele ano, as vendas do jornal eram de 70 mil em média durante a semana e 105 mil aos domingos. Recuperou-se a partir de 2.003, atingindo 100 mil exemplares em 2.007, quando então as vendas novamente começaram a cair, chegando a 20.941 em março de 2.010.




Em julho de 2.010, foi anunciado o fim da edição impressa do jornal que, a partir de 1 de setembro do mesmo ano, existiria somente em versão online, com alguns conteúdos restritos a assinantes, o JB Premium. O JB agora autodenomina-se "O Primeiro jornal 100% digital do País!"
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jornal_do_Brasil


Nas cidades menores as dificuldades para publicar um jornal de qualidade são muito grandes. Em Santa Cruz do Rio Pardo, pequena cidade do interior do estado de São Paulo, existe um jornal de qualidade, o Jornal Debate.
O DEBATE surgiu em setembro de 1.977 em Santa Cruz do Rio Pardo, cidade com 40.919 habitantes (último censo oficial do IBGE, de 2.000) localizada a 365 km a Oeste de São Paulo. O semanário, na verdade, foi o sucessor de um pequeno jornal estudantil que circulou no início da década de 70 — “O Furinho” —, fundado por Sérgio Fleury Moraes aos 13 anos de idade. “O Furinho” era mimeografado e vendido de casa em casa pelas ruas da cidade, além de distribuído em escolas.

Desde o início, o DEBATE adotou uma linha editorial crítica. Nos seus primeiros anos de vida, o jornal combateu o regime militar e chegou a ser fichado, em 1.979, no Ciex (Centro de Informações do Exército) como integrante da chamada “imprensa alternativa”, que resistia ao regime de exceção. O Tiro de Guerra de Santa Cruz do Rio Pardo chegou a receber documentos oficiais do Exército solicitando várias informações sobre o pequeno semanário que incomodava o regime militar no interior paulista e fazia ferozes críticas ao governo municipal, sob domínio da Arena, partido de sustentação dos militares.
A partir de 1.979, o DEBATE teve entre seus colaboradores alguns expoentes da política brasileira, como Fernando Henrique Cardoso, Fernando Morais, Flávio Bierrenbach, José Aparecido e outros. Em 1.979, o então sociólogo Fernando Henrique — que foi colaborador do jornal durante 10 anos — foi palestrante em Santa Cruz num evento promovido pelo DEBATE.
Naquela ocasião, o então suplente do senador Franco Montoro foi lançado como futuro candidato à presidência da República, fato que se consolidaria nos anos 90, quando FHC deixou de assinar coluna no jornal.
Quando a ditadura ameaçou jogar bombas em bancas de jornais que vendiam jornais da imprensa alternativa, o DEBATE participou na Assembléia Legislativa, em São Paulo, de reuniões do “Comitê pela Liberdade de Imprensa” para discutir a nova ameaça. Integravam o comitê, entre outros, jornais como “Pasquim”, “Versus”, “Movimento” e outros.
O jornal sobreviveu ao regime militar, se engajou na campanha das “diretas já” e se consolidou com o advento da democracia. Resistiu a concorrência de publicações financiadas por partidos políticos e grupos econômicos e a partir de 1.996 circulou durante um período como o único jornal de Santa Cruz do Rio Pardo.
O DEBATE revolucionou a imprensa da região de Santa Cruz e Ourinhos. Foi pioneiro na adoção de cores em suas páginas e no lançamento de suplementos especiais. Se em 1.978 o jornal já ousava lançar um suplemento cultural, na década seguinte houve vários lançamentos, como o “Debate Rural” e suplementos infantis.
Em 1.995 surgiu o Caderno-D, um suplemento destinado a difundir a cultura e o lazer na cidade e região.
http://www2.uol.com.br/debate/1644/index.htm


O Pasquim foi um semanário brasileiro editado entre 26 de junho de 1.969 e 11 de novembro de 1.991, reconhecido por seu papel de oposição ao regime militar.
De uma tiragem inicial de 20 mil exemplares, que a princípio parecia exagerada, o semanário (que sempre se definia como um hebdomadário) atingiu a marca de mais de 200 mil em seu auge, em meados dos anos 1.970, se tornando um dos maiores fenômenos do mercado editorial brasileiro.
A princípio uma publicação comportamental (falava sobre sexo, drogas, feminismo e divórcio, entre outros) O Pasquim foi se tornando mais politizado à medida que aumentava a repressão da ditadura, principalmente após a promulgação do repressivo ato AI-5. O Pasquim passou então a ser porta-voz da indignação social brasileira.



O projeto nasceu no fim de 1.968, após uma reunião entre o cartunista Jaguar e os jornalistas Tarso de Castro e Sérgio Cabral; o trio buscava uma opção para substituir o tabloide humorístico A carapuça, editado pelo recém-falecido escritor Sérgio Porto. O nome, que significa "jornal difamador, folheto injurioso", foi sugestão de Jaguar. "Terão de inventar outros nomes para nos xingar", disse ele, já prevendo as críticas de que seriam alvo.
Com o tempo figuras de destaque na imprensa brasileira, como Ziraldo, Millôr, Prósperi, Claudius e Fortuna, se juntaram ao time, e a primeira edição finalmente saiu em 26 de junho de 1.969.
Além de um grupo fixo de jornalistas, a publicação contava com a colaboração de nomes como Henfil, Paulo Francis, Ivan Lessa, Carlos Leonam e Sérgio Augusto, e também dos colaboradores eventuais Ruy Castro e Fausto Wolff.
Como símbolo do jornal foi criado o ratinho Sig (de Sigmund Freud), desenhado por Jaguar, baseado na anedota da época que dizia que "se Deus havia criado o sexo, Freud criou a sacanagem".
No fim da década de 1.960, em função de uma entrevista polêmica com Leila Diniz, foi instaurada a censura prévia aos meios de comunicação no país, por um decreto que ficou conhecido pelo nome da atriz. Em novembro de 1.970 a redação inteira do O Pasquim foi presa depois que o jornal publicou uma sátira do célebre quadro de Dom Pedro às margens do Ipiranga, (de autoria de Pedro Américo). Os militares esperavam que o semanário saísse de circulação e seus leitores perdessem o interesse, mas durante todo o período em que a equipe esteve encarcerada — até fevereiro de 1.971 — O Pasquim foi mantido sob a editoria de Millôr Fernandes (que escapara à prisão), com colaborações de Chico Buarque, Antônio Callado, Rubem Fonseca, Odete Lara, Gláuber Rocha e diversos intelectuais cariocas.

As prisões continuariam nos anos seguintes, e na década de 1.980 bancas que vendiam jornais alternativos como O Pasquim passaram a ser alvo de atentados a bomba. Aproximadamente metade dos pontos de venda decidiu não mais repassar a publicação, temendo ameaças. Era o início do fim para o Pasquim.

O jornal ainda sobreviveria à abertura política de 1.985, mesmo com o surgimento de inúmeros jornais de oposição e de novos conceitos de humor (Hubert, Reinaldo e Cláudio Paiva, egressos de O Pasquim, fundaram O Planeta Diário).


Graças aos esforços de Jaguar, o único da equipe original a permanecer em O Pasquim, o semanário continuaria ativo até a década de 1.990. No carnaval carioca de 1.990 toda a equipe de O Pasquim foi homenageada pela escola de samba Acadêmicos de Santa Cruz com o enredo "Os Heróis da Resistência".

A última edição, de número 1.072, foi publicada em 11 de novembro de 1.991.




http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Pasquim

No exterior existem jornais que são verdadeiros ícones do jornalismo mundial.
The New York Times é um jornal de circulação diária, internacionalmente conhecido, publicado na cidade de Nova Iorque e distribuído nos Estados Unidos e em muitos outros países. Pertence à The New York Times Company, que também publica outros jornais de grande circulação como o International Herald Tribune e o The Boston Globe e controla outros dezesseis jornais e cinquenta sites.
O jornal foi fundado em 18 de setembro de 1.851 por Henry Jarvis Raymond e George Jones. Raymond também auxiliou na fundação da Associated Press em 1.856. Originalmente o jornal circulava, em edições matutinas, todos os dias, menos no domingo. Durante a Guerra Civil Americana o NYT passou a circular também no domingo, juntamente com outros grandes jornais diários da época. Em 1.896 Adolph Ochs obteve o controle do jornal quando este atravessou uma má situação financeira.
Ganhou seu primeiro Prêmio Pulitzer por reportagens e artigos sobre a Primeira Guerra Mundial em 1.918. Em 1.919 realizou sua primeira entrega transatlântica para Londres. Palavras-cruzadas começaram a aparecer em 1.942. Comprou a estação de rádio de música clássica WQXR no mesmo ano.



A seção de moda foi introduzida em 1.946. O Times também passou a ter uma edição internacional neste ano, mas parou de publicá-la em 1.967 e juntou-se aos donos dos jornais Herald Tribune e The Washington Post para publicar o International Herald Tribune, em Paris.
Uma nova sede para o jornal, um arranha-céu projetado por Renzo Piano, foi construída em 2.007, na ilha de Manhattan, em Nova Iorque.
Atual sede do jornal The New York Times.
O NYT começou a ser publicado também na Internet, em 1.996, e desde então seu sítio tornou-se uma referência para conteúdo on-line, e não mera reprodução de textos impressos — apesar de ainda não ter descoberto como tirar proveito financeiro das inovações que criou. O sítio é acessado mensalmente por cerca de 20 milhões de usuários, tornando-o o quinto sítio de notícias mais visitado da Internet e, de longe, o site mais popular de jornal nos Estados Unidos.
O jornal, entretanto, anunciou em janeiro de 2.010, depois de cerca de um ano debatendo internamente o assunto, que passará a cobrar pelo acesso frequente a seu conteúdo a partir de 2.010. "Esta é uma aposta, em certo grau, de para onde achamos que a web está caminhando", disse Arthur Sulzberger Jr., presidente do conselho e ditor do jornal. "Isto não vai mudar a dinâmica financeira de um dia para o outro."



The New York Times Company, a editora do jornal, foi afetada em 2.008 pela crise, que atingiu a imprensa americana, assim como o conjunto da economia.
O jornal enfrenta graves problemas financeiros, com uma dívida em torno de um bilhão de dólares e reservas de caixa, em outubro de 2.008, de menos de 50 milhões de dólares.
Em 2008, perdeu 57,8 milhões de dólares, frente ao lucro de 208,7 milhões de dólares no ano anterior.



http://pt.wikipedia.org/wiki/The_New_York_Times


O The Washington Post (literalmente "O Correio de Washington"), mais conhecido por Washington Post, ou até mesmo por Post, é um dos maiores e talvez o mais antigo jornal em Washington, D.C. (fundado em 1.877), a capital dos Estados Unidos, localizada no Distrito de Colúmbia, entre os estados de Maryland e Virgínia.
O periódico ganhou fama mundial no começo dos anos setenta por sua investigação do caso Watergate, realizada pelos repórteres Bob Woodward e Carl Bernstein, grandes responsáveis pelo fim do mandato de Nixon na presidência. Por este feito, o Post ganhou o prêmio Pulitzer por serviço público.
O Post é um dos líderes no jornalismo diário dos Estados Unidos, ao lado do The New York Times, conhecido por suas reportagens variadas e cobertura internacional; do The Wall Street Journal, conhecido por suas reportagens financeiras; e do Los Angeles Times. O Post, previsivelmente, distingui-se pela reportagem dos trabalhos da Casa Branca, do congresso, e outros aspectos do governo norte-americano.

Na busca de manter tamanha credibilidade, o "The Washington Post" baniu recentemente uma de suas jornalistas mais conceituadas: Sari Horwitz. Ela ficará afastada do trabalho no periódico até meados de junho de 2.011 graças a duas acusações de plágio na investigação do caso do atirador Jared Lee Loughner. Horwitz admitiu ter copiado partes da publicação sobre o assunto do diário "Arizona Republic".
Diferentemente do New York Times e do The Wall Street Journal, contudo, o Post se considera um jornal regional, e atualmente não imprime uma edição nacional diariamente para distribuição longe da costa oeste. Entretanto, o Post publica a edição National Weekly Edition (edição semanal nacional), que combina histórias da semana inteira. A maioria dos leitores do Post está localizada no Distrito de Columbia, nos subúrbios de Maryland e Virginia.
Segundo dados de Outubro de 2.005, a média de circulação nos dias de semana do Post é de 715.181, e aos sábados de 983.243, de acordo com o Audit Bureau of Circulations (agência de auditoria de circulações) , fazendo dele o quinto maior jornal no país por circulação, atrás apenas do The New York Times, Los Angeles Times, The Wall Street Journal e USA Today. Ainda que sua circulação (como a maioria dos jornais) tenha caído, o Post tem uma das maiores taxas de penetração de mercado nos EUA.

Em 8 de agosto de 2.013, foi vendido para o presidente da empresa Amazon.com, Jeff Bezos, por 250 milhões de dólares.
http://pt.wikipedia.org/wiki/The_Washington_Post


The Wall Street Journal é um jornal publicado na cidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos. É o jornal de maior circulação nos Estados Unidos, segundo dados de março de 2.010 do Audit Bureau of Circulations,1 com 2,1 milhões de exemplares - superando o USA Today, com 1,8 milhão. Atualmente o periódico é propriedade da Dow Jones & Company.

O Wall Street Journal é um jornal diário internacional, com especial ênfase em negócios e notícias econômicas. Ele é publicado seis dias por semana em Nova York por Dow Jones & Company , uma divisão da News Corp , junto com as edições asiática e européia do Jornal .
Em agosto de 2.007 a empresa News Corporation, propriedade do empresário Rupert Murdoch, anunciou a compra da Dow Jones & Company por 5,6 bilhões de dólares.
A News Corp. é proprietária de mais de uma centena de publicações impressas no mundo, além da rede de TV Fox e dos estúdios de cinema 20th Century Fox.
O Jornal aborda principalmente fatos econômicos e comerciais americanos e internacionais , temas e notícias financeiras.
Seu nome deriva da Wall Street , localizado em Nova York, que é o coração do distrito financeiro , e tem sido impresso continuamente desde a sua criação em 8 de julho de 1.889, por Charles Dow , Edward Jones e Charles Bergstresser. A versão americana do jornal ganhou o Prêmio Pulitzer trinta e quatro vezes, incluindo 2.007 prêmios por suas reportagens sobre opções de ações retroativas e os efeitos adversos da economia chinesa . 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Wall_Street_Journal


The Guardian é um jornal britânico fundado em 1.821. Até 1.959 era conhecido como The Manchester Guardian, nome pelo qual ainda é referido algumas vezes nos Estados Unidos. É controlado pela fundação Scott Trust através do Guardian Media Group. A circulação diária entre julho e dezembro de 2.004 foi de 345.000 cópias.
Adotou o formato berlinense desde 2.005, mais reduzido que o formato standard. Manteve, entretanto, o uso de cores na publicação. Circula de segunda a sábado, com uma média diária de 283.063 cópias em Março de 2.010. De acordo com seu editor, sua versão online é o segundo jornal de língua inglesa mais lido do mundo, perdendo apenas para o New York Times.
The Manchester Guardian foi fundada em Manchester em 1.821 pelo comerciante de algodão John Edward Taylor , com o apoio do pequeno círculo , um grupo de empresários não-conformistas .
Seu editor mais famoso, CP Scott , fez o jornal reconhecido nacionalmente. Ele foi editor por 57 anos a partir de 1.872, e se tornou seu dono quando ele comprou o papel da propriedade do filho de Taylor em 1.907. Scott apoiou o movimento de sufrágio feminino , mas foi crítico de todas as táticas usadas pelas sufragistas.
The Guardian faz parte da GMG The Guardian Media Group de jornais, estações de rádio, mídia impressa, incluindo The Observer jornal de domingo, The Guardian Weekly jornal internacional, e novos meios de comunicação Guardião Exterior website e guardian.co.uk . 
The Guardian é patrocinadora dos dois principais prêmios literários: O Primeiro Livro Prêmio Guardião , criado em 1.999 como um sucessor para o Prêmio de Ficção Guardião , que tinha funcionado desde 1.965, e o Prêmio Ficção Infantil da Guarda , fundada em 1.967. Nos últimos anos, o jornal também patrocina o Festival Hay em Hay-on-Wye .
Em memória de Paul Foot , que morreu em 2.004, The Guardian e Private Eye em conjunto, criaram o " Prêmio Paul Foot ", com um prêmio de 10.000 £, para o jornalismo investigativo ou campanha. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/The_Guardian


Financial Times é um jornal internacional de negócios com sede no Reino Unido. É impresso num papel diferente, cor-de-rosa em tom cor-de-salmão. É considerado um jornal de elevada reputação, sendo um dos jornais mais lidos por líderes empresariais. É frequentemente apontado como uma das melhores fontes de noticias no que toca a União Europeia, o Euro e as empresas europeias.

O Financial Times é publicado pela manhã em Londres, cidade que tem uma forte influência sobre as políticas econômicas do governo britânico. O jornal é conhecido como "periódico superior do Reino Unido". O jornal é impresso em 23 cidades, em três edições diárias: a edição do Reino Unido, dos Estados Unidos da América e da Ásia.

Seu principal rival é o Wall Street Journal outro periódico diário de comércio de Nova Iorque, que também publica muitas edições.
A edição europeia é distribuída no continente europeu, no leste médio da Europa, na África e na Ásia. Ele é impresso de segunda-feira a sábado em cinco pontos estratégicos da Europa.
Em 2.011, a FT tem uma impressão combinada e uma circulação digital de 585.681 edições e tem uma tiragem global de 356.194 edições (Junho 2.011). O periódico teria 2,1 milhões de leitores no mundo (Novembro 2.010), distribuídos em 140 países. O Financial Times tem uma rede de trabalho de 400 jornalistas em 50 agências editoriais em todo o mundo.
É impresso em 24 cidades do mundo: Londres, Leeds, Dublin, Paris, Frankfurt, Estocolmo, Milão, Madrid, Hong Kong, Nova Iorque, Chicago, Los Angeles, São Francisco, Dallas, Atlanta, Miami, Washington, D.C., Tóquio, Singapura, Seul, Dubai, Joanesburgo e Istambul. Desde de 2.000 o FT é publicado em edição de língua alemã, FT Deutschland.
O Financial Times foi lançado como London Financial Guide em 9 de janeiro de 1.888 por Horatio Bottomley, e foi renomeado Financial Times em 13 de fevereiro do mesmo ano.
Crescimento no Reino Unido
O jornal descrevia a si próprio como “O financeiro honesto e corretor respeitável”. Isto era publicado nos seu editoriais, quando o jornal tinha apenas quatro páginas, que retratavam as matrizes comerciais de Londres, e cujos leitores eram pertencentes à comunidade financeira de Londres. Rapidamente, o periódico se estabilizou como um jornal soberano e confiável.
Em 1.893 o jornal passou a utilizar papel de cor salmão. Embora se tenha dito que tal mudança teria por objetivo distinguir o jornal de seu rival, também inglês, Financial News, a escolha foi feita de fato por economia, pois o papel rosa é mais barato que o branco.
Em 1.945, o Financial Times adquire o Financial News, tornando-se o único jornal de grande circulação do Reino Unido. A fusão permitiu aliar a ampla rede de circulação do Financial Times com os conceituados profissionais editoriais do Financial News.
Expansão internacional
Com o passar dos anos, o jornal cresceu em tamanho, leitores e largura em suas coberturas. Também estabeleceu um trabalho em rede com correspondentes em muitas grandes cidades ao redor do mundo, antecipando o movimento da economia no mundo no sentido da globalização.
Com o fluxo de capital intensificado nos anos 70, o Financial Times iniciou o programa de expansão internacional, que foi facilitado pelo desenvolvimento de tecnologias e do crescimento da aceitação da língua inglesa como a linguagem do comércio internacional. Em 1º de janeiro de 1.979, foi impressa, em Frankfurt, a primeira edição impressa fora do Reino Unido.
Edição comemorativa de 1.993
Em 1.993, o Financial Times imprimiu uma edição de seis páginas, e em papel branco para comemorar seu aniversário de cem anos de cor-de-salmão, assim como para relembrar a existência do Financial News.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Financial_Times


The Times ("Os Tempos", em inglês) é um célebre e histórico jornal inglês, editado em Londres, publicado diariamente desde 1.785, e sob seu nome atual desde 1.788. Também costuma ser chamado, de forma não oficial, como The Times of London ou The London Times para diferenciá-lo de outros jornais de nome similar, como o The New York Times.

Ao Domingo, é publicado o jornal The Sunday Times.
O Times é o criador da fonte Times Roman, originalmente desenvolvido por Stanley Morison do The Times , em colaboração com a Corporação Monotype para a sua legibilidade na impressão low-tech. Em novembro de 2.006 o Times começou a imprimir manchetes em uma nova fonte, Modern Times .
The Times foi impresso em broadsheet formato de 219 anos, mas mudou para o tamanho compacto em 2.004, em uma tentativa de apelar mais para os leitores mais jovens e viajantes que utilizam transportes públicos. A Sunday Times continua a ser um folhetim .

Embora tradicionalmente um jornal moderado e, por vezes, um defensor dos conservadores , apoiou o Partido Trabalhista nas eleições gerais de 2.001 e 2.005.  Em 2.004, de acordo com MORI , as intenções de voto de seus leitores eram de 40% para o Partido Conservador , 29% para o Partido Liberal Democrata , e 26% para o Trabalho . The Times teve uma circulação média diária de 393.814 em fevereiro de 2013, no mesmo período do The Sunday Times . teve uma circulação média diária de 875.434 .Uma edição americana do The Times foi publicado desde 6 de Junho de 2006. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/The_Times

Le Figaro, fundado em 1.826, ainda sob Charles X, é um influente e importante jornal francês, o mais antigo ainda hoje publicado. Recebeu o nome do personagem de Beaumarchais. Sua sede se encontra no boulevard Haussmann, no 9e arrondissement (bairro) de Paris. É um jornal nacional que faz parte do grupo Socpresse, o primeiro da França no setor de imprensa, grupo inteiramente controlado pelo seu presidente, Serge Dassault, grande industrial francês e senador-prefeito de Corbeil-Essones.
1.826 : criação em 15 de janeiro de um jornal satírico (quatro páginas, em Paris, pelo cancioneiro Maurice Alhoy e o escritor e homem político Étienne Arago. Tinha somente quatro páginas e sua publicação foi interrompida várias vezes.


Le Figaro é um jornal de direita ou de centro-direita, se levado em conta o espectro político francês habitualmente utilizado. Esta linha editorial se encontra de maneira precisa no slogan do jornal durante uma campanha publicitária em 2.005 : ‘’ em matéria de economia, somos pela liberdade das trocas comerciais. E também em matéria de ideia’’. Assim, Serge Dassault, o presidente da sociedade do Figaro SA, disse na rádio France Inter em 10 de dezembro de 2.004, e no jornal Le Monde datado de 12 de dezembro do mesmo ano, que os jornais devem publicar ‘’ideias sãs’’ porque ‘’estamos pouco a pouco morrendo por causa das ideias de esquerda’’. Contudo, Serge Dassault não controla a linha editorial do jornal.
Afora a edição cotidiana do Le Figaro,podemos citar os cadernos e suplementos seguintes : Le Figaro Économie , Figaro Réussir, Figaroscope, Le Figaro Magazine, Madame Figaro, TV Magazine, Mademoiselle Figaro e Le Figaro Patrimoine.O ritmo de publicação desses cadernos e suplementos é variável.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Le_Figaro

O Corriere della Sera (em português "Mensageiro da Tarde") é um jornal diário italiano, impresso em Milão, pertencente ao grupo RCS Mediagroup. É o primeiro da Itália, seguido pelo "La Repubblica" e pelo "La Stampa" . Foi fundado em 1.876 pelo jornalista Eugenio Torelli Viollier. Tem este nome porque originalmente era vendido a partir da 21 horas.
Na década de 1.910 e 1.920, sob a direção de Luigi Albertini , que se tornou o jornal mais lido na Itália, mantendo a sua importância e influência no século presente.
O escritor italiano Dino Buzzati foi um jornalista do Corriere, assim como muitos outros grandes escritores e intelectuais italianos, incluindo Eugenio Montale , Italo Calvino , Pier Paolo Pasolini , Oriana Fallaci e Indro Montanelli .

A "terceira página" (a página inteiramente dedicado à cultura , na tradição italiana) continha um artigo principal, chamado elzeviro , que foi assinada por todos os editores e os principais romancistas, poetas e jornalistas do país.
Na década de 1.960 o Corriere tornou-se parte do grupo Rizzoli, listado na bolsa de valores italiana . Seus principais acionistas são Mediobanca , a Fiat grupo e alguns dos maiores grupos industriais e financeiros na Itália.
http://en.wikipedia.org/wiki/Corriere_della_Sera



L'Osservatore Romano (em português O Observador Romano) é o periódico semioficial da Santa Sé. Faz a cobertura de todas as atividades públicas do Papa, publica editoriais escritos por membros importantes do clero da Igreja Católica e imprime documentos oficiais depois de autorizados. Seus lemas são: unicuique suum (a cada um o seu) e no praevalebunt ("Os portões do Inferno" não prevalecerão) os quais estão impressos sob o título na primeira página.

Hoje, o jornal assume uma postura mais objetiva e suave do que na época de sua fundação, orgulhando-se em "apresentar o verdadeiro rosto da Igreja e os ideais de liberdade", segundo a declaração do cardeal Tarcisio Bertone , em um discurso de 2.006 inaugurando uma nova exposição dedicada à fundação e história do jornal. Ele descreveu ainda a publicação como "um instrumento para disseminar os ensinamentos do Sucessor de Pedro e para obter informações sobre os eventos da igreja". 



L'Osservatore Romano é publicado em nove idiomas diferentes (listados pela data da primeira publicação): 
Diário e semanal em italiano (1.861/1.950)
Semanal em francês (1.949)
Semanal em Inglês (1.968)
Semanal em espanhol (1.969)
Semanal em Português (1.970)
Semanal em alemão (1.971)
Mensal em polonês (1.980)
Semanal em malaio (2.007) 
A edição diária italiana de L'Osservatore Romano é publicado no período da tarde, mas com a data de capa do dia seguinte, uma convenção que às vezes resulta em confusão. A edição semanal em Inglês é distribuída em mais de 129 países.

http://en.wikipedia.org/wiki/L'Osservatore_Romano


O El País é um jornal espanhol de propriedade do Grupo PRISA e fundado em 1.976, no período da transição para a democracia. Com média de 457.000 exemplares diários, o El País é o jornal não-desportivo de maior tiragem da Espanha.
Sua sede fica em Madrid, e conta com escritórios nas principais cidades espanholas (Barcelona, Sevilha, Valência, Bilbau e Santiago de Compostela), produzindo diferentes versões para cada região do país (a mais recente a ser criada foi a da Galiza), com conteúdos em galego, catalão e euskera.
Se caracteriza por ser um jornal de tendência europeísta e social-democrata, e pelo grande destaque a informações de âmbito internacional, de cultura e de economia, e sobre a Espanha.

O El País foi fundado por José Ortega Spottorno e surgiu pela primeira vez em 4 de maio de 1.976, seis meses depois da morte de Francisco Franco, e no início da transição espanhola. Foi a primeira clara vocação do jornal democrata em um contexto em que o resto do jornal espanhol veio de uma longa história de Franco. O diário foi concebido por Reinhard Gade. O El País chegou a preencher a lacuna e se tornou o jornal da Espanha da democracia, numa altura em que a transição de Franco para a democracia ainda estava em pleno andamento. Seu primeiro presidente (até 1.988) foi Juan Luis Cebrian, que veio a informação do diário, como muitos jornalistas espanhóis na época trabalhava no jornal Pueblo, órgão dos sindicatos oficiais sob Franco.



Em 21 de outubro de 2.007 o EL País empreendeu uma renovação de seu formato e conteúdo, que abrange uma série de reformas que afetam tanto a sua edição impressa e sua projeção digital da Internet, que substitui o jornal independente slogan histórico " Amanhã" por "O jornal global em espanhol". 


http://pt.wikipedia.org/wiki/El_Pa%C3%ADs


O Bild (conhecido anteriormente como Bild-Zeitung e Bildzeitung, lit. "jornal de imagens") é um jornal tabloide diário da Alemanha. Foi fundado por Axel Springer em 1.952 e rapidamente tornou-se o jornal mais bem vendido, por uma larga margem, não apenas na Alemanha, mas em toda Europa. Seu redator-chefe é Kai Diekmann.
O Bild é modelado de acordo com os tablóides britânicos; apesar do tamanho de seu papel ser maior, isto é refletido em sua mistura de fofocas de celebridades, histórias criminais e análises políticas conservadoras. Foi acusado de usar métodos de baixo escalão, mostrando manchetes sensacionalistas ou mulheres de topless em suas capas para aumentar seu número de leitores.

Apesar de ainda ser o maior jornal da Alemanha, a circulação do Bild está em queda constante nos últimos 10 anos. Após vender mais de cinco milhões de cópias todos os dias nos anos 1.980, a circulação caiu abaixo da marca dos quatro milhões em 2.002 e 2.003 pela primeira vez em quase 30 anos.
O jornal continua sendo o mais controverso nas bancas alemãs, porque às vezes utiliza práticas ilegais para vender seus jornais. Em 2.004 o jornal cooperou com o gigante do fast-food estado-unidense McDonald's para vender o jornal em quase 10.000 restaurantes em todo o país.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Bild


O Yomiuri Shimbun é um jornal japonês publicado em Tóquio , Osaka , Fukuoka , e outras grandes cidades japonesas. Faz parte do Grupo Yomiuri , do Japão o maior conglomerado de mídia.  É um dos cinco nacionais jornais no Japão , os outros quatro são o Asahi Shimbun , o Mainichi Shimbun , Nihon Keizai Shimbun eo Sankei Shimbun . A sede é em Otemachi , Chiyoda, Tokyo . 
Fundado em 1.874, o Yomiuri Shimbun é o jornal que tem a maior circulação de jornais no mundo,  tendo uma circulação combinada de manhã e à noite, com circulação de 14.323.781 exemplares até janeiro de 2.002. A partir de meados do ano de 2.011, ele ainda tem uma circulação combinada de manhã-tarde de quase 13,5 milhões para sua edição nacional. O jornal é impresso duas vezes por dia e em várias edições diferentes locais.
Yomiuri Shimbun criou o Prêmio Yomiuri em 1.948. Seus vencedores incluíram Yukio Mishima e Haruki Murakami .



http://pt.wikipedia.org/wiki/Yomiuri_Shimbun


Além dos jornais de circulação diária, as revistas semanais são também importantes veículos da imprensa mundial. Com matérias mais elaboradas e abrangentes que os jornais diários elas têm uma importância muito grande na informação global. As mais importantes são:
Veja é uma revista de distribuição semanal brasileira publicada pela Editora Abril as quartas-feiras. Criada em 1.968 pelos jornalistas Roberto Civita e Mino Carta, a revista trata de temas variados de abrangência nacional e global. Entre os temas tratados com frequência estão questões políticas, econômicas, e culturais. Apesar de não ser o foco da revista, assuntos como tecnologia, ciência, ecologia e religião são abordados em alguns exemplares. São publicadas, eventualmente, edições que tratam de assuntos regionais como a Veja São Paulo, Veja Rio, Veja Brasilia e Veja BH. Com uma tiragem superior a um milhão de cópias, sendo a maioria de assinaturas, a revista Veja é a de maior circulação nacional.
A Veja é marcada por uma linha editorial alinhada à direita política, apesar de não assumir que tenha uma inclinação política. Em 11 de setembro de 1.968, foi lançada a primeira edição da revista. Tendo como manchete de capa "O Grande Duelo no Mundo Comunista", trazia entre outros os seguintes artigos: "Rebelião na Galáxia Vermelha", "A Romênia Quer Resistir", "Checos Têm Esperanças". Em sua página 20, no editorial, trazia publicado: "VEJA quer ser a grande revista semanal de informação de todos os brasileiros".
A revista também já foi alvo de processos judiciais por partidos PCdoB e PT e também por diversos políticos; entre eles, Erenice Guerra, Luciana Genro, Jose Genoino, Roberto Marques, Orestes Quércia, Yeda Crusius, Luiz Marinho,Vicentinho, Renan Calheiros e Luiz Gushiken. , sendo que exceto os que ainda estão em curso, foi condenada em alguns deles e absolvida em outros.


Slogans
VEJA, indispensável para o que você quer ser. (2.011)
VEJA, indispensável para o país que queremos ser. (2.009)
Quem lê Veja entende os dois lados. (2.004)
Indispensável. (1.998)
Os olhos do Brasil.
A revista mais lida e comentada do Brasil.
Veja e leia. (1.968)



http://pt.wikipedia.org/wiki/Veja



Der Spiegel, ("O Espelho" em alemão) é uma revista de notícias semanal alemã publicada em Hamburgo. É um dos mais importantes semanários da Europa, com uma circulação semanal de mais de 900 mil exemplares. Aparece oficialmente na segunda-feira, mas em muitos lugares já está disponível no domingo.

A primeira edição foi publicada em Hanôver em 4 de janeiro de 1.947, um sábado. Sua liberação foi iniciada e patrocinada pelo governo britânico (que à época ocupava a Alemanha), e precedida por uma revista intitulada Diese Woche ("Esta Semana"), que havia sido publicada em novembro de 1.946. Após desentendimentos com os britânicos, a revista foi entregue a Rudolf Augstein como editor-chefe, e foi renomeada Der Spiegel.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Der_Spiegel



Vogue é a revista feminina de moda mais importante, conceituada e influente do mundo publicada desde 1.892 pela Conde Nast Publications em 21 países. Mensalmente pública trabalhos de estilistas, escritores, fotógrafos e designers dentro de uma perspectiva sofisticada do mundo da moda, da beleza e da cultura pop.


Vogue foi lançada em 1.892 na cidade de Nova York, idealizada por Arthur Baldwin Turnure e Harry McVickar, como um pequeno folhetim de moda, com aproximadamente 30 páginas, destinado às mulheres da alta sociedade nova-iorquina no final do século 19. Nesta época poucos vaticinariam tão grande sucesso e uma vida tão longa a uma publicação semanal que tinha como tema a moda, a vida mundana e o design.
A popularização da moda aconteceu com o seu lançamento, tendo em seus primeiros números personalidades como Gertrude Vanderbilt Whitney vestindo suas próprias roupas. O primeiro editor-chefe da revista foi Josephine Redding, que ficou no cargo até 1.901. Devido ao aumento do conteúdo a revista se tornou uma publicação quinzenal em 1.902.
A história da Vogue começou a mudar em 1.909, quando foi adquirida pelo grupo Condé Nast Publications, que de um modo visionário, tornou a revista o ponto de partida de um império editorial internacional. A primeira edição sob o comando do novo proprietário foi lançada no dia 24 de junho, e mostrava, entre outras coisas, os vestidos usados pelas mulheres mais ricas dos Estados Unidos. A publicação, além de se tornar mensal, teve seu conteúdo reformulado para torná-la mais atraente, e transformou a moda em “objeto de desejo” e “sonho de consumo” para as mulheres.
Condé Nast transformou a publicação, até então um pequeno semanário, em uma das revistas de moda mais influentes do século 20. A edição britânica da revista foi lançada em 15 de setembro de 1.916, sendo a primeira fora dos Estados Unidos. Pouco depois, foi lançada a edição francesa, no dia 15 de junho de 1920, uma das mais importantes pelo sucesso internacional.
A revista começaria a ganhar status de “Bíblia da Moda” na década de 60 quando Diana Vreeland tornou-se editora-chefe da publicação, a partir de então a revista começou a ter um apelo mais jovem, focada na revolução sexual da época, abordando mais moda contemporânea, além de editorias que discutiam a sexualidade. Somente sob o comando de Vreeland a revista conseguiu ultrapassar sua principal concorrente a Harper's Bazaar, considerada até então a maior publicação de moda do planeta. Em outubro de 1.964 foi lançada a edição italiana da Vogue. Em março de 1.966 Donyale Luna tornou-se a primeira modelo negra a aparecer na capa da Vogue, na edição inglesa.
Na década seguinte, sob o comando de Grace Mirabella, que assumiu o cargo de editora-chefe em 1.971, a revista passou a apostar em editorias mais extensos e elaborados, adotando um estilo diferente para atender as mudanças de seu público alvo. Foi nesta década, em 1.975, que a Vogue lançou sua edição brasileira.
Atualmente, existem vinte e uma diferentes edições da Vogue no mundo; Alemanha, Austrália, China, Espanha, França, Itália, Rússia, Japão, Grécia, Coreia do Sul, México, Reino Unido, Taiwan, Brasil , Estados Unidos, Portugal, Índia, Turquia, Holanda, Ucrânia e Tailândia além de ser vendida em mais de 90 outros países.




A publicação tem uma circulação mensal mundial estimada em 2 milhões de exemplares. Em setembro de 2.012 a Vogue americana lançou a edição com o maior número de páginas da história da revista, com 916 páginas, com a cantora Lady Gaga na capa, que vendeu somente nos EUA, 602 mil exemplares tornando-se a edição mais vendida da história da publicação.



http://pt.wikipedia.org/wiki/Vogue_(revista)

A Cosmopolitan é uma revista feminina publicada desde 1.886 nos Estados Unidos da América. Na Rússia é editada pela empresa da editoração Independent Media Sanoma Magazines e desde 1.980 ao Japão (Joint-venture Independent Media Sanoma Magazines-Shueisha).
Em Portugal a revista é publicada pela G+J Portugal e a sua directora é Sandra Maurício.
Hoje, a Cosmopolitan tem 58 edições diferentes no mundo, está disponível em 34 línguas e vende-se em mais de 100 países.
A versão brasileira dessa revista é a Nova (Editora Abril), publicada desde 1.973.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Cosmopolitan


Grandes reportagens
Entre as várias formas que o jornalismo tem de retratar a realidade, a reportagem sem dúvida é uma das que mais consegue alcançar seus objetivos. O trabalho obstinado do repórter em descobrir os fatos, proporciona que acontecimentos importantes se tornem públicos, mediante seu esforço em descobrir a verdade. Nesta edição do Canal você poderá encontrar exemplos de grandes reportagens que mudaram o curso da história e contribuíram para o avanço da sociedade. 

A morte em seis vidas
Tiago Cabreira
Era um dia quente em Hiroshima, assim como todos os outros naquela época do ano. O sol brilhava sobre a cabeça daquele repórter que imagina como descrever a história da morte. Seus lábios se exprimiam, seus olhos miravam longe e suas mãos suavam diante do gravador, da caneta e do bloco de notas. O céu estava limpo, mas o coração estava cheio de lágrimas.
O caderno estava em branco, mas as memórias sujas pela dor. Ele não imaginava que a morte pudesse estar tão perto da vida. Por isso, sem pensar no que, quando, onde, como ou porque, o jornalista segurou a caneta, e como um artista, desenhou as formas, cores, dores e sabores de quem, de quem a vida não conseguiu apagar.
O repórter não descreveu as 20 mil toneladas de dinamites ou o avião inimigo B-29, responsável por atirar a bomba sobre a cidade, mas as vidas que se cessaram imediatamente, ou as que se apagaram gradativamente ao longo do tempo. Ele acreditou no humano, nos lábios trêmulos que em meio às lágrimas sussurravam a perda de si mesmos.
John Hersey, assim se chamava o artista. Aos 32 anos ele já era repórter internacional consagrado quando recebeu dos editores da revista norte-americana The New Yorker, a incumbência de escrever um relato sobre o que significava uma cidade ser atingida por uma bomba nuclear. Com a pauta em mãos, Hersey imaginou escrever a vida, contornando os poucos traços que sobraram depois daquele fatídico dia. Sem medo de borrar a história, o jornalista descreveu a explosão do dia 06 de agosto de 1945 sob o ponto de vista de seis sobreviventes. Pessoas comuns que vão e voltam do trabalho todos os dias e que se arrependem de terem escapado, quando cem mil morreram imediatamente, e outros cem mil logo depois, numa cidade cuja população era de 245 mil habitantes.
A partir do depoimento da senhorita Toshiko Sasaki, funcionária da Fundição de Estanho do Leste da Ásia; dos médicos Masakazu Fujii e Terufumi Sasaki; da senhora Hatsuyo Nakamura, viúva de um alfaiate, costureira e mãe de três crianças; do padre jesuíta alemão Wilhelm Kleinsorge, e do reverendo Kiyoshi Tanimoto, Hersey reconstruiu a história sem nenhum furo jornalístico ou grande revelação de linguagem técnica, apenas mostrando o efeito assolador da bomba na vida das pessoas daquela cidade.
O repórter ficou 20 dias em Hiroshima, para escrever em mais de seis semanas as 31.347 palavras que trouxeram o impacto da explosão para o cotidiano do leitor. O texto é isento de sensacionalismo, melodrama ou pieguice, é simplesmente o relato da vida, da verdade e do real. Nenhuma outra reportagem na história do jornalismo teve tamanha repercussão quanto Hiroshima. O sucesso da reportagem obrigou Harold Ross, fundador, e Willian Shawn, editor, a decidiram, pela primeira vez na história, dedicar um número inteiro da revista The New Yorker para uma única reportagem: Hiroshima.
Um ano depois do lançamento da primeira bomba atômica, o repórter embalava sua caneta sobre o fato que matou 100 mil pessoas, feriu outras 100 mil e machucou profundamente a alma de toda a humanidade. Hersey se tornou o autor da obra considerada o marco inicial do jornalismo literário, que até hoje é incluída no topo da lista das “melhores reportagens já escritas”.



Na primeira vez em que foi as bancas, 31 de agosto de 1.946 os 300 mil exemplares da reportagem publicados na The New Yorker se esgotaram rapidamente. O preço de capa da revista era de quinze cents, mas cópias chegaram a ser vendidas entre quinze e vinte dólares. Albert Eintein, o pai da energia atômica, enviou um pedido de compra de mil exemplares, mas não pôde ser atendido. Dez anos depois a reportagem acabou sendo publicada em livro. Um resultado soberbo: jornalismo preciso, profundo e sem panfletagem.
A bomba de Hiroshima produziu um clarão silencioso e devastador. O som que se ouviu não era da bomba, mas dos edifícios, lares, rostos e amores que se destruíram num piscar de olhos. Jamais as palavras poderão refazer o que se quebrou, tão somente a vida que se acabou. Por isso, Hiroshima foi a câmera de TV que faltou. O retrato nu e cru do drama vivido por homens e mulheres que acordaram para nunca mais ver a paz.
http://www.canaldaimprensa.com.br/canalant/60edicao/reportagens3.htm

Repercussão ilegal
Caroline Ferraz
Grande em conteúdo e em repercussão, o caso Watergate levou o mandatário da maior potência capitalista do mundo a renúncia e a ruína. O presidente Richard Nixon tinha se tornado alvo de espionagem e denúncias altamente secretas vindas do Edifício Watergate, sede do partido democrata, em Washington.
O caso que abalou a história americana foi fruto do trabalho de dois repórteres do jornal Washington Post, os jornalistas Bob Woodward e Carl Bernstein. A espionagem era comandada pelo ex-agente da CIA (Agência Central de Informações), G. Gordon Liddy, e pelo segurança do comitê de reeleição do presidente, James McCord.
O objetivo do plano era descobrir qual a fonte do vazamento de informações, e daí, juntos, eram chamados de “encanadores”. Entre os invasores estavam agentes que participaram de operações para deposição do regime comunista de Fidel Castro.
Um hotel ao lado do edifício Watergate era o posto de instalação dos “mandantes”. Em junho de 1972 o vigia do prédio denuncia os invasores, que são pegos fotografando documentos e checando aparelhos de escuta anteriormente instalados.
O fato não ganhou muita relevância na mídia por falta de provas, porém o jornal Washington Post se interessou em aprofundar nas investigações às pistas deixadas pelos “encanadores”. Ao seguir essas pistas, Bob encontrou uma caderneta onde encontrou o nome do assessor da Casa Branca, e a escrita “W. House”. Entra em cena uma fonte segura da Casa Branca, vulgo “Garganta Profunda”.
Espionagem interna
O governo americano queria acabar com a Guerra do Vietnã e com todo tipo de divergência no país. E para alcançar esse objetivo, Richard Nixon propôs aumentar a espionagem interna juntamente a CIA e FBI (Departamento de Investigação Federal). No plano do presidente, telefones poderiam ser grampeados, casas invadidas e correspondências violadas.
Nixon não recebeu apoio do diretor do FBI. J. Edigard Hoover temia que o caso caísse no conhecimento público e que a agência tivesse a credibilidade destruída. Hoover, mesmo contrário às exigências do presidente se alia a Helms, diretor da CIA, que orienta o presidente sobre as dificuldades de executar o plano caso descoberto.
Hoover morre em maio de 1972, e seis semanas após sua morte o plano é executado. E neste período uma série de demissões. Mesmo com a prisão dos invasores, Nixon é reeleito.
E o Washington Post prossegue com as investigações. O que causa a abertura do processo de impeachment de Nixon. A ação penal termina com a condenação de sete dos funcionários mais importantes do governo americano.
Nixon acaba apontado como co-conspirador. Tenta encobrir o plano, porém em vão. Ele assume dificultar as investigações da CIA e renuncia. Seu sucessor Gerald Ford concede o perdão presidencial a Nixon.

O caso levou o jornal Washington Post a ser projetado como um periódico compromissado com a verdade, o que o tirava da sombra do New York Times. Os jornalistas receberam o prêmio Pulitzer que é atribuído por contribuições relevantes no campo do jornalismo, música e literatura. O faro jornalístico de Bob Woodward e Carl Bernstein mudou a história americana e mostrou onde se pode chegar na luta pelo poder.
http://www.canaldaimprensa.com.br/canalant/60edicao/reportagens8.htm

O “tom” do jornalismo
Rizza de Matos
Quem nunca assistiu a um filme que tinha como enredo uma grande reportagem feita por um jornalista que mediante a publicação de livros e matérias conseguia mudar a sociedade onde estava inserido? São enredos comuns nas tramas hollywoodianas, mas quando os créditos começam a aparecer na tela fica a impressão que só existe jornalismo social em outros países e para a nossa terra verde-amarela só resta a corrupção e um jornalismo que se vende por quase nada.
É verdade que a nossa imprensa nunca foi homenageada em filmes. No entanto as grandes reportagens existem no nosso jornalismo. Um exemplo é o livro do jornalista Caco Barcelos, Rota 66 - a história da polícia que mata. A obra é referência em jornalismo investigativo, uma grande reportagem que descreve com detalhes o funcionamento das operações policiais da Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota).
Contexto social
Em1968 o governo militar decretou o AI-5 (Ato constitucional nº. 5) que suspendeu todos os direitos dos civis. Ou seja, qualquer pessoa podia ser presa sem julgamento ou provas. A oposição ao Estado tornou-se quase impossível. Foi nessa época que os movimentos populares passaram a fazer oposição ao governo de forma armada, aumentando o número de guerrilheiros.
Para deter as ações desses grupos esquerdistas o governo instituiu dentro da polícia militar a Rota, uma policia sangrenta de repressão que torturava e matava sem piedade e covardemente suas vítimas.

O governo da ditadura acabou, mas a Rota ficou como herança desse sistema. Ela continuou a operar nas ruas do país, usando as mesmas táticas.
A Rota passou a combater cidadãos comuns ao invés de guerrilheiros. E foi dentro desse cenário pós-ditadura que Caco Barcellos escreveu uma das obras-primas das reportagens policias. E depois de acompanhar as barbáries cometidas por essa instituição policial, em 1992 ele publicou Rota 66, que é uma denúncia social sobre as barbáries e os abusos realizados pela polícia.
Aula de jornalismo
Caco não deve ter faltado às aulas de técnicas de reportagem, e essas aulas somadas com a sua experiência profissional resultam nessa reportagem que lhe deu o prêmio Jabuti, e transformou o seu livro em best-seller na categoria jornalismo investigativo.
As entrevistas - que são a base para as boas reportagens - são exemplares em Rota 66. Ao ler o livro é possível notar as riquezas dos detalhes que não foram omitidos, e demonstrando credibilidade, pois as informações são precisas. Isso garante o interesse do leitor. O livro é resultado de sete anos de pesquisa. O autor contou com uma equipe composta por estudantes de jornalismo e mais dois colegas de profissão que o ajudaram a apurar os fatos.
Mas a maior lição de jornalismo que essa reportagem traz é o comprometimento com a verdade. Caco não se contentou com a versão original dada pela policia sobre os fatos. Ele queria algo mais, a busca pela verdade. Isto o impulsionou a pesquisar intensamente. Suas fontes de pesquisas foram os laudos médicos, a própria polícia e as famílias das vítimas. E foi através dessas investigações que o livro revelou os fatos que desmascarou o sistema abusivo dos policiais da Rota.
Caco Barcellos não escreveu um livro sobre grandes personagens da história ou sobre grandes acontecimentos. Pelo contrário: ele partiu de suas próprias experiências para relatar com a paixão de um verdadeiro defensor social histórias de gente inocente, famílias compostas por Joãos e Marias que foram coagidos por esse sistema brutal e mortífero.
Esse deveria ser o tom do jornalismo brasileiro. A imprensa que se diz o quarto poder deveria ser espelhar em reportagens como essa, onde o repórter luta como um agente social, a favor dos desfavorecidos. Mesmo não transformando o país em uma sociedade igualitária, ele contribui para que a população saiba o que realmente acontece nos bastidores do poder. E para os que estão no poder, mostra que a eles que não estão imunes e que suas ações podem e dever ser descobertas.
http://www.canaldaimprensa.com.br/canalant/60edicao/reportagens7.htm


Fontes : além das já citadas






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