A Itália é dividida
em 20 regiões administrativas.
As
vinte regiões da Itália são
a primeira subdivisão do país, tendo sido instituídas com a constituição
de 1948 com o objetivo de reconhecer, proteger e promover a autonomia local.
As vinte regiões italianas, com nomes em italiano.
A Toscana ou
Toscânia é uma região da Itália central com cerca de 3,7 milhões de habitantes
e 22.997 km² , cuja capital é Florença. Tem limites a noroeste com a Ligúria,
ao norte com a Emília-Romagna, a leste com Marcas e Úmbria e ao sul com o
Lácio. A oeste seus 397 km de litoral são banhados pelo Mar Lígure e o Mar
Tirreno.
A Toscana
administra ainda as ilhas do Arquipélago Toscano, a principal das quais é a
Ilha de Elba. A Toscana é uma das maiores regiões italianas em território e
número de habitantes.
A região da Toscana
apresenta uma forma triangular que cobre uma extensão de 22.997 km². Situa-se à
Itália central e é banhada pelo Mar da Ligúria e o Mar Tirreno.No relevo da
região, predominam os morros e colinas (66,5%) bem como importantes formações montanhosas
(25,1%). As áreas de planície são relativamente poucas (8,4%)
O Monte Pisanino
(1.946 metros), nos Alpes Apuanos, é o ponto culminante da região. Ao longo da
costa existem numerosas ilhas, incluindo Elba, a terceira maior ilha italiana
em extensão. O principal rio é o Arno, que atravessa as cidades de Florença e
Pisa.
Esta região é
composta das seguintes províncias:
Províncias da Toscana.
Arezzo (39 comunas)
A província de
Arezzo é uma província italiana da região de Toscana com cerca de 323 288
habitantes, densidade de 100 hab/km². Está dividida em 39 comunas, sendo a
capital Arezzo.
Faz fronteira a
norte com Emília-Romanha (província de Forlì-Cesena), a nordeste com a região
do Marche (província de Pesaro e Urbino), a este com Umbria (província de
Perugia), a sudoeste com a província de Siena e a noroeste com a província de
Florença.
Arezzo é uma comuna
italiana da região da Toscana, província de Arezzo, com cerca de 91 582
habitantes. Estende-se por uma área de 386 km²(38600 Hectares), tendo uma
densidade populacional de 237 hab/km². Faz fronteira com Anghiari, Capolona,
Castiglion Fibocchi, Castiglion Fiorentino, Città di Castello (PG), Civitella
in Val di Chiana, Cortona, Laterina, Marciano della Chiana, Monte San Savino,
Monte Santa Maria Tiberina (PG), Monterchi, Subbiano.
Foi em Arezzo que
nasceu o célebre religioso e teórico musical Guido d'Arezzo em 992.
Famosos nascidos em
Arezzo:
Guido
d'Arezzo(992-1050) Monge Italiano e regente do coro da catedral de Arezzo
Dylan Sprouse
(1992-) Ator Itálo-Americano e Cantor
Cole Sprouse
(1992-) Ator Itálo-Americano e Cantor
Florença (44
comunas)
A província de
Florença é uma província italiana da região de Toscana com cerca de 933 860
habitantes, densidade de 265 hab/km². Está dividida em 44 comunas, sendo a
capital Florença.
Faz fronteira a
norte e a este com a região da Emília-Romanha (província de Bolonha, província
de Ravenna e província de Forlì-Cesena), a sudeste com a província de Arezzo, a
sul com a província de Siena e a oeste com a província de
Pisa, província de
Lucca, província de Pistoia e província de Prato.
Florença (em
italiano: Firenze e em latim: Florentia) é um município italiano, capital e
maior cidade da região da Toscana e da província homônima, com cerca de 371.060
habitantes. Estende-se por uma área de 102 km², tendo uma densidade
populacional de 3453 hab/km². Faz fronteira com Bagno a Ripoli, Campi Bisenzio,
Fiesole, Impruneta, Scandicci, Sesto Fiorentino.
Florença foi
durante muito tempo considerada a capital da moda. É considerada o berço do
Renascimento italiano, e uma das cidades mais belas do mundo.
Tornou-se célebre,
também, por ser a cidade natal de Dante Alighieri, autor da "Divina
Comédia", que é um marco da literatura universal e a língua italiana
moderna tem várias influências desta obra. Nesse poema ele descreve a cidade de
Florença em muitas passagens, assim como alguns de seus contemporâneos
florentinos célebres, como Guido Cavalcanti, amigo que também era poeta e ativo
na vida política da cidade, que também são personagens da obra. Também é
florentino Cimabue, o último grande pintor italiano a seguir a tradição
bizantina, e responsável pela "descoberta" de Giotto.
Tem origem num
antigo povoado etrusco. A cidade foi governada pela família Médici desde o
início do século XV até meados do século XVIII. O primeiro líder da cidade
pertencente à família Médici foi Cosme, o Velho, que chegou ao poder em 1437.
Foi um protector dos judeus na cidade, iniciando uma longa relação da família
com a comunidade judaica.
A Grande Sinagoga
de Florença, também conhecida como Tempio Maggiore ("Templo
Principal"), é considerada uma das mais belas da Europa.
Destacam-se as
diversas e belíssimas catedrais de épocas e estilos diferentes. A cidade também
é cenário de obras de artistas do Renascimento, como Michelangelo, Leonardo da
Vinci, Giotto, Botticelli, Rafael Sanzio, Donatello, entre outros.
Nesta cidade
nasceram os papas: Leão X, Clemente VII, Clemente VIII, Leão XI, Urbano VIII e
Clemente XII.
Muitas das mais
importantes obras de arte da Itália e também do Mundo estão em Florença.
Grosseto (28
comunas)rovíncia de
Grosseto é uma província italian
Comuna da região de
Toscana com cerca de 227.498 habitantes, densidade de 34 hab/km². Está dividida
em 28 comunas, sendo a capital Grosseto.
Faz fronteira a
norte com a província de Livorno, a noroeste com o Mar Tirreno, a nordeste com
a província de Siena, e a sudeste com a região do Lácio (província de Viterbo).
Livorno (20
comunas)
A província de
Livorno é uma província italiana da região de Toscana com cerca de 168 614
habitantes, densidade de 152 hab/km². Está dividida em 20 comunas, sendo a
capital Livorno.
Faz fronteira a
norte e a este com a província de Pisa, a sul com a província de Grosseto e a
oeste com o Mar Tirreno.
Livorno é uma
comuna da província homônima, na região da Toscana, na Itália. Possui cerca de
148 143 habitantes. Estende-se por uma área de 104 quilômetros quadrados, tendo
uma densidade populacional de 1 424 habitantes por quilômetro quadrado. Faz
fronteira com Collesalvetti, Pisa (PI) e Rosignano Marittimo.
Livorno foi
definida como uma "cidade ideal" durante a Renascença Italiana. Hoje
em dia, mostra a sua história através da estrutura dos seus bairros, cortados
por canais e rodeados por muralhas, através dos labirintos das suas ruas e
através do Porto Médici, caracterizado por torres e fortalezas que guiam até ao
centro da cidade. Planejada pelo arquitecto Bernardo Buontalenti no fim do
século XVI, Livorno passou por uma grande expansão decorrente do planejamento
urbano no fim do século XVII. Perto do monte defensivo da Fortaleza Velha, uma
nova fortaleza, juntamente com as muralhas da cidade e um sistema de canais
navegáveis, foi construída.
Na década de 1580,
Fernando I de Médici declarou que Livorno era um "porto franco", ou
seja, que os bens lá comercializados estavam isentos de impostos. As
"Leggi Livornine" eram leis que governaram entre 1590 e 1603. Essas
leis ajudaram as actividade de comércio dos mercantes e a liberdade de
religião. Graças a essas leis, Livorno tornou-se uma cidade multicultural e um
dos portos mais importantes da área Mediterrânea. Muitos estrangeiros
mudaram-se para Livorno: Judeus, Arménios, Gregos, Holandeses e Ingleses
estavam entre aqueles que se mudaram para lá para viver e comercializar. Mais
tarde, alguns Mouriscos também se mudaram de Espanha para lá, no século XVIII.
Durante as Guerras
Napoleónicas, o comércio com a Inglaterra foi proibido e a economia de Livorno
sofreu muito. Quando Livorno se tornou parte do novo Reino de Itália em 1868, a
cidade perdeu o seu estatuto tradicional de "Porto Franco" e a
importância da cidade declinou.
Lucca (35 comunas)
A província de
Lucca é uma província italiana da região de Toscana com cerca de 372 244
habitantes, densidade de 210 hab/km². Está dividida em 35 comunas, sendo a
capital Lucca.
Faz fronteira a
norte com a região da Emília-Romanha (província de Reggio Emilia e província de
Modena), a este com a província de Pistoia e província de Florença, a sul com a
província de Pisa e a oeste com o Mar Tirreno e a província de Massa-Carrara.
Lucca ou Luca é uma
comuna italiana da região da Toscana, província de Lucca, com cerca de 79.783
habitantes. Estende-se por uma área de 185 km², tendo uma densidade populacional
de 431 hab/km². Faz fronteira com Borgo a Mozzano, Camaiore, Capannori,
Massarosa, Pescaglia, San Giuliano Terme (PI) e Vecchiano (PI). É também a
terra natal do famoso compositor de Ópera Puccini.
Indícios
arqueológicos apontam que a cidade de Lucca se originou a partir de uma colônia
Lígure, nos limites do território Etrusco,[2] do qual mais tarde passou a fazer
parte.
O primeiro registro
de Lucca foi feito por Lívio que a mencionou como parte da República Romana
desde pelo menos 218 a.C., sendo que em 180 a.C. ela constava como uma colônia
romana, e como municipium em 90 - 89 a.C
O centro histórico
de Lucca preserva a plano de ruas romano e a Piazza San Michele ocupa o local
de um antigo forum. Vestígios de um anfiteatro ainda podem ser vistos na Piazza
dell'Anfiteatro. Foi em Lucca que se deu a conferência de 56 a.C. que reafirmou
a superioridade do Primeiro Triunvirato Romano.
Não é possivel
precisar quando se deu a introdução do cristianismo em Lucca, porém, existem
citações a um bispo de Lucca datando de 343 d.C. - 344 d.C..[2] Também há
registros de que Frediano, um bispo irlandês que mais tarde seria canonizado,
foi o bispo de Lucca em meados do século VI.
Ao longo dos
primeiros séculos, Lucca foi dominada por Ostrogodos, Bizantinos (mesmo depois
de resistir meses quando sitiada por Nasser), até ser finalmente conquistada
pelos Lombardos provavelmente em 570.
Massa-Carrara (17
comunas)
A província de
Massa-Carrara é uma província italiana da região de Toscana com cerca de 197
652 habitantes, densidade de 171 hab/km².
Está dividida em 17 comunas, sendo a
capital Massa.
Faz fronteira a
norte com a região da Emília-Romanha (província de Parma e província de Reggio
Emilia), a este com a província de Lucca, e a oeste com o Mar Tirreno e a
região da Ligúria (província da Spezia).
Massa Carrara é mundialmente conhecida pela produção do famoso mármore de carrara.
Pisa (39 comunas)
A província de Pisa
é uma província italiana da região de Toscana com cerca de 274 469 habitantes,
densidade de 145 hab/km². Está dividida em 34 comunas, sendo a capital Pisa.
Faz fronteira a
norte com a província de Lucca, a este com a província de Florença e a
província de Siena, a sul com a província de Grosseto e a oeste com a província
de Livorno e o Mar Tirreno.
Pisa é uma comuna
italiana da região da Toscana, província de Pisa, com cerca de 85 379
habitantes. Estende-se por uma área de 185 km², tendo uma densidade
populacional de 462 hab/km². Faz fronteira com Cascina, Collesalvetti (LI), Livorno
(LI), San Giuliano Terme. Descobertas arqueológicas recentes revelaram a
existência de um grande porto fluvial da época romana no seu subsolo. Nessas
descobertas foram encontradas mais de 30 embarcações de vários modelos, algumas
delas intactas e ainda com a mercadoria que transportavam, tendo sido
recuperados muitos objectos.
Tal fato deve-se à conservação possibilitada
pelos sedimentos depositados ao longo do tempo pelo Rio Arno. Há 20 séculos o
estuário encontrava-se a 4 km do mar o que fazia do Porto das Maravilhas o
maior porto romano, só igualado na sua importância pelo porto de Ostia, perto
de Roma; actualmente a cidade encontra-se a 17 km do litoral. Acredita-se que a
inclinação da famosa Torre de Pisa se deva ao facto de lá ter existido mar ou
um estuário maior que o actual. O porto encontra-se sob a estação ferroviária
de San Rossore. Diz a tradição que foi no Porto de Pisa que S. Pedro
desembarcou para pregar o Evangelho, tendo daí seguido para Roma.
Uma das Repúblicas
Marítimas, Pisa, em 1016, junto com Génova e outros aliados, expulsaram os
sarracenos e conquistaram a Córsega e a Sardenha, e adquiriram o controle do
mar Tirreno. Um século depois conquistaram as ilhas Baleares.
Pisa, que naquele
tempo estava à beira-mar, na foz do rio Arno, alcança o apogeu do seu esplendor
entre o século XII e o século XIII , quando os seus navios controlavam o
Mediterrâneo ocidental. A rivalidade entre Pisa e Génova intensificou-se no
século XIII e culminou na batalha naval da Meloria (1284), a qual marcou o
declínio da potência pisana, tendo Pisa renunciado a qualquer pretensão sobre a
Córsega e cedido a Gênova parte da Sardenha (1299).
Pistoia (22
comunas)
A província de
Pistoia é uma província italiana da região de Toscana com cerca de 268 503
habitantes, densidade de 278 hab/km². Está dividida em 22 comunas, sendo a
capital Pistoia.
Faz fronteira a
norte com a região da Emília-Romanha (província de Modena e província de
Bolonha), a este com a província de Prato, a sul com a província de Florença e
a oeste com a província de Lucca.
Pistoia é uma
comuna italiana da região da Toscana, província de Pistoia, com cerca de 83.936
habitantes. Estende-se por uma área de 236 km², tendo uma densidade
populacional de 356 hab/km². Faz fronteira com Agliana, Cantagallo (PO),
Granaglione (BO), Lizzano in Belvedere (BO), Marliana, Montale, Piteglio,
Porretta Terme (BO), Quarrata, Sambuca Pistoiese, San Marcello Pistoiese,
Serravalle Pistoiese.
Nela se localiza o
Cemitério de Pistoia, onde foram enterrados os soldados brasileiros da Força
Expedicionária Brasileira - FEB que lutaram ao lado dos Aliados na Segunda
Guerra Mundial. Anos depois os corpos foram transferidos para o Aterro do
Flamengo, mas em Pistoia permanecem as placas com os nomes.
Prato (7 comunas)
Prato é uma comuna
italiana da região da Toscana, província de Prato, com cerca de 170.388
habitantes. Estende-se por uma área de 97 km², tendo uma densidade populacional
de 1757 hab/km². Faz fronteira com Agliana (PT), Calenzano (FI), Campi Bisenzio
(FI), Carmignano, Montemurlo, Poggio a Caiano, Quarrata (PT), Vaiano (PO).
Dois dos monumentos
principais da cidade são o Castelo do Imperador e o Santuário de Nossa Senhora
do Lírio.
Siena (36 comunas)
Siena (em português
também conhecida como Sena) é uma cidade e sede de comuna italiana na região da
Toscana, província do mesmo nome, com cerca de 52.775 habitantes. Estende-se por uma área de 118
km², tendo uma densidade populacional de 447 hab/km². Faz fronteira com
Asciano, Castelnuovo Berardenga, Monteriggioni, Monteroni d'Arbia e Sovicille.
Siena é
universalmente conhecida pelo seu patrimônio artístico e pela notável unidade
estilística do seu centro histórico, classificado pela UNESCO como Patrimônio
da Humanidade.
Segundo a mitologia
romana, Siena foi fundada por Sénio, filho de Remo, e podem-se encontrar
numerosas estátuas e obras de arte mostrando, tal como em Roma, os irmãos
amamentados pela loba. Foi um povoamento etrusco e depois colónia romana (Saena
Julia) refundada pelo imperador Augusto. Era, contudo, uma pequena povoação,
longe das rotas principais do Império. No século V, torna-se sede de uma
diocese cristã.
As antigas famílias
aristocráticas de Siena reclamam origem nos Lombardos e à data da submissão da
Lombardia a Carlos Magno (774). A grande influência da cidade como pólo
cultural, artístico e político é iniciada no século XII, quando se converte num
burgo autogovernado de cariz republicano, substituindo o esquema feudal.
Todavia, o esquema
político conduziu sempre a lutas internas entre nobres e externas com a cidade
rival de Florença. Data do século XIII a ruptura entre as facções rivais dos
Guibelinos de Siena e dos Guelfos de Florença, que seria argumento para a
Divina Comédia de Dante.
Em 4 de Setembro de
1260, os Guibelinos apoiaram as forças do rei Manfredo da Sicília e derrotaram
os Guelfos em Montaperti, que tinham um exército muito superior em armas e
homens. Antes da batalha, toda a cidade fora consagrada à Virgem Maria e confiada
à sua protecção. Hoje, essa protecção é recordada e renovada, lembrando os
sienenses da ameaça dos aliados da Segunda Guerra Mundial de bombardearam a
cidade em 1944, o que felizmente não veio a acontecer.
Siena rivalizou no
campo das artes durante o período medieval até o século XIV com as cidades
vizinhas. Porém, devastada em 1348 pela Peste Negra, nunca recuperou o seu
esplendor, perdendo também a sua rivalidade interurbana com Florença. A Siena
actual tem um aspecto muito semelhante ao dos séculos XIII-XIV. Detém uma
universidade fundada em 1203, famosa pelas faculdades de Direito e Medicina, e
que é uma das mais prestigiadas universidades italianas.
Em 1557 perde a
independência e é integrada nas formações políticas e administrativas da
Toscana.
Siena também deu
vários Papas, sendo eles: Alexandre III, Pio II, Pio III e Alexandre VII.
Os dois grandes
santos de Siena são Santa Catarina (1347-1380) e São Bernardino (1380-1444).
Catarina Benincasa, filha de um humilde tintureiro, fez-se irmã na Ordem
Terceira dominicana (para leigos)e viveu como monja na casa dos pais. É famosa
pelo intercâmbio interior com o próprio Cristo, que num êxtase lhe disse:
"Eu sou aquele que é e tú és aquela que não é". Apesar da origem
modesta, influenciou papas e príncipes com sua sabedoria e seu exemplo,
conseguindo inclusive convencer o papa de então, contra a maioria dos cardeais,
a regressar a Roma do exílio de Avinhon na França.
Quanto ao franciscano São
Bernardino, ele é célebre por ter sido o maior expoente, no Catolicismo, da via
espiritual de invocação do Nome Divino, que encontra similares em todas as
grandes religiões, do Budismo (nembutsu) ao Islã (dhikr) e ao Hinduísmo
(mantra). Os sermões que Bernbardino fez na praça central de Siena provocaram
tal fervor religioso e devoção ao nome de Jesus que o conselho municipal
decidiu colocar o monograma do nome de Jesus (composto pelas letras IHS,
significando "Jesus salvador dos homens")na fachada do prédio do
governo. Do mesmo modo, muitos cidadãos o pintaram sobre as fachadas de suas
casas, como até hoje se pode ver na cidade.
Em algum lugar está
escrito que até podemos já nascer mestres, mas
viajantes nos tornamos (ou não) ao longo da vida. E nenhuma terra mais
do que a Toscana tem estimulado a curiosidade, a paixão, a cultura de inteiras
gerações. Bem, nem todos tiveram a sorte de se tornar um viajante apaixonado
começando pela Toscana, percorrendo estradas de pura emoção, com obras de arte
e a mais alta tradição culinária. A cada dia uma descoberta. A cada dia um
itinerário diferente que passa por paisagens incontaminadas.
Três mil anos de
história estão nos esperando. E juntos, romanticamente a dois ou com um grupo
de amigos, serão inesquecíveis os afrescos de Piero della Francesca, o perfeito
equilíbrio de Monteriggioni, a utopia renascentista de Pienza, o triunfo
gastronômico de Castellina in Chianti, a secular sabedoria de Siena, o
horizonte mais largo visto do alto de San Gemignano, a apaixonante liberdade de
Lucca, as melodias de Puccini, o supreendente crepúsculo em Pitigliano ou uma
caminhada em Sovana entre as suas necrópoles etruscas.
Aqui, a regra é
simples: guarde o mapa, tire o relógio e ignore o GPS do carro. Aqui, a localização
é a do sentimento, o tempo é o da mente e a direção certa é estar sempre
acompanhando por uma bela paisagem. Você está na Toscana.
Considerada por
muitos como esteio da cozinha italiana, a Cozinha Toscana é recheada de pratos típicos
que passa ao longe de ser uma cozinha pretensiosa e sofisticada, mesmo que há
alguns pratos mais elaborados. No entanto é a comida simples que mais encanta
no paladar toscano.
Seus pratos
simples, feitos com produtos frescos da região, são fáceis de fazer e, além de
saborosos, fazem muito bem à saúde. Muitos deles uma alusão à “Cucina Povera”,
ou cozinha pobre, da época em que devido aos dias difíceis tinha que ser feita
com muita inteligência e acima de tudo imaginação. Sua base é constituída principalmente
no uso do pão toscano, que é feito sem sal.
Foi a garra do seu
povo que fez com que uma terra antes vista como pobre e sem futuro para
melhores plantações, se transformasse em uma das regiões mais férteis da
Itália. Hoje em dia cultiva-se de tudo por lá. Desde as especiarias como o
tomilho, sálvia, é alecrim, manjericão e estragão, passando pelas oliveiras com
seu famoso “Oglio” (azeite), e pelos vegetais sazonais tais como a erva-doce,
alcachofra, alho e tomate, o “L’umile fagiolo” que é um feijão diferente dos
nossos aqui do Brasil, cogumelos, peixes do mar Tirreno, até chegar nos
deliciosos vinhos Toscanos, com uvas super bem cultivadas e selecionadas.
Outros produtos também muito marcantes da região são os doces como o panforte, entre outros que são a base de amendoas ou farinha de castanha.
Sobremesas à base
de amêndoas ou farinha de castanha,são as prediletas.
Panforte – bolo
compacto salpicado de canela e cravo da índia, com amêndoas moídas, casca de
laranja e mel.
http://saborestoscanos.wordpress.com/a-cozinha-toscana/
O prato mais conhecido da cozinha da região da Toscana é a Bisteca a la Fiorentina.
A Bistecca Allá Fiorentina é um bife típico da cozinha italiana, muito tradicional na região da Toscana . É constituída por um corte de lombo de carne ou carne (geralmente da raça Chianina) e tem um osso. O nome deste bife vem da tradição antiga da cidade de Florença para celebrar a festa de San Lorenzo, que a Familia de Medici estava acostumada a fazer sempre em 10 de agosto.
A Bistecca Allá Fiorentina é feita exclusivamente na grelha com brasas que vão secar a carne durante o cozimento deixando o interior cru. Ela é grelhada em cada lado da bisteca entre 5 a 7 minutos, depende da espessura da carne e da temperatura do carvão. Porções são geralmente mais do que meio quilo, pode chegar a 1.200 gramas. O sal deve ser adicionado apenas antes de remover da grelha. O prato é geralmente pulverizado com um pouco de azeite extra-virgem (para fornecer aroma), pimenta do reino e temperado com algumas ervas.Acompanhada por um vinho Chianti .Para servir, algumas fatias de limão.
Sóbria e simples. A
fama das receitas desta terra está associada principalmente a absoluta bondade
dos elementos de base e a sábia maestria dos cozinheiros que, mesmo a tendo
renovado, souberam manter inalteradas suas raízes e tradições.
Mesmo com as
variações encontradas de uma província a outra, todas enaltecem o absoluto
respeito aos ingredientes genuínos. Nas experiências gastronômicas pela região
sempre será possível unir ao prazer do paladar, a estética da composição dos
pratos (afinal os olhos também querem a sua parte!) e a atmosfera acolhedora
dos ambientes.
Firenze é célebre
pela sua bistecca fiorentina, a ribollita (sopa), a trippa (bucho), os
bomboloni (doce parecido com sonho) e os cenci, uma massa frita polvilhada com
açúcar. Aqui, um dos restaurantes mais procurados pelos amantes da boa
gastronomia, é o Cibreo, cujo proprietário e chef, Fabio Picchi, "fala
como um poeta e cozinha como um sábio", segundo o New York Times.
Pistoia enaltece a
simplicidade. Poucos ingredientes, preparados com sabedoria, que encontram a
expressão máxima na mais típica minestra di rigaglie (sopa conhecida também
pelo nome de 'il carcerato' - encarcerado, porque era distribuída aos
prisioneiros) e na brianchina, uma salada verde-vermelha, e nos bertoli,
apetitosos gomos de maçã secados ao sol.
Livorno conservou a
tradição de uma genuína culinária do mar. O prato principal é o famoso caciucco
(sopa de peixe e frutos do mar), seguido pelas triglie - espécie de peixe - alla
livornese. Entre outros pratos destacam-se também o cuscus (totalmente
diferente do nosso e mais no estilo do cuscus marroquino), os típicos
minestroni (sopas), o arroz negro com sépia e, nos meses de inverno, as cèe, pequenas enguias, com sálvia.
A cozinha de Siena
propõe todos os pratos regionais, mas com uma presença mais acentuada do alho e
das ervas aromáticas. É bastante significativa a produção artesanal de
soppressate (um tipo de embutido), salames, finocchiona, linguiças suinas
frescas ou secas, salames de javali. Entre os queijos estão os renomados
pecorino delle crete e o marzolino. A produção de azeite local também é
excelente. Os pratos mais característicos são: sopa de lentilha com faisão,
sopa de rã, crostini (torradas tipo bruschetta), sopa de feijão alla senese, a
ribolita (sopa), massa e grão de bico, lebre e javali em agridoce, feijão com
codornas, frango com azeitonas, 'fricassea' de carne ou de funghi, tortinhas de
alcachofra.
Siena não economiza nas tentações calóricas dos seus doces:
imperdíveis são os ricciarelli (biscotinhos leves e macios, cujo principal
ingrediente são as amêndoas) e o panforte (frutas secas e frutas cristalizadas,
prensadas e 'temperadas' com algumas especiarias).
Também em Maremma a
palavra de ordem é frugalidade e o prato símbolo é a famosa acquacotta (água
cozida), prato único, feito de nada (por isso a ironia do nome). Criado para
matar a fome dos carvoeiros e em seguida enriquecido até se tornar uma gostosa
sopa. Se prepara, evidentemente, com água, sal, pão, um fio de azeite
extra-virgem, verduras da estação, ovos ou funghi e um punhado de queijo
pecorino (queijo de cabra). Entre os doces típicos, os birilli, um tipo de pão
doce com mel, os suspiros e a zuccata, uma energética geléia de abóbora.
OS RESTAURANTES
RECOMENDADOS PELA "ACCADEMIA ITALIANA DELLA CUCINA" E PELA
"O.R.P.I"
Adotando critérios
acadêmicos e imparciais, a "Accademia Italiana della Cucina" se dedica
a supervisionar, avaliar e acompanhar o desempenho de restaurantes que
mantenham no 'coração' a sobrevivência da verdadeira e autêntica tradição da
cozinha italiana. Esta entidade publica anualmente um guia com 3 mil
estabelecimentos em toda a Itália. Além disso, observa restaurantes italianos
em muitos países, nos quais a
cozinha típica está
representada de forma genuina e profissional, acompanhada por uma hospitalidade
que honra a arte gastronômica da Itália. Alguns restaurantes de São Paulo e Rio
de Janeiro estão avaliados, embora a lista esteja um pouco desatualizada (ainda
faz menção aos extintos Massimo e Ca'D'Oro). Desde 2006, o Guia pode ser
acessado on-line, bastando ativar o link 'procure um restaurante' e pesquisar
por país, cidade, avaliação e faixa de preço.
- Província de
Lucca: Buca San’Antonio, Gazebo Locanda L’Elisa e Mora, em Lucca, e Romano, em
Viareggio
- Província de
Siena: Antica Trattoria (Colle di Val d’Elsa), Canto (Siena) e Osteria del
Vecchio Castello (Montalcino)
- Província de
Livorno: Capo Nord (Elba), Gambero Rosso (San Vincenzo) e Scacciapensieri
(Cecina)
- Província de
Firenze: Tenda Rossa,em San Casciano in Val di Pesa
Além destes, existe
uma outra seleção denominada como "I Magnifici del Presidente", que
destaca os restaurantes que utilizam matéria-prima de altíssima qualidade e
produtos da própria zona, e que propõem exclusivamente pratos tradicionais,
mesmo que com 'pitadas' inovadoras. Nesta classificação, a Toscana aparece com
o Arnolfo (Colle di Val d'Elsa-Siena), o Caino (Montemerano di
Manciano-Grosseto), a Enoteca Pinchiorri (Firenze), que também figura no
conceituado Guia Michelin, e o Lorenzo (Forte dei Marmi-Lucca).
Mas se você é daqueles
que sempre prefere 'ouvir' uma segunda opinião, você pode consultar também a
O.R.P.I - Ordini Ristoratori Professionisti Italiani. Associação sem fins
lucrativos, criada em Milão, em 1984, com o único objetivo de promover,
representar, divulgar e endossar, em nível nacional e internacional, a cozinha
italiana, expressa através da ampla tradição das receitas regionais, dos
produtos agroalimentares e dos vinhos típicos da Itália e, assim, preservar no
tempo a sua genuidade e a variedade de sabores originais.
Segundo a O.R.P.I.,
a Toscana encontra sua tradição culinária melhor representada nos seguintes
locais:
- Província de Siena: Albergo Ristorante
Casalta (Monteriggioni), Enoteca I Terzi (Siena), Osteria del Castello (Gaiole
in Chianti), Le Logge del Vignola (Montepulciano), Ristorante Al Giardino
(Montalcino) e Ristorante Al Pino (San Gimignano)
- Província de
Lucca: Buca di Sant'Antonio (Lucca) e Ristorante La Barca (Forte dei Marmi)
- Província de
Firenze: L'Osteria di Giovanni (Firenze), Ristorante Il Battibecco (Impruneta)
e Giacomo Il Rifugio dei Sognatori (Loc. Saltino Reggello)
- Província de
Arezzo: Buca di San Francesco (Arezzo)
- Província de
Pisa: Enoteca del Duca (Volterra)
- Província de
Pistoia: Ristorante La Capannina (Abetone)
UMA 'CARTA' DE
VINHOS DOCG DA TOSCANA
Carmignano (tinto
nas tipologias normal e reserva) produzido nas Províncias de Firenze e Siena
Chianti (tinto nas
tipologias normal e reserva) produzido nas Províncias de Arezzo, Firenze, Pisa,
Pistoia, Prato e Siena, com as eventuais indicações:
Chianti Colli
Aretini nas tipologias normal e reserva produzido na Província de Arezzo
Chianti Colli
Senesi nas tipologias normal e reserva produzido na Província de Siena
Chianti Colli
Fiorentini nas tipologias normal e reserva produzido na Província de Firenze Chianti Colline
Pisane nas tipologias normal e reserva produzido na Província de Pisa Chianti Montalbano
nas tipologias normal e reserva produzido nas Províncias de Firenze, Pistoia e
Prato Chianti
Montespertoli nas tipologias normal e reserva produzido na Província de Firenze.
Chianti Superiore
produzido em toda a área do Chianti, exceto na zona do clássico Morellino di
Scansano (tinto nas tipologias normal e reserva) produzido na Província de
Grosetto desde a colheita de 2007 Vernaccia di San
Gimignano (branco nas tipologias normal e reserva) produzido na Província de
Siena Vino Nobile di
Montepulciano ((tinto nas tipologias normal e reserva) produzido na Província
de Siena.
É o fim da picada!!!! Não consigo encontrar um mapa da provincia de Lucca que mostre suas comunes. Lamento muito digitar isso... Todavia, na minha opinião, para certos assuntos, na Internet, ficou super-hiper-difícil se encontrar... No meu caso, como professor de geografia, não consigo visualizar, encontrar um mísero mapa com as comunes de Lucca... Porca mísera!!! Mesmo que não sirva de nada... ou até sirva de deboche... por parte de alguns... Que fique registrado... Se os deuses da Internet permitirem???!!! O horror que passou a ser acessar, por exemplo, um mísero mapa...
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