As vacas são as responsáveis pela maior parte da produção do leite consumido pelo homem. Existem várias raças produtoras de leite mas as principais são:
O Holstein, também referido como Holstein-Frísia e popularmente conhecido como Gado Holandês, é uma raça de gado bovino.
Originária da Europa surgiu primitivamente entre a Frísia (norte dos Países Baixos) e o Holstein (Alemanha), há cerca de vinte séculos.
É uma das raças de maior aptidão leiteira conhecida, sendo comum no Brasil, em especial no Centro-Sul do país.
Pelagem malhada de preto-branco ou vermelho-branco; ventre e vassoura da cauda branca;
Cabeça bem moldada, altiva, fronte ampla e moderadamente côncava, chanfro reto, focinho amplo com narinas bem abertas, mandíbulas fortes;
Pescoço longo e delgado que se une suavemente na linha superior ao ombro refinado e cruz angulosa e as vértebras dorsais que se sobressaem e inferiormente ao largo peito com grande capacidade circulatório e respiratório;
Dorso reto, forte e linha lombo-dorsal levemente ascendente no sentido da cabeça;
Coxas retas, delgadas e ligeiramente côncavas, bem separadas entre si, cedendo amplo lugar para o úbere simétrico, largura e profundidade moderado e fortemente inserido ao abdômen e na base do osso da bacia;
Pernas com ossatura limpa, chata e de movimentos funcionais que terminam em patas de quartelas fortes e cascos bem torneados;
Pele fina e pregueada e pelo fino e macio.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Leite
NO MUNDO:
Pouco se sabe sobre a origem da raça Holandesa, ou Fries-Hollands Veeslay, ou ainda Frísia Holandesa, havendo anotações que vão até o ano 2000 a.C.. Alguns afirmam que foi domesticada há 2.000 anos nas terras planas e pantanosas da Holanda setentrional e da Frísia (Países Baixos) e também na Frísia Oriental (Alemanha). Prescott (1930) acha que o gado veio da Lombardia, seguindo o curso do rio Ródano, em mãos das tribos frísias e batavas. Eram animais de origem grega, de acordo com ilustrações antigas. Ou seja, não há um acordo sobre a origem da raça Holandesa.
Com a construção de diques e um programa de resgate de terras, desde o século XV em diante, aumentaram as possibilidades de produção de forragens. Daí para a frente, o gado iria se multiplicar aceleradamente
Concretamente, sabe-se que vários mercados de bovinos foram estabelecidos entre 1200 e 1500 d.C. Em 1.624 foram introduzidos 12.000 bovinos da Dinamarca, na região holandesa.
Ficou registrado, também que, por volta de 1.600, cerca de 100.000 animais eram normalmente reexportados depois da engorda, e eram provenientes da Dinamarca, Suécia e Schleswing-Holstein.
Ficou registrado, também que, por volta de 1.600, cerca de 100.000 animais eram normalmente reexportados depois da engorda, e eram provenientes da Dinamarca, Suécia e Schleswing-Holstein.
As tragédias nas regiões baixas, todavia, quebram constantemente a história, pois milhares de homens e bovinos morriam nas inundações que se sucediam deste 810 ou pelas epidemia.
A grande epidemia de 1.170 liquidou centenas de milhares de cabeças; a de 1.714 liquidou 300.000 cabeças de gado. Em 1.744, novamente dois terços do gado desapareceram. A peste de 1.768 – 1.782 destruiu 396.000 cabeças das províncias. Pode-se afirmar que, no final do século XVIII, quase todo gado antigo havia sido destruído.
As pinturas realizadas entre 1.500 e 1.700 mostram apenas gado pardo ou vermelho mas nada de branco e preto – como resultado das sucessivas tragédias ! Berkhey, escrevendo nos anos seguintes da peste, menciona a importação de grande número de bovinos brancos e negros ou quase negro manchado. Assim, pode-se supor que o gado moderno dos Países Baixos teve início na Segunda metade do século XVIII.
No final do século XIX o gado ainda não estava dividido em raças, sobressaindo-se o gado importado da Alemanha e da Dinamarca. Buscando melhorar a produtividade leiteira, aumentaram-se as importações da Inglaterra, Europa continental, América do Norte, Índia, África do Sul, Austrália, etc. Na Segunda metade do século XIX a mescla desses gados já tinha endereço fixo, começando então um amplo trabalho de melhoramento.
Em 1.882 foi fundada a Sociedade de Livro Genealógico dos Países Baixos, substituindo os dois anteriormente fundados em 1.873 (Netherlands Herd-Book) e 1.879 (Friesland Herd-Book). Registrava o gado negro malhado, o vermelho malhado ou de outras colorações. Hoje, são muito poucos os animais malhados de vermelho, sendo a quase totalidade formada de gado preto e branco.
Em 1.882 foi fundada a Sociedade de Livro Genealógico dos Países Baixos, substituindo os dois anteriormente fundados em 1.873 (Netherlands Herd-Book) e 1.879 (Friesland Herd-Book). Registrava o gado negro malhado, o vermelho malhado ou de outras colorações. Hoje, são muito poucos os animais malhados de vermelho, sendo a quase totalidade formada de gado preto e branco.
Nos Estados Unidos, W.W. Chenery, de Massachusetts, importou muito gado frísio da Holanda ("Dutch Friesian"), durante vários anos. Em 1.872 publicou o primeiro Herd-Book, com animais de 12 Estados. Surgiu o nome "Holstein " lembrando "Holland" quando um artigo do próprio Chenery trazia, no título, a palavra "Holstein cattle", por engano, ao invés de "Holland cattle". O Herd-Book de 1.885 era dedicado ao gado "Holstein – Friesian", mas em 1.978, o nome foi reduzido para apenas "Holstein".
Ainda no início do século XX, o recorde mundial era de "Colantha 4th", norte-americana com 11.389 kg/ano. A recordista "Aaggie Cornucopia Paulina", também norte-americana, produziu 55,0 kg/dia.
A FAO relacionou, na década de 1.950, três tipos de gado Holandês, cada uma com seu próprio registro genealógico: a.) "Holandês preto e branco" (ou vermelho e branco), com cerca de 80% do total; b.) "Meuse-Rhine-ljssel" ( vermelha e branca), com cerca de 18%; c.) "Groningen" (cabeça branca), com cerca de 2%.
Não foi estabelecida uma data de introdução da raça holandesa no Brasil. Paulino Cavalcanti (1.935) cita que "segundo os dados históricos, referentes à nossa colonização, presume-se que o gado holandês foi trazido nos anos de 1.530 a 1.535, período no qual o Brasil foi dividido em capitanias hereditárias".
O Herd-Book começou a funcionar em 1.935, com o macho "Colombo St. Maria" de Francisco Lampréia, RJ. e "Campineira", de Vicente Giaccaglini, SP.
O Herd-Book começou a funcionar em 1.935, com o macho "Colombo St. Maria" de Francisco Lampréia, RJ. e "Campineira", de Vicente Giaccaglini, SP.
Até o início de 1.980, o Brasil foi considerado o detentor do maior rebanho mundial de HVB(Holandês Vermelho Branco) mas o efetivo foi decrescendo, ano após ano, por falta de disponibilidade de reprodutores VB(Vermelho Branco) com provas genéticas comprovadas e também pela não - aceitação das cobrições de vacas VB por touros PB(Preto Branco). A abertura para uso de reprodutores PB sobre vacas VB somente aconteceu por volta de 1.984 desde que o reprodutor fosse portador de gene recessivo para pelagem VB.
Foram computados 790 criadores inscritos no Controle Leiteiro Oficial, que somaram 96.649 animais em produção no ano de 2.000. A média brasileira de produção leiteira foi de 7.251 (2x e 305 dias ) em 2.000 e de 8.047 kg na idade adulta (2x e 305 dias) Cerca de 84,0% de criadores residem em São Paulo, Paraná e Minas Gerais.
A Campeã mundial de produção leiteira no mundo é a vaca LA FOSTER BLACKSTAR LUCY 607 com a produção em 1.998 de 34.144 Kg de leite em 365 dias, o que representa uma média de produção diária de 93,5 Kg durante um ano. Esta vaca pertenceu aos criadores Terry e Sara Foster de Cleveland, na Carolina do Norte, Estados Unidos.
Outra produção fantástica é a da vaca Ever-Green-View My 1326-ET que produziu em 32.164 Kg de leite em 365 dias, com média diária de 89,8 Kg de leite durante um ano. Esta extraordinária vaca foi criada por Bob Trampf e seu filho Rick em New Berlin, Wisconsin, Estados Unidos.
As Campeãs de produção leiteira no Brasil são as vacas HORTENCIA ROCKI GERMINA com a produção em 1.999 de 26.713 Kg de leite em 365 dias, com média diária de 73,2 Kg de leite durante um ano e DEGGER REBECA ERNLO com a produção em 2.000 de 24.944 Kg de leite em 365 dias, o que representa uma média de produção diária de 68,3 Kg durante um ano. Os criadores destas extraordinárias vacas são Anyro de Araujo Jorge e Benedito Antonio Amoroso Jorge.
http://www.gadoholandes.com.br/aracaholandesa.htm
Jersey é uma raça de gado bovino da subespécie Bos taurus taurus e originária da Ilha de Jersey, no Canal da Mancha.
É uma raça de pequeno porte, usada principalmente como gado leiteiro, dada a qualidade de seu leite em termos de gordura e sólidos não gordurosos. Adapta-se bem a regiões de alta e de baixa temperatura, o que viabilizou sua expansão como gado leiteiro em várias partes do mundo, sendo a segunda raça mais utilizada para este fim.
Por ser uma raça de menor porte, não é comum o seu uso para corte, pois o peso de carne a ser aproveitado de cada indivíduo abatido é consideravelmente menor do que os zebuínos, por exemplo.
Apesar de sua origem européia, a raça foi introduzida no Brasil principalmente através da importação de animais canadenses e dos EUA.
A raça Jersey é originária de uma pequena Ilha de apenas 11.655 hectares no Canal da Mancha, entre a Inglaterra e a França (região da Normandia). É denominada “Ilha de Jersey”, e pertence ao Reino unido da Grã-Bretanha. O gado Jersey tem sido criado puramente há mais tempo do que qualquer outra raça bovina, tendo-se desenvolvido a partir do ano 1.100. Há informações de que ela se formou do cruzamento do pequeno gado negro de Bretanha com os grandes bovinos vermelhos da Normandia.
Em 1.763, foram decretadas leis que proibiam a entrada na Ilha de Jersey de qualquer animal vivo que pudesse transmitir doenças aos seus bovinos. Até hoje, os animais que vão competir em exposições fora da Ilha, lá deverão ser vendidos, por não poderem retornar à origem. Essas leis sacramentaram a pureza da Raça.
Em 1.833 foi criada a Royal Jersey Agricultural and Horticultural Society, e a 31 de março de 1.834 foi realizada a primeira exposição da Raça Jersey em Cattle Market, na Beresford Street. Em 1.838 foi criado um sistema de pontuação baseado na classificação obtida nos julgamentos das exposições. As pontuações eram anotadas em um sistema de registro que deu origem ao Herd Book, efetivado em 1.866.
O mais importante acontecimento em toda a história da Raça Jersey foi, indubitavelmente, a criação do Jersey Herd Book, a 4 de abril de 1.866.
Na primeira inspeção, seis jurados inscreveram 42 touros como “Rebanho Fundador”, e uma semana depois, 182 vacas foram inscritas, iniciando assim o Jersey Herd Book, a partir do qual todo o gado Jersey Puro de Origem se origina. A partir daí, a própria Associação passou a incrementar a seleção da raça em termos de rusticidade, precocidade, prolificidade, facilidade de parição, longevidade, e produção leiteira e manteigueira.
No Brasil, o Jersey foi introduzido em 1.896 no Rio Grande do Sul pelo grande pecuarista e embaixador J.F. de Assis Brasil. O primeiro Herd book da raça no país o de Pedras Altas (nome de sua propriedade). Posteriormente, face a expansão territorial do Jersey no Rio Grande do Sul, esta tarefa passou a ser executada pela Secretaria da Agricultura. Em 1.954 esses livros foram transferidos para a Associação dos Criadores de gado Jersey do Brasil, fundada em 1.938 no Rio de Janeiro. A expansão da raça no país e no continente foi rápida.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gado_Jersey
RAÇA JERSEY
A raça Jersey é originária de uma pequena Ilha de apenas 11.655 hectares no Canal da Mancha, entre a Inglaterra e a França (região da Normandia), denominada Ilha de Jersey, pertencente a Inglaterra. O gado Jersey tem sido criado puramente há mais tempo do que qualquer outra raça bovina, tendo-se desenvolvido a partir do ano 1.100. Há informações de que ela se formou do cruzamento do pequeno gado negro de Bretanha com os grandes bovinos vermelhos da Normandia.
Touro Jersey
No Brasil, o Jersey foi introduzido em 1.896 no Rio Grande do Sul pelo grande pecuarista e embaixador J.F. de Assis Brasil. Os animais foram importados da Inglaterra e, posteriormente da Nova Zelândia, Estados Unidos e Canadá. O primeiro Herd book da raça no país o de Pedras Altas (nome de sua propriedade) foi aberto em 1.905. Em 1.954 esses livros foram transferidos para a Associação dos Criadores de gado Jersey do Brasil.
A raça Jersey está presente em quase todos os estados brasileiros porém 90% desses animais encontram-se nos estados de Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro.
O Gado Jersey apresenta estatura mediana, sendo considerada uma raça de pequeno porte. Além de ter boa produtividade leiteira, alta fertilidade, boa facilidade de partos, elevada precocidade sexual e longevidade elevada, a raça Jersey produz leite com elevado teor de sólidos, principalmente gordura e proteína.
No Brasil sua produção média varia de 3.500 kg a 5.500 kg de leite por lactação de 305 dias, com 5,30% de gordura e 3,98% de proteína. Seu elevado teor de sólidos proporciona um maior rendimento industrial na produção de queijos, manteiga e outros produtos lácteos. É por esse motivo tem crescido o emprego desses animais em cruzamentos com outras raças, com o objetivo de aumentar o teor de sólidos do leite.
Vaca Jersey
CARACTERÍSTICAS
PELAGEM – Varia do cinza-claro ao escuro e do amarelo-claro ao amarelo-ouro ou, ainda malhada com as cores citadas, tem como característica a coloração mais forte nas extremidades do corpo. A cabeça é geralmente um pouco mais escura podendo apresentar a cor preta;
PELE – Escura, fina e flexível, com pelos curtos e finos e mucosas escuras;
CABEÇA – Bem inserida no pescoço, tamanho mediano e proporcional à idade, curta, triangular, leve, perfil côncavo, marrafa estreita, fronte larga com forte depressão entre os olhos; arcadas orbitais proeminentes, olhos escuros, salientes, não demasiadamente saltados; orelhas proporcionais, levemente inclinadas para frente e para cima, chifres bem implantados lateralmente, com as extremidades negras. Focinho largo, negro, narinas salientes e bem abertas;
GARUPA – Bem desenvolvida, nivelada, larga e comprida, angulosa, de ossatura fina e robusta; ísquios bem afastados e em posição ligeiramente mais baixa que os íleos; cauda acentuada entre os ísquios, bem inserida, horizontal em sua inserção, fina, afiada e tocando os jarretes com vassoura abundante e comprida.
SISTEMA LOCOMOTOR – aprumos de ossatura plana e compacta, proporcionais ao tamanho do animal, descarnados. Membros anteriores bem separados, aprumos simetricamente situados quando vistos de frente, de lado ou por trás. Membros posteriores com grau intermediário de curvatura quando vistos lateralmente.
http://zootecniae10.blogspot.com.br/2012/02/principais-racas-produtoras-de-leite-no_11.html
É uma raça de pequeno porte, usada principalmente como gado leiteiro, dada a qualidade de seu leite em termos de gordura e sólidos não gordurosos. Adapta-se bem a regiões de alta e de baixa temperatura, o que viabilizou sua expansão como gado leiteiro em várias partes do mundo, sendo a segunda raça mais utilizada para este fim.
Por ser uma raça de menor porte, não é comum o seu uso para corte, pois o peso de carne a ser aproveitado de cada indivíduo abatido é consideravelmente menor do que os zebuínos, por exemplo.
Apesar de sua origem européia, a raça foi introduzida no Brasil principalmente através da importação de animais canadenses e dos EUA.
A raça Jersey é originária de uma pequena Ilha de apenas 11.655 hectares no Canal da Mancha, entre a Inglaterra e a França (região da Normandia). É denominada “Ilha de Jersey”, e pertence ao Reino unido da Grã-Bretanha. O gado Jersey tem sido criado puramente há mais tempo do que qualquer outra raça bovina, tendo-se desenvolvido a partir do ano 1.100. Há informações de que ela se formou do cruzamento do pequeno gado negro de Bretanha com os grandes bovinos vermelhos da Normandia.
Em 1.763, foram decretadas leis que proibiam a entrada na Ilha de Jersey de qualquer animal vivo que pudesse transmitir doenças aos seus bovinos. Até hoje, os animais que vão competir em exposições fora da Ilha, lá deverão ser vendidos, por não poderem retornar à origem. Essas leis sacramentaram a pureza da Raça.
Em 1.833 foi criada a Royal Jersey Agricultural and Horticultural Society, e a 31 de março de 1.834 foi realizada a primeira exposição da Raça Jersey em Cattle Market, na Beresford Street. Em 1.838 foi criado um sistema de pontuação baseado na classificação obtida nos julgamentos das exposições. As pontuações eram anotadas em um sistema de registro que deu origem ao Herd Book, efetivado em 1.866.
O mais importante acontecimento em toda a história da Raça Jersey foi, indubitavelmente, a criação do Jersey Herd Book, a 4 de abril de 1.866.
Na primeira inspeção, seis jurados inscreveram 42 touros como “Rebanho Fundador”, e uma semana depois, 182 vacas foram inscritas, iniciando assim o Jersey Herd Book, a partir do qual todo o gado Jersey Puro de Origem se origina. A partir daí, a própria Associação passou a incrementar a seleção da raça em termos de rusticidade, precocidade, prolificidade, facilidade de parição, longevidade, e produção leiteira e manteigueira.
No Brasil, o Jersey foi introduzido em 1.896 no Rio Grande do Sul pelo grande pecuarista e embaixador J.F. de Assis Brasil. O primeiro Herd book da raça no país o de Pedras Altas (nome de sua propriedade). Posteriormente, face a expansão territorial do Jersey no Rio Grande do Sul, esta tarefa passou a ser executada pela Secretaria da Agricultura. Em 1.954 esses livros foram transferidos para a Associação dos Criadores de gado Jersey do Brasil, fundada em 1.938 no Rio de Janeiro. A expansão da raça no país e no continente foi rápida.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gado_Jersey
RAÇA JERSEY
A raça Jersey é originária de uma pequena Ilha de apenas 11.655 hectares no Canal da Mancha, entre a Inglaterra e a França (região da Normandia), denominada Ilha de Jersey, pertencente a Inglaterra. O gado Jersey tem sido criado puramente há mais tempo do que qualquer outra raça bovina, tendo-se desenvolvido a partir do ano 1.100. Há informações de que ela se formou do cruzamento do pequeno gado negro de Bretanha com os grandes bovinos vermelhos da Normandia.
Touro Jersey
No Brasil, o Jersey foi introduzido em 1.896 no Rio Grande do Sul pelo grande pecuarista e embaixador J.F. de Assis Brasil. Os animais foram importados da Inglaterra e, posteriormente da Nova Zelândia, Estados Unidos e Canadá. O primeiro Herd book da raça no país o de Pedras Altas (nome de sua propriedade) foi aberto em 1.905. Em 1.954 esses livros foram transferidos para a Associação dos Criadores de gado Jersey do Brasil.
A raça Jersey está presente em quase todos os estados brasileiros porém 90% desses animais encontram-se nos estados de Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro.
O Gado Jersey apresenta estatura mediana, sendo considerada uma raça de pequeno porte. Além de ter boa produtividade leiteira, alta fertilidade, boa facilidade de partos, elevada precocidade sexual e longevidade elevada, a raça Jersey produz leite com elevado teor de sólidos, principalmente gordura e proteína.
No Brasil sua produção média varia de 3.500 kg a 5.500 kg de leite por lactação de 305 dias, com 5,30% de gordura e 3,98% de proteína. Seu elevado teor de sólidos proporciona um maior rendimento industrial na produção de queijos, manteiga e outros produtos lácteos. É por esse motivo tem crescido o emprego desses animais em cruzamentos com outras raças, com o objetivo de aumentar o teor de sólidos do leite.
Vaca Jersey
CARACTERÍSTICAS
PELAGEM – Varia do cinza-claro ao escuro e do amarelo-claro ao amarelo-ouro ou, ainda malhada com as cores citadas, tem como característica a coloração mais forte nas extremidades do corpo. A cabeça é geralmente um pouco mais escura podendo apresentar a cor preta;
PELE – Escura, fina e flexível, com pelos curtos e finos e mucosas escuras;
CABEÇA – Bem inserida no pescoço, tamanho mediano e proporcional à idade, curta, triangular, leve, perfil côncavo, marrafa estreita, fronte larga com forte depressão entre os olhos; arcadas orbitais proeminentes, olhos escuros, salientes, não demasiadamente saltados; orelhas proporcionais, levemente inclinadas para frente e para cima, chifres bem implantados lateralmente, com as extremidades negras. Focinho largo, negro, narinas salientes e bem abertas;
GARUPA – Bem desenvolvida, nivelada, larga e comprida, angulosa, de ossatura fina e robusta; ísquios bem afastados e em posição ligeiramente mais baixa que os íleos; cauda acentuada entre os ísquios, bem inserida, horizontal em sua inserção, fina, afiada e tocando os jarretes com vassoura abundante e comprida.
SISTEMA LOCOMOTOR – aprumos de ossatura plana e compacta, proporcionais ao tamanho do animal, descarnados. Membros anteriores bem separados, aprumos simetricamente situados quando vistos de frente, de lado ou por trás. Membros posteriores com grau intermediário de curvatura quando vistos lateralmente.
http://zootecniae10.blogspot.com.br/2012/02/principais-racas-produtoras-de-leite-no_11.html
Raça Pardo Suiça
Esta raça é encontrada em Schwyz, Lucerna, Uri, Zurich, Grisones, Glaris, entre outras. Também é conhecida como Schwyz, adotando o nome Pardo-Suiço apenas no ano de 1880.
Atualmente, esta raça é criada em quase todos os países europeus, principalmente Itália, Alemanha e Áustria. É encontrada nos Estados Unidos e Canadá, onde recebe o nome de Brownswiss.
Características raciais
Os animais desta raça possuem uma pelagem cinzenta-escura, também conhecida pelo nome de pêlo-de-rato (a cor preferida pelos criadores), cinzenta, parda-clara e parda-escura. Os machos, geralmente são mais escuros que as fêmeas.
São comuns exemplares com pelagem clara ao redor do espelho nasal e partes internas dos membros e do dorso; possuem cascos pretos e chifres brancos com pontas pretas; a pele é grossa e elástica com pêlos curtos e grossos; as mucosas são escuras.
O pescoço é bastante grosso nos machos e nas fêmeas, característica que deve ser corrigida, principalmente nas linhagens leiteiras; a barbela é pouco desenvolvida.
A cabeça possui tamanho mediano, com fronte larga, chifres curtos e dirigidos para frente e para cima, geralmente grossos na base; os olhos são grandes e pretos; as orelhas são de medianas e cobertas por pelos.
Possuem peito largo e amplo tórax, com bom arqueamento de costelas; paletas grosseiras e musculosas; dorso e lombo com boa cobertura muscular; linha dorso-lombo-garupa reta; ventre desenvolvido; garupa ampla, larga e às vezes, com leve inclinação; nádegas e coxas com boa cobertura muscular e retilínea. Sua conformação varia, oras cilíndrica, revelando características de produção de corte da raça; oras em forma de cunha, revelando características leiteiras. Possui membros curtos, com bons aprumos e cascos redondos e de cor escura; o úbere é bastante volumoso, de boa conformação e protegidos por pele fina e flexível; os tetos são bem implantados e de tamanho mediano.
Aptidão
Esta raça é voltada para a produção leiteira. A produção média por lactação, é de 3.000 kg. Na Suíça e em outros países, os machos são criados para a produção de carne. No Brasil, as fêmeas são utilizadas para leite e os machos para corte e, em vários programas de cruzamentos com o Zebu, resultando em mestiços de boa qualidade e com dupla aptidão, para corte e leite.
Adaptação
Os fatores que mais limitam a criação desta raça no Brasil são: o calor, a radiação solar, a umidade, a alimentação (especialmente no período de seca) e as doenças infecciosas e parasitárias. Ou seja, o Pardo-Suíço não apresenta boa tolerância ao clima tropical e a manejos inadequados.
http://www.infoescola.com/pecuaria/gado-pardo-suico
A raça Gir entrou oficialmente no Brasil no ano de 1.911 através de uma importação da Índia. A raça se concentrou, inicialmente, no Triângulo Mineiro, região que já era tradicional na criação de gado Zebu, principalmente o Guzerá e o Nelore.
A história do gado Gir voltado à produção leiteira começa na década de 1920 nos cafezais paulistas.
Nesta época estabeleceu-se um núcleo de criação na cidade de Franca, no interior paulista, que ficou conhecido pela produção leiteira e pela seleção racial.
O Gir Leiteiro é uma raça que apresenta boa capacidade de produção leiteira, além de sua destacada rusticidade. Isto acontece porque os animais estão bem adaptados ao clima nacional e ao sistema de produção empregado na maior parte das propriedades do país - pastagens.
A raça alcança uma média de produção leiteira em torno dos 3.233 kg, sob o regime de duas ordenhas (controle leiteiro oficial). A duração de lactação é de cerca de 307 dias e os animais produzem, em média, 12 Kg de leite por dia. A idade ao primeiro parto está em torno de 40 meses, quando o regime empregado é o extensivo, ou seja, pastagem sem maiores cuidados no manejo.
Raça
A raça Gir Leiteiro apresenta como coloração típica a pelagem de fundo claro com pintas avermelhadas (chitas), ou a de fundo vermelho com pintas claras, variando tons entre o amarelo e o vermelho escuro.
No Brasil, no entanto, são comuns os animais com pelagem de fundo branco, sendo normal que, nesses animais, as orelhas sejam escuras (vermelhas ou azeviche), bem como a região dos joelhos, jarretes e quartelas/coroas. O crânio é ultraconvexo, tanto quanto o perfil. Os chifres são voltados para fora, para baixo e para trás. Lateralmente, os olhos são alinhados com a base dos chifres, ou seja, os chifres nascem abaixo ou na linha dos olhos.
A giba - cupim - é bem saliente nas fêmeas e mais avantajada nos machos. As orelhas são pendulares, iguais a uma "folha seca", formando uma dobra característica na extremidade, voltada para dentro - que recebe o nome de gavião.
A ABCGIL - Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro - foi fundada São Paulo no ano de 1.980. Atualmente a entidade está localizada na cidade de Uberaba/MG e mantém uma sala junto à Embrapa Gado de Leite, em Juiz de Fora/MG.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gir_Leiteiro
O girolando é uma raça de bovinos resultante de cruzamento em proporções variadas entre bovinos europeus (Bos primigenius taurus) da raça Friesland-Holstein (também conhecida como holandesa) e bovinos de da raça zebuína (Bos primigenius indicus) Gir tendo o holandês como uma raça notável para produção de leite e o Gir com muita rusticidade e longevidade, ambas com notável aptidão para a produção de leite.
É uma raça rústica, adaptada ao clima tropical, adequada para a produção de leite.
A origem do primeiro Girolando não dista muito do tempo. As primeiras notícias do surgimento desses animais data-se da década de 40. Pelos anseios dos criadores brasileiros, começou a ser praticado o cruzamento do Gir com o Holandês intensamente, procurando que as duas raças se complementassem com rusticidade e produtividade.
A multiplicação desses animais, mesmo desordenadamente, foi acelerada (pela alta produtividade e eficiência reprodutiva). Atualmente encontramos o Girolando em todos os Estados da Federação. Certificando-se disso, em 1989 o Ministério da Agricultura, juntamente com as Associações representativas traçaram as normas para formação do Girolando - Gado Leiteiro Tropical, transformando-o em prioridade nacional.
E a Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, por sua estrutura física e administrativa, e pelo trabalho sério e eficaz durante os dez anos de Procruza, foi dignificada para comandar e executar as normas para formação da raça Bovina Girolando com o objetivo de formar o Puro Sintético (PS) da Raça Girolando.
A Associação conta com o apoio de vários núcleos, técnicos credenciados e escritórios técnicos regionais em todo território nacional para atender todos os seus associados.
Vigor híbrido
É um dos maiores atributos do Girolando. A utilização de Heretose é a mais útil e extensiva aplicação da moderna genética. Processo de resposta rápida, sendo ainda o método que pode utilizar mais intensamente as qualidades existentes nas raças puras. Geralmente, o nível de resposta do vigor híbrido é maior para os caracteres de baixa herdabilidade, e que por sua vez possuem maior valor econômico.
Dádiva da natureza, pois tal é a superioridade do Girolando, que além de ter conjugado a rusticidade do Gir e a produção do Holandês, adicionou características desejáveis das duas raças em um único tipo animal, fenotipicamente soberano, com qualidades imprescindíveis para produção leiteira nos trópicos.
Melhoramento genético
Com a intensificação do Serviço de Controle Leiteiro e início do teste de progênie de touros em 1.997, além da implantação do Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando (PMGG) em 2.007, que unificou todos os programas de genealogia e seleção de animais, a raça construiu novos caminhos, passando a ter como principal atributo sua grande capacidade em promover o melhoramento a partir da utilização de seus reprodutores e matrizes de genética superior para características de alto valor econômico. A parceria firmada com a Embrapa Gado de Leite, responsável pelas avaliações genéticas, foi de fundamental importância para a evolução do PMGG.
A formação da raça
Modernamente não se cogita de fazer comparações entre raças com espírito competitivo, mas trabalhar de maneira a buscar as qualidades que cada uma possa oferecer, em diferentes ambientes, para que se complementem com mais eficácia econômica. A raça, fundamentalmente produto do cruzamento do Holandês com o Gir, passando por variados graus de sangue, direciona-se visando a fixação do padrão racial, no grau de 5/8 Hol + 3/8 Gir, objetivando um gado produtivo e padronizado.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Girolando
Guzerá, ou Kankrej, Bos Indicus (Zebu), é uma raça bovina, originária do estado de Gujarat, no centro da Costa Ocidental da Índia, animal de grande porte, ótimos para produção de carne e leite, ao ser introduzida no Brasil teve boa seleção. Porte imponente, cabeça alta e chifres grandes, em forma de lira. Pelagem variando do cinza claro ao escuro, é admissível fêmea branca.
O Conselho Deliberativo Técnico das Raças Zebuínas aprovou em 1998 a descorna de animais da raça.
Pele preta, bem pigmentada, com membros bem desenvolvidos e musculados, permitem ao guzerá resistir a longas caminhadas sob o sol tropical, à procura de água e alimento. Adapta-se no Nordeste brasileiro, desde áreas férteis litorâneas, no agreste, até o sertão semi-árido. Permite-se atravessar longos períodos de seca, comuns no sertão nordestino brasileiro.
Tem baixo peso ao nascer (30 kg os machos e 28 kg as fêmeas) como a maioria dos zebuínos, o que facilita o parto, seja na primeira cria da novilha, ou nos partos subsequentes. Produção de leite das vacas garantem o bom desenvolvimento dos bezerros na fase de aleitamento.
O ganho em peso dos animais da raça é muito bom, ultrapassando com facilidade médias superiores a 1.000 gramas/dia no confinamento.
É comum vaca guzerá ultrapassar os 5.000 litros de leite por lactação.
Extremamente fértil, reproduzindo-se mesmo em condições adversas, contribuiu muito para o azebuamento do rebanho nacional.
Características
A história da Fazenda Bela Vista teve início em 1.960 quando a Fazenda São José, com 1.400 hectares, localizada nos municípios de Tapiratiba e Guaxupé, divisa de São Paulo com Minas Gerais, começou a produzir leite.
No início, toda a produção era voltada para o leite tipo B, e em poucos anos a Fazenda São José já era responsável pelo fornecimento de grande parte do leite consumido na região.
Em 1.970, apenas dez anos depois, o rebanho da Fazenda São José já contava com 1.000 animais em lactação. Ainda assim, era preciso inovar e mudar os processos para continuar evoluindo. Mas como fazer isso?
Em 1.980, depois de pesquisas realizadas nos Estados Unidos, no México e na Europa, a Fazenda São José adotou o sistema free-stall, originário da Califórnia, pelo qual vacas e novilhas ficam confinadas em amplos galpões cobertos e com detalhes que facilitam o manejo e proporcionam conforto aos animais, como faixas de piso de borracha, cama de areia e pistas de alimentação.
Quatro anos depois, em 1.984, começou a construção do complexo produtivo da Fazenda São José, e em 1.987 entrou em operação o maior e mais avançado centro de produção de leite tipo A do Brasil: o Leite Fazenda Bela Vista.
Em larga escala existem implementos que mecanizam o processo de fenação possibilitando a obtenção de um produto de boa qualidade e de custo baixo. No Brasil utiliza-se para a desidratação somente a energia do sol e vento, sem necessidade de galpões ou máquinas secadoras.
Os melhores fenos são obtidos dos capins que têm mais folhas do que talos, tais como o jaraguá, pangola, quicuio, estrela, coast-cross e rodes. Qualquer que seja o capim a ser fenado, a ceifa deve ocorrer quando a planta apresente o maior teor de nutrientes, com 35 a 45 dias de vegetação. Antes a planta tem umidade demais e depois fica excessivamente fibrosa, perdendo valor nutritivo.
O girolando é uma raça de bovinos resultante de cruzamento em proporções variadas entre bovinos europeus (Bos primigenius taurus) da raça Friesland-Holstein (também conhecida como holandesa) e bovinos de da raça zebuína (Bos primigenius indicus) Gir tendo o holandês como uma raça notável para produção de leite e o Gir com muita rusticidade e longevidade, ambas com notável aptidão para a produção de leite.
É uma raça rústica, adaptada ao clima tropical, adequada para a produção de leite.
A origem do primeiro Girolando não dista muito do tempo. As primeiras notícias do surgimento desses animais data-se da década de 40. Pelos anseios dos criadores brasileiros, começou a ser praticado o cruzamento do Gir com o Holandês intensamente, procurando que as duas raças se complementassem com rusticidade e produtividade.
A multiplicação desses animais, mesmo desordenadamente, foi acelerada (pela alta produtividade e eficiência reprodutiva). Atualmente encontramos o Girolando em todos os Estados da Federação. Certificando-se disso, em 1989 o Ministério da Agricultura, juntamente com as Associações representativas traçaram as normas para formação do Girolando - Gado Leiteiro Tropical, transformando-o em prioridade nacional.
E a Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, por sua estrutura física e administrativa, e pelo trabalho sério e eficaz durante os dez anos de Procruza, foi dignificada para comandar e executar as normas para formação da raça Bovina Girolando com o objetivo de formar o Puro Sintético (PS) da Raça Girolando.
A Associação conta com o apoio de vários núcleos, técnicos credenciados e escritórios técnicos regionais em todo território nacional para atender todos os seus associados.
Vigor híbrido
É um dos maiores atributos do Girolando. A utilização de Heretose é a mais útil e extensiva aplicação da moderna genética. Processo de resposta rápida, sendo ainda o método que pode utilizar mais intensamente as qualidades existentes nas raças puras. Geralmente, o nível de resposta do vigor híbrido é maior para os caracteres de baixa herdabilidade, e que por sua vez possuem maior valor econômico.
Dádiva da natureza, pois tal é a superioridade do Girolando, que além de ter conjugado a rusticidade do Gir e a produção do Holandês, adicionou características desejáveis das duas raças em um único tipo animal, fenotipicamente soberano, com qualidades imprescindíveis para produção leiteira nos trópicos.
Melhoramento genético
Com a intensificação do Serviço de Controle Leiteiro e início do teste de progênie de touros em 1.997, além da implantação do Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando (PMGG) em 2.007, que unificou todos os programas de genealogia e seleção de animais, a raça construiu novos caminhos, passando a ter como principal atributo sua grande capacidade em promover o melhoramento a partir da utilização de seus reprodutores e matrizes de genética superior para características de alto valor econômico. A parceria firmada com a Embrapa Gado de Leite, responsável pelas avaliações genéticas, foi de fundamental importância para a evolução do PMGG.
A formação da raça
Modernamente não se cogita de fazer comparações entre raças com espírito competitivo, mas trabalhar de maneira a buscar as qualidades que cada uma possa oferecer, em diferentes ambientes, para que se complementem com mais eficácia econômica. A raça, fundamentalmente produto do cruzamento do Holandês com o Gir, passando por variados graus de sangue, direciona-se visando a fixação do padrão racial, no grau de 5/8 Hol + 3/8 Gir, objetivando um gado produtivo e padronizado.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Girolando
Guzerá, ou Kankrej, Bos Indicus (Zebu), é uma raça bovina, originária do estado de Gujarat, no centro da Costa Ocidental da Índia, animal de grande porte, ótimos para produção de carne e leite, ao ser introduzida no Brasil teve boa seleção. Porte imponente, cabeça alta e chifres grandes, em forma de lira. Pelagem variando do cinza claro ao escuro, é admissível fêmea branca.
O Conselho Deliberativo Técnico das Raças Zebuínas aprovou em 1998 a descorna de animais da raça.
Pele preta, bem pigmentada, com membros bem desenvolvidos e musculados, permitem ao guzerá resistir a longas caminhadas sob o sol tropical, à procura de água e alimento. Adapta-se no Nordeste brasileiro, desde áreas férteis litorâneas, no agreste, até o sertão semi-árido. Permite-se atravessar longos períodos de seca, comuns no sertão nordestino brasileiro.
Tem baixo peso ao nascer (30 kg os machos e 28 kg as fêmeas) como a maioria dos zebuínos, o que facilita o parto, seja na primeira cria da novilha, ou nos partos subsequentes. Produção de leite das vacas garantem o bom desenvolvimento dos bezerros na fase de aleitamento.
O ganho em peso dos animais da raça é muito bom, ultrapassando com facilidade médias superiores a 1.000 gramas/dia no confinamento.
É comum vaca guzerá ultrapassar os 5.000 litros de leite por lactação.
Extremamente fértil, reproduzindo-se mesmo em condições adversas, contribuiu muito para o azebuamento do rebanho nacional.
Características
A altura do tronco (corpo) é igual à altura dos membros, no animal ideal. Animal pernudo ou pernalta não significa rendimento; é um "mito" nos trópicos.
Altura total do animal, na cernelha (garrote) é igual a duas vezes a altura do corpo, ou dos membros. Ou a soma da altura do corpo e a altura dos membros.
Ancas bem afastadas, no mesmo nível de um lado e outro, moderadamente salientes. Condenam-se aquelas pouco afastadas e muito salientes.
Andamento o passo do Guzerá é longo. O animal com aptidão para corte pisa pouco atrás da marca deixada pela mão. Os animais leiteiros pisam com o pé acima ou até um pouco adiante da marca deixada pela mão. O Guzerá coloca o pé quase sobre a marca deixada pela mão. A cadência é ditada pela estrutura óssea e, é um fator de economia de pastagens. Alterar a cadência típica do Guzerá é quebrar sua versatilidade.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Guzer%C3%A1
No início, toda a produção era voltada para o leite tipo B, e em poucos anos a Fazenda São José já era responsável pelo fornecimento de grande parte do leite consumido na região.
Em 1.970, apenas dez anos depois, o rebanho da Fazenda São José já contava com 1.000 animais em lactação. Ainda assim, era preciso inovar e mudar os processos para continuar evoluindo. Mas como fazer isso?
Em 1.980, depois de pesquisas realizadas nos Estados Unidos, no México e na Europa, a Fazenda São José adotou o sistema free-stall, originário da Califórnia, pelo qual vacas e novilhas ficam confinadas em amplos galpões cobertos e com detalhes que facilitam o manejo e proporcionam conforto aos animais, como faixas de piso de borracha, cama de areia e pistas de alimentação.
Quatro anos depois, em 1.984, começou a construção do complexo produtivo da Fazenda São José, e em 1.987 entrou em operação o maior e mais avançado centro de produção de leite tipo A do Brasil: o Leite Fazenda Bela Vista.
Atualmente, o rebanho conta com aproximadamente 6.000 animais. Desses, 3.000 estão constantemente em lactação e produzem 75.000 litros de leite por dia. Os demais estão em fase de cria e recria.
Esse rebanho é composto de vacas holandesas de excelente genética, responsáveis por uma produção de 27.000.000 de litros de leite por ano.
MATERNIDADE
Para o nascimento dos bezerros, a maternidade oferece um ambiente de máximo conforto, higiene e tranqüilidade, evitando o estresse e garantindo a sanidade dos animais.
As baias individuais da maternidade – ou “baias de parição” – são lavadas, desinfetadas e forradas com palha antes de cada parto.
Após o nascimento, para reforçar sua imunidade, os bezerros recebem uma mamadeira com colostro de alta qualidade, retirado de um banco de colostro. Após essa mamada, os animais recém-nascidos recebem o leite oferecido pela mãe.
As vacas recém-paridas também são submetidas à ordenha mecânica, porém o leite retirado nessa fase é pasteurizado e destinado somente à alimentação dos bezerros.
BEZERREIRO
Doze horas após o parto, as bezerras são levadas para um box individual, onde ficam até 60 dias e recebem duas mamadas diárias e ração peletizada, fabricada na própria fazenda, com tudo que o animal precisa nessa fase da vida.
Nos boxes individuais, os animais recebem também um brinco de identificação com a data de nascimento, nome do pai e o número da mãe. Todas as informações referentes a cada animal, por toda a sua vida, ficarão armazenadas no computador. Isso facilita o controle veterinário e o acompanhamento diário.
Após 60 dias, as bezerras são desmamadas e já se alimentam com ração e feno, sendo então transferidas para os boxes coletivos.
Os animais ficam separados em diferentes baias, de acordo com a idade e o peso.
SISTEMA FREE-STALL
A fazenda possui 13 galpões cobertos, cada um com cerca de 240 animais. Neles, as vacas e novilhas ficam separadas de acordo com a idade e a produção de leite.
As estruturas desses galpões chamam-se free-stall, termo inglês que significa “baia livre”. Nelas o animal fica livre para comer, caminhar, tomar sol e deitar.
O ambiente nesse confinamento também é muito calmo e higiênico. Detalhes como faixas de piso de borracha, cama de areia e pistas de alimentação visam ao conforto dos animais.
APRIMORAMENTO GENÉTICO
Paralelamente a todo esse cuidado, um contingente de 2.000 animais meio sangue Simental / meio sangue Nelore recebe embriões já fecundados de novilhas holandesas, o que possibilita a reposição de animais e permite aprimorar geneticamente o rebanho.
Para garantir um resultado positivo, a Fazenda Bela Vista realiza o maior projeto brasileiro de aprimoramento genético em gado de leite, com 3.600 transferências de embriões por ano, volume inédito no país.
ALIMENTAÇÃO
Para alimentar as 6.000 cabeças, são necessárias 140 toneladas de ração e volumoso por dia (silagem de milho, silagem de pré-secado de tifton, fenos de tifton, milho, farelos de soja, etc.).
Para produzir o volumoso, a fazenda dispõe de 1.200 hectares de plantação de milho e 160 hectares para produção de feno. A ração à base de milho moído é misturada à silagem, rica em proteína.
Alguns ingredientes são adicionados a essa silagem, tais como caroço de algodão, polpa cítrica e minerais. Com isso, os animais recebem nas diferentes fases da vida o reforço necessário para crescerem fortes e saudáveis.
No caso do rebanho em lactação, a dieta não sofre nenhuma alteração ao longo do ano, para garantir que o leite tenha sempre o mesmo sabor – sabor de qualidade!
CURRAL DE LAVAGEM
Antes de serem ordenhados, os animais passam por um curral de lavagem, onde aspersores (jatos de água) realizam a limpeza dos úberes.
Após essa lavagem, os tetos são desinfetados um a um e secos com papel-toalha descartável para evitar qualquer tipo de contaminação.
SALA DE ORDENHA
A sala de ordenha, com capacidade para ordenhar 500 animais por hora e construída 100% com aço inox, é única no País.
A ordenha é totalmente mecanizada. Ou seja, ela é realizada sem nenhum contato manual, o que evita a contaminação e garante a altíssima qualidade e higiene do Leite Fazenda Bela Vista.
Durante o processo, é possível acompanhar e registrar o fluxo e o volume de leite de cada animal. Esse controle é importante e ajuda na manutenção e no gerenciamento do rebanho.
Após a retirada automática do equipamento, os tetos recebem uma solução desinfetante e protetora.
Por dia, cada animal é ordenhado de duas a três vezes e produz, em média, 25 litros de leite.
RESFRIAMENTO
Assim que ordenhado, o leite, que apresenta então uma temperatura de 36ºC, segue imediatamente por tubulações de inox para o resfriador, onde sua temperatura é reduzida a 3ºC. Esse processo garante a conservação e mantém as características naturais do leite.
Após o resfriamento, o leite segue para o laticínio, onde será pasteurizado, homogeneizado e envasado.
ESTOCAGEM
Após o envase, o Leite Fazenda Bela Vista é colocado em caixas plásticas e acondicionado em uma câmara frigorífica a uma temperatura de 5°C, que garante o sabor e as características ideais do produto.
Da ordenha até a distribuição para supermercados, padarias e entrega domiciliar, o intervalo é de apenas 12 horas. Com isso, você tem sempre à sua disposição produtos fresquinhos, saborosos e naturalmente saudáveis.
PASTEURIZAÇÃO / HOMOGENEIZAÇÃO
Durante o processo de pasteurização, o leite é aquecido a 75ºC por 15 segundos e, logo após, é resfriado a 4ºC. Esse processo elimina as bactérias nocivas, sem comprometer o valor nutritivo do leite.
Na fase de aquecimento para a pasteurização, o leite passa também pelo homogeneizador, que quebra as partículas de gordura, incorporando-as ao leite. Isso faz com que ele fique mais digestivo, cremoso e saboroso.
FÁBRICA DE EMBALAGENS
Para garantir o rigoroso controle de qualidade do Leite Fazenda Bela Vista, as garrafas e sobretampas são fabricadas em área anexa ao envase. Essas embalagens seguem por tubulações até a sala de envase, no laticínio, evitando com isso qualquer contato manual e garantindo a completa higiene do produto.
ENVASE
Todo o envase também é feito sem nenhum contato manual.
As garrafas plásticas produzidas na fábrica de embalagens chegam à sala de envase por tubulações e, enfileiradas, caminham pelas esteiras até a máquina de envase.
Já com leite, as garrafas recebem um selo de alumínio e sobretampas plásticas para proteção e diferenciação, com cores que representam os leites integral (tampa azul), magro (tampa vermelha) e light (tampa amarela).
TRANSPORTE
Todos os veículos que fazem o transporte dos produtos Fazenda Bela Vista são dotados de equipamentos de refrigeração, que conservam suas propriedades originais. Assim, a qualidade e o sabor dos produtos Fazenda Bela Vista mantêm-se preservados até chegar à sua mesa.
INSTALAÇÕES
Para a produção de creme de leite, iogurtes, achocolatado, ricota, queijos e requeijões, o leite segue por tubulações de inox do silo de estocagem até a fábrica de derivados, um ambiente isento de qualquer tipo de contaminação, equipado com maquinário exclusivo de última geração, sistema de pressão positiva com filtragem de ar e rigoroso controle de higiene, assegurando a alta qualidade de todos os produtos Fazenda Bela Vista.
EQUIPAMENTOS
Muitos dos equipamentos utilizados na fábrica de derivados são importados e alguns deles foram desenvolvidos exclusivamente para atender às necessidades da empresa.
Todo o maquinário é de aço inoxidável, o que facilita a limpeza e higienização após cada etapa de produção.
PASTEURIZAÇÃO
Chegando à fábrica de derivados, o leite é pasteurizado e homogeneizado para a preparação de creme de leite, iogurtes, achocolatado, ricota, queijos e requeijões.
A matéria-prima de ótima qualidade, os ingredientes selecionados, o rigoroso controle durante todo o processo e as boas práticas de fabricação em todas as etapas de produção garantem aos produtos Fazenda Bela Vista sabor delicioso.
FABRICAÇÃO DE PRODUTOS
Na fábrica de derivados, são produzidos queijo minas frescal, queijo minas padrão, queijo parmesão, ricota fresca, requeijões cremosos tradicional e light, creme de leite fresco, iogurtes naturais e líquidos, além do saboroso achocolatado.
Todos esses produtos têm em comum a confiabilidade da marca Fazenda Bela Vista.
Todos esses produtos têm em comum a confiabilidade da marca Fazenda Bela Vista.
Os ingredientes selecionados, a matéria-prima de excelente qualidade e a alta tecnologia utilizada em todo o processo garantem a qualidade dos produtos.
DIFERENÇAS ENTRE OS TIPOS DE LEITE
O leite tipo A não possui teor de gordura maior que o dos outros tipos de leite. Confira no quadro abaixo quais são as principais diferenças entre os leites A, B, C e longa vida:
Tipo | Origem | Ordenha | Processo de Obtenção / Beneficiamento | Nº Máx. Bactérias/ml | Aditivos | |
A | Rebanho único | Mecânica |
| 500 | Não permitidos | |
B | Diversos rebanhos | Manual ou mecânica |
| 40.000 | Não permitidos | |
C | Diversos rebanhos | Manual ou mecânica |
| 100.000 | Não permitidos | |
LONGA VIDA | Diversos rebanhos | Manual ou mecânica |
| --- | Permitida a adição de estabilizantes (especificados na Portaria nº 370, de 4/9/1997) |
DOSES DIÁRIAS RECOMENDADAS
Crianças e adolescentes em fase de crescimento devem consumir 4 copos de Leite Fazenda Bela Vista por dia para atender às suas necessidades de cálcio, garantindo uma boa formação dos ossos.
Adultos precisam de 3 a 4 copos de Leite Fazenda Bela Vista por dia para suprir suas necessidades de cálcio. No entanto, por precisarem de uma quantidade maior de cálcio, mulheres e idosos devem aumentar a ingestão de leite.
A osteoporose pode ter várias causas, mas tudo indica que a principal delas é o consumo insuficiente de cálcio ao longo da vida. O aumento da ingestão somente em idade avançada não previne a doença; portanto, é necessário consumir leite em todas as faixas etárias.
http://www.leitefazenda.com.br/index.php
Mais que um exemplo de empresário de sucesso, Orostrato Olavo Silva Barbosa, é um exemplo de pioneirismo e humanidade. Olavo Barbosa, como é conhecido no Brasil e no Mundo, faleceu em setembro de 2.012, deixando um legado de honestidade, trabalho, inovação e humanidade para todo o agronegócio brasileiro.
Nascido em Guaxupé-MG no dia 20 de abril de 1.923, onde é considerado cidadão ilustre e querido de todo o povo, por sua contribuição social e empresarial a cidade que nunca abandonou, Olavo Barbosa começou sua carreira como funcionário da Companhia Brasileira de Café, do Grupo Moreira Sales, que em 1.948, ao fechar suas portas, foi comprado pelo empresário. Seu dinamismo e empreendedorismo levantou a empresa e, 10 anos depois, o empresário adquiriu sua primeira fazenda, passando a plantar e comercializar café e, posteriormente, também a produção e venda de leite.
Em 1.960, Olavo começou a produzir leite na Fazenda São José. Nesta época a produção media da fazenda era de 70 litros de leite tipo C por dia. Sete anos depois, já era responsável por grande parte do leite tipo B produzido na região. Em 1.970, tinha um rebanho de aproximadamente mil vacas em lactação. Mesmo sendo líder no mercado, Sr. Olavo Barbosa não perdia seu espírito empreendedor. Em 1.980, viajou aos Estados Unidos, México e Europa para conhecer o sistema produtivo em países com grande produção de leite. Em 1.984, o empresário começou, então, a construção do complexo produtivo na Fazenda São José, optando pelo sistema Free Stall, onde as vacas ficam confinadas durante o período de lactação em galpões cobertos, com camas de areia e pistas de alimentação, facilitando o manejo. Esse sistema produtivo era uma grande inovação na pecuária leiteira brasileira. Em 1.987, entrou em operação como o maior e mais avançado centro de produção de leite no Brasil: o conhecido Leite Fazenda Bela Vista.
Foi também pelas mãos de Olavo que surgiu o primeiro Leite a ser comercializado em garrafas plásticas, produzidas na própria fazenda. Com o complexo em plena operação a Fazenda São José se tornou o maior produtor de leite do pais.
Hoje, a fazenda produz, envasa e comercializa 65 mil litros de leite por dia. Esse leite é extraído de aproximadamente 2.500 vacas holandesas em lactação e é distribuído principalmente na Grande São Paulo. Desde 2.005, a Fazenda produz também alguns derivados do leite como queijo parmesão, minas frescal, ricota, requeijão e iogurtes. A excelência de todo seu trabalho foi reconhecida diversas vezes em prêmios como o Balde de Ouro, concedido pela NFT Alliance, e também o Troféu Agroleite, concedido pela Castrolanda. Como podem notar, o Sr. Olavo Barbosa foi um empresário notável, um cidadão exemplar, mas aos que tiveram o prazer de conhecê-lo, fica a lembrança de um ser humano ímpar, que deixará muita saudade. A revista NT reuniu alguns de seus amigos e admiradores e rende agora uma pequena homenagem a esse grande homem.
“O Sr. Olavo Barbosa foi simplesmente o verdadeiro pioneiro na produção de leite intensiva no Brasil. E como visionário empreendedor que sempre foi, nunca mediu esforços na busca da excelência como produtor e comercializador de leite.
A produção de leite brasileira está de luto, pois perdeu seu grande ícone.”
Celso Melo, presidente da Nutron Alimentos
http://www.nftalliance.com.br/noticias/bovinos-de-leite/olavo-barbosa-um-exemplo-de-pioneirismo-e-humanidade
Para sucesso da criação do gado para produção de leite ou carne a boa alimentação e o manejo do gado são fatores muito importantes , fundamentais e limitantes para o sucesso do empreendimento.
Na alimentação do gado, as boas pastagens são muito importantes.
Para sucesso da criação do gado para produção de leite ou carne a boa alimentação e o manejo do gado são fatores muito importantes , fundamentais e limitantes para o sucesso do empreendimento.
Na alimentação do gado, as boas pastagens são muito importantes.
Pasto é a vegetação utilizada para a alimentação do gado e por extensão o terreno onde o gado é deixado para se alimentar.
Antes do advento da revolução verde e da produção de ração em grande escala, o pasto era a fonte principal de subsistência do gado.
Atualmente, a prática de alimentar o gado exclusivamente no pasto é denominada criação extensiva, posto que necessita de grandes áreas para se viabilizar.
Em contraponto, a criação de gado em áreas pequenas, ou mesmo em confinamento, com alimentação baseada em ração, milho ou soja, é conhecida como criação intensiva. A cana de açúcar picada tem sido utilizada, de forma intensa, como complemento alimentar para gado confinado.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pasto
Silagem é um método de conservação de forragem para alimentação animal baseado na fermentação láctica da matéria vegetal durante a qual são produzidos ácido láctico e outros ácidos orgânicos, o que causa a diminuição do pH até valores inferiores a 5 e a criação de anaerobiose. A acidificação e a anaerobiose interrompem o processo de degradação da matéria orgânica, que assim fica conservada, retendo as qualidades nutritivas do material original melhor que o feno.
A matéria orgânica utilizada é em geral proveniente da colheita de plantações comerciais, usualmente leguminosas ou gramíneas, as quais são cortadas em pequenos fragmentos, os quais são armazenados em silos verticais ou trincheiras revestidas com plástico ou compactados em fardos herméticos revestidos por um filme de plástico hermético.
O material resultante, designado também por silagem, é utilizado como alimento do gado, em particular dos ruminantes, nas épocas de escassez de alimento natural.
A via seca – centrada nas técnicas da fenação, cujo resultado é o feno. A conservação é possível graças à dessecação, em geral unicamente sob a ação do Sol (secagem natural), mas podendo ser complementada com ar quente produzido por queimadores. O processo visa obter uma percentagem de umidade próxima dos 15% na forragem, o que assegura a sua estabilidade durante vários meses.
A via úmida – centrada nas técnicas da ensilagem, cujo resultado final é a silagem. A técnica é aplicada às gramíneas forrageiras ricas em açúcares, como o milho forrageiro e algumas misturas pratenses, e a subprodutos da indústria agro-alimentar, como a polpa de beterraba, os bagaços de cerveja e materiais similares. Contudo, é difícil ter êxito na ensilagem de algumas forragens, como a alfafa, pobres em açúcares e com alto teor em azoto solúvel, composição que leva à produção de maus cheiros.
Nas vias de conservação atrás apontadas, apenas a segunda envolve processos microbiológicos de interesse, pois o processo de fenação apenas apela para duas condições: utilizar uma forrageira com baixo conteúdo em água e secá-la com o mínimo de perdas nutritivas. O objectivo é simplesmente retirar humidade como forma de impedir a proliferação de bactérias e fungos que possam conduzir ao apodrecimento. A ensilagem é uma técnica de fermentação controlada, semelhante à utilizada na produção de múltiplos produtos da indústria agro-alimentar, que pode ser utilizada na estabilização por ação de bactérias e leveduras de múltiplos materiais, na sua maioria de origem vegetal.
Assim, embora as técnicas da ensilagem possam ser aplicadas a produtos de origem animal, a sua riqueza proteica confere aos produtos obtidos características muitos distintas, razão pela qual o termo «silagem», pelo menos no contexto agronômico e da produção zootécnica, esteja em geral reservado aos produtos obtidos da fermentação de plantas, ou partes de plantas e seus subprodutos, que tenham quantidades suficientes de carboidratos para permitir a fermentação controlada e tendencialmente anaeróbia no interior de um compartimento fechado sem que sejam produzidos os produtos da degradação proteica típicos da putrefacção.
Nestas condições, entende-se por ensilagem as alterações físico-químicas e organolépticas de uma forrageira ou alimento fermentescível armazenado na ausência de ar. O principal objectivo do processo de ensilagem é obter uma produção suficiente de ácido láctico de origem microbiana que permita a estabilização do produto e evite apodrecimento, ou seja a continuação da sua degradação por bactérias e fungos.
Nestas condições, o produto produzido, a «silagem», pode ser considerar como uma forragem de alto valor nutricional, preservada com um mínimo de perda de nutrientes em relação ao material fresco que lhe deu origem. A fermentação ocorre dentro de um silo, de um fardo ou de outra qualquer estrutura de confinamento hermética e pode ser controlada com uso dos aditivos biológicos, nomeadamente os inoculantes de silagens, ou com a adição de açúcares ou sais.
Em muitas regiões produtoras de carne e leite, a silagem é frequentemente o principal alimento de inverno ou de estiagem de ruminantes, o seu fornecimento compensando a baixa produção de pasto nestas épocas. Muito embora não seja o tipo de alimentação mais adequada, é frequente o seu uso para a manutenção de equinos e suínos em períodos de carência de melhores fontes de alimentação.
A técnica de ensilagem a utilizar depende de múltiplos fatores, entre os quais as características da matéria vegetal a utilizar, a disponibilidade de equipamentos de corte e de armazenamento (silos), as quantidades a produzir e o destino do produto.
Contudo, um dos fatores determinantes é o teor em matéria seca da matéria vegetal a ensilar, o qual para além de determinar as técnicas a utilizar, influencia fortemente a qualidade alimentar do produto final e o período e condições de armazenamento.
Com valores muito elevados de matéria seca, normalmente obtidos por pré-secagem da matéria vegetal utilizando sopradores alimentados com ar aquecido pela queima de um gás combustível ou de um hidrocarboneto líquido, é possível produzir silagens muito secas (conhecidas pelo anglicismo haylage, um derivado de hay, "feno" e lage, de silage, "silagem").
Este tipo de silagem apresenta cerca de 50% de matéria seca e baixo teor em ácido láctico pelo que a sua conservação implica silos-torre para limitar o contacto com o ar. Naquele silos é a espessura do conjunto que garante a anaerobiose (privação de ar) e a manutenção da secura, já que este tipo de silagem é higroscópica, absorvendo rapidamente umidade a partir do ar ambiente.
A técnica, desenvolvida nos Estados Unidos, requer um importante investimento (silo, mecanismo de ensilagem, soprador para secagem) pelo que é pouco comum na Europa e em outras regiões agrícolas. Um efeito similar pode ser obtido embalando o material seco em fardos redondos fortemente compactados e hermeticamente envolvidos por um filme plástico resistente (a anaerobiose consegue-se mediante a compactação e o envolvimento com uma membrana plástica impermeável ao ar).
Com valores de matéria seca abaixo dos 40% surgem as técnicas mais comuns de produção de silagem. A técnica mais utilizada é a do silo em corredor (ou trincheira), no qual a forragem é introduzida picada em partículas, cujo comprimento médio varia entre os 2 e os 5 centímetros, as quais são armazenadas sobre um fundo impermeável, em camadas sucessivas sobre uma zona entre dois muros de betão.
Cada camada é sucessivamente compactada usando um trator que roda sobre o material colocado na trincheira. A compactação permite expulsar grande parte do ar intersticial, situação que é mantida recobrindo a trincheira com uma capa de polietileno mantida em posição por recobrimento com terra, pneus usados, pedras e outros materiais que possam manter a compactação e evitar a perda da anaerobiose gerada pelo consumo do oxigênio remanescente no ar intersticial durante a fase inicial de fermentação.
Uma variante desta técnica se é utilizada quando se não têm paredes ou fundo para delimitar o silo (comum na silagem de polpa de beterraba), sendo simplesmente escava uma cova alongada, revestida a polietileno, na qual se depositam as camadas de silo que depois são compactadas e recobertas como atrás descrito.
Embora a percentagem de matéria seca varie amplamente na silagem, é possível estabelecer os valores ótimos para chegar a uma forragem de melhor qualidade. Esse ótimo depende das características intrínsecas do material vegetal, particularmente do seu teor em açúcares, proteína e fibras não digeríveis.
No caso do milho forrageiro, uma das fontes mais comuns de silagem, o teor ótimo está entre os 30 e os 35% de matéria seca. Estes valores podem ser obtidos pela maturação natural da planta inteira até ao início do amarelecimento das folhas. Nesta etapa do ciclo vegetativo dos milhos, o conteúdo em açúcares solúveis, o equilíbrio entre o grão e o talo, a facilidade de compactação e o desenvolvimento anaeróbico são mais favoráveis.
Quanto às gramíneas forrageiras e às misturas de ervas leguminosas, embora sejam desejáveis valores de matéria seca similares aos do milho forrageiro, esse objectivo poucas vezes é atingido pois o conteúdo de matéria seca da erva, mesmo quando já em marcado emurchecimento raramente ultrapassa os 12 a 15% em termos ponderais. Contudo, mediante secagem no campo (pré-fenação), pode-se aumentar este conteúdo até aos 20 a 25%.
Contudo, esta operação pode comportar riscos, pois requer um mínimo de três dias ensolarados seguidos (o que nem sempre se logra nas condições meteorológicas típicas do período primaveril, altura em que a disponibilidade de erva e o seu teor em açúcares é maior. Em caso de impossibilidade de pré-secagem, é possível a ensilagem direta de gramíneas, mas um conteúdo em matéria seca significativamente inferior a 20% dará lugar à perda dos sucos depois da construção do silo. A ensilagem de gramíneas forrageiras na primavera, apesar de produzir forragens mais ricas que o feno, é também mais difícil de levar à prática.
A riqueza em proteínas e em açúcares solúveis diminui rapidamente com o fim da primavera. Atrasar a colheita devido a condições meteorológicas desfavoráveis conduz a uma significativa diminuição da qualidade da forragem.
Em todos os casos, a produção de forragem de qualidade está condicionada pelo conteúdo mínimo de açúcares solúveis, que são transformados em ácido láctico e propiônico pelas bactérias lácticas presentes de forma natural na forragem.
São estes ácidos orgânicos que atuam como conservantes, garantido o não apodrecimento da silagem. Contudo, a produção de ácidos não depende apenas do teor inicial de açúcares, sendo influenciada pela qualidade da compactação, pela rapidez da formação do silo e pelo desenvolvimento da acidificação anaeróbia.
Outro fator que determina a qualidade é o tamanho dos fragmentos das forragens que se guardam. Esse fator é determinante quando as forragens conservados desta maneira se destinam à alimentação de ruminantes.
Forragens demasiado curtas, em que predominem pedaços com uma média de comprimento inferior a um centímetro, sobretudo no que respeita ao milho, não permitem uma boa ruminação aos animais cujo principal alimento seja a silagem, podendo conduzir a uma alteração metabólica denominada acidose, muitas vezes fatal.
As técnica de ensilagem e as normas regulamentares da maior parte dos países permitem a adição de conservantes destinados a aumentar a rapidez da acidificação, a estabilidade e a vida útil da silagem.
Estes aditivos autorizados são de três tipos:
Inóculos — inoculantes biológicos (bactérias lácticas selecionadas, com ou sem adição de açúcares solúveis) que aumentam a fermentação láctica. Exemplos deste inóculos são as estirpes selecionadas de Lactobacillus plantarum ou as inoculações que incluem a introdução na silagem de estirpes selecionadas de Lactobacillus buchneri, Enterococcus faecium e Pediococcus.
Acidificantes — ácido fórmico e diferentes sais ácidos que causam a acidificação artificial da forragem.
Bacteriostáticos — cloreto de sódio e outros sais que aumentam a osmolaridade da componente solúvel da silagem e limitam o crescimento de bactérias e a fermentação alcoólica durante o consumo da forragem pelos animais.
Antes do advento da revolução verde e da produção de ração em grande escala, o pasto era a fonte principal de subsistência do gado.
Atualmente, a prática de alimentar o gado exclusivamente no pasto é denominada criação extensiva, posto que necessita de grandes áreas para se viabilizar.
Em contraponto, a criação de gado em áreas pequenas, ou mesmo em confinamento, com alimentação baseada em ração, milho ou soja, é conhecida como criação intensiva. A cana de açúcar picada tem sido utilizada, de forma intensa, como complemento alimentar para gado confinado.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pasto
Silagem é um método de conservação de forragem para alimentação animal baseado na fermentação láctica da matéria vegetal durante a qual são produzidos ácido láctico e outros ácidos orgânicos, o que causa a diminuição do pH até valores inferiores a 5 e a criação de anaerobiose. A acidificação e a anaerobiose interrompem o processo de degradação da matéria orgânica, que assim fica conservada, retendo as qualidades nutritivas do material original melhor que o feno.
A matéria orgânica utilizada é em geral proveniente da colheita de plantações comerciais, usualmente leguminosas ou gramíneas, as quais são cortadas em pequenos fragmentos, os quais são armazenados em silos verticais ou trincheiras revestidas com plástico ou compactados em fardos herméticos revestidos por um filme de plástico hermético.
O material resultante, designado também por silagem, é utilizado como alimento do gado, em particular dos ruminantes, nas épocas de escassez de alimento natural.
As variações na produção de forragem ao longo de cada ciclo climático anual, em particular nas regiões com marcadas variações sazonais de temperatura do ar, disponibilidade de água no solo e insolação, tornam necessários os métodos de armazenamento e conservação das forragens produzidas nos meses de maior abundância para consumo nos tempos de escassez.
Essa necessidade é central no funcionamento econômico de sistemas de produção pecuária, em particular na manutenção de ruminantes dependentes de uma alimentação essencialmente vegetal, nas regiões de clima temperado e frio (com marcada escassez de produção vegetal durante o inverno) e nas regiões subtropicais com períodos de estiagem muito marcados, em que a produtividade estival (ou de época seca) é insuficiente. Existem duas vias principais de armazenamento e conservação de forragens:A via seca – centrada nas técnicas da fenação, cujo resultado é o feno. A conservação é possível graças à dessecação, em geral unicamente sob a ação do Sol (secagem natural), mas podendo ser complementada com ar quente produzido por queimadores. O processo visa obter uma percentagem de umidade próxima dos 15% na forragem, o que assegura a sua estabilidade durante vários meses.
A via úmida – centrada nas técnicas da ensilagem, cujo resultado final é a silagem. A técnica é aplicada às gramíneas forrageiras ricas em açúcares, como o milho forrageiro e algumas misturas pratenses, e a subprodutos da indústria agro-alimentar, como a polpa de beterraba, os bagaços de cerveja e materiais similares. Contudo, é difícil ter êxito na ensilagem de algumas forragens, como a alfafa, pobres em açúcares e com alto teor em azoto solúvel, composição que leva à produção de maus cheiros.
Nas vias de conservação atrás apontadas, apenas a segunda envolve processos microbiológicos de interesse, pois o processo de fenação apenas apela para duas condições: utilizar uma forrageira com baixo conteúdo em água e secá-la com o mínimo de perdas nutritivas. O objectivo é simplesmente retirar humidade como forma de impedir a proliferação de bactérias e fungos que possam conduzir ao apodrecimento. A ensilagem é uma técnica de fermentação controlada, semelhante à utilizada na produção de múltiplos produtos da indústria agro-alimentar, que pode ser utilizada na estabilização por ação de bactérias e leveduras de múltiplos materiais, na sua maioria de origem vegetal.
Assim, embora as técnicas da ensilagem possam ser aplicadas a produtos de origem animal, a sua riqueza proteica confere aos produtos obtidos características muitos distintas, razão pela qual o termo «silagem», pelo menos no contexto agronômico e da produção zootécnica, esteja em geral reservado aos produtos obtidos da fermentação de plantas, ou partes de plantas e seus subprodutos, que tenham quantidades suficientes de carboidratos para permitir a fermentação controlada e tendencialmente anaeróbia no interior de um compartimento fechado sem que sejam produzidos os produtos da degradação proteica típicos da putrefacção.
Nestas condições, entende-se por ensilagem as alterações físico-químicas e organolépticas de uma forrageira ou alimento fermentescível armazenado na ausência de ar. O principal objectivo do processo de ensilagem é obter uma produção suficiente de ácido láctico de origem microbiana que permita a estabilização do produto e evite apodrecimento, ou seja a continuação da sua degradação por bactérias e fungos.
Nestas condições, o produto produzido, a «silagem», pode ser considerar como uma forragem de alto valor nutricional, preservada com um mínimo de perda de nutrientes em relação ao material fresco que lhe deu origem. A fermentação ocorre dentro de um silo, de um fardo ou de outra qualquer estrutura de confinamento hermética e pode ser controlada com uso dos aditivos biológicos, nomeadamente os inoculantes de silagens, ou com a adição de açúcares ou sais.
Em muitas regiões produtoras de carne e leite, a silagem é frequentemente o principal alimento de inverno ou de estiagem de ruminantes, o seu fornecimento compensando a baixa produção de pasto nestas épocas. Muito embora não seja o tipo de alimentação mais adequada, é frequente o seu uso para a manutenção de equinos e suínos em períodos de carência de melhores fontes de alimentação.
A técnica de ensilagem a utilizar depende de múltiplos fatores, entre os quais as características da matéria vegetal a utilizar, a disponibilidade de equipamentos de corte e de armazenamento (silos), as quantidades a produzir e o destino do produto.
Contudo, um dos fatores determinantes é o teor em matéria seca da matéria vegetal a ensilar, o qual para além de determinar as técnicas a utilizar, influencia fortemente a qualidade alimentar do produto final e o período e condições de armazenamento.
Com valores muito elevados de matéria seca, normalmente obtidos por pré-secagem da matéria vegetal utilizando sopradores alimentados com ar aquecido pela queima de um gás combustível ou de um hidrocarboneto líquido, é possível produzir silagens muito secas (conhecidas pelo anglicismo haylage, um derivado de hay, "feno" e lage, de silage, "silagem").
Este tipo de silagem apresenta cerca de 50% de matéria seca e baixo teor em ácido láctico pelo que a sua conservação implica silos-torre para limitar o contacto com o ar. Naquele silos é a espessura do conjunto que garante a anaerobiose (privação de ar) e a manutenção da secura, já que este tipo de silagem é higroscópica, absorvendo rapidamente umidade a partir do ar ambiente.
A técnica, desenvolvida nos Estados Unidos, requer um importante investimento (silo, mecanismo de ensilagem, soprador para secagem) pelo que é pouco comum na Europa e em outras regiões agrícolas. Um efeito similar pode ser obtido embalando o material seco em fardos redondos fortemente compactados e hermeticamente envolvidos por um filme plástico resistente (a anaerobiose consegue-se mediante a compactação e o envolvimento com uma membrana plástica impermeável ao ar).
Com valores de matéria seca abaixo dos 40% surgem as técnicas mais comuns de produção de silagem. A técnica mais utilizada é a do silo em corredor (ou trincheira), no qual a forragem é introduzida picada em partículas, cujo comprimento médio varia entre os 2 e os 5 centímetros, as quais são armazenadas sobre um fundo impermeável, em camadas sucessivas sobre uma zona entre dois muros de betão.
Cada camada é sucessivamente compactada usando um trator que roda sobre o material colocado na trincheira. A compactação permite expulsar grande parte do ar intersticial, situação que é mantida recobrindo a trincheira com uma capa de polietileno mantida em posição por recobrimento com terra, pneus usados, pedras e outros materiais que possam manter a compactação e evitar a perda da anaerobiose gerada pelo consumo do oxigênio remanescente no ar intersticial durante a fase inicial de fermentação.
Uma variante desta técnica se é utilizada quando se não têm paredes ou fundo para delimitar o silo (comum na silagem de polpa de beterraba), sendo simplesmente escava uma cova alongada, revestida a polietileno, na qual se depositam as camadas de silo que depois são compactadas e recobertas como atrás descrito.
Embora a percentagem de matéria seca varie amplamente na silagem, é possível estabelecer os valores ótimos para chegar a uma forragem de melhor qualidade. Esse ótimo depende das características intrínsecas do material vegetal, particularmente do seu teor em açúcares, proteína e fibras não digeríveis.
No caso do milho forrageiro, uma das fontes mais comuns de silagem, o teor ótimo está entre os 30 e os 35% de matéria seca. Estes valores podem ser obtidos pela maturação natural da planta inteira até ao início do amarelecimento das folhas. Nesta etapa do ciclo vegetativo dos milhos, o conteúdo em açúcares solúveis, o equilíbrio entre o grão e o talo, a facilidade de compactação e o desenvolvimento anaeróbico são mais favoráveis.
Quanto às gramíneas forrageiras e às misturas de ervas leguminosas, embora sejam desejáveis valores de matéria seca similares aos do milho forrageiro, esse objectivo poucas vezes é atingido pois o conteúdo de matéria seca da erva, mesmo quando já em marcado emurchecimento raramente ultrapassa os 12 a 15% em termos ponderais. Contudo, mediante secagem no campo (pré-fenação), pode-se aumentar este conteúdo até aos 20 a 25%.
Contudo, esta operação pode comportar riscos, pois requer um mínimo de três dias ensolarados seguidos (o que nem sempre se logra nas condições meteorológicas típicas do período primaveril, altura em que a disponibilidade de erva e o seu teor em açúcares é maior. Em caso de impossibilidade de pré-secagem, é possível a ensilagem direta de gramíneas, mas um conteúdo em matéria seca significativamente inferior a 20% dará lugar à perda dos sucos depois da construção do silo. A ensilagem de gramíneas forrageiras na primavera, apesar de produzir forragens mais ricas que o feno, é também mais difícil de levar à prática.
A riqueza em proteínas e em açúcares solúveis diminui rapidamente com o fim da primavera. Atrasar a colheita devido a condições meteorológicas desfavoráveis conduz a uma significativa diminuição da qualidade da forragem.
Em todos os casos, a produção de forragem de qualidade está condicionada pelo conteúdo mínimo de açúcares solúveis, que são transformados em ácido láctico e propiônico pelas bactérias lácticas presentes de forma natural na forragem.
São estes ácidos orgânicos que atuam como conservantes, garantido o não apodrecimento da silagem. Contudo, a produção de ácidos não depende apenas do teor inicial de açúcares, sendo influenciada pela qualidade da compactação, pela rapidez da formação do silo e pelo desenvolvimento da acidificação anaeróbia.
Outro fator que determina a qualidade é o tamanho dos fragmentos das forragens que se guardam. Esse fator é determinante quando as forragens conservados desta maneira se destinam à alimentação de ruminantes.
Forragens demasiado curtas, em que predominem pedaços com uma média de comprimento inferior a um centímetro, sobretudo no que respeita ao milho, não permitem uma boa ruminação aos animais cujo principal alimento seja a silagem, podendo conduzir a uma alteração metabólica denominada acidose, muitas vezes fatal.
As técnica de ensilagem e as normas regulamentares da maior parte dos países permitem a adição de conservantes destinados a aumentar a rapidez da acidificação, a estabilidade e a vida útil da silagem.
Estes aditivos autorizados são de três tipos:
Inóculos — inoculantes biológicos (bactérias lácticas selecionadas, com ou sem adição de açúcares solúveis) que aumentam a fermentação láctica. Exemplos deste inóculos são as estirpes selecionadas de Lactobacillus plantarum ou as inoculações que incluem a introdução na silagem de estirpes selecionadas de Lactobacillus buchneri, Enterococcus faecium e Pediococcus.
Acidificantes — ácido fórmico e diferentes sais ácidos que causam a acidificação artificial da forragem.
Bacteriostáticos — cloreto de sódio e outros sais que aumentam a osmolaridade da componente solúvel da silagem e limitam o crescimento de bactérias e a fermentação alcoólica durante o consumo da forragem pelos animais.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Silagem
O feno é uma mistura de plantas ceifadas e secas, geralmente gramíneas e leguminosas, usada como forragem para o gado, mediante a desidratração que retira a água mas mantendo o valor nutritivo e permitindo sua armazenagem por muito tempo sem se estragar.
Em quantidades pequenas o feno pode ser feito manualmente utilizando ferramentas como alfanje, garfo, enfardadeira manual, ou ainda estocar a produção a granel.
Em larga escala existem implementos que mecanizam o processo de fenação possibilitando a obtenção de um produto de boa qualidade e de custo baixo. No Brasil utiliza-se para a desidratação somente a energia do sol e vento, sem necessidade de galpões ou máquinas secadoras.
Os melhores fenos são obtidos dos capins que têm mais folhas do que talos, tais como o jaraguá, pangola, quicuio, estrela, coast-cross e rodes. Qualquer que seja o capim a ser fenado, a ceifa deve ocorrer quando a planta apresente o maior teor de nutrientes, com 35 a 45 dias de vegetação. Antes a planta tem umidade demais e depois fica excessivamente fibrosa, perdendo valor nutritivo.
Em períodos secos ou inverno a pastagem não fornece alimentação farta e qualidade. Visando manter a produtividade, os pecuaristas, utilizam o feno como recurso para manter a produtividade tanto de gado leiteiro quanto de corte.
O feno de melhor qualidade é aquele que provém de forragem cortada no ponto ideal e curada rapidamente, ideal para as categorias mais exigentes do rebanho.
Quando "passada" ou toma chuva, o feno apresenta qualidade inferior e deve ser reservado às categorias menos exigentes do rebanho.
Quando "passada" ou toma chuva, o feno apresenta qualidade inferior e deve ser reservado às categorias menos exigentes do rebanho.
Em condições normais, 5 kg de feno por dia são suficientes para suplementar a alimentação de uma vaca adulta. Assim um produtor rural que consegue fenar todo o excedente de capim produzido na estação própria, além de garantir a alimentação de seu rebanho, pode vender o excesso para terceiros desde que tenha um produto de boa qualidade.
ceifa: deve ser efetuada em condições climáticas adequadas, tempo bom e seco, após o orvalho secar;
viragem: após a ceifa o material deve ser virado diversas vezes para facilitar a ação do sol e vento;
enleiramento: se ao final do dia, o material não estiver seco, fazem-se as leiras que serão desfeitas no dia seguintes, em caso de chuva o enleiramento é necessário para evitar que a chuva lave a forragem; e
enfardamento.
Na ceifa, a forragem contém aproximadamente 85% de umidade, após as viragens e afofamentos, ela deve atingir 12-15% de umidade que é o chamado "ponto de feno", que se reconhece mediante quando torcendo um feixe da forragem não verta água e ao cravar a unha nos nós dos talos, de onde saem as folhas, este apresente consistência de farinha, sem umidade.
Estando o feno pronto para enfardamento e armazenagem em local ventilado e salvo da chuva.
A produtividade é de até 20 toneladas de feno por hectare/ano com adubações de manutenção após cada corte, durante a estação de crescimento da forrageira (estação das águas), observando que a fenação retira grande quantidade de fertilizantes do solo, necessitando de uma adubação correta para a manutenção da produtividade.
Recomenda-se que o prado de feno seja constituído por apenas uma espécie forrageira. Deve-se evitar, também, o rodízio do prado por toda a área ocupada pela pastagem: isso complica a necessária preparação e manutenção do prado.
Plantas invasoras precisam ser combatidas no prado de feno, porque dificultam a desidratação da forragem e diminuem o valor nutritivo do feno.
Na época da seca, o prado de feno, pode receber gado para pastagem visando aproveitar a forragem produzida e, ao mesmo tempo, fazer uma "adubação orgânica", através das fezes e urina dos animais.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Feno
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